Pré-candidato ao Senado, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL-PB), disparou contra recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O magistrado estabeleceu que pedidos de impeachment contra ele e seus pares seriam prerrogativa exclusiva da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, Queiroga classificou a decisão como um “estupro à Constituição Federal”.
“O impeachment é um processo excepcional, a lei é de 1950 e foi recepcionado pela Constituição Federal. Dois ex-presidentes da República já passaram por processo de impeachment, e o mesmo pode acontecer com ministros de Estado, com ministros de tribunais superiores, com diretores de agências reguladoras. Não se discute o saber jurídico do ministro Gilmar Mendes, é uma pessoa que tem qualificação jurídica inequívoca. No entanto, no que pesa essa decisão temporária, em caráter liminar, eu espero que o ministro reveja esse estupro à Constituição Federal. Até para fazer as pazes, pois creio que os demais ministros não concordam com isso”, disparou Marcelo Queiroga.
O ex-ministro da Saúde avalia que o STF “tem saído da pauta” desde a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O Supremo vinha muito bem. Na época do Mensalão, os ministros andavam na rua e eram aclamados. E hoje eles não conseguem andar na rua, porque a justiça que não é justa, não pacifica o coração do povo. O conhecimento jurídico que o ministro Gilmar tem não é condizente com essa decisão liminar, espero que ele faça uma reflexão e volte a julgar de acordo com a jurisprudência da corte e com a lei”, completou.
O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) voltou a cobrar respostas claras do Governo de Pernambuco sobre o contrato de R$ 31 milhões firmado sem licitação para a implantação de um sistema de computação no Estado.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (9), o parlamentar afirmou que o Executivo enviou uma resposta de mais de 130 páginas ao seu pedido de informações, mas sem esclarecer pontos centrais do questionamento.
Denúncia deste blog
Borges explicou que, semanas atrás, solicitou oficialmente esclarecimentos após reportagens da imprensa local apontarem que a secretária de Administração, Ana Maraíza, teria viajado à Estônia e à Finlândia para conhecer o sistema oferecido por uma empresa privada — justamente a mesma empresa que, posteriormente, recebeu o contrato milionário por inexigibilidade de licitação.
Leia maisEste blog publicou com exclusividade o caso das viagens e do contrato sem licitação da empresa. Veja aqui.
Faltam respostas, sobram perguntas
“Pedimos informações muito simples”, afirmou o deputado. “Queríamos saber por que essa empresa foi contratada sem licitação, qual a justificativa robusta para esse procedimento e se a secretária de fato viajou e quem pagou por essa viagem. São perguntas básicas.”
Segundo o parlamentar, a resposta enviada pelo Executivo não trouxe objetivamente nenhum dos esclarecimentos solicitados. “Recebemos um calhamaço de 130 páginas, mas nenhuma resposta clara. Não mostram a exclusividade do sistema, não comprovam a necessidade de inexigibilidade e não dizem, concretamente, se a secretária viajou e à custa de quem”, criticou Borges.
Waldemar Borges afirmou, ainda, que sua equipe já constatou que o sistema contratado não é exclusivo e que outros estados utilizam soluções semelhantes, pagas pelo poder público e por valores menores do que os praticados em Pernambuco. “Isso reforça ainda mais a necessidade de explicações. Não é a única empresa capaz de fornecer esse tipo de sistema, e há estados que pagam menos por serviços semelhantes”, destacou.
Faltam documentos
Outro ponto levantado pelo deputado foi a ausência de documentos essenciais solicitados, como o parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que deveria fundamentar a decisão pela inexigibilidade.
“Esse parecer simplesmente não foi apresentado”, disse. Ele ironizou a falta de clareza das respostas: “Dizem que uma empresa pagou, mas não dizem a quem, nem apresentam os documentos que pedimos”, criticou.
O parlamentar informou que protocolou um requerimento ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que seja instaurado um procedimento de fiscalização sobre o caso. O objetivo é aprofundar as investigações e obter oficialmente as informações que o Legislativo não recebeu do Executivo.
“Não estamos querendo nada complexo. Só queremos saber por que houve inexigibilidade, quais critérios foram cumpridos para justificá-la e quem pagou pelas viagens — especialmente a que ocorreu em maio, antes da assinatura do contrato”, afirmou.
Segundo Borges, uma segunda viagem ocorreu posteriormente, já dentro do escopo contratual, mas a primeira é a que levanta maior preocupação. O deputado concluiu dizendo que a falta de respostas claras demonstra resistência do governo em esclarecer fatos simples.
“Isso poderia ser respondido em três ou quatro linhas. Mas parece haver certa dificuldade cognitiva de quem lê as nossas perguntas”, provocou. A expectativa agora é que o TCE analise o pedido e determine as próximas etapas de fiscalização.
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MAIS PB
O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Senado pela Paraíba, Marcelo Queiroga (PL), disse, na noite desta terça-feira (9), esperar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, reveja decisão que atribuiu apenas à Procuradoria Geral da República pedir impeachment de membros da Corte.
Em entrevista ao podcast, Direto de Brasília, do jornalista Magno Martins e da Rede Mais Rádio, Queiroga considerou que Gilmar cometeu um “estupro” à Constituição em sua decisão. Mendes alegou que a lei do impeachment, da década de 50, havia caducado.
Leia maisPara Queiroga, não é porque a lei seja antiga, que ela não seja boa. “Nos países têm sistema jurídico sólido, as leis são antigas. Não é que por ser antigas que não são boas. Elas permanecem”, avaliou.
Como é uma decisão liminar, a questão ainda deverá ser levada para apreciação do plenário.
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O período de 2020 a meados de 2022 trouxe muitos traumas ao Brasil em função da pandemia da Covid-19, que resultou em mais de 700 mil mortes em função do vírus. Naquele período, ainda no governo Bolsonaro, três médicos e um militar comandaram o Ministério da Saúde, o que gerou muita instabilidade no governo de Jair Bolsonaro. Ainda assim, o último dos titulares, Marcelo Queiroga, defende com unhas e dentes a gestão da pandemia naquele período.
“Bolsonaro não deixou faltar nada para o povo brasileiro durante a pandemia. Nós trouxemos as vacinas. Agora, a gente não ia forçar as pessoas a tomar vacina, porque não dá certo. Por exemplo, sexo forçado é bom? Não. É estupro. Não funciona. O povo brasileiro queria tomar a vacina, então esses mandados de vacinação são absolutamente errados. É por isso que eu vacinei muito mais do que a gestão petista”, declarou, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.00
Leia maisSegundo Marcelo Queiroga, algumas medidas adotadas naquele período teriam se mostrado ineficazes quando analisadas no momento atual, como o lockdown. “Aquilo foi um caos. Imagina o impacto sobre a saúde mental dos idosos presos em casa, sem poder ver seus netos. Além do impacto para a economia. Essas posições de fechamento, de lockdown, foram tomadas com base em opinião de especialistas, não de ensaios clínicos robustos, como se queria para algumas questões relativas à pandemia. Penso que não surtiu o efeito desejado. Naturalmente, quem propôs isso tinha boa intenção, mas o resultado não foi o esperado, porque a gente lida com as pessoas”, explicou o ex-ministro.
Queiroga assumiu a pasta em março de 2021, pouco após o início da vacinação, e ficou até o final do governo. Ele recordou que, no dia em que tomou posse, morreram cerca de 2.700 pessoas, e aproveitou para cutucar um de seus antecessores, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que deixou a pasta em abril de 2020, logo no início da pandemia.
“O presidente me disse que precisamos de eficiência no enfrentamento à pandemia. Porque tinha aquele primeiro ministro que só falava. Era uma mistura de papagaio com pavão: vaidoso como um pavão e falante como um papagaio. Ele passou um ano só falando e deixando o Bolsonaro ‘p’ da vida, porque ele queria efetividade. Então tratei de conquistar a confiança do presidente. Bolsonaro é um político que fala a língua do povo, tem essa capacidade. Ele ia dando uma sintonia fina das questões próprias do governo e eu traduzia isso com programas, com respaldo técnico. Por isso que em seis meses conseguimos reduzir 90% dos óbitos por Covid-19. As pessoas não falam isso. Imagina se essa gente do PT estivesse à frente do governo? Primeiro, teria tido escândalos de corrupção muito grandes, como vimos uma pequena amostra do tal Consórcio Nordeste. Eles teriam comprado vacinas de Cuba, da China. Era isso que o PT iria fazer”, disparou Queiroga.00
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O prefeito de Sobral, no Ceará, Oscar Rodrigues (União Brasil), anunciou que pretende construir uma réplica da Estátua da Liberdade como uma de suas prioridades administrativas para 2026. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Tribuna e Plenário, da Rádio FM Paraíso, emissora que pertence ao próprio prefeito. Segundo ele, a escultura deverá ser maior que a original, localizada em Nova York, e tem como objetivo impulsionar o turismo e ampliar o desenvolvimento comercial do município.
Oscar Rodrigues afirmou que pretende iniciar a obra já no começo do próximo ano e que o projeto está em fase de orçamento. O prefeito estima que a estátua terá cerca de 94 metros de altura e deverá ser instalada entre as localidades do Jordão e do Boqueirão. Ele também mencionou que a execução pode durar de um a dois anos, “dependendo do pagamento”. Durante a entrevista, destacou ainda que planeja criar um distrito industrial para fortalecer a economia local.
O gestor informou que já realizou contato com o responsável pela construção da estátua de Nossa Senhora de Fátima, no Crato, atualmente a maior estrutura religiosa do Ceará, com altura superior à do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Segundo ele, a intenção é utilizar experiências semelhantes como referência para o novo projeto. Com informações do blog do Eliomar.
A Sudene recebe nesta quinta-feira (11), às 9h, representantes do Banco Mundial para o lançamento do relatório “Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão”. O estudo analisa caminhos para acelerar o crescimento econômico da região e será apresentado a gestores, especialistas e técnicos da Autarquia. O documento ressalta que o Nordeste, com 54 milhões de habitantes — 80% em idade ativa —, possui um dos maiores e mais diversos contingentes de mão de obra do país, reforçando sua importância estratégica para o desenvolvimento nacional.
O relatório aponta que a transição energética em curso no Brasil abre oportunidades para um avanço mais rápido e sustentável da economia nordestina, especialmente com a expansão das energias renováveis e a possibilidade de inserção da região em setores emergentes, como o de hidrogênio verde. Segundo o Banco Mundial, esse cenário pode impulsionar novos polos industriais e ampliar a geração de empregos qualificados.
Outro eixo do estudo detalha ações para enfrentamento das desigualdades entre o Nordeste e as regiões mais ricas do país. Entre os pontos abordados estão a necessidade de reduzir a dependência da agricultura, elevar a produtividade em áreas urbanas — como manufatura e serviços — e promover maior inclusão econômica. O relatório reúne recomendações voltadas a políticas públicas estruturantes capazes de fortalecer o crescimento regional.
Ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga (PL) fez duras críticas à situação da pasta na gestão de Lula (PT). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro, ele disparou contra a ex-titular da pasta, Nísia Trindade, e o atual comandante, Alexandre Padilha (PT), que já ocupou o posto no governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014.
“A saúde vai de mal a pior. Vimos a epidemia da dengue, essa gente nem matar mosquito sabe. Diziam que tinha colapso no sistema de saúde do Brasil, que o governo Bolsonaro acabou com o SUS, mas o povo brasileiro sabe que não é verdade. Aliás, de 2008 a 2018, eles fecharam 40 mil leitos hospitalares no Brasil. E sabe quem era o ministro nesse período? Alexandre Padilha, que voltou com Lula. Colocaram aquela senhora que me substituiu, que ficou à frente da Fiocruz na época que eu estava no ministério. E fritaram ela, literalmente. Ela não era nem uma rainha da Inglaterra; me parece mais com uma boba da corte. Teve que enfrentar a epidemia da dengue, mas isso não se enfrenta com teorias sociológicas. Se enfrenta com eficiência do sistema de saúde. Em 2024, tivemos oito mil óbitos por dengue no Brasil, mais que Covid-19”, disparou Queiroga.
Leia maisEle ainda criticou a demora do atual governo de agir e distribuir a vacina, comparando com o período da Covid-19. “Na pandemia, não houve demora de providências. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira vacina no dia 19 de janeiro de 2021. Nesse mesmo dia, o primeiro brasileiro já tomou a vacina. A vacina da dengue, a Anvisa aprovou em março de 2023, e sabe quando começou? Em fevereiro de 2024. Cadê os especialistas que ficavam na televisão enchendo meu saco? Eles são uns caras de pau. Porque eles não têm coragem de criticar uma demora de meses, que levou várias crianças a morrer ou ficar internadas em UTI. Aí fica com essa conversa fiada”, completou o ex-ministro.
“E tudo atrasou por incompetência desse governo. Porque eles fazem aposta errada o tempo inteiro. O governo Lula sempre volta para repetir os mesmos erros. A política industrial relacionada à assistência farmacêutica é absolutamente inadequada. Agora o objeto do desejo são as tais canetinhas emagrecedoras. Aliás, o senhor Padilha está fazendo propaganda das canetinhas do amigo dele. Isso não é postura de ministro da Saúde. Claramente a saúde vai de mal a pior. É só mentira enganando a população brasileira, balela”, concluiu.
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Dados da pesquisa Ipsos-Ipec, divulgados nesta terça-feira, mostram que 40% dos eleitores entrevistados classificam o governo Lula como ruim ou péssimo, enquanto 30% afirmam que a gestão federal é ótima ou boa. Outros 29% disseram que a administração é regular e 2% não souberam ou não quiseram responder.
O índice dos que avaliam o governo positivamente se manteve igual ao contabilizado na última rodada da pesquisa, realizada em setembro. Já os que veem negativamente o governo oscilaram de 38% para 40%, enquanto os que o enxergam como regular decaíram de 31% para 29%. As alterações aconteceram dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisO levantamento também indica que a avaliação positiva do governo é melhor entre aqueles que declaram ter votado no petista em 2022 (62%) e em moradores da região Nordeste (41%), considerado reduto eleitoral do presidente, além de eleitores menos escolarizados (39%), de renda familiar de até um salário mínimo (40%) e católicos (35%). A visão negativa, por sua vez, prevaleceu entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (67%), moradores da região Sul (51%), de renda média (53%), evangélicos (47%) e brancos (46%).
A pesquisa também mostrou poucas oscilações tanto na aprovação atuação do presidente, que variou de 44% para 42% desde setembro, quanto na desaprovação, que mudou de 51% para 52%. Os que não souberam ou não responderam variaram de 5% para 6%. A confiança dos eleitores no chefe do Executivo também oscilou de 41% para 40%, enquanto a desconfiança permaneceu 56%.
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Quando o Legislativo se omite e o Judiciário avança, a atuação estratégica do advogado torna-se indispensável para restaurar o equilíbrio institucional e proteger empresas e cidadãos dos efeitos da insegurança jurídica.
Por Eduardo Figueiredo*
A judicialização das políticas públicas deixou de ser exceção para se tornar uma das marcas mais preocupantes da realidade institucional brasileira. Saúde, educação, previdência, meio ambiente e assistência social são áreas onde decisões judiciais impactam diariamente não apenas o planejamento governamental, mas também a vida de empresas e cidadãos que dependem de regras claras e estáveis para conduzir seus negócios e planejar seu futuro.
Por trás desse fenômeno, há uma crise mais profunda: o desequilíbrio entre os Poderes constitucionais. A falta de coragem política da última geração de legisladores em enfrentar temas sensíveis e construir políticas públicas adequadas ao nosso tempo criou um vácuo normativo que o Judiciário tem sido chamado, ou se sentido compelido, a preencher. O Congresso Nacional, paralisado por disputas partidárias e receoso de assumir o ônus político de decisões impopulares, transfere ao magistrado o que deveria resolver no debate democrático.
Leia maisO resultado é uma crescente confusão de competências. Juízes passam a definir parâmetros de políticas que deveriam nascer da deliberação parlamentar. Tribunais determinam a alocação de recursos, prioridades administrativas e até mesmo o conteúdo de direitos que a Constituição deixou para o legislador regulamentar. Em casos extremos, abre-se margem ao ativismo judicial, fenômeno em que o Poder Judiciário ultrapassa os limites da interpretação normativa para, na prática, legislar. Não se trata de culpar os magistrados, que frequentemente agem para suprir omissões inadmissíveis. Trata-se de reconhecer que essa dinâmica compromete a separação de poderes e gera insegurança jurídica generalizada.
Para as empresas, esse cenário representa imprevisibilidade: contratos, investimentos e planejamentos estratégicos ficam à mercê de decisões judiciais que podem alterar regras sem aviso prévio. Para os cidadãos, significa a fragmentação de direitos, garantidos para uns por força de sentença, negados a outros que não tiveram acesso ao Judiciário. A igualdade perante a lei se transforma em loteria processual.
Diante dessa crise, qual é o papel da advocacia?
O advogado contemporâneo, especialmente aquele com formação em gestão de políticas públicas, assume uma função que transcende a representação judicial. Ele se posiciona como articulador entre os Poderes, capaz de traduzir demandas sociais em proposições normativas viáveis e de antecipar os riscos da omissão legislativa antes que ela se converta em conflito judicial.
Esse profissional atua como ponte entre o que a Constituição promete e o que a gestão pública consegue entregar. Ao participar do desenho de programas, da avaliação de impacto regulatório e da construção de mecanismos de controle, ele contribui para que políticas públicas nasçam juridicamente sólidas, reduzindo a necessidade de intervenção judicial. Ao assessorar empresas na compreensão do ambiente regulatório instável, oferece a previsibilidade que o Estado não consegue garantir. Ao orientar gestores públicos, ajuda a evitar as falhas de planejamento que alimentam a judicialização.
Mais do que interpretar leis, esse profissional ajuda a antecipar problemas, reduzir conflitos e garantir que direitos saiam do papel sem depender exclusivamente de sentenças. Em um ambiente institucional marcado pela tensão entre os Poderes e pela cobrança por resultados, a presença desse perfil técnico é fundamental para que o Brasil reencontre o caminho do diálogo democrático.
É dessa combinação entre rigor jurídico, visão de gestão e compromisso com a ordem constitucional que nasce uma advocacia à altura dos desafios do seu tempo, capaz de contribuir para que políticas públicas sejam construídas onde deveriam: no espaço legítimo da representação popular, e não nos gabinetes dos tribunais.
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Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da mesa diretora da Câmara dos Deputados. Ele foi retirado por policiais legislativos da Câmara.
Glauber ocupou a mesa diretora na tarde desta terça e se recusou a deixar o espaço. Após a declaração do deputado, os policiais legislativos da Câmara começaram a esvaziar o plenário. Além disso, a TV Câmara cortou a transmissão do plenário. As informações são do g1.
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Nesta terça, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que os deputados devem analisar uma possível cassação de mandato de Glauber, acusado de agressão a um manifestante na Câmara.
A TV Câmara cortou o sinal às 17h34, mesmo horário em que a imprensa começou a ser retirada do plenário e impedida de acompanhar a movimentação. Questionada sobre a retirada da imprensa, a assessoria de Hugo Motta disse que a retirada foi realizada em razão de um protocolo e não por ordem do presidente da Câmara.
A assessoria não informou que protocolo foi acionado e como os procedimentos para situações como esta foram definidos.
No momento em que Glauber ocupou a mesa, os deputados estavam na primeira fase da sessão da Câmara, que hoje pode votar um projeto que reduz a pena de Jair Bolsonaro (PL) e outros condenados pela tentativa de golpe.
Durante esta fase da sessão não há votações de projetos, os deputados podem fazem pronunciamentos de até cinco minutos, também chamados de discursos de Pequeno Expediente.
Segundo Motta, o plenário da Câmara dos Deputados deve decidir sobre o caso de Glauber Braga, que teve um parecer recomendando a cassação aprovado pelo Comitê de Ética aprovado em abril deste ano. Glauber recorreu à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas o colegiado negou o recurso.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que Braga está indignado com a decisão de Hugo Motta de pautar para esta quarta-feira (10) no plenário da Casa o pedido de cassação contra Braga, já aprovado pela Comissão de Ética. Segundo Alencar, a decisão foi tomada por Motta de “surpresa”.
O caso
A denúncia que pode levar à cassação de Glauber Braga foi apresentada pelo Partido Novo em abril de 2024.
A sigla narra que Glauber protagonizou, dentro das dependências da Câmara, embates físicos com o membro do MBL Gabriel Costenaro e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento.
Segundo vídeos do episódio e os relatos colhidos ao longo do processo no Conselho de Ética, o deputado e Costenaro discutiram verbalmente em um dos anexos da Casa.
O desentendimento evoluiu para empurrões e chutes do parlamentar contra o militante, em uma tentativa de retirá-lo à força das dependências da Câmara.
Glauber Braga afirmou que a ação contra Gabriel Costenaro foi uma “reação a provocações sistemáticas” do militante e de outros membros do MBL ao próprio parlamentar e a aliados.
Segundo o deputado, o militante do MBL teria ofendido a honra de sua mãe, que veio a falecer poucas semanas depois do tumulto na Câmara dos Deputados.
A discussão entre os dois não encerrou depois de Glauber ter conseguido expulsar Costenaro da Câmara. A confusão seguiu para o exterior da Casa e precisou ser apartada por policiais legislativos, que levaram os dois para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara.
No Depol, segundo material levantado pelo conselho, Glauber Braga passou a discutir com o também deputado Kim Kataguiri (União-SP). Kim, que é um dos fundadores do MBL, havia se dirigido ao local para acompanhar o correligionário.
O Partido Novo sustenta que, neste momento, também teria havido agressões de Glauber contra Kim. Em depoimento ao Conselho de Ética, o deputado paulista negou ter sido agredido. Mas o relator, em seu parecer, concluiu que houve agressão.
O voto de Paulo Magalhães diz não haver “dúvidas” de que as agressões ocorreram. Afirma, ainda, que o conteúdo da denúncia pôde ser confirmado por imagens do sistema de monitoramento da Câmara.
O relator diz que, embora outras pessoas tivessem tentado impedir que Glauber agredisse Gabriel Costenaro, o deputado “não atendeu a tais apelos, reagindo de forma desproporcional”.
Depois de relatar a briga entre Glauber Braga e o militante do MBL, Paulo Magalhães passa a narrar outros episódios que não são o ponto central da denúncia feita pelo Novo.
O parecer faz alusão a uma série de condutas em cronologias distintas à do episódio envolvendo Glauber e Gabriel Costenaro.
Esse ponto é questionado por aliados de Glauber Braga. Eles afirmam que o relator “misturou” representações e denúncias anteriores — já descartadas pelo Conselho de Ética —, dando especial enfoque a embates de Glauber com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
Para Paulo Magalhães, as condutas ferem o Código de Ética da Câmara e apontam uma quebra de decoro do parlamentar, o que justificaria a cassação do mandato de Glauber.
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Meu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, recebe, nesta terça-feira, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Na pauta, a política nacional da saúde, a prisão de Bolsonaro e a decisão do ex-presidente de lançar o filho Flávio, senador pelo PL do Rio, candidato à Presidência da República nas eleições do ano que vem.
O Direto de Brasília vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. Retransmitem o programa pela Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; pela Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; pela Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; ainda pela Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras; e pela LW TV, de Arcoverde.
