Cerca de 150 moradores de baixa renda do bairro Cidade Alta participarão de uma Ceia de Natal Solidária organizada por residentes, com apoio de amigos e comerciantes da comunidade. A ação pretende garantir às famílias um momento especial de confraternização, com cardápio natalino e ambientação temática.
Meu amigo Geovane Freitas, ex-chefe da Delegacia de Trabalho em Pernambuco, adquiriu “Os Leões do Norte”, há pouco, no restaurante do posto Cruzeiro, em Arcoverde, onde tomou um café comigo e ganhou um autógrafo especial. Disse que vai aproveitar o feriadão para ler de um fôlego só.
Geovane é um velho amigo, foi prefeito de Sanharó, secretário de Finanças em Arcoverde e sua esposa Maria Clara, de quem minha Nayla e eu somos pacientes, tem uma clínica top de dermatologia em Arcoverde. É, hoje, uma das maiores autoridades médicas em tratamento de câncer de pele no País, com especialidades nos centros mais avançados dos Estados Unidos.
Por Antonio Magalhães*
Um país, como o Brasil, rico em causas e pobre em consequências, finalmente decidiu reagir com um novo marco legal contra o crime organizado. A aprovação pela Câmara Federal na terça, 18, do Projeto de Lei 5582/25 que combate as facções criminosas foi facilitada apenas com a troca de uma palavra: o texto final diz que crimes das facções não são “terrorismo”. Mas a ação dos bandidos faccionados é, sim, de terroristas. Ela fomenta o caos nas favelas e comunidades pobres, submete seus moradores a serem escudos humanos, os torna reféns, os explora economicamente e bloqueia com armas de grosso calibre qualquer tentativa de o Estado assumir seu papel diante desta população.
A retirada da palavra “terrorismo” relaxa o governo do PT e toda a esquerda que temia uma intervenção externa americana para combater o tráfico de drogas, que hoje não é mais a atividade principal das facções diante de interesses econômicos e políticos variados. Para muitos amigos dos bandidos, apoiar ou estar junto de narco terroristas, pega mal pela imagem extremamente negativa. Já conviver com traficantes e integrantes de facções que dizem apenas cometer crimes não ideológicos não é tão ruim, adoram, pensam eles. Tanto que o marco recebeu 110 votos da esquerda na Câmara. Outros 370 asseguraram a aprovação do PL, que agora vai para o Senado. Uma derrota humilhante para os governistas.
Leia maisO relator do projeto, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), espertamente, para substituir o termo “terrorismo” criou o conceito de organização criminosa ultraviolenta, o “agrupamento, de três ou mais pessoas, que emprega violência, grave ameaça ou coação para impor controle territorial ou social, intimidar populações ou autoridades, atacar serviços, infraestrutura ou equipamentos essenciais, ou que pratica, ainda que ocasionalmente, quaisquer atos destinados à execução dos crimes tipificados nesta lei”.
O Marco Legal do Enfrentamento ao Crime Organizado prevê a existência do crime de domínio social estruturado. Essa infração reúne condutas graves cometidas por facções, como o uso de violência para impor domínio territorial, ataques a forças de segurança ou sabotagem de serviços públicos. A pena para esse crime é de 20 a 40 anos de prisão, com possibilidade de aumento de pena pela metade ou em até dois terços, entre outros casos, se esse crime tiver sido cometido por uma liderança e se houver conexão transnacional. Põe fim também a uma série de benefícios, como indulto e progressão de regime.
O avanço do projeto no Legislativo só aconteceu com tanta rapidez devido à repercussão da megaoperação policial no Rio, em 28 de outubro, contra a facção criminosa Comando Vermelho. Nela, foram presos mais de 100 traficantes e eliminados em combate outra centena. E não vai parar por aí, garante o governador do Rio, Cláudio Castro, que mobilizou as forças policiais do Estado para a megaoperação e não esperou a ajuda federal que não veio. Nesta terça, 18, houve outra operação policial em favela carioca com a eliminação de dois bandidos.
Numa discussão mais ampla sobre o narco terrorismo nacional, deve-se levar em conta também iniciativas desarmadas com resultados positivos, na esfera do chamado urbanismo social. O maior exemplo disso foi a vitória da cidade de Medellin, na Colômbia, contra o narcotráfico. E foi a partir da experiência do país vizinho que o administrador de empresas pernambucano Murilo Cavalcanti, como secretário de segurança urbana do Recife, implantou, a partir de 2016, em áreas problemáticas da Capital, cinco unidades de Centros Comunitários da Paz, os Compaz.
Segundo Murilo Cavalcanti, considerado o principal especialista brasileiro na estratégia colombiana, a explicação para um projeto social urbano de combate à violência é simples: a iniciativa deve apresentar alternativas ao tráfico para os mais jovens. Com a proposta de prevenir a violência pela oferta de serviços públicos e atividades recreativas, a Prefeitura do Recife recebeu da organização Oxfam em 2019 a menção de melhor projeto do país para a redução da desigualdade.
Para ele, todo mundo precisa de ter na vida dois objetivos: uma causa e uma inspiração. “Explico: uma causa que o leve a atuar, a se apaixonar por algo que possa ser transformado, melhorado ou preservado. A minha causa é a luta pela vida. O direito de viver em paz. O direito de oportunidades para todos. O direito por uma cidade mais justa, mais equitativa, com menos pobreza e menos desigualdades”.
“A minha grande inspiração foi Medellín. A cidade que se reinventou. A cidade que se renovou. A cidade que ousou. Medellín mostrou para o mundo que, sim, é possível encurtar a distância entre a cidade formal e a periférica, gerando oportunidades iguais para todos”, completou Cavalcanti. Esta cidade colombiana já foi uma espécie de capital latino-americana do tráfico de drogas, da corrupção policial, a campeã de assassinatos violentos e era controlada pelo mais conhecido e malvado traficante, Pablo Escobar.
A instituição do Marco Legal de Enfrentamento ao Crime Organizado dá partida a uma mudança na segurança pública do país. “É o fim de uma era de permissividade criada pela esquerda”, lembrou o governador do Rio. Entre a operação policial e ação pacificadora, como o Compaz, as autoridades devem apostar nas duas opções. Vencendo a primeira fase à bala e punições na Justiça, a segunda abre espaço para um futuro promissor para essas comunidades oprimidas pelos narcoterroristas. As ações se complementam. É isso.
*Jornalista
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Por Adilson Lira*
Este tema exige um cuidado analítico maior, pois o racismo dentro das igrejas cristãs brasileiras raramente se apresenta como um discurso aberto e oficial de superioridade racial. Ele é geralmente apresentado através de formas mais sutis, estruturais e, por vezes, justificadas por interpretações teológicas pífias e carentes de embasamento bíblico racional.
Raízes históricas do racismo nas igrejas cristãs: a igreja e a escravidão
A teologia da escravidão: A Igreja Católica, durante o período colonial e o império, foi cúmplice ativa do sistema escravista. Teólogos e clérigos utilizavam passagens bíblicas (como a “Maldição de Cam”, uma interpretação distorcida e já amplamente refutada), para legitimar e justificar a escravidão de povos africanos, argumentando que tais povos eram inferiores e amaldiçoados por Deus.
Leia maisO “branqueamento” espiritual: A catequese forçada das negras e negros escravizados tinha por objetivo não apenas converter, mas também e principalmente apagar sua identidade cultural. O tal processo de “civilização”, significava, na prática, a europeização de indígenas e negros no Brasil. A estética branca e europeia foi estabelecida como a representação do sagrado (um Jesus branco, de olhos azuis e os santos também brancos).
Atualmente o racismo se manifesta nas igrejas cristãs (católicas e evangélicas), de várias formas. O racismo contemporâneo nas igrejas cristãs pode ser dividido em três níveis:
Hegemonia da imagem de um Deus branco: A representação de Deus, Jesus, Maria e dos santos majoritariamente como figuras brancas em estátuas, vitrais e imagens é uma forma poderosa de exclusão simbólica. Passa a mensagem subliminar de que o divino é branco.
Falta de representatividade na liderança: Na igreja católica e nas igrejas evangélicas históricas (Presbiteriana, Metodista, Batista, Adventista etc.), há uma sub-representação de negras e negros nos cargos de maior hierarquia e poder (sacerdotes, padres, bispos, pastores, reverendos, apóstolos etc.). As lideranças negras assumem frequentemente funções subalternas e desempenham papéis secundários.
Teologia e liturgia eurocêntricas: O modelo de culto, a música (hinos clássicos europeus), a estrutura organizacional e a própria teologia sistemática são baseados em referenciais europeus, ignorando ou marginalizando tudo que é advindo da cultura negra.
Piadas e “brincadeiras” racistas: Comentários depreciativos sobre cabelo crespo, traços faciais, “irmãos de cor”, são comuns em ambientes de confraternização. É o racismo mascarado ou disfarçado de humor.
Pressão estética: A demonização de elementos da cultura negra. Mulheres negras são incentivadas a alisar os cabelos pois assim poderão ir “arrumadas para a igreja”. O simples uso de turbantes, outrora um símbolo de resistência e identidade, é por vezes visto como “coisa do candomblé”, e por isso, desencorajado.
Caso clássico do “cabelo bom” x “cabelo ruim”: Associar cabelos crespos ou “black power” com “desleixo” ou “rebeldia” é um dos exemplos mais cotidianos, cruéis e dolorosos de racismo dentro das igrejas cristãs nos tempos atuais.
Relacionamentos ou casamentos inter-raciais (jugo desigual): Embora não seja uma regra e apesar de vir perdendo espaço no meio cristão, ainda é possível encontrar resistência familiar e até comentários de determinados líderes religiosos sobre “não se colocar em jugo desigual”. É o racismo na sua mais hipócrita forma!
Relacionamentos inter-raciais ainda hoje são desencorajados nesse meio, como se pessoas cristãs brancas fossem melhores e não devessem se relacionar (namorar, casar, constituir família) com pessoas cristãs negras.
Teologia da prosperidade e “maldição hereditária”: Algumas correntes neopentecostais distorcem ensinamentos bíblicos afirmando que a pobreza e as dificuldades são fruto de maldições hereditárias. Num país como o Brasil, onde a população negra é a mais pobre, isso é interpretado, ainda que indiretamente, como uma maldição inerente à negritude, desconsiderando séculos de opressão estrutural (social, cultural, econômica e política).
Silêncio pregado: A omissão deliberada do tema do racismo nos púlpitos. A defesa de um “evangelho puro”, que não se mistura, por exemplo, com a cultura de um povo ou mesmo com a sua “política”, serve como cortina de fumaça para não confrontar o pecado estrutural do racismo, mantendo o “status quo” de exclusão.
Movimentos de resistência e transformação
Felizmente, há fortes correntes de mudança dentro do cristianismo brasileiro quanto ao combate ao racismo:
Teologia negra: Uma corrente teológica que reinterpreta a Bíblia a partir da experiência e da luta do povo negro. Ela destaca passagens de libertação, como o Êxodo do povo de Deus do Egito, e figuras bíblicas negras, como a Rainha de Sabá, o eunuco etíope, Simão o Cireneu etc.
Pastorais e coletivos negros: A Pastoral Afro-Brasileira, na Igreja Católica e diversos coletivos de negros e negras de Igrejas Evangélicas, como o Movimento Negro Evangélico, atuam para conscientizar, formar lideranças e combater o racismo dentro de suas próprias denominações religiosas.
Também é importante destacar que a crescente participação de cantoras e cantores cristãos negros, no mercado da música gospel nacional, tem contribuído positivamente para o combate ao racismo no meio cristão.
Portanto, combater a prática do racismo dentro das igrejas cristãs não é uma agenda secundária ou simplesmente política, mas uma necessidade, uma exigência teológica que se coloca diante de qualquer comunidade que professe seguir a Jesus, o Cristo de Deus, que pregou amor ao próximo e combateu toda sorte de discriminação e preconceito ao longo do Seu ministério terreno!
Enquanto os púlpitos de nossas igrejas cristãs silenciarem sobre o tema do “racismo” e a estética branca permanecer como norma do sagrado ou do divino, a mensagem do evangelho de Cristo estará, ela mesma, segregada, enfraquecida, pois, a verdadeira fé não pode conviver com a hierarquização de raças.
A Bíblia, de onde o cristianismo extrai sua regra de fé, sua teologia, nos ensina sobre a igualdade e contra todas as espécies de discriminações e preconceitos:
“Assim sendo, não há judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:28).
Portanto, que neste 20 de novembro nós cristãos e cristãs, que representamos, segundo o último censo do IBGE, 83,6% da população do Brasil, façamos uma sincera reflexão sobre racismo, discriminação e preconceito, dentro de nossas igrejas, e nos perguntemos:
Feliz 20 de novembro, dia nacional da consciência negra, para todas e todos que, assim como Jesus, o Cristo de Deus, abominamos o racismo, essa prática espúria e anticristã, que insiste em se perpetuar no seio do cristianismo no Brasil!
Caruaru-PE, quinta-feira, 20 de novembro de 2025.
*Adilson Lira é negro; cristão evangélico, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia; advogado, com pós-graduação em Ciência Política, Gestão Pública e Sociologia; servidor público estadual; vice-presidente do PT em Caruaru e integrante da coordenação nacional da organização social Via Trabalho
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O prefeito Janjão (PSD), de Bom Jardim, enviou comunicado sobre a inauguração da Arena Umariense Fábio Lima, marcada para este domingo (23). A governadora Raquel Lyra (PSD) participará da programação oficial e deve aproveitar a ocasião para anunciar investimentos no distrito de Umari e no entorno do Parque Municipal Pedra do Navio.
Segundo o prefeito, a governadora dará a ordem de serviço para obras na PE que passa em frente ao parque, interligando o trecho entre Encruzilhada e a divisa com Umbuzeiro, intervenção classificada como estratégica por ampliar a integração viária da região. Também devem ser detalhadas melhorias no acesso lateral da rodovia ao centro de Bom Jardim, com implantação de ciclovia, ciclofaixa e espaços voltados para caminhadas e uso de bicicletas, além de uma nova fonte recreativa destinada às crianças.
A inauguração da arena faz parte de uma programação mais ampla anunciada pela prefeitura. A agenda da governadora no município começa às 9h, com recepção na sede do Executivo, seguida por visita ao Parque Pedra do Navio (10h20) e à Fábrica de Colchões J. Confort Estofados, no distrito de Encruzilhada (11h). A solenidade de inauguração da Arena Umariense Fábio Lima será às 12h, no distrito de Umari. O encerramento está previsto para as 14h, com almoço na Fazenda Sapucaia.
À propósito do noticiário envolvendo o município de Paulista no escândalo do Banco Master, o Instituto de Previdência Social do Município do Paulista (PreviPaulista) enviou nota ao blog informando que o investimento de R$ 3 milhões foi realizado ainda na gestão do ex-prefeito Yves Ribeiro.
Confira nota na íntegra:
Leia maisNOTA OFICIAL: PREVIPAULISTA
O Instituto de Previdência Social do Município do Paulista (PreviPaulista), primando pela total transparência com seus segurados e com a opinião pública, vem a público prestar esclarecimentos cruciais sobre os investimentos em Letras Financeiras do Banco Master.
A atual diretoria esclarece que a referida aplicação financeira foi realizada na gestão anterior, do ex-Prefeito Yves Ribeiro, em fevereiro de 2024, sob responsabilidade do ex-diretor Luiz Augusto da Silva Junior. As auditorias iniciais apontam que o investimento foi realizado à revelia da governança interna, contrariando parecer da consultoria de investimentos contratada à época e sem a devida aprovação do Comitê de Investimentos.
Diante da gravidade dos fatos, a gestão do Prefeito Ramos, sob a diretora-presidente Giovanna Cordeiro, realizou a contratação de escritório de advocacia especializado para adotar todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. O objetivo é responsabilizar os envolvidos e buscar a recuperação dos valores. Paralelamente, foi ativado um plano de contingenciamento para mitigar quaisquer danos ao patrimônio do Instituto e melhorias no processo interno de investimentos.
É fundamental tranquilizar os servidores, aposentados e pensionistas: a saúde financeira do PreviPaulista permanece sólida. Mesmo no cenário mais adverso em relação a este ativo específico, a carteira de investimentos do Instituto — excluindo a aplicação no Banco Master — supera a marca de R$ 135.000.000,00.
Reforça-se que o PreviPaulista já está adotando medidas validadas juridicamente para habilitar seus créditos e buscar, em todas as instâncias, a reparação dos valores e a responsabilização dos agentes causadores.
Por fim, asseguramos a todos os servidores, aposentados e pensionistas que não há risco de descontinuidade nos pagamentos. O patrimônio líquido do Instituto é robusto e mais do que suficiente para absorver o impacto enquanto as medidas judiciais seguem seu curso.
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Por Agência O Globo
O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) disse que agiu em defesa própria ao trocar socos com outro homem numa rua de Curitiba, ontem (19). As imagens do embate viralizaram nas redes sociais, e a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) afirmou que a situação vai ser analisada pelo Conselho de Ética da Casa em até 90 dias.
Nas imagens, o deputado, de camisa amarela, discute com um homem vestido de preto — cujo nome não foi divulgado. O deputado pede que o homem de preto se afaste, mas ele se aproxima e leva um empurrão do parlamentar, que é agredido no rosto. Na sequência do confronto, o petista dá dois chutes na perna do homem, que lhe dá um soco no rosto.
Leia maisO motivo da briga é incerto. A equipe do deputado disse que ele reagiu à ação de um agressor que o perseguiu e fez ofensas de caráter racista e ideológico. Em vídeo publicado nas redes sociais, Freitas disse que entrou na briga pelo mesmo motivo que o fazia brigar na rua no Ensino Fundamental: “humilhação, racismo, injúria, violência, agressão”.
Rapaz, que vídeo foda do Renato Freitas sobre o ataque sofrido hoje. ASSISTAM!pic.twitter.com/sgmJTQgjDf
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) November 19, 2025
“Eu não aprendi a baixar a cabeça. Não me orgulho de estar brigando na rua, jamais. Você que está me assistindo, não inveje o homem violento, e nem siga nenhum dos seus caminhos. Mas o fato é que hoje eu estava com a minha amiga, também negra, nós dois atravessando uma rua, e o cara tocou o carro em cima de nós para dar um choque, para mostrar que ele tem um carro, que ele tem poder ou sei lá o quê”, relatou o parlamentar.
A briga virou tema de provocação de adversários políticos de Renato Freitas, como integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).
Apoiadores também compartilharam imagens do episódio e o defenderam.
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Paulista no escândalo do Banco Master
O escândalo envolvendo a liquidação do Banco Master vai provocar perdas para 18 entidades de previdência de estados e municípios, entre os quais Paulista, na Região Metropolitana do Recife, sob a gestão de Ramos Santana (PSD), aliado de primeira hora da governadora Raquel Lyra (PSD), com montante de R$ 3 milhões. Ao todo, esses fundos previdenciários aplicaram R$ 1,876 bilhão em letras financeiras do Banco Master entre outubro de 2023 e dezembro de 2024.
A Polícia Federal vai investigar esses investimentos. O Rioprevidência, que faz o pagamento de aposentadorias e pensões de servidores do Estado do Rio, responde por mais da metade do volume investido neste período. Em todos os casos, as aplicações foram feitas em letras financeiras, título que não tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mecanismo que ressarce as perdas de investidores em caso de crises bancárias.
Leia maisNo caso do Rioprevidência, além das letras financeiras, houve outros aportes que, segundo o Tribunal de Contas do Estado somaram R$ 2,6 bilhões desde 2023. Apesar de essas entidades previdenciárias serem conhecidas como fundos de pensão, do ponto de vista legal elas operam sob o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
Ou seja, a supervisão dessas entidades é de responsabilidade do Ministério da Previdência, além dos tribunais de contas municipais e estaduais. Segundo o Ministério da Previdência, há no total 2.130 RPPS no Brasil. Por estarem sob o regime do RPPS, esses fundos não são classificados como Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC), ou seja, não estão sob o mesmo arcabouço regulatório, fiscalizatório ou de governança do setor, que tem supervisão da Previc.
Entenda a quebra – Na segunda-feira passada, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, enquanto a Polícia Federal (PF) prendeu seu controlador, Daniel Vorcaro. Ele foi detido no Aeroporto de guarulhos, horas depois do anúncio da compra da instituição pelo Grupo Fictor, pouco conhecido no mercado, em consórcio com um fundo de investimento dos Emirados Árabes Unidos. A liquidação do banco deve resultar na maior operação em valor na História do país de ressarcimento a investidores após a crise da instituição financeira.

Ação de quadrilha – O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) poderá ter de desembolsar até R$ 48 bilhões para ressarcir 1,6 milhão de credores do banco. A investigação aponta indícios de fraude de R$ 12,2 bilhões em transações entre o Banco Master e o BRB (banco estatal de Brasília). A relação entre as duas instituições entrou no radar da Polícia Federal por suspeitas de irregularidades na venda de carteiras de crédito, em uma operação arquitetada por “pura camaradagem” como “tentativa de abafar a fiscalização” do BC. As autoridades sustentam que houve manipulação de ativos, fraudes no mercado de capitais, gestão fraudulenta e temerária.
Crise de liquidez – O Master cresceu amparado em uma estratégia agressiva de captação de recursos com a emissão de CDBs (títulos em que pessoas e empresas podem “emprestar” para bancos), prometendo juros acima das taxad de mercado. As investigações apontaram que o banco tinha R$ 12 bilhões descobertos porque alguns ativos da instituição têm baixa liquidez, ou seja, são de difícil venda. Essa “grave crise de liquidez” do Master levou o Banco Central a decretar a liquidação extrajudicial a a intervenção em empresas do grupo – apenas o Will Financeira, que opera o Will Bank, ficou de fora.
O choro de Haddad – Um dia após o Governo sofrer mais uma derrota na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, ontem, que o Projeto de Lei Antifacção relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) “asfixia” a Polícia Federal. Afirmou que o texto tira dinheiro da corporação no momento “da sua maior atuação contra o crime organizado”. Ele defendeu também que a proposta enfraquece a Receita Federal. Haddad disse que fez “vários gestos e apelos” que não foram ouvidos pelo congressista. O relator disse que não foi procurado pelo governo para discutir os pontos do projeto. A proposta foi aprovada na Câmara e segue para o Senado.

Péssima articulação – A derrota do Governo na Câmara pela aprovação do projeto Antifacção, considerada uma vitória do presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB) é reflexo, sobretudo, da má engrenagem política do Governo com o Congresso. Alexandre Padilha, remanejado para a pasta da Saúde, não se bicava com o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e teve que largar o Ministério das Relações Institucionais. Foi substituído por Gleise Hoffman, que até agora não disse a que veio. Ninguém no Congresso gosta do seu estilo.
CURTAS
RACHADINHA – A Polícia Federal encontrou R$ 17 mil em espécie com os vereadores Flávio do Cartório (PSD) e Professor Eduardo (PSD), presidente e primeiro vice-presidente da Câmara de Ipojuca. Eles foram presos em flagrante por suspeita de lavagem de dinheiro. A PF achou ainda anotações que indicam “controle mensal de possível esquema de rachadinha”.
ALVITRE – A prisão dos vereadores aconteceu no estacionamento de um supermercado no bairro de Boa Viagem, durante uma operação de monitoramento. A ação é um desdobramento da Operação Alvitre, deflagrada em outubro, que revelou supostas irregularidades no repasse de emendas parlamentares a entidades ligadas ao grupo e ao Instituto de Gestão em Políticas Públicas do Nordeste (IGPN).
MARILIA DE FORA – Está por um fio, no STF, a proibição de candidaturas avulsas, já a partir das eleições do ano que vem. Já há dois votos favoráveis e tudo levar a crer que a medida será aprovada por unanimidade. Se isso ocorrer, cai por terra o projeto da ex-deputada Marília Arraes, que não tem chapa, para disputar o Senado sem o cabeça de chapa, no caso o candidato a governador.
Perguntar não ofende: Quem apostava em candidaturas avulsas para o Senado além de Marília?
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O município de Itaíba, no Agreste Meridional, sediou, há pouco, a palestra seguida da sessão de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado no plenário da Câmara dos Vereadores e contou com o apoio do prefeito Pedro Pilota (Republicanos).

Além do chefe do Executivo Municipal, estavam presentes no ato a ex-prefeita Regina da Saúde, e os vereadores Jesse Tenório (PP) e Renato da Assistência (Republicanos), líder do Governo na Câmara. Alunos das escolas Municipal Presidente Médici e Estadual Pedro de Alcântara também participaram do evento.
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Do primeiro-escalão municipal, compareceram ao lançamento a secretária de Assistência Social, Janicleia Alves; o secretário de Esportes, Fábio Dantas; a secretária da Mulher, Adriana Cavalcanti; o chefe de Gabinete, Alisson Xavier; o secretário de Infraestrutura, João Arcoverde; o secretário de Agricultura, Marcelo Bispo; os assessores Wanderson Almeida e Rafael Cordeiro, e o diretor de Agricultura, Pedro Jordão.

“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
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O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), negou nesta terça-feira, 18, que tenha privilegiado o ex-presidente Jair Bolsonaro ao solicitar uma avaliação médica diante da possibilidade de o ex-mandatário ser enviado para o Complexo Penitenciário da Papuda, no DF. As informações são do portal Estadão.
Segundo o governo, a avaliação tinha o objetivo de verificar a “compatibilidade” do ex-presidente com o cumprimento de pena em regime fechado. A manifestação do GDF ocorreu após um ofício com questionamentos sobre a prática emitido pelo deputado distrital Fábio Félix (PSol), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Câmara Legislativa do DF.
Leia maisEm resposta aos questionamentos de Félix, o secretário Wenderson Souza e Teles informou que a pasta adota, de forma imediata, todas as medidas cabíveis para garantir avaliação médica e condições adequadas de custódia sempre que há ciência prévia de comorbidades ou de quadro clínico debilitado.
“O caso em análise não configura violação ao princípio da isonomia. Ao contrário, evidencia sua estrita observância na situação concreta. Tal procedimento é aplicado indistintamente a todos os internos, podendo ser exemplificado, a título ilustrativo, por solicitações de dietas especiais”, afirmou o governo distrital.
O pedido inicial de avaliação médica de Jair Bolsonaro havia sido feito pelo GDF, sob gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na devolutiva da solicitação, o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, considerou o pedido impróprio para análise naquele momento.
Os debates sobre a ida de Bolsonaro para a Papuda aumentaram após o fim do julgamento do “núcleo 01” da trama golpista, no qual o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Até o momento, ele permanece preso em regime domiciliar em sua residência na capital do país.
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O subprocurador-geral do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que a Corte analise se houve falhas ou omissões do Banco Central (BC) na fiscalização e supervisão do Banco Master e suas subsidiárias. As informações são do portal G1.
Na mesma representação, ele pede ainda que seja verificado se há risco sistêmico bancário diante da decretação da liquidação extrajudicial do banco. Nesta terça-feira (18), a autoridade monetária decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master.
Leia maisEste processo ocorre quando o BC encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional.
No documento, o subprocurador também solicita que o TCU:
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou, hoje, que quer encerrar sua carreira política ao fim do seu mandato no Senado, no início de 2027. No ano passado, Pacheco já havia manifestado essa intenção, que reforçou em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana.
“Eu nunca pensei em me eternizar na política. Há, inclusive, muitos pronunciamentos meus, desde quando entrei e deixei a advocacia, nos quais eu dizia que tinha uma data de entrada e também uma data de saída da política”, afirmou Pacheco a jornalistas. As informações são do portal Estadão.
Leia maisComo mostrou o Estadão, na noite de segunda-feira, 17, Lula disse a Pacheco que escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Segundo Pacheco, a conversa foi “amistosa, franca e muito esclarecedora”.
“O presidente disse que tinha tomado uma decisão, que seria anunciada em breve, e manifestou o desejo de ver a minha candidatura ao governo do Estado”, afirmou o senador. Lula quer que Pacheco seja candidato ao governo de Minas Gerais, em 2026, mas ele rejeita a ideia.
“Há uma reflexão já de bastante tempo sobre o encerramento da vida pública”, afirmou. “Principalmente após a saída da presidência do Senado, eu vinha amadurecendo a ideia de concluir a minha trajetória ao final do mandato.”
Pacheco, contudo, disse que este não é um posicionamento final. “Uma decisão definitiva, até por respeito e deferência, precisa ser construída com alguns companheiros que sempre estiveram ao meu lado, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores. É necessário conversar para ter esse alinhamento, para que tudo fique claro e sem arestas.”
O senador também disse que na conversa com Lula não tratou de um eventual “plano B” para o governo de Minas Gerais. “Não dialogamos sobre isso”, afirmou.
“Gosto do presidente Lula, sei que ele gosta muito de mim”, acrescentou. Pacheco disse que permanecerá no Congresso “ajudando nas pautas do Brasil” pelos próximos 14 meses que lhe restam de mandato.
Até o momento, Lula ainda não enviou ao Senado a indicação para a vaga de Barroso no STF. Após a escolha do presidente, o nome será sabatinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e apreciado pelo plenário da Casa.
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