Em Brasília, onde lancei, na última terça-feira, o livro O Estilo Marco Maciel já pode ser adquirido na livraria Leitura, por enquanto apenas na loja do Conjunto Nacional, um dos centros comerciais mais movimentados da capital federal. O preço unitário é de R$ 70, fixado pela CRV Editora, de Curitiba.
O deputado federal Coronel Meira (PL) protocolou o requerimento que pede a criação da CPMI da COP30, cobrando uma investigação rigorosa sobre o uso de recursos públicos, contratos, obras e decisões administrativas do evento sediado em Belém (PA). A proposta ganha força em meio a denúncias de desorganização, desperdício de dinheiro e um desempenho que chamou atenção internacional mais pelos problemas do que pelos resultados.
Para Meira, a combinação de gastos bilionários e problemas reiterados cobra uma resposta imediata do Congresso. “O governo prometeu um evento exemplar, mas entregou improviso, risco à segurança e uso duvidoso de recursos públicos. A CPMI é necessária para expor responsabilidades, garantir transparência e evitar que a imagem do Brasil continue sendo manchada por má gestão”, afirmou o parlamentar.
Dados do Portal da Transparência, citados no documento, apontam gastos superiores a R$ 787 milhões, dentro de um orçamento que passa de R$ 1 bilhão. Mesmo diante desse volume, participantes relataram falhas estruturais básicas: banheiros sem água, alimentação precária, calor insuportável e preços abusivos. O ponto crítico ocorreu com o incêndio que atingiu um dos pavilhões da Blue Zone, levando à evacuação da área de negociações e deixando pessoas intoxicadas pela fumaça.
Exatamente duas horas e 15 minutos após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializar a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), retaliou com uma pauta-bomba com impacto bilionário para os cofres públicos, num momento em que o Executivo faz ginástica para cumprir as metas fiscais.
Em nota, Alcolumbre afirmou que vai pautar votação em plenário na próxima terça-feira, 25, do projeto de lei complementar que regulamenta a aposentadoria especial dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias. O texto foi aprovado pela Câmara no início de outubro e, desde então, repousava na gaveta do presidente do Senado. As informações são do portal Estadão.
“A proposta representa um marco para milhares de profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado direto da população brasileira”, escreveu Alcolumbre. “Ao pautarmos essa matéria, reafirmamos que esses agentes são uma prioridade do Parlamento brasileiro. É uma boa notícia para o SUS, para o país e, sobretudo, para quem sustenta a saúde pública nas comunidades mais vulneráveis”.
Segundo o relator da medida na Câmara, Antonio Brito (PSD-BA), o custo é de R$ 5,5 bilhões até 2030, com todas as despesas custeadas pela União. Porém, essa estimativa é inferior à de um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que calculou impacto de R$ 21,2 bilhões nos regimes de prefeituras.
O projeto foi aprovado com 446 na Câmara e só contou com oposição do partido Novo. A medida impacta milhares de servidores dedicados à atenção primária e que historicamente integram a base dos governos petistas, o que pressiona parlamentares progressista a se posicionarem favoravelmente, além do fato de ser uma pauta tipicamente defendida pela esquerda.
A pauta bomba de Alcolumbre veio após Lula se recusar a indicar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao STF. O nome do político mineiro foi amplamente defendido pelo presidente do Senado, por líderes do Centrão e até mesmo pelo ministro Gilmar Mendes, da Suprema Corte. Alcolumbre pressionou Lula a nomear Pacheco sob o argumento de que Messias pode ser rejeitado pelos Senadores, um fato que só ocorreu nos primeiros anos da República.
Longe de qualquer comemoração – seja por diferenças políticas ou ideológicas – o grave incidente na COP30, em Belém, deveria servir como um ponto de união entre governo e oposição em defesa da imagem do Brasil.
O episódio do fogo, que colocou em risco a integridade de participantes e poderia ter gerado pânico e ferimentos, é motivo de lamentação generalizada, não de exploração política.
Tanto o governo quanto a oposição, cada qual a seu modo, têm recorrido nos últimos anos a expedientes escusos para desqualificar adversários. Essa prática precisa ser superada. O momento exige maturidade institucional. É hora de cuidar da imagem do Brasil.
O ocorrido em Belém deve provocar uma reflexão séria sobre responsabilidade, eficiência organizacional e sobre o próprio projeto de país que desejamos construir.
Em vez de produzir críticas improdutivas e reações impulsivas, o episódio deveria inspirar o brasileiro a repensar um país que desperdiça recursos públicos, convive com corrupção endêmica, tolera violência nas ruas, contemporiza com o crime organizado e carrega mazelas que comprometem sua credibilidade internacional.
O incêndio de Belém deveria unir o Brasil, não dividi-lo – unir em torno de teses positivas e de um esforço comum para colocar o país nos trilhos.
Para isso, o governo precisa abandonar sua costumeira prepotência no trato com adversários e abrir portas ao diálogo. Da mesma forma, a oposição deve deixar de responder insulto com insulto e adotar uma postura construtiva em benefício da nação.
O incidente na COP30 abre, ainda, a oportunidade para que os verdadeiros estadistas finalmente aflorem no cenário político brasileiro – homens e mulheres capazes de orientar a sociedade rumo ao caminho mais correto, mais responsável e mais ético.
O Brasil precisa de paz e serenidade, não de rusgas, bravatas e hostilidades constantes. A sociedade brasileira está saturada de insultos e de disputas inconsequentes. O que o país realmente precisa são soluções concretas, trabalho sério e zelo absoluto no trato do dinheiro público, das instituições do Estado e das empresas estatais.
Chegamos a um ponto de inflexão. Que essa oportunidade não seja desperdiçada.
Cantor e compositor, finalista do The Voice em 2021, o pernambucano Geraldo Maia é o convidado do Sextou de hoje. Morando em um sítio em Taquaritinga do Norte, onde é diretor de Cultura do município, recentemente ele me recebeu em seu paraíso particular.
Geraldo Maia nasceu no Recife, estudou ciências sociais na UFPE e se apaixonou pela música popular brasileira, inicialmente, através de Maria Bethânia. Ele só veio lançar o primeiro álbum, Verd’Agua, em 1999. O disco mais recente foi Avia, de 2015. Em sua coleção, 11 CDs em 40 anos de carreira.
O Sextou vai ao ar das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima em destaque ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.
No novo feriado nacional dedicado à consciência negra, data que em tese teria sido a data da morte de Zumbi dos Palmares, cumpre-me destacar que muito antes de Francisco, Ricardo, Cornélio, esse que vos escreve, o sobrenome Brennand já se destacava inclusive no período da monarquia.
É agora que vos apresento Ricardo Brennand Monteiro, filho de Edward o primeiro Brennand a pisar em terras brasileiras, vindo diretamente de Manchester para Salvador na Bahia. Pois o filho de Edward foi morar em Maceió e integrou a Sociedade Libertadora Alagoana, fundada em 1881. Foi reconhecido como um dos nomes mais populares da propaganda republicana em Alagoas. Registros historiográficos narram sua participação direta em ações de libertação de escravizados, destacando-o como figura central do abolicionismo local.
Trabalhos de história social da escravidão em Alagoas registram um episódio emblemático: um comerciante, indignado ao ver um escravizado acorrentado, vai buscar socorro justamente “ao grande abolicionista coronel Ricardo Brennand”. A narrativa conta que Brennand convoca outros coronéis abolicionistas e conduz o grupo à forja do ferreiro Pedro Delfert, no beco de São José, onde as correntes são rompidas à marretada, libertando o cativo. Esse feito foi retratado na imagem acima de periódico local.
Outro estudo, a partir do arquivo da imprensa alagoana, descreve Ricardo Brennand, caixeiro, republicano e abolicionista, liderando a multidão em situação de conflito com as autoridades – o que reforça sua imagem de agitador político, vindo do meio comercial urbano e engajado na luta pela abolição e pela República.
Além dessas referências acadêmicas, textos de memória e genealogia cultural em Alagoas afirmam, sem rodeios, que: “Foi como abolicionista que Ricardo Brennand Monteiro mais se destacou na luta em favor da emancipação do elemento servil e o qualificam explicitamente como abolicionista e republicano Major Ricardo Brennand”. Meu tataravô!
Mas destaco uma citação do ator Morgan Freeman que diz que o racismo se encerra quando pararmos de falar homem branco e homem negro, e apenas como homem, ser humano, sem segregação alguma.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse, ontem, que o recuo dos Estados Unidos sobre a tarifa de 40% imposta a produtos brasileiros como carne, café e frutas é uma “vitória” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre “traidores”. Em publicação feita na rede social X, Gleisi mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Essa é uma grande vitória do presidente Lula na defesa do país”, declarou a ministra. Gleisi afirmou que Lula “soube conversar com seriedade e altivez” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
“Desde o 1º momento, ele se manteve firme diante dos ataques à nossa soberania, mobilizou a sociedade e contou com o trabalho de uma grande equipe de negociadores, sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin [PSB] em coordenação com o Itamaraty”, disse.
A indicação feita pelo presidente Lula de Jorge Messias para compor o Supremo Tribunal Federal representa, antes de mais nada, um gesto de confiança institucional e de aposta no Brasil que deseja caminhar com firmeza rumo à justiça, ao diálogo e ao Estado Democrático de Direito. Messias surge não apenas como nome técnico — e de fato reúne currículo sólido —, mas também como símbolo de que a República pode combinar juventude, competência e compromisso ético com o dever público.
Formado em Pernambuco, com percurso reconhecido na Advocacia Geral da União e em funções de relevo do serviço público federal, Messias demonstra estar habilitado para o pleito que se abre: o de exercer um dos mais altos papéis do Judiciário brasileiro com equilíbrio e dedicação. Sua origem nordestina agrega à escolha uma frescura de perspectiva, lembrando que o Brasil é plural e que o Supremo precisa refletir — também simbolicamente — esse mosaico de realidades.
A nomeação, portanto, reforça a convicção de que o STF deve contar com magistrados capazes de interpretar a Constituição não apenas com a técnica jurídica adequada, mas com empatia pela complexidade social brasileira. Em um momento em que o país se depara com grandes desafios — institucionais, democráticos, econômicos —, ter no STF alguém com trajetória de vivência pública relevante, afinidade com as demandas do Estado e sensibilidade para os clamores da cidadania é um trunfo.
Além disso, a escolha envia uma mensagem importante: a de que o Executivo reconhece a magnitude da função de julgador de última instância e busca preenchê-la com alguém em quem deposita confiança, reconhece mérito e atribui responsabilidade.
Isso reforça o pacto de cooperação institucional entre os poderes, algo indispensável para que o país avance de forma harmoniosa, com respeito às atribuições constitucionais e à independência do Judiciário.
Por fim, como brasileiro e pernambucano — o que torna esta indicação ainda mais significativa — Messias leva consigo o exemplo de uma trajetória construída com seriedade, com foco no serviço público e com visão de Estado.
Se sua confirmação pelo Senado se concretizar, estará aberto um novo ciclo no STF, com uma voz nova, com persistência e com vontade de contribuir para que a justiça não seja apenas ideal, mas resultado tangível para milhões de brasileiras e brasileiros.
DIZEM QUE NÃO PASSA – Ao escolher o pernambucano Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga aberta com a aposentadoria de Roberto Barroso, o presidente Lula, entretanto, coloca todo seu capital político em jogo. Dos 81 senadores, Messias precisa de 41 votos, maioria absoluta da Casa Alta, que preferia o senador Rodrigo Pacheco. Lula vai precisar suar muito a camisa para aprovar o aliado. Em reserva, senadores do próprio núcleo governista dizem que Messias não passa pelo crivo dos senadores.
Ramos age e Yves cala – Único município pernambucano envolvido no escândalo do Banco Master, com desvio de R$ 3 milhões do fundo previdenciário para aplicações no banco, Paulista, na época em que a operação ocorreu, estava sob o comando do ex-prefeito Yves Ribeiro, que até ontem não deu um pio. Tão logo tomou conhecimento do caso, o prefeito Ramos demitiu sumariamente o então presidente da Previ, Luiz Augusto da Silva Júnior (na foto).
Previdência sólida – Em nota, a Prefeitura de Paulista informou que a aplicação financeira foi realizada na gestão anterior e que contrataram um escritório de advocacia especializado para “buscar a recuperação dos valores” e “responsabilizar os envolvidos”. “As auditorias iniciais apontam que o investimento foi realizado à revelia da governança interna, contrariando parecer da consultoria de investimentos contratada à época e sem a devida aprovação do Comitê de Investimentos”, diz o comunicado. Além disso, a nota diz que “a saúde financeira do PreviPaulista permanece sólida”. “Mesmo no cenário mais adverso em relação a este ativo específico, a carteira de investimentos do Instituto (excluindo a aplicação no Banco Master) supera a marca de R$ 135 mihões”, destaca.
Alcolumbre dá aval – A escolha de Lula por Jorge Messias para o STF consagra o advogado pernambucano como uma das figuras centrais do eixo jurídico do governo petista. Próximo a Lula, o ministro da AGU já vinha sendo tratado como “voz de confiança” do presidente em temas sensíveis: da defesa institucional do governo a embates jurídicos no Congresso e no Supremo. A decisão foi tomada depois de consultas com ministros do STF e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Uma ala da Corte e o chefe da Casa Alta eram a favor da indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Prisão de Bolsonaro polemiza – A presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Damares Alves (Republicanos-DF), e outros três senadores bolsonaristas, divulgaram um relatório que aponta “violações de direitos humanos” no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O documento, elaborado após uma “visita técnica” ao local em 17 de novembro, defende que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpra eventual pena em prisão domiciliar por causa de seu quadro de saúde. Segundo juristas, não há base legal para que Bolsonaro seja enviado a um presídio comum caso a condenação por golpe de Estado transite em julgado. Pelo Artigo 73 do Estatuto dos Militares (Lei 6.880 de 1980) o ex-presidente — um capitão reformado do Exército — só pode cumprir pena em organização militar e o comandante do local precisa ter uma patente superior à do preso.
CURTAS
JOGOU PESADO – O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), acusou a governadora Raquel Lyra (PSD) de fazer espetacularização nas entregas dos equipamentos da segurança pública. Em resposta, a gestora defendeu os números obtidos na área de segurança. “O cenário criado pelo governo é tão artificial que nem a própria governadora acredita no discurso que a gestão produziu”, disse.
CONTRAPONTO – De pronto, Raquel afirmou: “A gente tem investido em segurança pública e acho que a resposta [para o pronunciamento do deputado] são os números, mais do que tudo, dos investimentos, da contratação de novas pessoas, da construção de novas delegacias, batalhões, do cuidado que a gente vem tendo, são mais de R$ 2 bilhões de investimento. Eu estou no governo para governar, para fazer investimento, para garantir que os serviços possam ser melhorados”.
NEVES PRESIDENTE – Tem cara nova na presidência do Tribunal de Contas do Estado: o conselheiro Carlos Neves, eleito na sessão da quarta-feira passada. A nova mesa diretora tem ainda os conselheiros Marcos Loreto (vice-presidente), Dirceu Rodolfo (corregedor), Eduardo Porto (diretor da Escola de Contas) e Rodrigo Novaes (ouvidor). Os conselheiros Valdecir Pascoal e Ranilson Ramos presidirão, respectivamente, a segunda e a primeira câmaras.
Perguntar não ofende: Quando Bolsonaro será preso?
Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca. A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil.
A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas.
Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. No caso específico do Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%.
Agora, a taxa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump.
Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada:
café;
carne bovina;
açaí;
cacau;
banana
tomate;
coco;
castanha de caju;
mate;
especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada.
Negociações entre Lula e Trump
Ao contrário da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump citou a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e escreveu que a retirada das tarifas é consequência das negociações entre o governo brasileiro e o norte-americano.
“Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento.”
“Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários […] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional […] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil.”
Governo brasileiro celebra decisão
O governo do Brasil comemorou a retirada das tarifas. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil, retomadas em outubro, e pela data retroativa (13 de novembro) coincidir com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que a ordem de Trump é uma “excelente notícia” para o Brasil, que agora volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, “apoiando assim a estabilização de preços para alguns produtos”.
Alívio para exportadores
A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representam um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta, segundo o Ministério da Agricultura.
Segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), com o tarifaço, as importações americanas de café brasileiro haviam caído pela metade entre agosto e outubro em relação ao mesmo período de 2024.
No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior.
Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. “A reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira.”
O Sertão de Pernambuco registrou volumes expressivos de chuva nas últimas 24 horas, segundo dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). Carnaubeira da Penha foi a cidade que mais recebeu precipitação, com 74,9 mm, destacando-se como o maior acumulado do período e evidenciando a força das chuvas sobre a região.
Floresta também registrou um volume significativo, com 37,2 mm. O Riacho do Navio ficou cheio, fazendo a alegria dos moradores e contribuindo para o abastecimento de água da cidade. Outras cidades sertanejas também registraram precipitações relevantes: Itacuruba, com 36,8 mm; Cabrobó, 32,5 mm; e Ibimirim, 18 mm. Com informações da APAC e do Blog do Elvis.
Deputados iniciaram conversas para viabilizar a CPI do Banco Master. A instituição foi alvo de operação da Polícia Federal, que prendeu Daniel Vorcaro e outros executivos do banco na última segunda-feira (17) por suspeita de manipulação de ativos e desvio de recursos de fundos de investimentos.
A reportagem apurou que os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Luciano Bivar (União Brasil-PE) conversaram sobre encabeçar a iniciativa, o que daria ao Congresso acesso a todos os documentos apreendidos na operação e às perícias da Polícia Federal realizadas nas mídias recolhidas, como telefones celulares.
Vorcaro mantinha relações com integrantes dos três poderes e de todos os espectros ideológicos, mas, especialmente, do Centrão. Do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, ao do PP, Ciro Nogueira, que comandam juntos a maior força de direito no país, passando pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (BA), e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Cunhado do banqueiro, Fabiano Campos Zettel, do Moriah Asset, doou R$ 2 milhões para a campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo nas eleições de 2022. Foi o único doador pessoa física.
O empresário também repassou R$ 3 milhões para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. E doou R$ 10 mil para a candidatura do deputado federal Lucas Gonzalez (Novo) em 2022.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, usou suas redes sociais nesta quinta-feira (20), para comemorar a indicação de Jorge Messias para o STF. Advogado-geral da União, Messias tem 45 anos e é considerado um nome de confiança de Lula.
Wolney lembrou que foi colega de turma de Jorge Messias na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco. “Ele seguiu a carreira na AGU e eu toquei a vida na Câmara dos Deputados. Voltamos a nos encontrar em Brasília, ambos servindo ao governo do presidente Lula”, destacou.
O ministro disse ainda estar duplamente feliz com a ascensão de Jorge Messias, “como brasileiro e como pernambucano”. E afirmou estar confiante na aprovação de seu nome pelo Senado. “Apenas uma coisa me preocupa: a falta que ele vai fazer ao presidente Lula e ao conjunto de ministros”, ressaltou Wolney.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza, amanhã (21), a partir das 8h, mais uma edição do Projeto Inclusão INSS. Dessa vez, o destino é o município de São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife.
A iniciativa visa agilizar a análise do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para crianças e adolescentes neurodivergentes da rede pública de ensino. Em parceria com a Secretaria de Educação do município, foram convocadas 22 famílias para 40 atendimentos, que incluem avaliação social e perícia médica.
Os atendimentos ocorrerão no Centro Social Urbano de São Lourenço da Mata, no bairro de Chã da Tábua, com o apoio de uma equipe formada por dois assistentes sociais, um perito médico e três servidores administrativos, além de profissionais da Prefeitura.