Diego Cabral abre agenda do fim de semana com adesivaço em Camaragibe

O candidato a prefeito de Camaragibe pelo Republicanos, Diego Cabral, abriu a agenda de campanha no fim de semana com um adesivaço de veículos em cinco pontos da cidade, na manhã deste sábado (17). “Muito bacana começar a agenda do fim de semana recebendo o carinho das pessoas que fazem questão de colorir os seus carros com as nossas cores, as cores da esperança e da renovação. Vamos em frente, com muita disposição e humildade, vencer essa eleição e fazer de Camaragibe uma cidade melhor para todos”, disse Diego Cabral. 

Logo cedo, o republicano foi à Praça do Açude, no bairro do Timbi, para começar o adesivaço. Ele estava acompanhado da candidata a vice-prefeita na aliança “Um novo tempo de trabalho”, Comandante Débora (PT). Os candidatos também seguiram para o Parque Maria Amazonas e Centro de Camaragibe, onde o adesivaço também estava sendo realizado. Eles ainda acompanharam a iniciativa em Aldeia (Km 10). A Praça do Santana também foi outro ponto do adesivaço. Durante o restante da campanha, o adesivaço ocorrerá diariamente em dois pontos: na sede do partido Republicanos (Praça da Coimbral) e na sede do Comitê (Avenida Belmino Correia, ao lado da Comercial DezDez). Diego Cabral fechou o sábado com reuniões internas entre a equipe de campanha e apoiadores.

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O cientista político pernambucano Antonio Lavareda será o orador convidado da cerimônia que marca os 51 anos da Revolução dos Cravos, nesta sexta-feira (25), às 19h, na Casa de Portugal, em São Paulo. Com o tema “A Democracia em Portugal e no Brasil: o que nos distingue?”, Lavareda, autor da obra Portugal e Brasil: Duas Nações em Harmonia, participará de um painel promovido pela Casa de Portugal, em parceria com o Direitos Já! Fórum pela Democracia e o Consulado Geral de Portugal em São Paulo.

A programação inclui ainda o coquetel “Sabores de Abril” e o show Alma Fadista, com apresentação do cantor Vinicius Rocha. As inscrições para participar do evento podem ser feitas pela plataforma Sympla, no endereço: https://www.sympla.com.br/evento/51-anos-da-revolucao-dos-cravos/2913004.

Dulino Sistema de ensino

Inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se colocar como principal nome da direita para a disputa presidencial de 2026. Em entrevista concedida na noite dessa segunda-feira (21/4), diretamente do leito de UTI do hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente afirmou que “a população não quer outro nome da direita que não seja Jair Messias Bolsonaro e ponto final”.

Bolsonaro afirmou que há bons quadros no campo político à direita, mas pontuou que nenhum deles teria o mesmo apelo popular que ele.

“Do nosso lado, tem bons nomes por aí, mas cada um dentro do seu partido tem que cavar seu espaço. Tem que começar a rodar o Brasil e fazer o seu trabalho para ganhar simpatia e confiança da população. População não quer outro nome da direita que não seja Jair messias Bolsonaro e ponto final”, disse Bolsonaro. As informações são do Correio Braziliense.

A declaração foi dada em entrevista ao SBT e ocorreu em meio à internação do ex-presidente, que se recupera de uma cirurgia abdominal realizada no último dia 11, após ser transferido às pressas de um evento no Rio Grande do Norte. O procedimento, que durou 12 horas, é mais um desdobramento dos efeitos da facada que levou durante a campanha eleitoral de 2018.

O ex-presidente também atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que a esquerda não terá “nome razoável” para disputar a próxima eleição presidencial. “Se for Lula, pior ainda”, provocou.

Bolsonaro também criticou o andamento do processo a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF), onde se tornou réu por incitação e tentativa de golpe de Estado no episódio de 8 de janeiro de 2023. “Estou enfrentando julgamento político e não técnico. Segundo ele, a entrevista aconteceu para não deixar “criar corpo certas narrativas”.

A decisão de tornar Bolsonaro réu foi tomada pela Corte em março. Há expectativa que o julgamento do mérito da denúncia seja concluído ainda este ano, antes do acirramento da disputa eleitoral de 2026.

Bolsonaro inelegível
Por 5 votos a 2, os ministros do TSE decidiram tornar Bolsonaro inelegível. A ação julgada em junho de 2023 foi movida pelo Partido Democrata Trabalhista (PDT), que questionou uma reunião do ex-presidente com embaixadores realizada no dia 18 de julho de 2022, quando era pré-candidato à reeleição.

No encontro, Bolsonaro fez uma série de ataques falsos ao sistema eleitoral brasileiro e à corte eleitoral, além de fazer uma espécie de “autopromoção”, como destacado pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. A reunião foi transmitida pela TV Brasil, emissora da estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e compartilhada nas redes sociais.

O ato foi entendido como abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para ganhos eleitorais, o que causaria um desequilíbrio nas eleições de 2022.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Por Bruno Brennand*

Certa feita, havia uma enorme fazenda com vários animais. Essa fazenda era administrada por um senhor chamado Jonas. Havia paz e uma tranquilidade até entediante naquele lugar, até que um determinado fato ocorreu: o Sr. Jonas apaixonou-se por uma rameira sagaz do baixo meretrício da cidade e resolveu sair com ela em uma lua de mel ‘sine die’.

Com a ausência do senhorio, os animais ficaram sem ninguém que cuidasse deles. O Porco-Mor, Alexandros, auxiliado pelo porco Barraozinho e outros da manada, entendeu que deveria, pelo bem maior, assumir a administração da fazenda. O Porco Velho, Beiçola, deu o aval. Passaram, então, a ditar regras não apenas de convivência, mas também de saúde, comportamento, comunicação, alimentação e até mesmo formas de lazer.

Alexandros repetia a si mesmo: “É melhor assim, pois tudo ficará como antes, e ninguém precisa pensar no que é melhor para si, pois eu sou o mais inteligente e sei o que é melhor para todos.”

É evidente que, a essa altura, o leitor já percebe traços da obra A Revolução dos Bichos, de George Orwell, publicada em 1945, numa crítica direta ao totalitarismo, especialmente ao stalinismo. Contudo, o paralelismo aqui buscado é com o próprio Brasil. Não estamos muito distantes da fazenda do Sr. Jones de Orwell.

O Porco-Mor e sua cúria dominam toda a manada pelo medo, que, por ser numerosa, interfere nas demais espécies. O pato não pode nadar no lago, pois o Porco-Mor, a pretexto de evitar afogamentos, proibiu passeios aquáticos. As vacas não devem alimentar seus bezerros, mas antes atender os porquinhos; só o que sobra vai para os filhotes bovinos. Os imponentes cavalos não podem mais exibir seus trotes, apenas transportar alimentos para a suprema pocilga – um lugar que se assemelha a um sepulcro caiado, com uma estátua da Mãe Porca de batom à entrada.

As galinhas, responsáveis por divulgar notícias, só repetem o que o Porco-Mor permite. Por um punhado de comida, abdicam da verdade. Pior sorte teve o peru Neemias, que ousou questionar quem havia decidido que os porcos deveriam governar a fazenda. Foi apedrejado até a morte, sob os olhos passivos das aves lideradas pelo corvo Elias, que nada fizeram.

Os cães eram facilmente dominados com restos de comida. Tinham até permissão para alimentar-se dos condenados. Assim, tornaram-se os mais leais guardas do regime.

As fazendas vizinhas demonstravam nojo, repulsa e até certo alívio por estarem em situação melhor. Um dia, uma águia sobrevoou a fazenda do Sr. Jonas e pousou sobre a cabeça de um cordeiro. Perguntou por que os animais não se revoltavam. Estes responderam que tinham medo de punições severas. Faltava-lhes coragem ou quem os defendesse.

A águia declarou: “O medo é a matéria-prima do poder. A massa, ou seja, todos vocês juntos, pode agir para se libertar do medo.” Mas o coelho Joaquim retrucou: “Melhor assim. O medo já faz parte do nosso cotidiano.” Então, a águia citou um antigo texto sagrado:

“No deserto, toda a comunidade de Israel reclamou a Moisés e Arão. Disseram: ‘Quem dera a mão do Senhor nos tivesse matado no Egito! Lá nos sentávamos ao redor das panelas de carne e comíamos pão à vontade. Mas vocês nos trouxeram a este deserto para matar de fome toda esta multidão!’”

A águia finalizou: “O poderoso é aquele que ainda não foi tocado. O morto é aquele que já não pode se defender.” É necessário ruptura.

No romance A Revolução dos Bichos, George Orwell demonstra como o medo opera como instrumento de dominação, alinhando-se à leitura de Elias Canetti, em Massa e Poder. Os porcos, especialmente Napoleão, mantêm o controle por meio da manipulação simbólica, da violência e da ignorância forçada.

Canetti sustenta que o poder reside na capacidade de reter o medo dos outros, permanecendo inatingível – exatamente como Napoleão, que se cerca de cães de guarda e distorce os mandamentos da granja. Para Canetti, a massa verdadeira dissolve o medo do contato e atua coletivamente. Contudo, os animais de Orwell não alcançam essa consciência, permanecendo submissos.

A libertação, à luz de Canetti, exigiria a formação de uma massa solidária, o resgate da memória coletiva, o acesso à linguagem e a desconstrução do mito do líder. Sem isso, a revolução não passa de substituição de um opressor por outro – mais ardiloso, mais cruel e igualmente tirânico.

Em síntese, A Revolução dos Bichos revela como ideais revolucionários podem ser facilmente deturpados por estruturas autoritárias, sustentadas pelo medo, pela ignorância e pela manipulação simbólica. Orwell constrói uma poderosa alegoria sobre a degradação política, na qual os porcos, uma vez no poder, reproduzem os mesmos vícios que criticavam.

Ao relacionar a obra com os conceitos de Elias Canetti, compreende-se mais profundamente os mecanismos de dominação que mantêm os oprimidos em estado de inércia. No caso brasileiro – aqui figurado por Alexandros –, a realidade não se afasta da ficção. O medo ainda reina, o poder continua inatingível e a ruptura continua sendo a única via de esperança. No Brasil, a ficção é pura realidade.

 *Advogado e Professor de Direito Constitucional

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL) divulgou, nas redes sociais, um vídeo com críticas à atual gestão de Caruaru, marcando os primeiros 100 dias do segundo mandato do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB). Segundo o parlamentar, o prefeito se distanciou das promessas feitas em campanha e entregou pouco à população da Capital do Agreste.

“Rodrigo Pinheiro foi um ator na campanha, prometeu tudo aquilo que não tinha, no fundo, interesse de resolver. Passados 100 dias, não tem nada para mostrar”, disparou Fernando Rodolfo. Na avaliação do deputado, nenhuma obra relevante foi entregue nesse período, enquanto problemas antigos continuam sem solução e novos escândalos começam a surgir. Confira o vídeo.

Caruaru - São João na Roça

Na próxima quinta-feira, às 18h, o Restaurante Amadeu, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, irá sediar o jantar do 2º Prêmio Qualidade Nordeste – Orgulho de Pernambuco. O evento é idealizado pelo presidente da Academia Brasileira de Ciências Criminais-ABCCRIM, Cristiano Carrilho, em parceria com o presidente da Associação de Imprensa de Pernambuco-AIP, jornalista Múcio Aguiar.

O objetivo do evento é homenagear pessoas e instituições que apoiaram as metas da ‘Agenda 2030’ da ONU, nas áreas de advocacia, ciências forenses, destaques femininos, educação, empreendedorismo, gestão, poder judiciário, poder legislativo, inclusão social, representação comercial, saúde e bem-estar. As biografias e ações dos vencedores foram avaliadas por peritos, auditores e professores.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Por Osvaldo Matos Jr.*

O Brasil vive uma das mais graves crises de segurança pública da sua história. Mas o problema vai além da ausência de policiamento ostensivo ou da estrutura precária das instituições. O cerne da questão está na cultura da impunidade institucionalizada por um sistema jurídico que favorece o criminoso e marginaliza a vítima.

Como cientista social e político com décadas de estudos e vivência prática em segurança pública, posso afirmar: a raiz da violência que assola o país não está apenas na desigualdade social, como alegam os discursos progressistas. O problema é estrutural e jurídico – um arcabouço legal que transforma reincidentes perigosos em “vítimas do sistema” e impõe ao cidadão honesto a obrigação de conviver com o medo e a insegurança.

Audiências de custódia: o ritual da porta giratória

Criadas com o intuito de evitar abusos e proteger direitos humanos, as audiências de custódia se transformaram em um símbolo da falência do sistema penal. É comum ver criminosos reincidentes, com dezenas de passagens, serem libertados horas depois da prisão.

Exemplo 1: no Rio de Janeiro, um assaltante foi preso mais de 50 vezes e solto em quase todas as ocasiões. “Eu sabia que ia sair, sempre sai”, disse ele à imprensa.

Exemplo 2: em São Paulo, 17 membros de uma quadrilha de roubo de cargas foram presos. Em 72 horas, 15 estavam soltos por decisão judicial. O delegado que comandou a operação desabafou: “É como enxugar gelo com fogo por perto”.

Direitos dos criminosos X Direitos das vítimas

No Brasil, o criminoso é o centro do processo penal. Tem direito a defensores públicos bem treinados, à progressão rápida de pena, ao livramento por bom comportamento. A vítima? Fica à margem, esquecida e silenciada.

Exemplo 3: um estuprador reincidente foi libertado por “bom comportamento” após cumprir apenas um terço da pena. Dias depois, estuprou e matou uma adolescente de 14 anos.

Exemplo 4: em Recife, um acusado de duplo homicídio foi liberado com tornozeleira eletrônica – que nunca foi ativada. Ele cometeu um novo assassinato meses depois. O Estado sequer sabia onde ele estava.

Fracas leis e decisões desconectadas da realidade

O problema não se resume à legislação frágil, mas à interpretação benevolente e ideológica que parte do Judiciário faz das leis.

Exemplo 5: um juiz proibiu policiais de chamarem um traficante de “bandido” para não ferir sua dignidade. Nenhuma linha da decisão mencionou a comunidade aterrorizada pela ação do criminoso.

Exemplo 6: um traficante preso com 10 kg de cocaína foi libertado por “risco à saúde” durante a pandemia. Nunca mais foi encontrado.

A falência da lógica penal brasileira

O Código Penal brasileiro foi moldado com base em teorias garantistas que, na prática, ignoram a reincidência, desestimulam o endurecimento da pena e priorizam o bem-estar do infrator. E o resultado está nas ruas: facções armadas dominando territórios, crimes violentos banalizados, e a sensação crescente de que cumprir a lei é ser idiota.

Enquanto isso, o cidadão comum teme reagir a um assalto, teme se defender, teme até ser preso por excesso de legítima defesa. O Estado que deveria protegê-lo, abandonou o cidadão de bem para não constranger o criminoso.

Um apelo por responsabilidade e justiça

Como especialista e cidadão, proponho uma virada de chave:

  • Revisão das audiências de custódia, com critérios objetivos e análise do histórico do acusado;
  • Tolerância zero à reincidência, com penas mais severas e sem benefícios automáticos;
  • Reforço do papel da vítima no processo penal, com direito à palavra, proteção e reparação;
  • Limites à progressão de pena para crimes graves e violentos;
  • Fim da inversão moral, onde defender-se é crime e transgredir a lei é “direito”.

A impunidade no Brasil não é um acaso. É uma escolha institucional. E chegou a hora de mudá-la – com coragem, racionalidade e respeito à sociedade que trabalha, paga impostos e exige dignidade.

*Empresário, cientista Social e Político, publicitário, MBA em Inteligência Competitiva e Planejamento Estratégico, especialista em Gestão Pública, Marketing, Comércio Exterior, Comunicação Pública e Turismo.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

O retorno da senadora Daniella Ribeiro aos quadros do PP, em evento de filiação marcado para amanhã, em Brasília, não será apenas um acontecimento partidário interno. Todas as lideranças da base governista na Paraíba estarão presentes e darão ao ato de posse um clima de discussão eleitoral para 2026 na Paraíba.

As presenças já confirmadas do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do governador João Azevedo e do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, além de Aguinaldo Ribeiro e Lucas Ribeiro, vão oportunizar mais um momento de discussão entre as lideranças da situação. As informações são do blog do Luís Tôrres.

O grupo tem discutido as possibilidades de composição de uma chapa que contemple todos os partidos e lideranças envolvidas, e que possa dar continuidade ao projeto da situação. Primeira-secretária do Senado Federal, Daniella retorna aos quadros do PP com aval da Direção Nacional, que comemora a volta da senadora para fortalecer a representatividade da legenda no Congresso Nacional.

Toritama - FJT 2025

Amanhã, a partir das 19h30, logo após o podcast Direto de Brasília, retomaremos os encontros, uma vez por mês, da Confra do Blog, coordenada pelo embaixador de Pernambuco em Brasília, Aristeu Plácido Júnior. Está marcada para o mesmo local das anteriores, o restaurante Camarada Camarão, no Shopping ID, na Asa Norte.

A Confra é formada por um grupo bem animado e atento aos fatos nacionais. São jornalistas, publicitários, profissionais liberais, servidores públicos e políticos. Os interessados em participar podem me acionar pelo (81) 9.8222-4888 ou pelas redes sociais do blog.

É sempre uma alegria enorme reunir tanta gente que pensa, que sabe o que diz, independente de cor partidária. A Confra surgiu por uma iniciativa conjunta minha e de Aristeu. Primeiro, com os amigos pernambucanos residentes em Brasília, o que se ampliou rapidamente para integrantes de vários Estados.

O Camarada Camarão, do meu amigo pernambucano Eduardo Lira, tem um cardápio bastante interessante e variado de frutos do mar e cada integrante da Confra usa um cartão de consumo próprio, porque até nisso a Confra é democrática.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

A falta de chuvas na bacia hidrográfica que alimenta a Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, que hoje se encontra com apenas 3,47% da sua capacidade, tem mobilizado a Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa. O Sistema Jucazinho, que atende atualmente 11 municípios do Agreste e reforça o abastecimento das cidades de Bezerros e Gravatá, está operando com apenas 150 litros de água por segundo (l/s) para o Tramo Norte, devido à situação de pré-colapso, quando a produção normal seria 970 l/s (Tramo Norte e Sul).

Essa situação, que limita o sistema a operar com apenas 15% da sua capacidade nominal e que está comprometendo o abastecimento dessas cidades, agravou-se nos últimos dias em decorrência de dois fatores: um deles foi a necessidade de realização de intervenções emergenciais para a exploração da reserva técnica do manancial. Outro, a necessidade de substituição de uma comporta que apresentou avarias, situação identificada pelos técnicos da Compesa quando foi iniciado o deslocamento do ponto de captação da barragem para a retirada da água ainda disponível no reservatório.

A comporta, que estava submersa ao longo dos anos e em avançado estado de obsolescência, desmontou. Esse fator comprometeu a operação do equipamento, deixando-o sem condições de funcionalidade. As medidas para a troca da comporta, item essencial para o melhor aproveitamento da água armazenada em uma barragem em situação de pré-colapso, estão em andamento e devem ser concluídas até o final deste mês. Para regularizar o calendário de abastecimento dessas localidades, a Compesa está executando essas e outras ações que visam utilizar a reserva técnica da barragem.

Foram instaladas duas balsas flutuantes para captar a água, com a implantação de uma nova tomada de água que será ancorada na parede da Barragem de Jucazinho. As tubulações serão interligadas às balsas, serviços considerados complexos. Esses equipamentos, que já foram instalados, ainda não estão em funcionamento devido aos danos verificados na comporta do reservatório e necessidade de substituição. A expectativa é que, com essas medidas, seja possível recuperar a vazão de 400 l/s e regularizar o cronograma de abastecimento dos municípios atendidos por Jucazinho, na esperança que o reservatório consiga acumular água no inverno.

Abastecimento das cidades atendidas pelo Sistema Jucazinho

Os municípios impactados com à falta de chuvas na barragem de Jucazinho são Surubim, Salgadinho, Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério e Toritama (Tramo Norte) e Cumaru, Passira e Riacho das Almas. As cidades de Bezerros e Gravatá recebiam reforço de Jucazinho, porém estão sem esse suporte e sendo atendidas apenas pelos mananciais locais.

Entre as cidades que recebem água de Jucazinho, uma das situações mais críticas é a enfrentada por Bezerros. A cidade depende tanto de Jucazinho quanto da Barragem de Brejão, que está em pré-colapso com apenas 6,88% da sua capacidade de armazenamento. Com a redução na produção, algumas áreas estão com um sistema de rodízio de até 14 dias sem água. Essa situação poderá ser revertida caso Jucazinho volte a acumular água.

Já a cidade de Caruaru, que também era atendida pelo Sistema Jucazinho, deixou de receber água do manancial após a finalização de uma obra realizada em tempo recorde para interligar a Adutora do Agreste à Adutora de Jucazinho. O município agora está recebendo água da Transposição do Rio São Francisco, um volume de 400 l/s. A saída de Caruaru do complexo de abastecimento de Jucazinho possibilitará à Compesa salvaguardar o abastecimento das outras cidades atendidas por esse sistema.

Já para o município de Gravatá, a contribuição de Jucazinho é pequena, e apenas 3% da população depende da água da barragem (alguns condomínios localizados às margens da BR-232).  A cidade é atendida, ainda, pelos Sistemas Amaraji, Brejinho, Vertentes e Clipper, que representam 97% da produção, e o calendário está sendo cumprido.

Portal MaisPB

Pré-candidato ao governo da Paraíba pelo PL, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse estar preparado para “enfrentar até o demônio” na eleição de 2026. Ao Programa Hora H, da TV Norte Paraíba, ontem, ele previu racha na base governista e apostou na candidatura do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) a governador.

“Eu vou enfrentar até o demônio. Eu já enfrentei vários deles. A gente não escolhe quem vai enfrentar, mas gostaria de enfrentar o prefeito Cícero Lucena para cobrar o que ele prometeu e sei que não vai cumprir”, declarou Queiroga, em entrevista ao jornalista Heron Cid.

Marcelo fez projeção de divisão na base aliada do governador João Azevêdo (PSB): “Acho muito difícil esse grupo governista ficar unido. Vai ter uma disputa forte (…) A arca não vai caber todo mundo”.

Para chegar a esta conclusão, Queiroga lembrou episódios da eleição de 2022. “Hugo botou um pé na arca do governo e outro na de Efraim. Aguinaldo não foi candidato (a senador) porque viu risco. Aguinaldo vai preferir apoiar Daniella Ribeiro para senadora”, arriscou.

O ex-ministro reiterou ter certeza da candidatura de Cícero ao governo: “Eu não tenho dúvidas de que Cícero vai ser candidato, ele é experiente e está mais para o fim da carreira e penso que ele será candidato”.

Por Flávio Chaves*

Eu me lembro do dia em que nos vimos pela última vez. Lembro com uma nitidez que fere – o céu sem nuvens, o cheiro do café vindo da cozinha, um barulho qualquer de rádio ligado ao fundo. Lembro do teu rosto, cansado, mas ainda tentando me sorrir. E lembro, sobretudo, do silêncio tomado de interrogação: “Agora que faço eu da vida sem você?”.

Mal sabia eu que aquele dia se tornaria a cicatriz mais funda da minha vida. Eu te olhei, disse qualquer coisa simples, talvez “cuida de ti”. Ainda lembro do beijo rápido, mas com o peso da ternura dos que não querem se perder – e fui embora. A vida me levou como se tudo fosse continuar igual. Mas não continuou. Porque naquela manhã eu não te abracei. E não haveria outra chance.

Desde então, tudo que existe dentro de mim caminha sem tua mão. E a vida – ah, essa vida – nunca mais aprendeu a seguir por nenhuma estrada. As calçadas ficaram maiores, os corredores da casa, mais vazios. O silêncio passou a fazer barulho. E por mais que eu me esforce, nada mais coube direito no peito depois daquele instante. Porque não foi um esquecimento. Foi a lembrança demais. Uma lembrança que pulsa como febre, como açoite, como música que insiste em tocar no mesmo acorde da ausência.

Se eu tivesse te abraçado, talvez tua ausência fosse menos árida. Talvez meu corpo lembrasse do teu calor por mais tempo. Mas não abracei. E o que ficou em mim foi o formato do teu corpo no espaço, vazio como uma moldura sem tela. Às vezes me pego com os braços suspensos no ar, como se o mundo fosse me devolver aquela chance – mas é só o vento. E o vento não acolhe. O vento não tem teu cheiro, tua pele, teu coração batendo perto do meu.

O cansaço dos que estão se despedindo. De ver olhos marejados indo embora, de mãos que não se repetem, de vozes que já não respondem mais. Há um cansaço que não é do corpo – é da alma exaurida do perder. É uma dor inexplicável que mora, silenciosa, no coração dos que estão perdidos, buscando um jeito de descobrir o caminho da volta, porque já não suportam essa trilha do nunca mais.

Hoje, o que me resta é te imaginar voltando, só por um instante, para eu enfim te apertar como nunca te apertei. Te dizer tudo o que o orgulho, o cansaço ou o cotidiano me impediram de dizer. Talvez você me olhasse com aquele olhar que sempre soube mais do que todos os meus gestos reunidos. E eu, sem dizer nada, te envolveria como quem segura o mundo. Porque, naquele último dia, você era o meu mundo – e eu deixei passar. Não por desamor. Mas por acreditar, tolo, que sempre haveria um próximo encontro.

Porque às vezes a dor da ausência não vem do que dissemos, mas do que deixamos passar despercebido – no gesto adiado, no olhar sem retorno, no toque que não demos. A vida corre, os dias se atropelam, e o que parecia rotina era, na verdade, um adeus disfarçado. E então percebemos tarde demais que o que se perdeu era tudo. E o que ficou, simplesmente não basta.

*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras

Com o objetivo de fortalecer os pequenos negócios por meio de políticas públicas e ações voltadas para o setor, será instalada, amanhã, às 9h, no auditório Ênio Guerra, da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Lançada inicialmente em 2023, a Frente será coordenada pela deputada estadual Débora Almeida (PSDB) nesta nova fase. A iniciativa conta com o incentivo do Sebrae Pernambuco, que atua como aliado na construção da agenda de trabalho.

A reativação da Frente Parlamentar, antes coordenada pelo deputado José Patriota (in-memoriam), tem como objetivo fortalecer o ambiente de negócios em Pernambuco e ampliar a competitividade das micro e pequenas empresas, que representam cerca de 94% do total de empreendimentos no estado – mais de 595,4 mil, segundo a Receita Federal. Em 2024, esse segmento respondeu pela criação de mais de 50,5 mil empregos com carteira assinada, o equivalente a 81,15% do saldo total de postos formais gerados no ano, de acordo com dados do Caged.