Por Antonio Campos*
Participei, hoje, do Fórum Nordeste 2023, liderado por Eduardo Monteiro, sobre desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias limpas. Muito prestigiado, o evento recebeu empresários, políticos, membros do setor acadêmico e amigos desse grande empreendedor e líder empresarial nordestino, que é Eduardo. Ele se reinventa a cada dia continuando o mesmo, fiel aos amigos e aos seus princípios. Um verdadeiro herdeiro da tradição de Armando Monteiro e Agamenon Magalhães.
O assunto mais importante no mundo atualmente é a emergência climática pelo aquecimento global. Os oceanos estão com febre e, diariamente, vemos efeitos extremos da natureza. Escapamos da pandemia COVID-19 com muitos danos, mas a humanidade, em até 30 anos, não sobreviverá se não resolver o aquecimento global e diminuir as agressões à natureza.
Leia maisO novo modelo de desenvolvimento leva em consideração os ativos ambientais e uma economia de baixo carbono. O historiador Jorge Caldeira, em seu livro ‘Brasil, Paraíso Restaurável’, mostra a importância estratégica dos ativos ambientais brasileiros para que esse país se consolide como a potência que merece. O Brasil precisa agilizar algumas medidas para se consolidar como a maior potência ambiental do mundo, inclusive mostrar que é carbono neutro. O mundo investirá na transição energética 2 trilhões de dólares, em 2023, mais que o PIB do Brasil.
O Brasil já é uma locomotiva na produção de alimentos e energias renováveis. A Amazônia é o maior ativo ambiental do mundo. Queimar ou derrubar floresta é queimar dinheiro. Ela vale preservada. E esse ativo, entre outros aspectos ambientais do Brasil, faz uma grande diferença na atualidade.
O agronegócio deve fazer o dever de casa e ir para a vanguarda da sustentabilidade. Paradoxo? Não. Inteligência estratégica. Por exemplo, a comunidade europeia cobrará, a partir de 2026, uma taxa do carbono em commodities (CBAM). Ou seja, o agronegócio brasileiro precisa se antecipar a essa realidade.
O Grupo EQM, liderado por Eduardo Monteiro, que já está formando uma nova geração, está fazendo o dever de casa. É guardião, inclusive, das maiores reservas particulares de florestas, em Pernambuco e Alagoas. Esse Fórum Nordeste também é uma valiosa contribuição do Grupo EQM, um dos maiores produtores de álcool do Nordeste, no caminho da sustentabilidade ambiental e social, uma vez que a cana social também é grande empregadora, na era da tecnologia.
O ‘Fórum Nordeste 2023, desafios e oportunidades nos setores de biocombustível e energias limpas’, nunca foi tão atual ao tratar um assunto tão urgente, a transição energética, descarbonização e o papel dos biocombustíveis para a diminuição do aquecimento global.
*Advogado, escritor, empresário da Meta Energias Renováveis, membro da Academia Pernambucana de Letras e da Associação Brasileira de Imprensa.
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