Quinze dias após este blog cobrar da governadora Raquel Lyra (PSDB) notícias do seu cão adotivo, batizado, por ironia do destino, como Magno, por haver sumido das postagens dela pelas redes sociais, finalmente o animal de estimação reapareceu.
Para deleite dos que estavam saudosos do “Magno”, levado para ser adestrado em Caruaru pela sua dona adotiva, a governadora postou, há pouco, este simpático e “comovente” vídeo. Confira!
Depois de uma breve pausa, retomo na próxima semana a jornada de lançamentos do meu livro “Os Leões do Norte” pelo interior de Pernambuco. Desta vez, o destino é o Agreste Meridional. Em parceria com as prefeituras e lideranças locais, vou percorrer cinco municípios em três dias.
A agenda começa na terça-feira (28), em Águas Belas, no Colégio Nicolau Siqueira, às 19h, com o apoio do prefeito Elton Martins. Na quarta-feira (29), será a vez de Capoeiras, onde o lançamento ocorrerá na Câmara Municipal, também às 19h, com a presença do prefeito Nêgo do Mercado, do secretário Clécio Farias, vereadores e representantes do governo municipal.
Já na quinta-feira (30), o roteiro inclui três paradas: Angelim, às 10h, na Escola Miguel Calado Borba, com o prefeito Carlos Henrique (Caíque); Caetés, às 15h, no Colégio Monsenhor Callou, ao lado do prefeito Nivaldo Tirri e da secretária de Educação Giselda Correia; e, encerrando o dia, Garanhuns, às 19h, no auditório da AESGA, com o prefeito Sivaldo Albino, o secretário Ronaldo César e demais integrantes do governo municipal. A cidade de Brejão também deve integrar o circuito, com data a ser confirmada.
“Os Leões do Norte” é o resultado de uma ampla pesquisa jornalística e historiográfica que reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, de 1930 a 2023, traçando um panorama da política estadual ao longo de quase um século. A obra resgata episódios pouco lembrados, reconstrói contextos e convida o leitor a refletir sobre a trajetória dos líderes que moldaram a história do Estado, de Agamenon Magalhães e Etelvino Lins a Miguel Arraes, Marco Maciel, Eduardo Campos e Paulo Câmara.
O presidente Lula desembarcou na Indonésia defendendo menos tarifas, falou de “democracia comercial e não protecionismo”. Para quem não conhece o Brasil de perto, discursos como este podem soar como música. Mas a realidade nua e crua é bem diferente. O presidente fala em multilateralismo e comércio mais aberto, porém praticamos exatamente o contrário aqui e, por isso, a música desafina logo nos primeiros acordes.
O Brasil sempre foi protecionista militante, a ponto de comprometer o próprio desenvolvimento nacional. Foi assim, por exemplo, com a lei que tentou favorecer a incipiente indústria de informática brasileira, restringindo a importação. Demos com os burros n’água. Hoje, trabalhamos com computadores importados, sejam de que marca forem, mesmo os fabricados aqui na Zona Franca de Manaus pagam royalties às indústrias sediadas na Ásia ou Estados Unidos.
Durante décadas fomos obrigados a dirigir carros de segunda linha, porque as montadoras aqui estabelecidas se negavam a produzir modelos iguais aos comercializados nos Estados Unidos e Europa. Hoje, com o aumento da concorrência, a China entrou desestabilizando o mercado para melhor.
Estudos do Banco Mundial mostram que o Brasil continua sendo um dos países mais protecionistas do mundo. Nunca é demais lembrar que enquanto o presidente Lula fala em liberdade de comércio, seu governo taxa blusinhas em nome de uma indústria com baixa competitividade e emparedada por uma carga monstruosa de impostos.
O governo impõe aos empresários e aos consumidores enorme burocracia, as chamadas barreiras não tarifárias, mas que na verdade são entraves à importação e ao livre comércio, influindo no custo final. Como falar em livre comércio se o Brasil não incentiva suas empresas a se tornarem cada vez mais competitivas, podendo brigar em pé de igualdade com seus concorrentes internacionais?
São poucas as companhias brasileiras, genuinamente de capital privado, a ir além das nossas fronteiras, obtendo posição relevante no comércio internacional. Uma delas é a JBS, hoje maior produtora de proteína animal do planeta. A outra é a Gerdau, além da Ambev e da BRF. Temos ainda a WEG, fabricante de motores elétricos, a Natura, o Itaú e o Nubank. Entre as que não nasceram do capital privado, estão a Vale e a Embraer.
Já tivemos a força da engenharia com Odebrecht, Mendes Júnior e Andrade Gutierrez, mas estas foram abatidas pela Lava Jato e agora o Brasil está contratando empresas internacionais de engenharia, como acaba de acontecer com o túnel Santos-Guarujá, a cargo de portugueses e chineses.
Para atingirmos o patamar de “democracia comercial” do discurso do presidente Lula, teremos de trabalhar muito para reformar o Estado brasileiro, voraz e atrasado, loteado por corporações sem compromisso com o futuro, o velho estamento dos “Donos do Poder”, de Raymundo Faoro.
No ranking do ITB (Internacional Trade Barrier), que mede o grau de proteção comercial dos países, o Brasil está na posição 107 entre 122 nações. A Indonésia é lanterninha, o que me faz crer que a conversa de Lula com Prabowo Subianto não passou de diálogo de surdos entre presidentes de dois dos países mais protecionistas do planeta.
O Brasil cobra impostos demais, punindo quem produz emprego, ficando entre os 10 países com maior custo trabalhista. O empreendedor paga um preço altíssimo todo mês para, por exemplo, manter um funcionário que recebe R$ 5.000, salário considerado alto para os nossos padrões. Com encargos, pagar esse salário sai por R$ 8.097,00. Quase o dobro. O trabalhador, depois dos descontos de praxe, fica com um líquido de R$ 3.860,00, ou 77% do bruto. O resto é consumido pela máquina pública.
O agro brasileiro tem protagonismo imenso no mercado internacional, reconhecido pela qualidade e eficiência. Europeus morrem de medo dos nossos produtores rurais e os norte-americanos estão sentindo na pele as consequências do tarifaço de Trump sobre café, carne e outros produtos que pressionam a inflação, maior adversário deste seu segundo mandato.
O agro deveria ser tratado pelo governo como questão de Estado, igual tratam o petróleo, não só pelos empregos criados em toda a cadeia (cerca de 30 milhões), mas pela garantia de paz social que representa. Josué de Castro provou que um país sem comida está a um passo da convulsão social, como estivemos há mais de 40 anos quando brasileiros famintos saqueavam supermercados no Sudeste e feiras no Nordeste.
E há outro detalhe. Não é possível haver “democracia comercial” com insegurança jurídica, como acaba de acontecer com a CIDE. O Brasil cobra desde 2001 o imposto conhecido como CIDE-Tecnologia. A jabuticaba foi criada com a desculpa de favorecer a tecnologia nacional. Mas o tiro saiu pela culatra, porque encareceu o custo da tecnologia de ponta para nossas empresas, como mostrou no Brazil Journal o repórter Giuliano Guandalini. O Supremo decidiu ampliar a incidência desse imposto e o que antes somente incidia sobre serviços e tecnologia, passou a valer para qualquer coisa.
A partir de agora, se a Globo transmitir o Oscar, terá de pagar 10% adicionais. O mesmo vale para quem usar os serviços de nuvem de uma big tech, contratar advogados e consultores no exterior, comprar conteúdo por veículo de mídia ou fizer manutenção no exterior dos jatos de uma companhia aérea que faz voos internacionais.
O prejuízo é grande e significa mais isolamento, limitando nossa precária capacidade de competir. Como vamos atuar nesse mundo do discurso do presidente Lula, nesse ambiente multilateral, com comércio livre e economia globalizada? Essa é a pergunta de US$ 1 milhão, porque o Brasil continua sendo aquele país tão criticado por Roberto Campos, que nunca perde a oportunidade de perder uma oportunidade.
Há histórias que atravessam o tempo com a leveza dos boatos e a força das lendas. Uma delas diz respeito à visita de Jean-Paul Sartre ao Recife, em 1960, quando o filósofo francês e sua companheira, Simone de Beauvoir, cruzaram o Atlântico para uma longa viagem pelo Brasil.
Eles vinham de um país em ebulição intelectual e desembarcaram em outro, onde a sede de modernidade se misturava ao calor e a poesia das esquinas. Ficaram mais tempo do que o previsto: uma virose tropical derrubou Simone, obrigando o casal a permanecer por mais tempo na cidade.
Naqueles dias, o bar Savoy, na Avenida Guararapes, era o ponto de encontro da vida pensante — jornalistas, poetas, pintores, professores. Tudo e todos passavam por ali, entre um chope e uma citação. Até que, certa noite, o próprio Sartre apareceu no balcão.
O espanto foi geral. Brindes, cumprimentos, frases apressadas de “O Ser e o Nada” e longas tentativas de parecer inteligente diante do mito. No segundo dia, repetiu-se a comoção. No terceiro, também. Mas no quarto, quando o filósofo entrou novamente no Savoy, o assombro já havia se dissipado.
Foi então que o jornalista Alexandrino Rocha, observando a cena com o humor resignado de quem já vira de tudo, murmurou para os amigos de mesa: — Disfarça… lá vem Sartre de novo.
E assim o existencialismo francês conheceu o sarcasmo recifense. A anedota atravessou décadas, contada entre risos e lembranças, como se a cidade tivesse transformado o peso da filosofia em leveza de bar.
Talvez Sartre jamais tenha compreendido por que riam tanto. Mas, de alguma forma, o Recife lhe ensinou que até a liberdade — essa condenação humana que ele descreveu — pode ganhar o gosto doce de uma piada bem contada.
*Angelo Castelo Branco é jornalista, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Minha corridinha diária de 8 km, hoje, foi bem diferente, para lubrificar os olhos de beleza: saí do belíssimo Novotel, no Cais de Santa Rita, passei pela ponte Maurício de Nassau, o Marco Zero e fui até o final da avenida que dá acesso ao Porto do Recife.
Foi uma espécie de prévia para a Corrida da OAB, em 9 de novembro, para a qual já fui convidado pela presidente Ingrid Zanella. As belezas do Recife Antigo incluem a riqueza arquitetônica de construções coloniais, o Patrimônio Histórico como a Rua do Bom Jesus (considerada uma das mais bonitas do mundo) e o Marco Zero, além de importantes centros culturais como o Paço do Frevo, o Museu Cais do Sertão e o Parque das Esculturas Francisco Brennand.
O bairro, revitalizado e com um grande polo cultural, oferece uma experiência única que combina história, arte, gastronomia e lazer em um só lugar.
A Associação dos Empresários do Brasil (AEBR) marcou presença na Fenalaw 2025, em São Paulo, o maior evento jurídico da América Latina. O presidente Dr. Fernando Mendonça e o advogado e empresário Dr. Agenor Ferreira de Lima Neto representaram a entidade, participando de encontros e visitas a empresas que lideram a transformação tecnológica no setor jurídico.
No primeiro dia, a comitiva conheceu o estande da Expedit Lawtech, dos empresários Elder, Elton e Francisco, referência em inteligência artificial aplicada à gestão e produtividade jurídica. Já no segundo dia, visitaram a Jusbrasil, destaque nacional em tecnologia e inteligência de dados voltadas ao Direito.
O encerramento contou com a presença do empresário Sérgio Kurier, criador de um sistema de IA jurídico pernambucano, ao lado do Dr. Leonardo Duque (Duque Advogados) e da Dra. Carol (Ferreira de Lima Advogados).
O protesto realizado pelas autoescolas de Pernambuco, nesta semana, tem origem em uma pauta que vai muito além da questão econômica. Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, o diretor-presidente do Detran-PE, Vladimir Lacerda, reconheceu a legitimidade da mobilização e afirmou que o debate sobre o tema precisa ser mais amplo e responsável.
Segundo Lacerda, a proposta apresentada pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) busca reduzir o custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que hoje varia entre R$ 2.800 e R$ 3.500 em Pernambuco. O projeto permitiria que instrutores autônomos ministrassem aulas teóricas e práticas, fora do ambiente das autoescolas.
Para o diretor, no entanto, essa “simplificação jurídica” pode comprometer a segurança viária e pública, uma vez que eliminaria requisitos como carros com duplo comando, monitoramento por GPS e câmeras, mecanismos que, hoje, garantem controle e segurança no processo de aprendizagem.
“O jovem que está aprendendo a dirigir precisa de acompanhamento profissional e de veículos adaptados, com pedais duplos e freio extra. Sem isso, o risco de acidentes aumenta. Essa flexibilização proposta pelo Governo não garante esses cuidados”, afirmou Lacerda. Ele lembrou ainda que os Detrans não têm estrutura suficiente para fiscalizar milhares de instrutores autônomos, o que dificultaria o controle de qualidade e a segurança dos alunos.
O diretor destacou que as autoescolas não são contrárias à redução de custos, mas à forma como o Governo Federal pretende alcançá-la. “Todo mundo quer baratear a CNH, é fato. Mas não se pode fazer isso às custas da qualidade da formação. É preciso discutir aprimoramentos, não flexibilizar regras sem saber as consequências”, reforçou. Para ele, o debate deve incluir os Detrans, o setor privado e o Congresso Nacional, onde uma proposta de tamanha envergadura pode ser amplamente analisada.
“Nenhum Detran recebeu com entusiasmo essa proposta. Todos reconhecem a necessidade de revisão nos custos, mas ninguém quer abrir mão da segurança”, disse. Ele apresentou, inclusive, sugestões à Senatran para garantir rastreamento dos veículos e controle das aulas, mantendo o padrão mínimo de fiscalização vigente.
Segundo Vladimir, o Detran-PE defende que a modernização do sistema ocorra com diálogo e responsabilidade, garantindo o equilíbrio entre acessibilidade e qualidade e não através de medidas que possam fragilizar a preparação dos condutores e colocar vidas em risco.
Faltando praticamente dois meses para completar três anos de gestão da governadora Raquel Lyra (PSD) à frente de Pernambuco, o Poder Executivo estadual continua dando um show de amadorismo.
Na política, a governadora foi amadora desde o início, quando subestimou o poder da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), tratando os deputados de cima para baixo. Pior: perdeu o apoio do presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), hoje opositor.
Perdeu também as presidências das principais comissões da Alepe e transformou pautas positivas em negativas, como o reajuste dos professores, em junho passado, que quase não foi votado por articulação do Palácio e acabou virando uma vitória da oposição.
Por falar em educação, nessa pasta o amadorismo é de impressionar até os que não têm conhecimento técnico algum. De qual cabeça desse governo terá saído a genial ideia de fazer do ingresso em escolas técnicas um jogo de azar?
Um sorteio definiria quais estudantes teriam as chances de mudar seus futuros ao entrarem em uma escola técnica — sem mérito, sem avaliação. Não fossem as denúncias deste blog, do deputado opositor Waldemar Borges (MDB) e a repercussão nas redes sociais, essa seria mais uma injustiça dessa gestão.
O sorteio das vagas das escolas técnicas lembrou outra trapalhada “raquelista”: o concurso que a governadora anunciou sem as cotas raciais e foi obrigada a voltar atrás, também por força da imprensa e da internet.
Ainda na educação, a sociedade se pergunta: quem será o primeiro aluno ou a primeira aluna matriculado(a) nas 60 mil vagas de creches que Raquel disse que entregaria na sua gestão? Essa primeira matrícula será realizada antes de 31 de dezembro de 2025?
Na saúde, Pernambuco virou pauta nacional, na última semana, com a infestação de muriçocas no Hospital Getúlio Vargas. Algo tão básico como a higiene, imprescindível em uma unidade de saúde, não se vê na gestão de Raquel Lyra, revelando mais uma vez a marca de seu governo: o amadorismo.
Ainda na área da saúde – Servidores da Secretaria Estadual de Saúde enviaram, ontem (24), uma denúncia ao blog, descrevendo o “total descaso” do governo de Raquel Lyra com as condições de trabalho e o pagamento dos profissionais. Segundo os relatos, muitos estão sem contrato formal, sem direito a 13º salário, férias nem diárias, e seguem trabalhando sem vínculo reconhecido. Há ainda denúncias de que o Estado não tem autorizado novos contratos de terceirização, o que tem agravado a situação de quem continua prestando serviço à população.
Viagens à Europa na Secretaria das Licitações – Na pasta que comanda as licitações do governo de Raquel Lyra, a titular da Secretaria de Administração (SAD), Ana Maraíza de Sousa, tem pela frente a missão de explicar aos órgãos de controle e à sociedade quem pagou suas passagens e hospedagens na Estônia, país belíssimo da Europa. Seus funcionários, que também foram conhecer as belezas daquele país, precisam explicar como foi o custeio. Terão caído no amadorismo de não conhecer o Código de Conduta da Alta Administração do Poder Executivo Estadual?
Decreto impede presentes como viagens – Se ficar provado que os viajantes foram bancados pela iniciativa privada, como apontam denúncias feitas por servidores concursados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público (MPPE), e que estão sob investigação, as duas comitivas (que foram à Estônia em maio de 2024 e maio de 2025) terão infringido o Código de Conduta da Alta Administração do Poder Executivo Estadual, instituído pelo Decreto nº 46.854, de 7 de dezembro de 2018.
Lula também foi amador – Contrariando sua história política, o presidente Lula (PT) também fez uma fala de amador, esta semana, quando afirmou que “traficantes de drogas são vítimas de usuários”, durante coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia. Deu uma excelente munição para a oposição e teve que voltar atrás. “Quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública”, escreveu Lula no X.
Câmara discutiu Reforma Administrativa – A Câmara do Recife foi ocupada ontem (24) por servidores públicos federais, estaduais e municipais para debater os impactos negativos da Reforma Administrativa. A reunião foi de autoria da vereadora do PT, Liana Cirne, que é professora da UFPE. Na prática, a proposta ameaça acabar com a estabilidade dos servidores e comprometer a qualidade do atendimento à população. “Essa reforma tem uma série de problemas. A tabela única, por exemplo, ignora as especificidades dos inúmeros serviços públicos prestados por nós, servidoras e servidores. Essa proposta achata toda a diversidade existente no serviço público”, argumentou Liana.
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Priscila, Mendonça e Renato – Os deputados Mendonça Filho (UB), federal, e Renato Antunes (PL), estadual, são cotados, nos bastidores, para integrar a possível chapa proporcional que deve herdar os votos da vice-governadora Priscila Krause (PSD) no Recife, nas eleições de 2026. Antunes, inclusive, está de malas prontas para o Partido Novo.
Juntinhos – Na última quinta-feira (23), Priscila, Renato e Mendonça estiveram juntos em Água Fria, no Recife, durante visita à Carreta da Mulher. Embora institucional, a agenda reforçou a leitura de que Renato e Mendonça podem vir a representar politicamente Priscila Krause na capital, nas disputas para estadual e federal, respectivamente.
Audiência na Alepe sobre quilombos – Na próxima quarta-feira (29), será realizada, na Alepe, uma audiência pública pelo “Fortalecimento da Política Pública de Quilombos: Por terra e território em Pernambuco”, para discutir e avançar na titulação de territórios às comunidades quilombolas no Estado. A convocação é da Comissão de Meio Ambiente, presidida por Rosa Amorim (PT), e ocorrerá às 9h, no Auditório Ênio Guerra.
Perguntar não ofende: quando será efetivada a primeira matrícula nas 60 mil vagas de creches prometidas por Raquel Lyra?
A proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa atingiu na tarde desta sexta-feira (24) o número mínimo de 171 assinaturas de deputados, necessário para começar a tramitar na Câmara. A informação é do autor da proposta, Pedro Paulo (PSD-RJ). Com o número de assinaturas atingido, a proposta foi protocolada pelo deputado.
Além da PEC, a reforma administrativa inclui também um projeto de lei complementar. O texto cria metas para servidores públicos e limita os pagamentos acima do teto recebidos por alguns grupos, como os honorários recebidos pelos advogados públicos (da AGU). As informações são do Metrópoles.
Nas últimas semanas, o avanço da PEC da Reforma Administrativa ficou travado na Câmara, após pressão de servidores públicos – alguns deputados que já tinham assinado o projeto recuaram.
A PEC cria uma tabela única de remuneração para os funcionários públicos; veda a aposentadoria compulsória como forma de punição no Judiciário e no Ministério Público; proíbe os chamados “penduricalhos”, recebidos por algumas carreiras; e cria avaliações de desempenho para os servidores.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (MDB-PB), comemorou no X (antigo Twitter) o avanço do projeto.
“O brasileiro atualizou tudo: banco, celular, carro, jeito de trabalhar. Chegou a hora de atualizar também o nosso modelo de Estado, que pode e deve ser muito mais eficiente. O objetivo desta matéria não é cortar direitos, é liberar talentos e valorizar o servidor e os serviços”, escreveu ele. Motta fez parte do esforço de convencimento dos deputados para que o texto pudesse começar a tramitar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou nesta sexta-feira (24) para a Malásia, para participar de encontro com líderes asiáticos. A expectativa é de que Lula se encontre com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, no domingo (26).
O presidente cumpre a segunda etapa de uma viagem de uma semana pela Ásia, a partir desta sexta, participando da Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que começou pela Indonésia. As informações são do g1.
Lula e Trump estarão no mesmo evento, onde participam de reuniões paralelas com outras lideranças mundiais.
Fontes dos governos brasileiro e norte-americano confirmaram que há disposição mútua para o encontro, que deve ocorrer caso as agendas dos dois presidentes consigam acomodar o encontro.
A Cúpula da ASEAN é o evento em que as principais lideranças do bloco formado por 10 países do sudeste asiático se reúnem para discutir cooperação regional, crescimento econômico e estabilidade em seus territórios. Participam desse bloco países como Filipinas, Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietnã.
Às vésperas do possível encontro com Trump, Lula criticou o protecionismo e voltou a defender o comércio com moedas próprias, sem uso do dólar, durante agenda em Jacarta, na Indonésia. O tema é um dos pontos que está sobre a mesa na negociação com os EUA.
Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz no g1, Trump quer que Lula abandone a ideia de substituir o dólar em transações do Brics.
Se confirmado, será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Os dois presidentes vêm se aproximando desde setembro. Primeiro, tiveram uma “boa química” nos segundos em que se cruzaram na Assembleia da ONU. Depois, conversaram por cerca de 30 minutos em uma ligação intermediada pelas diplomacias dos dois países.
Outro sinal de aproximação foi o encontro, o último dia 17, do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.
Encontro entre Lula e Trump No possível encontro com Trump, Lula deve insistir na revogação das tarifas e na retomada do diálogo econômico. A avaliação no Planalto é que uma conversa direta pode “levar a relação a outro patamar” e abrir espaço para novos acordos.
Entre Brasil e Estados Unidos, há expectativa de que o possível encontro sirva para reorganizar a relação bilateral, abalada desde o anúncio do tarifaço americano sobre produtos brasileiros.
Além das pautas comerciais, o encontro pode tocar em temas geopolíticos delicados. Em meio às tensões entre os EUA e a Venezuela, Lula deve reiterar sua defesa de uma “zona de paz” na América do Sul, rechaçando qualquer tentativa de intervenção militar na região.
Primeira parada na Indonésia Antes de embarcar para a Malásia, Lula se reuniu nesta sexta com o secretário-geral da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), o cambojano Kao Kim Hourn. A sede da entidade fica na capital da Indonésia.
Ele também participou de outras atividades ligadas à cúpula, como o registro oficial do encontro e visita à galeria da Asean.
Na quinta-feira (23), Lula foi recebido pelo presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, no Palácio Merdeka.
Os líderes assinaram diversos acordos e firmaram parceria estratégica. Em declaração à imprensa, Lula confirmou que disputará o quarto mandato na eleição de 2026 e defendeu o multilateralismo nas relações entre países.
Embora Lula já tenha dito publicamente em outras ocasiões que pretendia se candidatar à reeleição em 2026, nos discursos anteriores ele, geralmente, condicionava sua candidatura ao seu estado físico e de saúde.
O governo federal se pronunciou nesta sexta-feira (24) dizendo que “não tolera o tráfico de drogas”, após uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre usuários e traficantes.
Lula afirmou que os traficantes de drogas são “vítimas dos usuários” enquanto falava sobre o combate ao tráfico em uma coletiva de imprensa em Jacarta, capital da Indonésia. As informações são da CNN.
Em nota, o Planalto afirmou que “atua com rigor e ações de inteligência” contra o tráfico de entorpecentes ilícitos no país. Como exemplo, mencionaram a operação Carbono Oculto, que em agosto deflagrou esquema bilionário do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor combustível.
“A maior operação da história contra o crime organizado atingiu o cérebro financeiro de uma rede mafiosa que, entre outras ações, falsificava combustíveis e realizava a lavagem do dinheiro proveniente de atividades ilícitas”, diz a nota.
Segundo o documento, foi o investimento do governo em “inteligência, integração entre as diferentes forças de segurança, além da repressão à lavagem de dinheiro” que estão impondo “perdas nunca vistas” ao crime organizado.
“Esse trabalho histórico poderá avançar ainda mais com as inovações do Governo do Brasil na PEC da Segurança Pública e outros textos enviados ao Congresso Nacional. O objetivo é somar as forças de todo o país para desmantelar as estruturas que alimentam o crime”, completou a nota.
Lula diz que traficantes de drogas são “vítimas de usuários” “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente era mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários, os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra […]. Então é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate a droga”, disse Lula.
A afirmação foi feita enquanto o presidente respondia a uma pergunta sobre as recentes falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem defendido ações militares letais contra supostos grupos de narcotráfico fora do território norte-americano.
Mais tarde, o presidente se retratou através das redes sociais.
“Quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país. Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).
O Comando Militar do Nordeste (CMNE) realizará, no dia 9 de dezembro, a solenidade de transmissão do cargo de comandante militar da região, que passará do general de Exército Maurílio Miranda Netto Ribeiro para o general de Exército Francisco Carlos Machado Silva. A cerimônia ocorrerá no Comando Militar do Nordeste, localizado no bairro do Curado, no Recife, às 19h. Antes da solenidade, às 18h15, está programada a inauguração do retrato do general Ribeiro na galeria dos ex-comandantes.
De acordo com informações da assessoria do CMNE, a mudança de comando é parte de um processo rotineiro do Exército Brasileiro, decorrente de promoções e movimentações de oficiais-generais em todo o país. No convite para a evento, o general Maurílio Ribeiro destacou o “apoio inestimável” recebido durante quase dois anos à frente do Comando Militar do Nordeste e expressou gratidão à sociedade nordestina pela “cordialidade e acolhimento” nesse período.
O vereador Romerinho Jatobá (PSB) tem dado alguns gritos de alerta sobre a imperiosa necessidade de se buscar um antídoto para salvar o futebol pernambucano. Aos poucos, sua verbalização, que tem como alvo principal o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, vai encontrando eco no Estado, levando todos a vislumbrarem dias melhores para um futebol que caiu em desgraça na última década.
Evandro ocupa a presidência da FPF desde agosto de 2011, quando aconteceu a morte súbita do então presidente, Carlos Alberto Oliveira. Seu atual mandato se encerra no próximo ano, quando estará completando 15 anos no comando do futebol pernambucano — período no qual houve uma incontestável desidratação da entidade e de seus filiados. Como o estatuto não permite mais uma reeleição, o burgomestre se aposentará sem deixar saudades, mas dispõe de meios para fazer o seu sucessor.
O modelo eleitoral em vigor no futebol brasileiro é imoral, antidemocrático e draconiano, fato que explica a longevidade de alguns mandatários no comando das entidades. Sempre foi assim, e assim será. A história registra alguns pontos fora da curva, como foi a eleição ganha por Fred Oliveira em 1985.
No final dos anos 70, quando repórter esportivo do Diário de Pernambuco, fui escalado pelo nosso editor, Adonias de Moura, para fazer uma matéria com João Caixero de Vasconcelos, grande mentor do colegiado que administrou o Santa Cruz por um período de dez anos. Caixero era um crítico contumaz do presidente da FPF, Rubem Moreira. Após fazer uma exposição de fatos, ele me revelou um pouco da sabedoria de Rubão:
“O futebol pernambucano é sustentado por três pilares: Santa Cruz, Sport e Náutico. Rubem Moreira nunca briga com os três de uma só vez. Ele sempre traz um ou dois clubes como seu aliado, pois, quando ele tiver os três grandes clubes do Recife do outro lado, perderá a legitimidade”, argumentou João Caixero.
Sabemos que os votos das ligas do interior asseguram a vitória de um candidato numa eleição para presidente da FPF. É o voto do clientelismo, com a marca registrada do favor. Mas, se os três grandes clubes — Sport, Náutico e Santa Cruz —, donos das maiores torcidas do Estado, não votarem a favor, o presidente não terá legitimidade. Simples assim, como nos ensinou Caixero.
Na última eleição para escolher o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Alexandre Moreira — Mirinda — se candidatou para bater chapa com Evandro. Do seu trono, o presidente sabia que tinha a vitória nas mãos, e os inúmeros erros cometidos pelo opositor facilitaram sua marcha triunfal.
Conheço Romerinho desde a época em que ele usava calça curta e dava seus primeiros passos como amante do Santa Cruz. Cresceu dentro das Repúblicas Independentes do Arruda, onde experimentou o doce e o amargo que são servidos nos banquetes do futebol. Por indicação do saudoso governador Eduardo Campos, ingressou na política como promessa e se transformou numa grata surpresa. Ao colocar em prática um jeito novo de exercer o mandato de vereador, revelou uma força de trabalho que lhe rendeu a conquista de liderança entre os seus pares e a credibilidade das comunidades que lhe sufragaram mais de vinte mil votos.
O brado de Romerinho é a tradução de uma insatisfação coletiva, e não apenas um protesto individual de um torcedor. De uma entidade cheia de vida, povoada, onde se discutia e buscava soluções para os problemas do futebol pernambucano, a FPF, no seu luxuoso prédio da Rua Dom Bosco, foi transformada num cartório frio, quase desabitado, assombrada pelos zumbidos emitidos por fantasmas da inteligência artificial. Futebol não se faz em home office.
O desportista Romerinho Jatobá ressaltou a necessidade de se criar um grupo para buscar uma saída para o caos. Torço para que encontrem.