Além de liderar todas as pesquisas de intenção de voto para prefeito de Araripina, o candidato Evilasio Mateus (PDT) conta agora com o apoio da maioria da Câmara Municipal. São 11 vereadores que já declararam que estarão no palanque do pedetista, enquanto a sua adversária, Camila Modesto (Podemos), tem apenas 4 até o momento.
Passadas as festas de fim de ano, o clima em Brasília deve seguir em ebulição já no início de 2026. É o que promete o líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho (PL-RN), que revelou estar colhendo assinaturas para abrir mais uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). O alvo desta vez é a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, em especial o ministro Sidônio Palmeira, um dos homens fortes do governo Lula (PT).
“Nós estamos vivendo um momento de narrativas cada vez mais fortes. E tem uma narrativa que é impulsionada e turbinada por recursos públicos, que têm sido injetados nas redes de comunicação, nas redes sociais dos grandes jornais do país, e isso inclusive vem sendo denunciado”, revelou Marinho, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
“Estamos recolhendo assinaturas para fazer uma CPMI da Secretaria de Comunicação do governo federal. Inclusive, há denúncias de se pagar influenciadores e pessoas da mídia para impulsionar não apenas propaganda positiva para o governo, mas também depreciar, detratar e desqualificar opositores do governo. O próprio Sidônio está sendo acusado porque sete ou oito empresas que ganharam licitação no Ministério das Comunicações, essa carteira são geridas por um ex-sócio dele. É muita coincidência, né?”, disparou o líder da oposição no Senado.
Aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o projeto de lei da dosimetria não agradou a base bolsonarista, segundo o senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN). O parlamentar afirmou, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, que o texto não era o que defendia o grupo, que sempre pregou anistia ampla, geral e irrestrita. Mesmo assim, existe a promessa de que seja vetado pelo presidente Lula (PT).
“Não é o projeto dos nossos sonhos, é o possível diante da situação. Colocamos que era necessário limitar os efeitos da lei aos eventos do 30 de outubro de 2022 a 8 de janeiro de 2023, uma vez que anistia é uma situação muito específica, ela acontece não como uma rotina ou fato recorrente, mas como um fato extraordinário. Então uma emenda de redação poderia nos ajudar a circunscrever esse tema e permitir que pudéssemos virar essa página. Seria a única mudança possível dadas as atuais circunstâncias”, lamentou Marinho.
Apesar da pressão popular ao longo desses anos, que a oposição tentou capitanear, a anistia não encontrou respaldo no Congresso Nacional para avançar, o que fez o grupo ter que diminuir as penas dos condenados pelos atos antidemocráticos, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O projeto não é o que queríamos, nós defendemos desde o início uma anistia ampla, geral e irrestrita, mas infelizmente a correlação de forças dentro do Parlamento não ajudou. Nós não tivemos a condição de pautar o projeto da anistia, mas conseguimos o possível, que foi a diminuição de penas. Vamos trabalhar muito para que os condenados possam voltar para casa, e esperamos que haja bom senso e, sobretudo, um entendimento para virar essa página e que possamos discutir assuntos importantes”, colocou.
Mesmo preso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser uma das vozes mais influentes da eleição do ano que vem. Esse é o pensamento do ex-ministro e atual líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro, o liberal criticou a estratégia da esquerda de celebrarem a prisão do ex-mandatário, afirmando que “ninguém mata uma ideia”.
“Bolsonaro está preso, é verdade. Injustamente, sendo perseguido e censurado. Mas o que eles (esquerda) não entenderam é que ninguém mata uma ideia, ninguém aprisiona um sentimento. É isso que Bolsonaro representa, cada vez mais forte. Desconheço pesquisa que mostre que partidos de centro estão melhor posicionados. Todas as pesquisas mostram que só tem dois partidos no Brasil, um é o Partido das Trevas, que é o PT, e o outro é o Partido da Luz, que é o PL. São os dois maiores partidos do Brasil, a anos-luz dos outros partidos. São duas visões diferentes do mundo e nós vamos ter a oportunidade novamente, a partir de 2026, colocar isso à prova. Não tenho dúvida nenhuma que vamos governar de novo o país”, afirmou Rogério Marinho.
Segundo o senador, a influência de Bolsonaro no PL e na direita pode ser medida comparando as eleições municipais de 2020 com as de 2024, pelo crescimento que a sigla obteve. “O que Bolsonaro fez em três anos e meio foi o que o PT construiu em 40 anos. O que o PT propõe é ruim para a sociedade brasileira, é danoso, é uma visão equivocada, mas é um partido político. E o PL hoje é o maior partido do Brasil graças a Jair Messias Bolsonaro. Em 2020, o PL era o 11º partido do Brasil em votos de legenda para vereador. Em 2024 passou para o primeiro lugar. Em 2020, o PL foi o 9º partido em votos para prefeito no Brasil, em 2024 foi o primeiro, saindo de 3,5 milhões para mais de 16 milhões, e olhe que não competiu em São Paulo. Em 2020, o PL só tinha uma única cidade com mais de 200 mil eleitores, e agora governa 16 cidades entre os maiores eleitorados, e em outras 29 cidades tem o vice-prefeito. Então é o maior partido do Brasil neste momento, com o maior eleitorado do Brasil”, elencou.
Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte pelo PL e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
O pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte pelo PL e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, é o entrevistado do podcast ‘Direto de Brasília’ de hoje. O programa é uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, com transmissão para 165 emissoras no Nordeste.
Na pauta, o cenário nacional, a candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República, a proposta de anistia, agora transformada em dosimetria (redução de pena aos envolvidos na tentativa de golpe em janeiro de 23), e a própria candidatura de Marinho ao Governo potiguar.
Rogério é economista, além de ter sido secretário especial da Previdência, de 2019 a 2020, e ministro do Desenvolvimento Regional de 2020 a 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Anteriormente, foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte e secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte no governo de Rosalba Ciarlini.
O ‘Direto de Brasília’ vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. Retransmitem ainda o programa a Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; a Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; e ainda a Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras, além TV LW, de Arcoverde.
Entram como parceiros na mídia institucional o Grupo Ferreira, de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú e o grupo Grau Técnico.
Um levantamento realizado pelo Correio Braziliense com base nos dados da Câmara dos Deputados mostra que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários gastaram, juntos, mais de R$ 2,8 milhões em cota para o exercício da atividade parlamentar ao longo de 2025. As despesas incluem gastos com passagens aéreas, divulgação da atividade parlamentar, combustíveis, locação de veículos, telefonia e manutenção de escritórios.
Entre os parlamentares analisados, o presidente da Câmara foi o que registrou o maior volume de despesas no ano, seguido pelos líderes do PL e do governo na Câmara. Ao todo, o chefe da mesa-diretora gastou R$ 527.752,69 em cota parlamentar ao longo de 2025. As informações são do Correio Braziliense.
O mês com maior despesa foi fevereiro, quando os gastos somaram R$ 56.995,89. Nesse período, o maior desembolso foi com divulgação da atividade parlamentar, que alcançou R$ 27.950, seguido por locação ou fretamento de veículos (R$ 12 mil) e combustíveis (R$ 9.392). As despesas com passagens aéreas chegaram a R$ 7.049,07.
Já o ex-presidente da Casa Legislativa, deputado Arthur Lira, teve despesas menores no acumulado do ano, totalizando R$ 301.908,38. O pico ocorreu em março, quando os gastos chegaram a R$ 96.903,38, valor próximo de R$ 100 mil. Nesse mês, as passagens aéreas concentraram quase toda a despesa, somando mais de R$ 91 mil, entre reembolsos e gastos via sistema da Câmara. Os demais custos incluíram combustíveis, telefonia e manutenção de escritório.
Panorama entre base e oposição
O Correio também fez um comparativo entre as lideranças da base do governo federal e da oposição que representa a ala bolsonarista no Parlamento. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), por exemplo, registrou R$ 283.464,99 em despesas ao longo de 2025. O mês de maior gasto foi setembro, com R$ 41.652,70. As principais despesas nesse período foram passagens aéreas (R$ 21.466,42) e divulgação da atividade parlamentar (R$ 13 mil), além de gastos com manutenção de escritório e telefonia.
Já o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), gastou R$ 453.851,91 em cota parlamentar no ano de 2025, R$ 170.386,92 a mais que o líder da sigla petista. O mês de maior despesa foi maio, quando os gastos chegaram a R$ 55.948,64, cujo os principais custos foram com passagens aéreas (R$ 22.190,59), divulgação da atividade parlamentar (R$ 15 mil), locação de veículos (R$ 12,7 mil) e combustíveis.
No comparativo entre a liderança da oposição e do governo Lula na Casa, os maiores gastos mudam de lado, apesar de pouca diferença, com o líder do Executivo no Parlamento tendo um gasto anual que ultrapassou R$ 450 mil.
Ao todo, José Guimarães (PT-CE) gastou R$ 453.790,15 em cota parlamentar ao longo do ano. O mês de maior despesa foi julho, quando os gastos chegaram a R$ 61.473,25. Nesse período, os principais custos foram com passagens aéreas (R$ 26.803,88), manutenção de escritório (R$ 13.564,14) e divulgação da atividade parlamentar (R$ 12.396).
Já o líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), teve despesas totais de R$ 419.669,70 em 2025. O maior gasto mensal ocorreu em abril, com R$ 53.836,80. As despesas foram puxadas principalmente por passagens aéreas, que somaram R$ 27.240,37, além de manutenção de escritório, locação de veículos, combustíveis e divulgação da atividade parlamentar.
Cota parlamentar
A cota para o exercício da atividade parlamentar é um recurso público destinado a custear despesas relacionadas ao mandato, como transporte, comunicação, aluguel de veículos, manutenção de escritórios e divulgação das atividades do deputado. Os valores variam de acordo com o estado de origem do parlamentar e são divulgados mensalmente no Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.
Após cassar os mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), a Câmara dos Deputados oficializou, nesta terça-feira (23), a exoneração dos funcionários dos gabinetes dos dois ex-parlamentares.
Ao todo, foram nove exonerações no gabinete de Eduardo Bolsonaro e 12 no de Ramagem, publicadas no Diário Oficial da União. Todos os servidores de ambos os gabinetes estão exonerados desde o dia 18, data da cassação. As informações são do Metrópoles.
Pelo portal da Câmara, é possível verificar que não há mais funcionários vinculados ao gabinete de Eduardo Bolsonaro. Já Ramagem, mesmo após as exonerações, ainda mantém uma servidora ativa em seu gabinete.
No caso, permanece no gabinete Eduarda Rafaela de Lucena Nunes, que chegou a trabalhar na Secretaria de Relações Institucionais durante os últimos meses do governo de Jair Bolsonaro.
Na quinta-feira (18/12), a Câmara também cancelou os passaportes diplomáticos dos dois ex-deputados. Ramagem ainda ocupa um imóvel funcional da Casa, que deverá ser devolvido.
A pré-candidatura de Gabriel Porto (PSDB) a deputado federal recebeu, nesta terça-feira (23), o apoio do grupo de oposição de Lagoa dos Gatos, no Agreste, conhecido como Boca Preta. O anúncio foi feito durante confraternização do bloco político, por articulação do empresário Boró, e reuniu o ex-vice-prefeito Dr. Marcelo, o vereador Netto de Boró, os ex-vereadores Dudé, Zé de Boró, Badaró do Gesso, Carlinho de Catucá e Márcio Freire, além de lideranças como Zefinha do Sindicato, Júnior de Reinaldo, Carlos Cézar, Cido de Elizeu, Aldenora de Boró e Lucas do Cocão.
“Tenho trabalhado para reunir gente que, ao longo dos anos, tem feito da política um instrumento para melhorar e transformar a vida das pessoas, das comunidades e dos municípios. Os Boca Preta chegam para somar e fortalecer nossas ideias e nosso projeto. Agradeço a confiança de cada apoio recebido hoje. Vamos trabalhar juntos em favor de Lagoa dos Gatos e do seu povo”, afirmou Gabriel.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (23), que o resultado da taxação de 40% sob produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos terminou sendo “irrelevante” para o Brasil e as discussões em torno do tema propiciaram uma amizade entre ele e líder norte-americano, Donald Trump.
Na avaliação de Lula, esse é um dos fatores que sinalizam que o ano “terminou bem” para o Brasil. As informações são da CNN.
“O ano termina bem, o preço do alimento está caindo, as pessoas estão voltando a acessar coisas que ficaram mais caras. Mesmo a taxação que os Estados Unidos fizeram contra o Brasil terminou sendo irrelevante. Quando muita gente imaginava que eu e o Trump ia entrar em guerra, nós terminamos virando amigos”, disse o presidente durante cerimônia no Palácio do Planalto.
A tensão na relação entre Brasil e Estados Unidos teve seu ápice entre julho e agosto, quando o governo americano anunciou às tarifas sobre produtos brasileiros. Na época, Trump e seus aliados criticavam o processo da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Em julho, o governo norte-americano ainda aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, sob a justificativa que ele teria autorizado “prisões preventivas arbitrárias” e atuado para suprimir a liberdade de expressão no Brasil.
No último dia 12, o magistrado e a sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram retirados da lista.
Em setembro, Lula e Trump se encontraram Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e o norte-americano afirmou que ele e o petista tiveram uma “química excelente”.
No início de dezembro, após uma ligação com Lula, o republicano voltou a dizer que gosta do presidente brasileiro.
“Tivemos uma ótima conversa, falamos sobre comércio, falamos sobre sanções porque, como vocês sabem, eu impus sanções, que tem a ver com certas coisas que aconteceram […] tivemos uma conversa muito boa. Eu gosto dele. Tivemos boas reuniões, como vocês sabem e tivemos uma conversa muito boa hoje, sim”, disse Trump.
O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, inaugurou nesta segunda-feira a Base Descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na praia de Gaibu. A unidade foi instalada no antigo núcleo da Polícia Militar e passa a atuar como apoio à central do SAMU, localizada na Charneca, com o objetivo de reduzir o tempo de resposta às ocorrências na faixa litorânea do município.
A nova base contará com motolâncias e uma Unidade Básica Móvel, operadas por técnicos e condutores especializados, para atender situações de urgência e emergência nas praias. “A Base Descentralizada do SAMU vai oferecer a estrutura e o suporte necessários para os profissionais de saúde que atuarão aqui e, principalmente, para a população das praias, que passará a contar com um atendimento mais rápido e eficaz”, afirmou o prefeito Lula Cabral.
O deputado estadual Antônio Moraes participou, ontem (22), de uma reunião de confraternização com vereadores e lideranças políticas em Aliança, na Mata Norte de Pernambuco. O encontro contou com a presença do prefeito Pedro Freitas, do vice-prefeito José Sales e do ex-prefeito Xisto Freitas, além de integrantes do grupo político do parlamentar no município.
Na reunião, Moraes defendeu a manutenção de parcerias locais e comentou a atuação do Governo do Estado nas cidades pernambucanas. “A gente não pode voltar atrás. Digo isso porque participei da gestão anterior, e Pernambuco estava numa situação de penúria, sem obras, sem nada. Hoje, eu fico impressionado com a eficiência do governo Raquel Lyra. Em qualquer município que vou agora, vejo que o governo está presente, atuando, inclusive com obras estruturadoras, como o arco metropolitano”, afirmou.
O deputado também citou a previsão de extinção, em 2033, dos benefícios fiscais existentes no país e disse que isso deve intensificar a disputa entre estados por investimentos. “A fábrica da Jeep, por exemplo, é modulada, e só veio para Pernambuco porque Lula era presidente e concedeu uma boa isenção de impostos. Mas isso vai acabar em 2033, e se a gente não tiver uma boa infraestrutura para segurar empresas como a Jeep, elas vão embora”, declarou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou nesta terça-feira (23) o novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano. O paraibano assumirá a cadeira de Celso Sabino.
Sabino foi demitido depois de uma ala de deputados federais governista do União Brasil, partido do qual foi expulso e que era responsável por sua indicação ao ministério, articular a troca de comando na pasta. As informações são do g1.
O paraibano é filho do líder da bancada negra da Câmara, Damião Feliciano (União-PB), e é aliado do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que confirmou ter conversado com Lula a respeito da indicação.
Membros da cúpula do União Brasil contrários ao governo Lula atribuem a articulação integralmente a Hugo Motta, que tenta melhorar sua relação com o Planalto de olho nas eleições de 2026, quando pretende lançar o pai, Nabor Wanderley, ao Senado.
Motta participou da cerimônia de posse de Feliciano nesta terça, no Palácio do Planalto, ao lado de outras lideranças do União, PP e PSD na Câmara dos Deputados. O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), também esteve presente.
Em conversa com jornalistas na última semana, o presidente da Câmara afirmou que defendeu ao petista o nome de Gustavo Feliciano.
“O que eu pude dizer é que eu conheço o Gustavo. Eu pude dar um testemunho favorável. Penso que ele vai ajudar o governo nessa interlocução com o partido [União Brasil] e acho que o presidente foi feliz na escolha do Gustavo para ser o ministro do Turismo”, disse Motta. Na cerimônia desta terça, Hugo Motta saudou Lula pela nomeação e avaliou que a decisão demonstra “sensibilidade política e a capacidade de agregar”. O deputado também afirmou que a gestão de Feliciano “contará com o apoio do Parlamento” e terá participação da Câmara.
Gustavo Feliciano foi indicado ao comando do Ministério do Turismo por uma fatia da bancada do União Brasil na Câmara que deseja estar alinhada a Lula nas disputas regionais de 2026. Em troca, segundo relatos, os deputados se comprometeram a ajudar o Planalto dentro da Casa.
Apesar do movimento, o novo ministro do Turismo não é filiado ao União Brasil. Ele integrou os quadros do partido entre 2022 e outubro de 2025. Antes, esteve filiado ao PDT e ao MDB.
Feliciano foi secretário do Turismo da Paraíba entre 2019 e 2021. Ele é filho da ex-vice‑governadora do estado Lígia Feliciano e do deputado federal Damião Feliciano.
Nesta terça, o novo ministro agradeceu publicamente às lideranças do União Brasil que o indicaram à pasta. Também fez questão de agradecer a Hugo Motta.
Em discurso, Gustavo Feliciano defendeu o investimento em ações turísticas e afirmou que o turismo tem “que ser de todos”. “Felicidade e alegria não pode ser questão social. Quanto mais turismo mais igualde. E quanto mais turismo mais emprego, mais renda”, declarou.
Saída de Sabino
A saída de Celso Sabino do comando do Ministério do Turismo foi anunciada na última semana, em uma reunião de balanço de Lula com ministros. Sabino estava à frente da pasta desde agosto de 2023.
O agora ex-ministro do Turismo havia sido indicado ao comando da pasta pela bancada do União Brasil na Câmara. Neste ano, porém, o partido decidiu romper institucionalmente com o governo Lula e obrigar seus membros a deixar cargos na gestão petista.
Sabino descumpriu a regra e foi expulso da legenda. O paraense decidiu permanecer na pasta de olho nas eleições de 2026, nas quais deseja disputar uma vaga ao Senado pelo Pará. Em seu discurso de despedida, Celso Sabino repetiu seguidas vezes que agradecia a Lula pela “oportunidade” de chefiar a pasta do Turismo. Ele também agradeceu aos parlamentares do União Brasil que o indicaram ao cargo em 2023.
Sabino fez questão, ainda, de destacar o seu trabalho à frente da organização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), ocorrida em novembro, em Belém (PA). O evento foi um dos fatores que levaram o ministro a ignorar a ordem da cúpula do União Brasil e permanecer no ministério. Na ocasião, o cálculo era de que a conferência ajudaria a impulsionar a sua candidatura ao Senado em 2026.
“Dediquei todos os meus esforços, todo o meu empenho nesses últimos dois anos para honrar a sua confiança. Tenho orgulho de ter honrado meu estado do Pará com ações importantes. Destaco, entre elas, a COP30 – no início desacreditada. Quando disseram que não haveria infraestrutura, nós demos um show”, afirmou.