Segundo o prefeito, Ciro será recebido no partido em um evento na próxima quarta-feira (22). “Na próxima quarta-feira, às 9h40 da manhã, no hotel Mareiro, da Beira Mar, vamos lá receber com uma salva de palmas, um abraço bem caloroso, o nosso ex-governador e futuro governador do Ceará, Ciro Ferreira Gomes”, detalhou.

Na gravação, Ozires diz que o ex-senador Tasso Jereissati foi o “principal responsável” por convencer Ciro a escolher o PSDB. Como mostrou a CNN Brasil, Ciro estaria avaliando convites feitos por legendas como PSDB, PP e União Brasil.

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O líder estadual da sigla ainda afirmou que, em breve, o ex-ministro anunciará sua intenção de disputar o governo do Ceará nas próximas eleições.

“Em poucos dias, ou em poucos meses, o próprio Ciro Gomes vai estar anunciando a candidatura dele ao governo do estado do Ceará. O Ceará quer Ciro de novo”, disse. Ciro governou o estado anteriormente, entre 1991 e 1994, pelo PSDB.

Os filmes do governo transmitidos em todos os canais de TV aberta e também impulsionados em redes sociais exaltam a soberania do país. Em 31 de agosto de 2025 foi lançada uma peça publicitária em tom patriótico e fazendo contraposição ao tarifaço imposto por Trump. Em julho, teve a propaganda do “Brasil com S”, falando do que é apontado como aspectos positivos do Brasil, como Sistema único de Saúde, o SUS, também mencionado no capítulo final de “Vale Tudo”. O Partido dos Trabalhadores também foi na mesma linha e usou seu espaço de propaganda partidária para engrossar a campanha da soberania.

O discurso governista foi inteiramente incorporado pela novela da TV Globo. Na cena de quase dois minutos do último capítulo da novela “Vale Tudo”, cuja audiência foi de 23,4 pontos de média geral, segundo dados prévios do Kantar Ibope obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo, o diálogo entre pai (Bartolomeu) e filho (Ivan) diz que “o Brasil é bom em tanta coisa”. É citada a “quantidade de comida” exportada e a “produção de energia limpa”.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), celebrou a cena de “Vale Tudo” em seu perfil na rede social Instagram: “Seu Bartolomeu, assim como a gente, sabe que o que não falta é motivo para se orgulhar de ser brasileiro”.

Em trecho do diálogo entre Bartolomeu e Ivan, o sistema de saúde brasileiro é elogiado e também comparado com o modelo dos Estados Unidos, considerado pior pelas personagens da novela da Globo.

“E para você ver, pai. Sem falar do sistema de saúde do Brasil. Se você for nos Estados Unidos e quebrar uma perna, por exemplo, e não tiver dinheiro para pagar a ambulância, você não chega nem no hospital, pai. Uma ambulância custa US$ 400. O que é isso? R$ 2.400”, diz Ivan durante a cena da novela.

A TV Globo tem um histórico de aderir ao discurso oficial de vários governos, desde a época da ditadura militar (1964-1985). É comum programas e novelas da emissora ajudarem a promover o discurso oficial do momento. A seguir, a íntegra do diálogo do último capítulo da novela “Vale Tudo”, que incorpora o discurso atual do Palácio do Planalto sob Lula:

Ivan Meireles [ator Renato Góes] – E muita gente pensa assim: ‘Ah, será que isso afetou alguém diretamente… Será que fez mal a alguém? Não. Então não é corrupção’. Mas não é assim, né?

Bartolomeu [ator Luís Melo] – Olha, meu filho, te ouvir falando assim dá a sensação de ter cumprido o meu trabalho como pai. A gente nasceu no maior país do mundo. A gente precisa ajudar este país a ser tudo o que ele pode ser. Quando eu fico pensando que o Brasil é bom em tanta coisa. Eu não estou falando só de natureza ou na quantidade de recursos. É a quantidade de comida que a gente exporta. Na produção de energia limpa. O Brasil exporta avião, exporta futebol, música, cinema. E marketing. Não tem uma agência de propaganda no mundo que não tenha um brasileiro. E, na maioria das vezes, nordestino, viu?

Ivan Meireles [ator Renato Góes] – Eu fiquei impressionado com a pesquisa. Sem falar do sistema de saúde do Brasil. Se você for nos Estados Unidos e quebrar uma perna, por exemplo, e não tiver dinheiro para pagar a ambulância, você não chega nem no hospital, pai. Uma ambulância custa US$ 400. O que é isso? R$ 2.400.

Bartolomeu [ator Luís Melo] – E o nosso sistema bancário? A urna eletrônica? Isso tudo é tecnologia brasileira.

Ivan Meireles [ator Renato Góes] – E o senhor viu que tiveram uns cientistas brasileiros que descobriram um medicamento lá que pode rever um tipo de paralisia?

Bartolomeu [ator Luís Melo] – É sobre isso, filho. O brasileiro precisa voltar a estudar o Brasil. A se orgulhar deste país onde a gente vive. Isso tudo investindo na educação. Educação. Mais educação. A gente chega lá, filho. Não dá mais para a gente ser o país do futuro, não, Ivan. Tá na hora de o Brasil ser o país do presente.

Ivan Meireles [ator Renato Góes] – É isso, pai.

O caso é analisado pelo plenário virtual do Supremo, onde não há debates entre os ministros. Os demais magistrados têm até a próxima sexta-feira (24) para depositar seus votos.

Barroso havia concedido liminar autorizando enfermeiros e técnicos de enfermagem a auxiliar no aborto legal, quando realizado por meio de medicamentos e nas fases iniciais da gestação — o que estaria dentro de suas competências. Isso significa que os profissionais não poderiam ser punidos criminalmente por auxiliar nos procedimentos.

O ministro justificou o voto dizendo que reconhecer a limitação do aborto apenas aos médicos contribui para o “vazio assistencial” e a violação de direitos fundamentais de meninas e mulheres vítimas de violência sexual.

Ao abrir divergência, Gilmar disse que “não há nenhum fato novo que justifique a atuação monocrática” de Barroso. “Como se sabe, o deferimento de medida cautelar pressupõe a presença concomitante dos requisitos legais, sendo certo que a ausência de quaisquer deles obsta a concessão de provimento cautelar”, prosseguiu Gilmar.

Atualmente, a legislação brasileira permite a realização do aborto em três casos: risco de vida da gestante, gravidez resultante de estupro e gravidez de feto anencefálico.

Segundo dados citados na ação, cerca de 16 mil meninas entre 10 e 14 anos se tornam mães por ano no país, e há apenas 166 hospitais habilitados a realizar o aborto legal em todo o território nacional.