Por Manoel Guimarães – Especial para o blog
Os erros na condução da política internacional brasileira seriam a razão do tarifaço imposto ao país pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deverá entrar em vigor em agosto. Essa é a leitura do líder do União Brasil no Senado e presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, senador Efraim Filho (PB). Embora afirme que um erro não justifica outro, o paraibano defendeu, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, que o país mude seus rumos na relação comercial.
“Estamos diante de um cenário desafiador. A maior preocupação é com o setor produtivo. O empreendedor já convive com um Custo Brasil enorme, fruto de um tripé nefasto: a nossa insegurança jurídica, a alta carga tributária e a burocracia interminável. Esse tarifaço é preocupante, é preciso ter habilidade, diplomacia, negociar para avançar. E o governo brasileiro tem que estar atento aos movimentos da geopolítica internacional. Certo ou errado, Trump está defendendo os interesses do país dele. Temos que defender os nossos”, apontou.
Leia maisEmbora considere que Trump “misturou alhos com bugalhos” ao vincular o tarifaço à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Efraim aponta que “cabe ao Brasil escolher suas brigas, o que é sinal de estratégia”.
“Teve reação no Canadá, na União Europeia, com tarifas de 30%. O tamanho da taxa mostra que o Brasil teve seus equívocos. Não dá para ser só por conta de Bolsonaro. Lula faz aproximação com ditaduras, ele chamou a eleição dos Estados Unidos de neonazismo. Temos que voltar para o plano em que o Brasil era um país neutro nas relações internacionais, sem colocar a ideologia à frente da nossa população. É preciso ajustar os erros”, disparou o senador.
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