A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) anunciou, nesta terça-feira, o investimento total de R$ 250 milhões em 17 empreendimentos. Com isso, a expectativa é a geração de 345 novos empregos em Pernambuco.
Os números foram divulgados durante a 127ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada na sede da Adepe, no bairro das Graças, Zona norte do Recife.
“Temos indústrias de foras instalando aqui e indústrias que já estão aqui reforçando investimentos vultuosos. Estamos mostrando para quem tem capacidade de investir que Pernambuco realmente tem diferencial, tem vantagens em relação ao restante do Nordeste e até mesmo ao restante do Brasil.”, comentou Maurício Laranjeira, secretário-executivo de Atração de Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sdec- PE).
No total, os investimentos serão direcionados a 17 projetos para implantação ou ampliação de indústrias através do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) e do Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco (Proind). Trata-se de indústrias que deverão implantar ou ampliar suas operações no estado.
Ao todo, eles somam R$ 249,8 milhões, com expectativa de geração de 206 novos empregos na Região Metropolitana do Recife (RMR) e 139 para o interior do estado.
As três primeiras reuniões realizadas pela Condic em 2024 somam quase R$ 750 milhões, com expectativa de geração de 2.361 empregos.
“Essa é uma notícia boa. Estamos quase batendo o que foi trazido até a metade do ano passado. Isso mostra que todos os incentivos fiscais e toda a parte de desburocratização e qualificação que a governadora Raquel Lyra vem trazendo para o estado estão surtindo efeito”, destaca André Teixeira, diretor-presidente da Adepe.
Sobre a descentralização dos investimentos, André Teixeira destacou a importância de direcionar parte dos recursos para o interior de Pernambuco.
“Pernambuco tem 184 municípios e a gente trabalha por todos eles incansavelmente, seja mediante fomentos de arranjos produtivos, seja levando indústrias, centrais de distribuição. O importante é levar emprego e renda para essa população que tanto precisa”, concluiu Teixeira.
Entre os projetos aprovados, o destaque foi para a Química Amparo, grupo que contempla a Ypê. Durante a reunião, um dos conselheiros solicitou que a parte de incentivos para a empresa será revisada na próxima reunião para avaliação do pedido de terceirização de produção da empresa para operação fora do Estado.
Milhares de manifestantes se reuniram em Washington e em outras cidades dos Estados Unidos ontem para protestar contra as deportações e as demissões de funcionários públicos feitas pela gestão do presidente Donald Trump.
Os atos também se opunham à guerra de Israel contra o Hamas, em Gaza, e à aproximação de Washington com o regime russo. Do lado de fora da Casa Branca, manifestantes carregavam faixas com frases como “Os trabalhadores devem ter o poder”, “Sem monarquia”, “Parem de armar Israel” e “Devido processo”, conforme mostraram imagens da mídia. As informações são do g1.
Alguns manifestantes entoavam cantos em apoio aos imigrantes que o governo Trump deportou ou está tentando deportar, ao mesmo tempo em que demonstravam solidariedade com pessoas demitidas pelo governo federal e com universidades que estão com o financiamento ameaçado por Trump.
“À medida que Trump e sua administração mobilizam a máquina de deportação dos EUA, vamos organizar redes e sistemas de resistência para defender nossos vizinhos”, disse um manifestante em um comício na Praça Lafayette, perto da Casa Branca.
Outros manifestantes agitavam bandeiras palestinas enquanto usavam keffiyehs — lenços típicos palestinos —, entoando “Palestina livre” e demonstrando solidariedade com os palestinos mortos na guerra de Israel em Gaza. Alguns manifestantes carregavam símbolos de apoio à Ucrânia e pediam que Washington agisse com mais firmeza contra a guerra do presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia.
Também houve manifestações em Nova York, Chicago e dezenas de outras localidades. Foi o segundo dia de protestos em todo o país desde que Trump assumiu o cargo.
Em Denver, centenas de manifestantes se reuniram no Capitólio do Estado do Colorado com faixas expressando solidariedade aos imigrantes e dizendo ao governo Trump: “Tire as Mãos!”. As pessoas agitavam bandeiras dos EUA, algumas delas erguidas de cabeça para baixo para sinalizar sua insatisfação.
Milhares de pessoas também marcharam pelo centro de Portland, Oregon, enquanto em San Francisco, centenas soletraram as palavras “Impeach & Remove”, em referência ao impeachment, em uma praia de areia ao longo do Oceano Pacífico, também com uma bandeira dos EUA invertida.
Em outros lugares, protestos foram planejados em frente a concessionárias da Tesla contra o assessor de Trump, o bilionário Elon Musk, e seu papel na redução da máquina federal. Outros organizaram eventos mais voltados para o serviço comunitário, como campanhas de arrecadação de alimentos, palestras e trabalho voluntário em abrigos locais.
O Papa Francisco apareceu neste Domingo de Páscoa (20) para abençoar milhares de pessoas na Praça de São Pedro, arrancando aplausos e vivas da multidão. Ele segue se recuperando de uma pneumonia dupla, quase fatal.
“Irmãos e irmãs, Feliz Páscoa!”, disse Francisco, com a voz mais forte do que nunca desde sua hospitalização. As informações são da Associated Press.
Francisco não celebrou a Missa de Páscoa na praça, delegando-a ao Cardeal Angelo Comastri, arcipreste aposentado da Basílica de São Pedro. Mas, após o término da missa, Francisco apareceu na varanda da galeria sobre a entrada da basílica.
Os milhares de pessoas presentes explodiram em aplausos quando uma banda militar deu início a uma série de hinos da Santa Sé e da Itália. Francisco acenou da varanda e pediu a um assessor que lesse seu discurso.
A caminho da basílica, Francisco encontrou-se brevemente em seu hotel com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que estava passando a Páscoa em Roma com sua família. A Basílica de São Pedro estava repleta de narcisos, tulipas e outras flores doadas pela Holanda em uma manhã fria, porém ensolarada, de primavera.
Francisco apareceu em público apenas algumas vezes desde que retornou ao Vaticano em 23 de março, após uma internação de 38 dias. Ele não compareceu aos serviços solenes da Sexta-feira Santa e do Sábado Santo, que antecederam a Páscoa, mas era esperado que comparecesse no domingo, de acordo com o livreto da missa e os planos litúrgicos divulgados pelo Vaticano.
Francisco reduziu drasticamente sua carga de trabalho, seguindo as ordens médicas de dois meses de convalescença e fisioterapia respiratória para melhorar sua função pulmonar. Ele ainda parece precisar de grande esforço para projetar sua voz, e sua respiração continua difícil.
Antes de domingo, sua maior saída havia sido uma visita à prisão no centro de Roma para passar a Quinta-feira Santa com os detentos. A visita deixou claras suas prioridades enquanto se recupera lentamente: passar tempo com as pessoas mais marginalizadas.
Há três cidades que povoam meu coração de forma ardente e apaixonante: Afogados da Ingazeira, minha pátria-mãe, Recife, que me acolheu como retirante, e Brasília, onde meus sonhos profissionais se concretizaram. Capital da política, economia, cultura e esperança, Brasília completa amanhã 65 anos.
Celebrar a existência da moderna capital brasileira é comemorar a criação humana, sua capacidade de inventar a vida em novas formas, com novos conteúdos. Amo Brasília porque, além de ter o pôr do sol e os ipês mais lindos do País, é também onde as vidas se transformam. Não há nada mais apaixonante do que surfar no seu céu azul de nuvens doidas.
Juscelino Kubitschek, seu grande idealizador, compartilhou seu sonho com Lúcio Costa, urbanista responsável pelo plano da cidade, transformando-a em um destino moderno, funcional e, por que não, geométrico. Mas Brasília não é obra isolada de JK, o homem que fez do Brasil em cinco anos uma nação próspera que valeu por 50 anos, como era seu slogan.
Há também figuras memoráveis, como Athos Bulcão, com seus azulejos coloridos, que deram vida aos prédios públicos da cidade, enquanto Darlan Rosas, com suas esculturas, e Burle Marx, com seus jardins, trouxeram leveza para o cenário brasiliense.
Gênio por sua contribuição à arquitetura moderna brasileira e sua influência global, Oscar Niemeyer usou as curvas como elemento fundamental em suas obras. Em Brasília, criou edifícios icônicos e inovadores, um de seus maiores legados.
Brasília, com sua arquitetura moderna e original, é um exemplo paradigmático do seu trabalho e foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco. As mulheres, sempre as mulheres, também desempenharam um papel crucial na construção da capital federal.
Entre elas, Dulcina de Moraes na cultura, ao fundar a primeira escola de teatro da cidade, e Sarah Kubitschek, que, além de esposa de JK, contribuiu para as iniciativas sociais e culturais da nova capital. Esses grandes nomes deixaram suas marcas na cultura, política, arte e sociedade.
Brasília é reconhecida como a cidade de melhor qualidade de vida do País. Também se destaca em áreas cruciais, como saúde, segurança e bem-estar, o que a colocou no topo do ranking nacional. Sou apaixonado pela beleza da sua arquitetura moderna. Também pelo seu céu, que para Lúcio Costa é o mar da cidade. Para mim, a beleza de Brasília está na sua amplidão.
De vez em quando, algumas pessoas, certamente desinformadas, costumam malhar Brasília como centro de corrupção, paraíso dos políticos de má-fé. Esses, entretanto, não vivem a cidade, são personagens flutuantes, que usam seus poderes para atos nada republicanos.
Mas a cidade não pode ser confundida com malandragem de políticos. Amo Brasília e não admito que falem mal dela. Me considero brasiliense, foi nela que cresci como ser humano. Meu filho primogênito nasceu na cidade, que me acolheu, me deu régua e compasso para ser gente na vida.
Aos que denigrem a cidade, respondo com poesia: Brasília é senhora de curvas sinuosas e de estética atrevida. De mãos dadas com o céu azul, mar do cerrado, sua arquitetura contraria a lógica e flerta com a razão. Na geometria rigorosa de seu plano, a capital do Brasil mistura poesia concreta e versos formados em esquadro e papel.
Como não se apaixonar por sua amplidão, que entorpece os olhos e cala a alma? Como não admirar o Lago Paranoá, que parece cortejar a cidade e fica corado ao pôr-do-sol, tal qual namorado ensimesmado ante tamanha beleza? E a Catedral, qual templo que brota do solo e ergue os braços rumo ao sagrado?
Ou o Palácio do Planalto, que parece levitar no meio de uma obra de arte sempre inacabada? O Alvorada surge no horizonte como miragem de linhas, retas e segredos. Brasília é antítese de si mesma. Impávida e tímida, vaidosa e recolhida, romântica e bruta, formosa e crua.
É local de opulência e de ostentação, mas também de miséria e de sonhos. Brasília é fé e misticismo. Baú de histórias da própria história do Brasil. Posses presidenciais, protestos, impeachments. Terra de candangos que vieram em busca de uma vida melhor. Da profecia de Dom Bosco e do Vale do Amanhecer. Das tesourinhas e dos eixinhos.
Das quadras espaçosas e dos pilotis protetores e aconchegantes. Do Parque Dona Sarah Kubitschek e da Ermida Dom Bosco. Das famílias que se sentam no gramado do Eixo Monumental, acima do Memorial JK, para contemplar o crepúsculo e celebrar a amizade e a vida.
Do Eixão do Lazer. Dos vitrais mágicos do Santuário Dom Bosco. Dos olhares distantes da Flor do Cerrado e da Torre de TV. De Lucio Costa, Burle Marx e Athos Bulcão. Honesta, trabalhadora, ética. Impossível não se apaixonar por uma obra prima do urbanismo e da arquitetura arrojada e moderna. O legado de Oscar Niemeyer ressoa mundo afora.
Estrangeiros visitam os monumentos e não conseguem esconder a perplexidade. Sim, brasilienses de nascimento, ou adotados em algum momento da vida, têm a sorte de admirar tanta beleza. De nos apaixonar por suas curvas sinuosas e estética atrevida.
A Volvo Cars Brasil mostrou, esta semana, os tão esperados (para quem tem mais de R$ 600 mil disponíveis) EX90, elétrico, e XC90, híbrido. Ambos – que já estão nas 49 concessionárias da marca – são referência em segurança automotiva, como é tradição na marca. Mas o EX90 é apontado pela própria como o veículo mais seguro já produzido por ela. No geral, o SUV de sete lugares combina também tecnologia avançada e luxo de sobra. Os suecos da Volvo (empresa que agora pertence à chinesa Geely) queriam encerrar a produção dos híbridos até o fim desta década. Mas, diante do que querem os clientes, decidiu renová-los. Afinal, desde fevereiro, quando abriu pré-vendas para ambos os modelos, teve resultado impressionante: 100 unidades reservadas em poucos dias.
O EX90 foi feito do zero. Com potência de 517 cv e 93kgfm de torque, é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos.Tem 459 quilômetros de autonomia e pode recarregar de 10% a 80% em 30 minutos usando um carregador de 250kWh. Como foi “feito do zero”, aprimorou ainda mais o foco no conforto e na segurança. Por exemplo: o interior é também considerado pela marca como o mais silencioso já feito. Isolar praticamente qualquer ruído externo.
E quanto ao pacote de segurança, reconheça-se: é muito completo. Vem com o Lidar, um sistema muito mais eficiente que câmeras capaz de identificar objetos em até 250 metros, na chuva e na neblina. O modelo é o primeiro do mercado nacional com essa tecnologia. Obviamente, isso tem preço: a versão elétrica custará R$ 859 mil, em versão única. Como sempre, o consumidor terá várias opções de customização. São oito cores e diferentes acabamentos dos bancos.
Atualizações – O XC90, um ícone sueco da sofisticação lançado há 22 anos, ganhou atualizações tanto em design quanto em tecnologia. A autonomia prometida só no modo elétrico é de até 49 km, segundo o Inmetro. No modo tradicional, é em torno de 550 km. O SUV usa um sistema híbrido plugin com um 2.0 turbo de 310cv, que trabalha em conjunto com um elétrico de 145cv. Combinados, os dois geram uma potência de 462cv. Ele ganhou mudanças estéticas na frente, com um novo farol, mas manteve o padrão de assinatura visual clássico e minimalista da marca.
O interior ganhou console central remodelado, com novas telas, maiores e com resolução melhor. A Volvo, aliás, usa e abusa de materiais reciclados em parte do painel. O sistema operacional, também novo, permite o uso de aplicativos sem a necessidade de parear o celular. A versão mais básica, Plus, custa R$ 639.950. A Ultra, intermediária, com suspensão a ar, head-up display, câmera 360º e purificador de ar, custa R$ 689.950. A Ultra Black ganha detalhes externos escurecidos e custa R$ 699.950.
Novo Kicks, mais 400 novos funcionários – O Complexo Industrial da Nissan, em Resende, no sul do Rio de Janeiro, ganhou uma caprichada reforma para finalmente receber a linha da segunda geração do utilitário esportivo Kicks. Por exemplo: o número de fornecedores internos foi ampliado de dois para seis e já foram contratados 297 funcionários na linha de produção, num total de 400 novos empregos. No geral, serão 3 mil trabalhadores na operação como um todo, dos quais 2,2 mil da Nissan.
O novo Nissan Kicks chega, mas não elimina a versão lançada em 2016, a Play — que ficará como de entrada na marca. O complexo ganhou 98 novos robôs, elevando o índice de automação de 55% para 84%. A reforma é fruto do investimento de R$ 2,8 bilhões que a Nissan realiza no Brasil até abril do próximo ano. A nova geração do SUV da marca japonesa começa a ser produzida este mês para chegar ao mercado em meados do ano. Ele terá um motor 1.0 turbo flex com até 125cv e 22,4 kgfm de torque. O câmbio CVT vem do México. A produção de Resende atenderá também outros 20 países.
Omoda&Jaecoo chega com dois modelos – A marca chinesa Omoda&Jaecoo, do grupo Chery, anunciou nesta quarta-feira (16) a chegada no mercado brasileiro. O objetivo global da companhia é vender 1,4 milhão de veículos em mercados externos à China até 2030. Na Europa, já está presente no Reino Unido, Espanha, Polônia e Itália. Por aqui, desembarca com dois modelos: o Omoda E5 elétrico (EV) e Jaecoo 7 SHS. Ambos já estão à venda em 50 lojas sob a bandeira da marca, localizadas em 17 estados. A Omoda &Jaecoo já planeja a vinda de outros modelos para o país e promete que, em breve, terá uma fábrica por aqui.
Conheça os dois modelos:
Jaecoo 7 SHS: Modelo já está à venda em alguns países desde 2023. É equipado com um motor a gasolina 1.5 turbo e transmissão de dupla embreagem de 7 velocidades. Essa configuração fornece uma potência combinada de 249 kW (339 cavalos de potência). O motor elétrico síncrono de imã permanente contribui com 150 kW (204 cavalos de potência), enquanto o motor de combustão interna fornece 99 kW (135 cavalos de potência).
O Jaecoo 7 SHS chega ao Brasil em duas versões: o Luxury (de entrada) e o Prestige (ainda mais completo, com sistema ADAS 2.5, bancos aquecidos e ventilados, entre outras facilidades). Ambas as versões vêm de fábrica com um conjunto abrangente de recursos de segurança, incluindo vários airbags frontais e laterais, controle de estabilidade e sistemas avançados de assistência ao motorista. O modelo já está disponível para venda: R$ 229.990 na versão Luxury e R$ 249.990 na versão topo de linha Prestige.
Omoda E5 elétrico (EV) – O carro é equipado com uma bateria de 61,1 kWh, oferecendo uma autonomia de aproximadamente 345 km por carga, o equivalente a 44.7 km/l, com uma taxa de eficiência de 177 Wh/km. O Omoda E5 suporta uma potência máxima de carregamento de 80 kW, permitindo uma carga de 80% em cerca de 30 minutos, com a utilização de uma estação de carregamento de 80 kW. O veículo é alimentado por um motor elétrico de 150 kW (204 cavalos de potência) e vai de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, com uma velocidade máxima de 172 km/h. No interior, o SUV oferece duas telas digitais de 12,3 polegadas para o painel de instrumentos e o sistema de entretenimento, com conectividade Apple CarPlay e Android Auto sem fio, um sistema de som com 6 alto-falantes e um carregador de celular por indução de 50 W. O porta-malas tem capacidade para 340 litros. O Omoda E5 custa R$ 209.990.
Harley-Davidson apresenta linha Cruiser 2025 – A fabricante de motocicletas americana Harley-Davidson acaba de revelar sua nova linha Cruiser 2025. Agora, a família conta com seis modelos distintos: Breakout, Fat Boy, Heritage Classic, Low Rider S, Low Rider ST e Street Bob (que volta a fazer parte do line-up). Cada um com personalidade própria e equipado com o novo motor Milwaukee-Eight 117 — que, agora, ganhou três novas calibrações, cada qual ajustada para entregar diferentes estilos de pilotagem.
Milwaukee-Eight 117 Classic (Street Bob e Heritage Classic) foi projetado para oferecer uma pilotagem suave e equilibrada, com uma curva de torque plana para um desempenho consistente e fácil de administrar nas ruas. O Custom (Fat Boy e Breakout) foi ajustado para fornecer 6% mais potência e 5% mais torque do que o motor Classic. Essa calibração garante uma resposta mais ágil e uma aceleração mais vigorosa. Já H.O. (Low Rider S e Low Rider ST) é voltado para motociclistas que buscam alto desempenho, pois a versão entrega uma faixa de RPM ampliada e um som de escape mais agressivo, ideal para quem deseja mais esportividade. Toda a linha Cruiser 2025 também conta com tecnologias avançadas que garantem maior segurança e conforto para o piloto.
Modos de pilotagem – O sistema de modos de pilotagem dinâmicos ajusta automaticamente a entrega de potência e a resposta do motor, permitindo que o motociclista escolha a melhor configuração para cada situação.
Rain (chuva) – Para pilotagem em superfícies molhadas, com resposta do acelerador mais suave e maior controle de tração.
Road (estrada) – Configuração equilibrada para uso cotidiano, oferecendo uma resposta linear.
Sport (esportivo) – Para uma pilotagem mais agressiva, com resposta mais rápida do acelerador e entrega de potência otimizada.
Os modelos também incluem sistemas de segurança aprimorados, como ABS otimizado para curvas, controle de tração otimizado para curvas e sistema de controle de derrapagem em torque para curvas, proporcionando estabilidade e segurança superiores ao inclinar a motocicleta. Além disso, todas as motocicletas contam com controles de cruzeiro, de tração, de derrapagem em torque etc.
Venda de importados avança 33% no 1º trimestre – Os licenciamentos de veículos das dez marcas associadas à Abeifa no primeiro trimestre de 2025 acumularam 27.723 unidades, num volume 32,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em março, as vendas das afiliadas somaram 10.174 veículos, com altas de 12,8% em relação a fevereiro (9.023) e de 20,3% ante o volume de março de 2024 (8.455). Ao fim do primeiro trimestre, as associadas da Abeifa responderam por mais de 50% do total do mercado de eletrificados, com 25.519 – volume que expressou alta de 36,4% em relação às vendas de eletrificados das marcas associadas um ano antes (18.710).
Salão do Automóvel é confirmado – A capital paulista será novamente palco para o principal evento automotivo da América Latina. Após sete anos, está confirmada a realização da 31ª edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que acontecerá entre os dias 22 e 30 de novembro, no Distrito Anhembi. O local, que foi “a casa” do Salão por mais de 30 anos, está totalmente reformado, com instalações modernas, ambiente climatizado e soluções técnicas para atender às exigências de eventos de tal magnitude. A edição 2025 ocupará 67 mil m², divididos em cinco pavilhões.
Inspirada em mostras internacionais do gênero, a 31ª edição terá atividades interativas que permitirão aos visitantes conhecerem de perto novas tecnologias e produtos. Com o tema “Reimagine, Reescreva, Reviva”, o Salão vai apostar em pilares como mobilidade, sustentabilidade, experiências, eletrificação e test drives como principais atrativos.
Mustang: mais um ano na liderança global – No dia em que o Mustang completou seu 61° aniversário, 17 de abril, a Ford comemorou também mais um ano de liderança global de vendas do “muscle car”. Segundo a S&P Global Mobility, o Mustang foi o cupê esportivo mais vendido do mundo em 2024, ampliando o seu domínio que já dura uma década, período em que somou cerca de 1 milhão de unidades.
Os registros globais de veículos da S&P Global Mobility são compilados de órgãos governamentais e outras fontes, que capturam 95% dos volumes globais de veículos novos em mais de 80 países, conforme relatado em março de 2025. Na definição da entidade, o segmento de carros esportivos inclui modelos cupê de duas portas e conversíveis. O Mustang está disponível hoje em 85 mercados globais. No Brasil, onde foi lançado oficialmente em 2018, ele soma até hoje mais de 3.800 unidades, incluindo os modelos GT, Black Shadow, Mach 1 e GT Performance, que em breve vai ganhar também uma nova versão com transmissão manual, de edição limitada.
Mitos e verdades sobre manutenção veicular –
Acreditar em mitos em relação à manutenção automotiva pode custar caro. Dicas duvidosas sobre ar-condicionado, pneus, limpeza de painéis e uso de adesivos confundem motoristas e até profissionais da reparação, comprometendo a segurança e a eficiência dos veículos. Para separar fatos de ficção e reforçar boas práticas no cuidado automotivo, a Henkel — líder global em adesivos, selantes e tratamentos de superfície — traz explicações técnicas e soluções que fazem a diferença na manutenção no dia a dia. Célio Ruiz, gerente de Assistência Técnica da Henkel, esclarece os mitos mais comuns:
Mito: Usar o ar-condicionado gasta muito combustível Verdade: “O impacto no consumo é mínimo, especialmente nos modelos mais modernos. O importante é garantir que o sistema esteja limpo e funcionando corretamente. O uso de determinados produtos elimina bactérias e odores do ar-condicionado e melhora a experiência sem comprometer o desempenho”, explica Ruiz.
Mito: Pneus com mais pressão duram mais Verdade: Pneus com pressão acima do recomendado perdem aderência e se desgastam de forma irregular, aumentando o risco de acidentes. Para casos de danos estéticos em rodas de liga leve, por exemplo, Ruiz recomenda o uso de adesivos híbridos bicomponentes, que permitem reparos rápidos, seguros e com acabamento profissional.
Mito: O óleo do motor precisa ser trocado a cada 5.000 km Verdade: “Essa prática vem de uma época em que os óleos eram menos avançados. Hoje, o ideal é seguir sempre a recomendação do fabricante, que considera o tipo de óleo, o modelo do motor e as condições de uso”, destaca Ruiz.
Mito: Qualquer produto serve para limpar o painel Verdade: “Produtos multiusos podem ressecar e danificar o acabamento interno do painel A dica é usar produtos específicos para o interior do veículo – como para conservação e proteção de plásticos e borrachas. Alguns formam uma película protetora que também evita ruídos e ressecamento”, alerta Ruiz.
Mito: Adesivos e selantes são soluções temporárias Verdade: Na indústria automotiva global, adesivos estruturais e selantes de alta performance são padrão OEM. Escolher o produto adequado garante fixação resistente, vedação eficaz e longevidade, mesmo sob temperaturas extremas ou forte vibração. Mas é essencial seguir a especificação técnica para cada aplicação.
Informação técnica com clareza e segurança – Separar mitos de fatos faz toda a diferença na manutenção automotiva. Escolher produtos adequados e aplicá-los corretamente evita gastos desnecessários e prolonga a vida útil do veículo. Antes de seguir qualquer dica, busque informação técnica confiável.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Após o assassinato de seis mulheres em menos de 24 horas no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil disse que vai permitir que pedidos de medidas protetivas de urgência sejam feitos pela internet a partir da próxima semana.
A medida, segundo a corporação, deve facilitar o acesso de vítimas de violência doméstica à principal forma de interromper o ciclo de agressões. Nenhuma das mulheres mortas ontem tinha medida protetiva contra os suspeitos.
O lançamento do recurso foi agilizado pelas autoridades após os crimes. “Já estava prevista, estávamos com as coisas organizadas, uma reunião havia sido feita na semana passada. Agora, vamos colocar em funcionamento o mais rápido possível”, explica Fernando Sodré, chefe da polícia no RS.
“Até 90% das vítimas de feminicídio não têm medida protetiva ativa. Não temos certeza, mas tudo indica que as mulheres têm tanto medo que não conseguem nem ir à delegacia denunciar. Com esse sistema que permite que o companheiro violento não tome conhecimento, esperamos atender um número maior de mulheres e, consequentemente, diminuir os feminicídios.”
Ainda não há data definida para o lançamento da ferramenta, mas a Polícia Civil deve fazer o anúncio na terça-feira (22).
“O mecanismo legal mais crucial que temos no momento é a medida protetiva de urgência. Ela tem efetividade. O registro policial, seja físico, seja virtual, e a medida protetiva de urgência, seja física e, a partir da semana que vem, digital, é fundamental para romper com esse ciclo de violência que assola as mulheres na nossa sociedade”, explica o delegado Christian Nedel, diretor do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis.
Seis casos em 24 horas
O Rio Grande do Sul registrou seis feminicídios em menos de 24h, entre a madrugada e a tarde da última sexta-feira (18). Segundo o chefe de polícia do estado, os casos não têm ligação direta entre si.
“Não há nada que una os crimes. Está ligado a essa questão estrutural, de machismo e misoginia. Somos obrigados a reconhecer que são casos que estão ligados a um sentimento de posse, de não aceitar que a mulher tenha outro parceiro”, explica o delegado Fernando Sodré.
Veja detalhes de casa caso:
Parobé (RS)
Um homem é suspeito de matar a ex-companheira grávida a facadas. O corpo da vítima foi encontrado em uma rua com ao menos três ferimentos, por volta das 5h. Uma familiar foi acionada pela polícia e fez o reconhecimento do corpo. A vítima é Caroline Machado Dorneles, de 25 anos. Ela deixa uma filha de 5 anos, segundo a irmã, Gabriela Fernanda Machado. O suspeito foi preso preventivamente hoje. O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
Feliz (RS)
Uma mulher de 21 anos e seu namorado, de 24, foram mortos a facadas na madrugada de sexta-feira pelo ex-namorado da jovem. As vítimas se chamam Raíssa Müller e Eric Richard de Oliveira Turato.
O suspeito teria visto uma publicação do casal em uma rede social, invadido a residência e cometido o crime. Raíssa e Eric foram encontrados na cozinha da casa. O ex de Raíssa está internado em estado gravíssimo sob custódia da polícia. Ele teve a prisão em flagrante determinada.
São Gabriel (RS)
Uma mulher de 47 anos foi morta a facadas dentro de casa na manhã de sexta-feira. O suspeito é o ex-companheiro da vítima, um homem de 54 anos. Ele foi localizado horas depois e preso em flagrante. A filha da vítima, de 6 anos, teria presenciado o crime. Os nomes dos envolvidos não serão publicados, a fim de preservar a identidade da criança.
Viamão (RS)
Uma técnica de enfermagem foi encontrada morta com um tiro na cabeça na tarde de ontem. A vítima foi identificada como Patrícia Viviane de Azevedo, de 50 anos. O suspeito é ex-companheiro da mulher, que fugiu do local após o crime.
A mulher teria sido assassinada dentro de casa. Um revólver calibre 32, que seria a arma do crime, foi encontrado na residência. Segundo Gilmara de Azevedo, irmã da vítima, Patrícia e o suspeito estavam juntos há cerca de dois anos, entre idas e vindas. Eles teriam terminado o relacionamento nesta semana e, ainda segundo a irmã, o suspeito deixaria a residência onde o casal morava nos próximos dias.
Bento Gonçalves (RS)
Jane Cristina Montiel Gobatto, de 54 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, de 64 anos, na tarde de ontem. O suspeito foi preso em flagrante.
Santa Cruz do Sul (RS)
Simone Andrea Meinhardt foi assassinada a facadas no início da tarde de sexta. O suspeito do crime é o companheiro dela, segundo a Polícia Civil. Facas com sangue foram apreendidas no local. O autor foi preso e autuado em flagrante.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou a trégua de Páscoa anunciada pelo presidente russo, Vladimir Putin, de “mais uma tentativa de Putin de brincar com vidas humanas”. De acordo com Zelensky, “alertas de ataque aéreo estão se espalhando pela Ucrânia. Drones em nossos céus revelam a verdadeira atitude de Putin em relação à Páscoa e à vida humana”.
A fala acontece após Putin, anunciar, hoje, um cessar-fogo temporário durante o feriado de Páscoa com a Ucrânia. Os russos vão suspender todas as operações das 18h deste sábado até a 0h da próxima segunda-feira (21). As informações são do portal Metrópoles.
“Guiado por considerações humanitárias, hoje, a partir das 18 horas até a meia-noite de domingo para segunda-feira, o lado russo declara um cessar-fogo pascal. Ordeno que, durante este período, todas as operações militares sejam suspensas. Partimos do princípio de que o lado ucraniano seguirá o nosso exemplo. No entanto, as nossas tropas devem estar preparadas para repelir possíveis violações do cessar-fogo e provocações por parte do inimigo, quaisquer ações agressivas suas”, afirmou Putin.
Após o anúncio, o chanceler ucraniano, Andrii Sibiga, afirmou que espera “ações, não palavras”, chamando Putin de não confiável. “Putin agora fez declarações sobre sua suposta prontidão para um cessar-fogo. 30 horas em vez de 30 dias. Infelizmente, temos um longo histórico de declarações não condizentes com suas ações”, escreveu Sibiga nas redes sociais.
Zelensky também disse que vai manter as operações no território da região de Kursk e Belgorod, com as tropas ucranianas avançando e ampliando zona de controle.
“Quanto à mais recente tentativa de Putin de brincar com as vidas das pessoas – um alerta aéreo está agora se espalhando pelo território da Ucrânia. Às 17h15, drones de ataque russos foram detectados em nosso espaço aéreo. A defesa aérea ucraniana e a aviação já começaram a atuar para proteger o país. ‘Shaheds’ [drones iranianos] em nosso céu – essa é a verdadeira atitude de Putin em relação à Páscoa e às vidas humanas”, afirmou.
Em meio à elaboração da PEC da Segurança pelo governo Lula, parlamentares da base aliada e da oposição travam uma corrida paralela para marcar posição sobre o tema. A pouco mais de um ano e meio das eleições de 2026, o debate sobre segurança pública ganha contornos eleitorais, com congressistas buscando apresentar projetos que endurecem penas, criam novos tipos penais e ampliam prerrogativas para juízes e policiais.
No campo governista, senadores do PT têm liderado propostas para reforçar a narrativa de que a esquerda também age com firmeza no combate ao crime. Fabiano Contarato (PT-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE) apresentaram um pacote de medidas que inclui aumento de penas para latrocínio, corrupção e tráfico de drogas, além de alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estender internações de menores envolvidos em crimes violentos. As informações são dojornal O Globo.
As mudanças propostas também avançam sobre crimes de colarinho branco. Contarato quer transformar corrupção e peculato em crimes hediondos e elevar a pena mínima de dois para seis anos. Já Carvalho propõe pena específica de até 15 anos para o domínio territorial por facções, sobretudo quando envolve sabotagem ou ocupação de prédios públicos — uma tentativa de alcançar juridicamente áreas em que o Estado perdeu controle efetivo.
Do lado da oposição, nomes como Sergio Moro (União-PR) e Eduardo Pazuello (PL-RJ) investem em projetos que endurecem o tratamento penal a organizações criminosas, ao mesmo tempo em que ampliam os poderes das forças de segurança. Moro, por exemplo, quer tirar do Tribunal do Júri os homicídios cometidos por facções e enquadrá-los diretamente na Justiça comum, enquanto Pazuello propõe regulamentar buscas policiais sem mandado e validar o uso de reconhecimento facial como prova.
A atuação da oposição não se limita à agenda legislativa. Lideranças bolsonaristas presidem as Comissões de Segurança da Câmara e do Senado — Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), respectivamente — e buscam capitalizar esse espaço como vitrine para 2026. Apesar de atuarem de forma paralela, ambos os campos compartilham uma tendência de recrudescimento penal, sugerindo que a segurança pública deve figurar como tema central nas campanhas do próximo pleito.
Enquanto isso, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tenta avançar com o envio da PEC da Segurança ao Congresso, mas enfrenta resistência da oposição, que vê na proposta uma tentativa de o governo federal invadir competências dos estados. Outros textos em elaboração incluem o aumento de penas para receptação de celulares e cabos roubados e um “pacote anti-máfia” que pretende ampliar o combate a organizações criminosas, inclusive no uso de criptomoedas e ouro para lavagem de dinheiro.
A chamada “gangue do Ouro”, conhecida por assaltos a vítimas com joias, voltou a agir no Grande Recife — desta vez, na Zona Norte. Um casal foi surpreendido por criminosos armados na Rua do Futuro, no bairro dos Aflitos, durante uma caminhada. O crime foi registrado por câmeras de segurança da região.
As imagens mostram o momento em que os dois corredores são abordados por três homens armados que estavam em duas motocicletas. A mulher consegue correr e se afastar do local, escapando da abordagem. Já o homem é rendido por um dos assaltantes, que o obriga a entregar pertences como celular e aliança. As informações são da TV Jornal.
Segundo moradores, a Rua do Futuro tem sido alvo constante da atuação da gangue. A recorrência dos crimes tem gerado sensação de insegurança entre os moradores, que cobram maior presença policial na área.
O ex-senador Telmário Mota, acusado de abusar sexualmente da própria filha e investigado pela morte da ex-mulher, deixou a prisão na última quinta-feira (18) após decisão da Justiça de Roraima que autorizou o cumprimento de prisão domiciliar. Ele estava detido desde outubro de 2023.
A defesa do ex-parlamentar alegou problemas de saúde e falta de tratamento adequado no sistema prisional. Segundo o advogado Eduardo Rodrigues, Telmário apresenta quadro de transtorno depressivo e sofre de diversas condições médicas, como miocardiopatia hipertrófica assimétrica, apneia do sono, hipertensão e gastrite.
A decisão foi proferida pelo desembargador Ricardo Oliveira, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e proibiu o réu de se ausentar da residência sem autorização judicial. “Restou demonstrado que o paciente necessita de acompanhamento médico específico, o qual não vem sendo devidamente ofertado no sistema prisional”, justificou o magistrado.
Telmário foi condenado a oito anos e dois meses de prisão em regime fechado pelos crimes de importunação sexual e por oferecer bebida alcoólica à filha, menor de idade, conforme previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Além da condenação por abuso, ele é um dos suspeitos no assassinato de Antônia Araújo de Sousa, sua ex-companheira e mãe da vítima. Antônia foi morta com um tiro na cabeça em setembro de 2023, em Boa Vista (RR). A investigação ainda está em andamento.
Telmário Mota exerceu o cargo de senador por Roraima entre 2015 e 2023. Em 2022, tentou a reeleição, mas não obteve sucesso. Ele já foi filiado ao Solidariedade, legenda da qual se desfiliou após os escândalos.
Imagine, por um instante, o mundo invertido. Não mais como fábula, mas como denúncia. Homens e mulheres presos em gaiolas estreitas de ferro, engolindo farelos sob o olhar indiferente de galos e galinhas. Comendo com a boca no chão. Sendo alimentados por aves com bicos afiados e olhos frios. Noutra cena, corpos humanos dispostos em bandejas de isopor, selados em plástico transparente — prontos para serem comprados como carne em um supermercado lotado de aves consumidores.
O que parece absurdo ou surreal é, na verdade, uma alegoria precisa. Uma provocação simbólica que retira do invisível o que sempre esteve diante de nós: o abismo ético que criamos ao tornar a dor do outro irrelevante. O vídeo publicado pela página Poemas Sextantes, no Instagram, não é sobre vegetarianismo, veganismo, ou dieta. É sobre a nossa falência moral diante da vida que não nos pertence.
A cena ecoa o mito da caverna de Platão. Homens acorrentados desde a infância, vendo sombras e acreditando que aquilo é o mundo real. Vivemos da mesma forma: cegos diante daquilo que a indústria da carne, do leite e dos ovos esconde com paredes de propaganda e rótulos de supermercado. Não vemos os currais. Não vemos os gritos. Não vemos a dor. E, assim, aceitamos a barbárie como rotina.
Albert Schweitzer alertou: “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.” Mas essa lição, apesar de milenar, parece ainda não ter encontrado eco em nossa espécie. O que fizemos foi justamente o oposto: aprendemos a desprezar o pequeno para validar o domínio sobre o outro — mesmo que o outro chore, fuja, sangre e tema a morte como nós.
O artigo que você lê não é um panfleto de militância alimentar. É um grito ético contra a transformação da vida em objeto. No último domingo, o programa Globo Rural mostrou porcas aprisionadas em celas tão pequenas que sequer podiam virar o corpo. Vivem inteiras deitadas. São inseminadas, dão à luz, alimentam filhotes e depois morrem — sem jamais conhecer o que é caminhar. O espaço da vida reduzido a uma cela de sofrimento.
Essas imagens, mesmo reais, não nos comoveriam se não fossem sobre humanos. Por isso o vídeo choca. Porque só quando o nosso corpo é posto no lugar do outro, conseguimos, por instantes, imaginar o horror. Mas se é preciso ver o homem na gaiola para sentir compaixão, o que isso diz sobre nós?
George Orwell já havia nos avisado em A Revolução dos Bichos (1945): quando se normaliza a opressão, a linha entre vítima e algoz se apaga. E a revolução que começa em nome da liberdade, termina — quase sempre — em novos grilhões. A diferença é que, agora, somos nós os dominadores, a espécie que achou que o planeta era seu e que tudo o que respira pode ser embalado, cortado e vendido.
Mas a Terra responde. Seja com pandemias, seja com colapsos ambientais, seja com incêndios ou ondas de calor. Quando uma espécie se recusa a se autorregular, o planeta cria mecanismos para restaurar o equilíbrio: vírus, catástrofes, escassez. É a reação do sistema vivo contra a arrogância do “rei” que nunca soube governar.
Este artigo é um apelo. Um espelho invertido. Um chamado para despertar da caverna, sair do transe. Olhar o outro — qualquer outro — como portador de direito à existência. A consciência não é um privilégio humano. A sensibilidade também não. A dor, menos ainda.
Que essa reflexão ultrapasse a dieta, os rótulos, os dogmas. Que vá além da culpa e da doutrina. Que nos convoque àquilo que, no fundo, nunca deveria ter se perdido: a dignidade da vida. Em qualquer corpo. Com ou sem asas.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, na próxima terça-feira (22), o julgamento para decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta trama golpista de 2022, agora contra mais seis investigados. Eles são apontados como integrantes do chamado “núcleo 2” do plano (veja a lista abaixo).
De acordo com a PGR, esse grupo estaria na articulação de ações para “sustentar a permanência ilegítima” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Para julgar o caso, o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou três sessões: manhã e tarde de terça-feira (22) e, se necessário, a manhã de quarta-feira (23), caso o debate precise de mais tempo.
O julgamento será aberto por Zanin e contará com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, será realizada a sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Depois disso, será a vez das defesas dos denunciados, que poderão se manifestar por até 15 minutos cada, conforme a ordem definida pelo presidente da Turma.
Zanin definiu que as sustentações orais seguirão a ordem alfabética, com base no nome de cada denunciado. Com isso, a primeira a se manifestar será a defesa de Fernando de Sousa Oliveira; a última, a de Silvinei Vasques.
Antes de entrar no mérito, os ministros poderão votar questões preliminares — decisões pontuais que podem influenciar a forma como cada magistrado se posicionará no julgamento.
Na sequência, o relator analisará o mérito da denúncia e indicará se a aceita ou não. Os demais ministros, então, apresentarão seus votos.
Caso haja maioria ou unanimidade por acatar a denúncia, os denunciados se tornarão réus e responderão a processo judicial em mais sessões da Primeira Turma do Supremo.
Ao fim do processo como um todo, os réus serão absolvidos ou condenados, e caberá aos ministros definir qual a pena e por qual crime cada um será punido.
Além de Zanin e Moraes, a Turma é formada pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.
Denunciados
Formam o núcleo 2:
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro;
Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;
Fernando de Souza Oliveira, delegado da PF e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça e ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF;
Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República.
Eles teriam cometido os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, e envolvimento em organização criminosa armada.
No fim de março, a Primeira Turma, por unanimidade, aceitou a denúncia contra Bolsonaro e mais sete pessoas. Entre elas, estão ex-ministros do governo do ex-presidente.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) chega aos 20 anos em 2025 como uma das principais referências na luta pelos direitos dos povos originários. Criada durante o segundo Acampamento Terra Livre (ATL), evento que ocorre anualmente em abril, a entidade surgiu da necessidade de uma representação nacional legítima e plural. Ao longo de duas décadas, tornou-se peça-chave na articulação entre as diversas etnias indígenas do país, promovendo unidade em torno de pautas históricas como a demarcação de terras e a participação nas decisões do Estado.
Às vésperas do Dia dos Povos Indígenas, lideranças que participaram da fundação da Apib relembraram os caminhos percorridos até sua criação. Jecinaldo Barbosa Cabral, do povo sateré-mawé, e Francisco Avelino Batista, o Chico Preto, do povo Apuriña, ressaltaram que o surgimento da entidade é fruto de um longo processo iniciado na década de 1970, em plena ditadura militar, quando os indígenas ainda enfrentavam repressão e invisibilidade. Com a redemocratização e a Constituição de 1988, novas possibilidades de organização começaram a se consolidar. As informações são da Agência Brasil.
A criação da Apib, em 2005, marcou a retomada de uma representação nacional indígena, após um período de desarticulação no início dos anos 2000. Segundo Jecinaldo, o ATL foi decisivo para esse novo fôlego. A primeira edição do acampamento, em 2004, reuniu 80 pessoas em Brasília. O grupo concluiu que era necessário criar uma nova instância, mas com um formato diferente: horizontal, colegiado e representativo das cinco grandes regiões do país.
Francisco relembra que experiências anteriores, como a União das Nações Indígenas (Uni) e o Capoib, foram importantes referências. Embora essas entidades não tenham resistido ao tempo, elas ajudaram a formar lideranças e fortaleceram a base para o surgimento da Apib. “Mesmo com dificuldades, já articulávamos regionalmente. Depois, passamos a nos organizar nacionalmente, até criar a Apib com força suficiente para representar todos nós”, afirmou.
Ao longo de seus 20 anos, a Apib participou de conquistas significativas, como a criação do Ministério dos Povos Indígenas, da Secretaria de Saúde Indígena e a presença de lideranças indígenas no comando da Funai. Ainda assim, os desafios permanecem. “Não garantimos plenamente o direito às nossas terras tradicionais. Os entraves continuam no Congresso, onde temos pouca representatividade”, disse Francisco, alertando para os riscos que ainda cercam os direitos indígenas.
Apesar disso, o futuro da Apib é visto com otimismo. O 21º ATL, realizado na última semana, reuniu milhares de indígenas de mais de 130 etnias em Brasília. Em carta divulgada ao fim do encontro, os participantes reafirmaram o compromisso com a luta coletiva. “A Apib tem força. Está em constante construção, mas as bases a sustentam. Basta que os que estejam à frente respeitem esses fundamentos”, concluiu Jecinaldo.