Por Clara Oliveira – Blog da Folha
O deputado estadual, Antônio Coelho (União Brasil), declarou ter uma relação política estreita com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e que esse fato tem peso para as eleições ao governo de Pernambuco em 2026. Em entrevista para a Rádio Folha FM 96,7, o deputado afirmou que a federação União Progressistas, formada pelos partidos União Brasil e Progressistas, ainda se encontra dividida sobre seus palanques, mas que o diálogo da federação vem sob uma perspectiva de mudança para o estado.
“Existem aqueles que defendem uma proximidade maior com o governo Raquel Lyra, mas nós do União Brasil estamos definitivamente no bloco da mudança, de apostar num potencial maior para Pernambuco. Nós teremos esse debate interno que será rigoroso, mas não tenho dúvida que será muito respeitoso entre todas as partes”, explica.
Leia maisPerguntado sobre sua posição caso o partido não prevaleça sobre a decisão de apoiar uma nova governança para Pernambuco, Antônio argumentou que continuará junto ao União Brasil, mas dentro se suas próprias teses.
“O União Brasil apoiou a reeleição do prefeito João Campos, e o PSB apoiou a reeleição do prefeito Simão Durando [Petrolina]. Tivemos êxito em ambos os projetos. É natural que isso tenha seu peso e isso vai ajudar a trabalharmos conjuntamente em 2026. Mas se porventura, nós não prevalecermos a nossa tese, não for a que a Federação adote, nós iremos ficar no partido, isso é projeto de longo prazo e claro, se necessário for, o União Brasil teria toda a prerrogativa exercendo sua autonomia para abrir uma incidência”, complementou.
O deputado atuou durante 15 meses como secretário de turismo do governo municipal do Recife, sob a gestão de João Campos, e esclarece que ele deve ter seu nome lembrado durante o debate eleitoral.
Finanças
Antônio Coelho também é presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). No cargo, o deputado revela certa preocupação com a situação financeira do estado, pois, segundo ele, a nova política de tributação talvez não tenha sido a melhor escolha para o povo.
“Pernambuco hoje tem a pior taxa de desemprego do Brasil, de 10,4%. De acordo com o Banco Central, o nosso estado foi o único que nos primeiros seis meses do ano estagnou, teve a sua economia que decresceu. Eu considero que o erro fundamental da gestão estadual foi logo no primeiro ano ter aumentado a carga tributária. Na época, fui o único deputado da Comissão a votar contra o aumento de impostos. Não procede que toda vez que você aumente a carga tributária, a arrecadação também vai aumentar. O trabalhador pernambucano só aguenta até certo ponto”, afirma.
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