O prefeito de Agrestina e presidente da Comagsul, Josué Mendes, acompanhado dos vereadores Caio Damasceno, Gordo de Zé Lito e Jobinho, marcou presença neste fim de semana na tradicional Festa da Galinha, em São Bento do Una. O evento, considerado um dos mais importantes do calendário cultural do Agreste pernambucano, reuniu milhares de pessoas em celebração à cultura e à economia local, fortalecendo o turismo e movimentando o comércio da região.
Na ocasião, as lideranças de Agrestina reafirmaram compromisso com o desenvolvimento regional e manifestaram apoio ao pré-candidato ao Governo de Pernambuco, João Campos. “Estamos juntos para fortalecer nossas cidades e dar todo o suporte necessário a projetos que tragam crescimento e mais qualidade de vida para a população”, afirmou Josué Mendes. Já os vereadores ressaltaram a importância da união entre os municípios.
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Luiz Vassallo e Fabio Serapião
Do Metrópoles
Um ex-funcionário afirmou à Polícia Federal (PF) que o lobista Antonio Carlos Camilo Antrunes, o “Careca do INSS”, estava se livrando de sua frota de carrões de luxo e que tinha o hábito de viajar de carro a Brasília com dinheiro em espécie todas as sextas-feiras. A testemunha se disse ameaçada de morte pelo lobista em depoimento à PF.
O depoimento foi citado no pedido da Polícia Federal pela prisão de Antunes no âmbito da Operação Cambota, desdobrameto da Sem Desconto, que investiga a farra dos descontos indevidos sobre aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Leia maisO lobista também está sob suspeita de planejar fugir do país. A PF acredita que a investigação, cuja primeira fase foi deflagrada em abril, vazou para os investigados.
O ex-funcionário Edson Claro Medeiros Junior procurou a Polícia Federal em São Paulo e disse temer por sua integridade física. Relatou que Antunes o ameaçou de morte. Em depoimento, a testemunha afirmou que “Antônio Camilo, logo após a Operação da Polícia Federal, começou a dilapidar seu patrimônio para se capitalizar, e que ele falou que precisava ‘levantar dinheiro, fechar as torneiras, dispensar os empregados e que iria para os Estados Unidos”.
Antonio Camilo também teria dito ao depoente que “deixaria seu filho Romeu encarregado de administrar um call center, localizado em um prédio de cinco andares de propriedade dele, para a realização de consignados em prejuízo dos segurados do INSS”, disse o depoente, segundo a PF.
De acordo com o ex-funcionário, o Careca do INSS “lavava dinheiro com carros de luxo e estaria se desfazendo de tais veículos por preços abaixo do mercado”. Ele também afirmou considerar suspeitas as viagens do investigado “todas às sextas-feiras de carro para Brasília com dinheiro em espécie”.
Quem é o “Careca do INSS”
Ex-superintendente de marketing de uma gigante do ramo de planos de saúde, Antonio Carlos Camilo Antunes é um lobista que atua em Brasília e ganhou o apelido de “Careca do INSS” pela influência que tem dentro do órgão federal.
Ele é suspeito de pagar propina a diretores do INSS para favorecer entidades envolvidas no bilionário esquema de descontos indevidos, fraudando filiações de aposentados.
Um contrato da empresa de consultoria dele, a Prospect, com uma das entidades investigadas, o Cebap, mostra que o lobista recebia uma comissão de 27,5% sobre cada valor descontado de aposentados pelas associações para as quais atuou.
Dez meses após assinar o contrato com o “Careca do INSS”, o faturamento do Cebap com os descontos saltou de R$ 574 mil para R$ 9,9 milhões por mês.
Segundo a PF, ele teria pagado propina ao ex-diretor de Benefícios André Fidelis, que autorizava os acordos com as entidades suspeitas, ao ex-diretor de Integridade Alexandre Guimarães, e ao ex-procurador-geral do INSS Virgílio Oliveira Filho.
Leia menosO bispo Dom José Ruy, da Diocese de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, ficou ferido após sofrer um acidente na noite de ontem (12). A mãe do sacerdote, que não teve o nome divulgado, também estava no veículo e também teve ferimentos.
A colisão aconteceu no bairro Maurício de Nassau. Após o impacto, o carro do bispo Dom José Ruy capotou. Equipes da Autarquia de Mobilidade de Caruaru estiveram no local. As informações são do g1 Caruaru.
Até a última atualização desta reportagem, informações sobre o outro veículo envolvido e a dinâmica do acidente não foram divulgadas.
Nas redes sociais, o bispo emitiu uma mensagem informando que foi encaminhado para o hospital Unimed, com escoriações e dores causadas pelo impacto da batida, mas que estava bem. A Diocese de Caruaru emitiu uma nota à imprensa na manhã deste sábado (12) informando que o bispo e a mãe já tiveram alta hospitalar e passam bem.
Do Diário de Pernambuco
Moradores da Zona Norte do Recife estão assustados com assaltos na área. Uma das ocorrências foi registrada por câmeras de segurança, na manhã da última quinta-feira (11), na Avenida Dezessete de Agosto, no bairro de Casa Forte.
Nas imagens, é possível ver o momento em que uma dupla se aproxima de moto em um carro estacionado. Em seguida, o homem na garupa desce da motocicleta, que sai da cena, e anda até o veículo. Na sequência, a porta é aberta e a motorista abandona o carro, que é guiado para longe pelo suspeito.
Segundo relatos de moradores, o caso não é isolado. Ontem (12), uma dupla de moto teria sido vista assaltando nas imediações da rua Flôr de Santana, no Parnamirim.
Procurada, a Polícia Civil informou que não localizou registro de ocorrência.
Blog da Folha
Faltando pouco mais de um ano para a eleição, a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), intensificam suas agendas pelo estado. Nos próximos 45 dias, a gestora deve visitar 90 municípios do estado, a começar por Ibimirim, amanhã (14). Já o socialista colocou o pé na estrada ainda ontem (12). Ele visita quatro cidades do Agreste pernambucano, base eleitoral da pessedista e sua família.
Numa estratégia para marcar presença em todo o estado, a governadora Raquel Lyra quer ir aos municípios ainda não visitados por ela. Desde que assumiu o comando do estado, passou por 94 dos 180 municípios, sendo 19 deles somente durante as edições do programa Ouvir para Mudar e do Festival Pernambuco Meu País, realizados este ano.
Leia maisNa nova rodada de compromissos, Raquel contará com a aprovação de um novo empréstimo na Alepe para reforçar as entregas e ações do governo do estado. Em Ibimirim, ao lado do prefeito aliado Welinton Siqueira (PSDB), a governadora assina a ordem de serviço para a construção de uma creche e entrega uma nova sala de raio-x, entre outros investimentos.
Agreste
Mesmo sem assumir a pré-candidatura ao governo estadual em 2026, João Campos mantém uma agenda de movimentações pelo interior. Ele deve reunir dois pré-candidatos ao Senado Federal que disputam espaço na possível chapa do gestor recifense: o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (UB). Os gestores participam da 23ª Missa do Vaqueiro em Canhotinho, terra governada por Sandra Paes (Republicanos), esposa do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), opositor de Raquel Lyra.
Antes, o prefeito visita Panelas e Altinho, cidades governadas pelos correligionários Ruben Lima e Marivaldo Pena, respectivamente. “Vamos passar em algumas cidades que amigos convidaram para conhecer manifestações locais específicas da cultura de cada cidade. A maior parte delas, eu já estive, conheço e tenho amigos”, declarou João Campos.
Leia menosPor Marcelo Tognozzi
Colunista do Poder360
Sobrevivemos a mais uma semana explosiva, com o acirramento do confronto político nos Estados Unidos pelo assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, as manifestações com confrontos e incêndios numa Paris cada vez mais parecida com a da comuna de 1871, confrontos no Nepal depois de o governo tentar controlar as redes sociais, drones russos bombardeando a Polônia e mísseis de Israel eliminando líderes do Hamas no Qatar e o Supremo condenando Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de cadeia.
Uma semana em que o ministro Luiz Fux deu uma aula de Direito e de comunicação estratégica ao ocupar todos os espaços da sessão do Supremo da quarta-feira (10). Fux foi a estrela do dia, com todos os portais de notícias, blogs, redes sociais e até veículos do exterior estampando sua foto e cobrindo seu extenso voto de 12 horas.
Foi a primeira vez que um ministro mobilizou a mídia a seu favor para dar um recado claro e contundente. Saiu vencedor, mesmo sendo voto vencido.
O mundo de 2025 se parece cada vez mais com o de 100 anos atrás. O mesmo acirramento do embate político, esgarçamento das relações sociais, antissemitismo, desequilíbrios globais desaguando na crise de 1929, ascensão dos regimes fascistas na Europa, xenofobia, a Revolução de 1930 e o fim da República Velha no Brasil.
Há 101 anos, a cidade de São Paulo era bombardeada por ordem do presidente Artur Bernardes durante a revolução comandada pelo general Isidoro Dias Lopes e um punhado de tenentes oriundos do movimento de 1922.
Há 1 século, o mundo estava em transformação e era um lugar tão violento quanto este em que vivemos. O poder exercido pela força, coerção e a polarização, como agora, tornara-se um ativo político, um caminho fácil, quase um atalho, para o poder. Na dúvida, polarize diziam Hitler, Mussolini, Getúlio, Peron, Prestes e Stálin.
Ao mesmo tempo em que o mundo caminhava para a 2ª Guerra, nasciam os futuros políticos destinados a quebrar essa lógica perversa. Juscelino Kubitschek tinha 23 anos e Tancredo Neves 15, quando em 11 de setembro de 1925 dona Maria José deu à luz Armando Monteiro Filho no Recife. Armandinho veio ao mundo rico, bonito, charmoso e com uma capacidade ímpar para transformar limões em limonadas, por mais azedos que fossem.
Morreu em 2018 aos 92 anos. Faria 100 anos nesta semana. Nasceu numa data depois marcada como um dos símbolos da polarização com a deposição do presidente chileno Salvador Allende, em 1973, o atentado às torres gêmeas em Nova York, em 2001 e, agora, a condenação de Bolsonaro.
Ao desembarcar neste planeta Terra, Armandinho encontrou um Brasil incendiado pelo movimento tenentista e um Nordeste varrido pelo cangaço. Lampião era lenda viva, Padre Cícero mito e canudos um trauma.
Quando tinha de 4 para 5 anos, João Pessoa, candidato a vice de Getúlio nas eleições de 1930, foi assassinado na Confeitaria Glória, no Recife, pelo jornalista João Dantas. Pessoa, governante da Paraíba, mandou publicar as cartas de amor de Dantas para Anayde Beiriz, capturadas durante uma batida policial. Um escândalo.
A morte de Pessoa foi estopim para a Revolução de 1930. Vargas tomou o poder e lá empoleirou-se por 15 anos. Quando os militares tiraram Getúlio, ele tinha 20 anos e viu o país trocar a ditadura pela democracia. Armandinho, agora na Escola de Engenharia da Universidade do Recife, dava os primeiros passos na política como líder estudantil.
Conquistou o coração de dona Maria do Carmo, filha do lendário governador Agamenon Magalhães, tão vivo na memória dos pernambucanos quanto Miguel Arraes. Tiveram 5 filhos, viveram um amor soma de amizade, companheirismo e admiração mútua durante mais de 60 anos. Do Carmo foi o esteio que permitiu a Armandinho dar seus voos como político.
Foi deputado estadual, secretário de Viação e Obras Públicas. Disputou uma vaga de deputado federal pelo PSD, em 1954, e saiu como o mais votado de Pernambuco. Acabou vice-líder do governo JK, político que o inspirou com a energia de fazedor. Foi um construtor de pontes no Congresso, exercendo esse lado artesanal da política, hoje fora de moda. Reeleito em 1958, Armando Monteiro já era um político de prestígio quando Jânio Quadros renunciou em 1961.
Com a crise provocada pelos militares, contrários à posse constitucional do vice, Jango, Armando Monteiro Filho foi procurado por José Maria Alkmin, ex-ministro da Fazenda de JK. Recebeu o convite para assumir o Ministério da Justiça durante a Presidência interina do deputado Ranieri Mazzili.
Jango estava na China e voltou devagar, chegando pelo Uruguai e indo direto a Porto Alegre (RS), onde seu cunhado Leonel Brizola, governador do Rio Grande, resistia tentando garantir a posse de Jango com uma rede de emissoras de rádio, a Cadeia da Legalidade.
Alckmin, raposa velha, depois vice no governo do general Castello Branco, líder do golpe de 1964, achou que levaria Armandinho no bico. “Não posso, sou engenheiro”, desconversou. Alckmin insistiu: “Isso não é argumento”. E Armandinho encerrando o assunto: “Sou violentamente a favor da posse do presidente João Goulart”.
Pouco depois, com a volta de Jango ao poder, veio o parlamentarismo como remédio para moderar o apetite golpista dos militares. Tancredo Neves virou primeiro-ministro e contou com a ajuda e o talento de Armandinho, em quem confiava. JK dava suporte. Na formação do gabinete, acabou ministro da Agricultura.
Fez um sucesso retumbante, a ponto de o New York Times publicar reportagem elogiando seu projeto de reforma agrária. O jornal chamou o projeto do ministro Armando Monteiro Filho de equilibrado, num momento em que o campo do Brasil estava inundado de comunistas liderados pelo deputado Francisco Julião. Era a Guerra Fria respingando por aqui.
Ele ficou 1 ano no Ministério da Agricultura. Voltou para a Câmara e seguiu trabalhando para apaziguar ânimos. No fim de 1962, disputou o governo de Pernambuco. Miguel Arraes venceu e ele ficou em 3º. Menos de 2 anos depois, o país mergulharia por 21 anos na ditadura militar. Armando Monteiro Filho foi cuidar dos negócios da família, sem descuidar da política.
Filiado ao MDB de Ulysses, Tancredo, José Ermírio de Moraes e Nelson Carneiro, resistiu como pode. Foi perseguido. Fiscais eram instruídos a fazer pente fino nas suas empresas. Segurou tudo altivamente. Jamais negociou sua dignidade, muito menos a honra e as convicções. Tentou voltar em 1994, mas acabou perdendo a eleição para o Senado.
Armando ensinou a política da empatia, serenidade e convicção. Aprendeu a sobreviver aos momentos explosivos, sempre suave e bem-humorado inspirando o sobrinho José Múcio, ministro da Defesa, seu melhor aluno. Assim, tijolo por tijolo, construiu sua própria trajetória, aprendeu a ser feliz, amar a família, sublimar perdas e celebrar ganhos. Viveu uma vida bonita. A história de um homem bom.
Leia menosO outro lado dos Estados Unidos que não apoia Jair Bolsonaro
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
As atitudes do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump (Republicano), contra o Brasil, em protesto pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, podem levar a crer que toda aquela nação apoia medidas como as tarifas, por exemplo, e que a população em geral estadunidense acredita na narrativa bolsonarista de perseguição.
Entretanto, uma carta de deputados do partido Democrata foi publicada na noite da última quinta-feira (11), após o fim do julgamento de Jair Bolsonaro e de mais sete aliados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia maisNo texto, os parlamentares acusam Donald Trump de usar a guerra comercial contra o Brasil para proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamam de “seu colega golpista”. A carta é assinada pelos deputados Gregory W. Meeks, membro sênior do Comitê de Relações Exteriores da Câmara; Joaquin Castro, membro sênior do Subcomitê do Hemisfério Ocidental; e Sydney Kamlager-Dove, copresidente da Bancada Brasileira.
Politicamente, o gesto dos deputados norte-americanos é uma ducha de água fria no discurso dos aliados de Bolsonaro, inclusive do próprio filho dele, Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos EUA em busca de sanções contra o Brasil como retaliação ao julgamento do pai.
Fica claro que nem todo mundo nos Estados Unidos caiu na falsa narrativa de que Jair Bolsonaro sofre perseguição política em solo brasileiro. Tampouco todos os norte-americanos acreditam nas abobrinhas que os aliados do ex-presidente gostam de repetir, de que o Brasil vive um estado de exceção ou ditadura.
Os deputados são de oposição a Donald Trump e afirmaram que o país deveria “apoiar o povo brasileiro enquanto este começa a superar essa ameaça à sua democracia”. “Esse caminho, no entanto, foi prejudicado pelos esforços do governo Trump para interferir nas instituições democráticas brasileiras, tendo imposto uma tarifa ilegal de 50% ao país para manipular esse processo judicial”, enfatizaram.
A carta dos Democratas desmascara a estratégia bolsonarista, que tenta passar uma imagem à militância brasileira de apoio total dos Estados Unidos a Jair Bolsonaro, inclusive com o uso da força. Eduardo Bolsonaro, inclusive, chegou a dizer esta semana ao site Metrópoles que os EUA podem enviar “caças F-35 e navios de guerra” para o Brasil, ignorando completamente que, mesmo sob Donald Trump, naquele país há forças divergentes das atitudes do presidente republicano.
Além de mostrar que uma parte da política norte-americana não comprou a narrativa do ex-presidente, a carta demonstra a fragilidade do apoio estadunidense a Bolsonaro, restrito apenas ao tempo que durar o governo Trump.
Famílias americanas prejudicadas – O texto dos parlamentares Democratas alerta para os prejuízos das ações de Trump contra o Brasil também para os norte-americanos. “O fato de Trump ter travado uma guerra comercial para defender seu colega golpista não só rompeu as relações EUA-Brasil, como também foi feito às custas das famílias americanas impactadas pelo que são, na prática, impostos”, diz a carta.
EUA perdem e China ganha – Os parlamentares manifestaram preocupação com a aproximação do Brasil com a China, graças às sanções de Trump. “Os interesses econômicos e de segurança nacional dos Estados Unidos sofreram danos colaterais, à medida que o Brasil exporta cada vez mais seus produtos para a China em detrimento dos Estados Unidos”, alerta a mensagem. O texto se encerra pedindo ao presidente americano que “ponha fim às tarifas ilegais”. “Apelamos a Trump para que encerre imediatamente seus esforços para minar a democracia brasileira e ponha fim a essas tarifas ilegais que impactam a economia americana. Só então poderemos trabalhar para reconstruir esta parceria crucial.”
Contra a anistia – A equipe de articulação política do governo Lula (PT) está trabalhando para evitar que a anistia aos condenados por atos golpistas, que pode beneficiar Jair Bolsonaro, avance na Câmara. A meta principal do Palácio do Planalto é que nem a urgência, instrumento que acelera a votação do projeto, seja pautada. Os governistas, no entanto, admitem o cenário em que a pressão do bolsonarismo e de parte do Centrão possa fazer com que a medida seja colocada em votação e, pensando nisso, há ameaça de retirada de cargos daqueles que votarem a favor.
Articulação no STF – Os aliados de Bolsonaro articulam, além do projeto de anistia no Congresso, a abertura de diálogo com ministros do STF em busca de sinais de receptividade a uma eventual lei que possa beneficiar tanto o ex-presidente quanto os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O movimento é conduzido por integrantes da cúpula do PL, a exemplo do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada do partido na Câmara.
Alckmin faz reconhecimento público ao STF – O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou ontem (12) que o Brasil deve “reconhecimento” ao STF após a Corte ter condenado Jair Bolsonaro na ação do plano de golpe de Estado. “Entendo que o Brasil deve um reconhecimento justo e necessário à Polícia Federal, à PGR e ao STF pelo cumprimento exemplar da sua missão de defender as liberdades, defendendo a democracia”, disse Alckmin ao ser questionado sobre o julgamento.
CURTAS
João Campos bota pé na estrada – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), bota o pé na estrada neste fim de semana. Vai para a Missa do Vaqueiro de Canhotinho, no Agreste. O evento chega à sua 23ª edição, hoje e amanhã, prometendo reafirmar o caráter de “acontecimento político” que tem sido observado nos últimos anos.
Silvinho e Miguel também vão – A mais importante manifestação cultural e religiosa do Agreste Meridional, a Missa do Vaqueiro de Canhotinho, vai receber também o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP), e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), ambos citados como possíveis concorrentes ao Senado na chapa de João Campos.
Álvaro recebe todos – Os três, assim como as demais autoridades convidadas para o evento em Canhotinho, serão recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), pela prefeita de Canhotinho, Sandra Paes (RP), e pelo pré-candidato a deputado federal Gabriel Porto (PSDB), filho de Álvaro.
Perguntar não ofende: Vai adiantar os bolsonaristas conversarem com ministros do STF sobre anistia?
Leia menosUma investigação da Polícia Federal apontou que Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, movimentou mais de R$ 12 milhões em 129 dias, pouco mais de quatro meses. Ele é suspeito de ser o operador das fraudes do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Ele foi preso nesta sexta-feira (12).
Uma investigação da PF revelou um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS. Antunes é o lobista apontado pela PF como “facilitador” do caso.
O empresário Maurício Camisotti, suspeito de envolvimento nas fraudes, também foi preso. Na operação, foram apreendidas esculturas eróticas, quadros, arma e carros de luxo.
O prejuízo, entre os anos de 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude veio à tona, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.
Antunes foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024. A defesa de Antunes afirmou à TV Globo que vai buscar a liberdade do seu cliente.
Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. A defesa do empresário disse não haver “qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS”. (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)
Os agentes também foram na casa e no escritório do advogado Nelson Wilians, na cidade de São Paulo, onde encontraram diversas obras de arte.
Em nota, a defesa dele esclareceu que ele “tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência”.
Diversos carros de luxo foram apreendidos, incluindo Ferrari, Land Rover, Porsche, Mercedes e até um carro de Fórmula 1.
Como funcionava o esquema
Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas:
– ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários;
– usavam assinaturas falsas para autorizar descontos;
– criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.
As associações cadastravam, sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que estavam sendo “associados”.
Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade — com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.
De acordo com a PF, dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam o desvio.
A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada.
O que dizem as defesas
“A defesa do empresário Maurício Camisotti afirma que não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS.
Os advogados chamam a atenção para a arbitrariedade cometida durante a ação policial: Camisotti teve seu celular retirado das mãos no exato momento em que falava com seu advogado. Tal conduta afronta garantias constitucionais básicas e equivale a constranger um investigado a falar ou produzir prova contra si próprio.
A defesa reitera que adotará todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão e assegurar o pleno respeito aos direitos e garantias fundamentais do empresário.”
Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela defesa do advogado Nelson Wilians:
“Em relação ao mandado de busca e apreensão cumprido nesta data, Nelson Wilians esclarece que tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência.
Nelson Wilians já afirmou, anteriormente, que sua relação com um dos investigados — seu cliente na área jurídica — é estritamente profissional e legal, o que será comprovado de forma cabal. Os valores por ele transferidos referem-se à aquisição de um terreno vizinho à sua residência, transação lícita e de fácil comprovação.
Ressaltamos que a medida cumprida é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade. O advogado permanece à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários e reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência.”
Leia menosO prefeito de Carnaíba, Wamberg Antônio Gomes Amaral, enviou ofício à governadora Raquel Lyra e ao secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro, relatando falhas no fornecimento da merenda escolar na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Joaquim Mendes da Silva. No documento, o gestor destaca que o problema tem causado repercussão na imprensa e junto à comunidade escolar, e oferece como medida emergencial o apoio com estoques da rede municipal, solicitando posterior ressarcimento pelo Estado. Leia o ofício na íntegra:
Senhora Governadora,
Com nossos cordiais cumprimentos, vimos, por meio deste, solicitar providências em caráter de urgência no que se refere ao fornecimento de merenda escolar da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Joaquim Mendes da Silva, localizada neste Município de Carnaíba/PE.
Leia maisRecebemos, de forma reiterada, relatos de estudantes, bem como matérias veiculadas pela imprensa local, acerca da precariedade no fornecimento da merenda escolar da referida unidade de ensino, tanto no aspecto qualitativo quanto quantitativo. Essa situação tem causado grande repercussão na comunidade escolar e na sociedade em geral, prejudicando o bem-estar e o desempenho dos alunos.
Como medida emergencial, colocamos à disposição da Gerência Regional de Educação – GRE Sertão do Alto Pajeú, os estoques de merenda escolar da Rede Municipal de Ensino, a fim de suprir, temporariamente, as necessidades da referida unidade estadual, sem comprometer o abastecimento das escolas municipais. Ressaltamos que tal colaboração se dará até que sejam normalizados os fornecimentos pelo Estado, ficando resguardado o direito deste Município ao ressarcimento posterior dos gêneros alimentícios utilizados.
Na certeza de contarmos com a atenção e providências de Vossa Excelência, renovamos protestos de estima e consideração.
Atenciosamente,
Wamberg Antônio Gomes Amaral
Prefeito de Carnaíba
Por Blog da Folha
Nesta quinta (11) e sexta-feira (12), o Partido Social Democrático (PSD) reuniu diversas lideranças políticas de todo o país em Santa Catarina para o Encontro Semestral da Bancada Federal, que discute os rumos do PSD para 2026. A governadora de Pernambuco e presidente do PSD em Pernambuco, Raquel Lyra, prestigiou o evento ao lado de Gilberto Kassab, dirigente nacional da sigla, dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca e Aquicultura) e dos governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Ratinho Júnior (Paraná).
Durante sua participação no evento, Raquel Lyra agradeceu ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, pelo apoio dado pelo partido em Pernambuco. “Eu nunca tive tanta presença de um presidente nacional de partido como a gente está tendo de Kassab a Pernambuco. Isso é muito importante”, afirmou.
Leia maisA gestora estadual também apresentou às lideranças presentes informações sobre Pernambuco, comemorando os resultados sob sua liderança. “Nosso Estado vive uma fase positiva de muitas entregas, e muitas ainda se consolidarão no próximo ano. Tudo isso é fruto de muito empenho e compromisso”, concluiu.
Gilberto Kassab destacou a presença da governadora Raquel Lyra e de outras lideranças nacionais e regionais para discutir sobre assuntos de interesse do partido. “Aqui discutimos a nossa participação das eleições nos estados e também no plano nacional, além de uma avaliação da conjuntura política do nosso País”, disse o dirigente nacional.
O encontro em SC contou com a participação de senadores, deputados federais, prefeitos de diversas cidades, como o da cidade anfitriã, Florianópolis, Topázio Neto, e lideranças do partido de vários estados brasileiros. O vice-presidente estadual do partido, André Teixeira Filho, acompanhou a governadora no encontro da bancada.
Dentro da programação, Raquel Lyra participou do Encontro Estadual PSD Mulher, em Balneário Camboriú, liderado pela prefeita do município, Juliana Pavan. Com o objetivo de discutir políticas públicas voltadas para a população feminina, a pauta entra em consonância com a equidade de gênero, questão prioritária dentro do PSD.
A gestora acompanhou a programação e se reuniu com o prefeito Topázio Neto e sua equipe. Em seguida, participou da Reunião Semestral da Bancada PSD, na capital Florianópolis.
Leia menosO jornal americano The New York Times publicou um artigo de opinião, nesta sexta-feira, que enaltece o julgamento brasileiro da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). O texto destaca a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e diz que o Supremo fez o que “os Estados Unidos tragicamente falharam em fazer: levar à justiça um ex-presidente que atentou contra a democracia”.
O artigo é assinado pelo professor de Economia na Universidade Johns Hopkins Filipe Campante e pelo professor de Governo na Universidade de Harvard e autor do livro “Como as democracias morrem” (Editora Zahar), Steven Levitsky. Ontem, o STF concluiu o julgamento que, por 4 votos contra 1, declarou Bolsonaro e outros sete réus culpados por tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisNo texto do NYT, os especialistas elogiam a condução do julgamento pelos magistrados brasileiros e fazem uma comparação com o cenário americano. Nos EUA, o atual presidente, Donald Trump, também questionou os resultados das eleições em que perdeu para Joe Biden, em 2020, levando à invasão do Capitólio por seus apoiadores em janeiro de 2021.
“Os paralelos são impressionantes. Ambos elegeram presidentes com instintos autoritários que, após perderem a reeleição, atacaram instituições democráticas”, escrevem os professores. Eles, porém, destacam que o republicano “não foi enviado para a prisão, mas de volta à Casa Branca”. Trump saiu vitorioso da disputa pela Presidência dos EUA do ano passado, quando enfrentou a a ex-vice-presidente Kamala Harris.
O artigo afirma que Bolsonaro “copiou amplamente a cartilha de Trump” ao, em 2022, questionar a integridade do processo eleitoral e atacar as autoridades brasileiras, e lembra que o ex-presidente disse que a única forma de perder seria por meio de fraude. Além disso, considera que a invasão de 8 de janeiro de 2023 foi mais grave que o paralelo americano pelo envolvimento de aliados militares de Bolsonaro.
Os professores citam ainda a descoberta do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que planejava assassinar Lula, Alckmin e Moraes. “Assim, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, presidentes eleitos atacaram instituições democráticas na tentativa de se manter no poder após perderem a reeleição. Ambas as tentativas de tomada de poder fracassaram — inicialmente. Mas é aí que as duas histórias divergem”, escrevem.
Segundo os especialistas, os americanos “fizeram surpreendentemente pouco para proteger sua democracia do líder que a atacou”. “Os tão celebrados freios e contrapesos constitucionais do país falharam em responsabilizar Trump por sua tentativa de reverter a eleição de 2020”, dizem.
O Departamento de Justiça dos EUA teria demorado a processar Trump, e o atual presidente foi indiciado somente em agosto de 2023. A Suprema Corte americana, porém, permitiu que o caso fosse adiado e, em julho de 2024, decidiu que os mandatários têm ampla imunidade, comprometendo o processo. Após ter vencido a eleição no ano passado, os processos federais contra Trump foram arquivados.
“O Brasil seguiu um caminho diferente. Tendo vivido sob uma ditadura militar, autoridades públicas brasileiras perceberam a ameaça à democracia desde o início do governo Bolsonaro. Muitos juízes e líderes do Congresso viram a necessidade de defender energicamente as instituições democráticas do país. Como disse o ministro Moraes a um de nós: ‘Percebemos que poderíamos ser Churchill ou Chamberlain. Eu não queria ser Chamberlain’”, diz o artigo.
Os professores mencionam ainda os esforços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a integridade do pleito de 2022, como pelo inquérito das Fake News, pelo desmonte de barreiras policiais ilegais e pela divulgação imediata dos resultados. Reforçam que, de modo diferente dos EUA, mesmo políticos da oposição a Lula reconheceram rapidamente a vitória do petista.
“Diferentemente dos Estados Unidos, portanto, as instituições brasileiras agiram de forma vigorosa e, até agora, eficaz, para responsabilizar um ex-presidente por tentar reverter uma eleição. É precisamente a eficácia dessas instituições que colocou o país na mira do governo Trump”, escrevem.
Os especialistas americanos terminam enfatizando que, apesar de suas falhas, a democracia brasileira “está hoje mais saudável do que a americana”. “Cientes de seu passado autoritário, as autoridades judiciais e políticas do Brasil não tomaram a democracia como garantida. Seus equivalentes norte-americanos, ao contrário, falharam. Em vez de minar o esforço do Brasil para defender sua democracia, os americanos deveriam aprender com ele”, recomendam.
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