Os advogados do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL), responderam à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da tentativa de golpe de Estado, após as eleições presidenciais de 2022.
Investigação da Polícia Federal (PF) indicou que Ramagem teria “instrumentalizado” a agência para uso político no esquema chamado de “Abin paralela” para disseminar notícias falsas. Além disso, a autarquia teria monitorado ilegalmente 22 pessoas, incluindo políticos e ministros do STF.
Segundo a defesa, não há “razoabilidade” na denúncia porque Ramagem havia acabado de ser eleito deputado federal.
A equipe de advogados argumentou que não fazia sentido Ramagem, “após tanto esforço e dispêndio de recursos materiais e pessoais em acirrada disputa eleitoral, fosse capaz de atentar contra os ‘poderes constitucionais’, visando abolir o Estado Democrático de Direito. Alexandre Ramagem Rodrigues acabara de ser eleito membro de um dos Poderes da República, a duras penas”.
A defesa citou ainda que “os meses de campanha, meses de sacrifício e planejamento que resultaram em êxito eleitoral teriam simplesmente sido jogados na ‘lata do lixo’, porque o denunciado pretensamente estaria imbuído de atentar contra o Estado Democrático de Direito”.
Além disso, os advogados destacaram que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, “sequer fez alusão” ao nome de Ramagem em sua delação.
Ainda segundo a defesa, Ramagem não foi responsável pela utilização da Abin de forma paralela.
Eles ainda destacaram que a Abin tem “convênio com a Justiça Eleitoral, cujo objeto era justamente o aprimoramento da segurança das urnas eletrônicas”, e ressaltaram que “as publicações em redes sociais por ele realizadas sempre pregaram o aprimoramento da segurança do sistema eletrônico de votação”.
Ramagem é denunciado por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Segundo a PGR, Bolsonaro, Ramagem e ministros da época, como Anderson Torres e Augusto Heleno, eram o “núcleo crucial da organização criminosa, mesmo que tenha havido adesão em momento distinto”.
Para a procuradoria, eles “integraram, de maneira livre, consciente e voluntária, uma organização criminosa constituída desde, pelo menos, o dia 29 de junho de 2021, e operando até o dia 8 de janeiro de 2023“.
Alex Campos deixa Compesa na reta final da concessão
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
Na reta final do processo de concessão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o presidente Alex Campos vai deixar a instituição. A informação foi obtida com exclusividade por este blog, ontem (15). Alex Campos recebeu um convite irrecusável do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para voltar a trabalhar na área privada, atuando na ponte aérea Brasília/São Paulo.
Embora a proposta tenha sido vantajosa, não há como negar que Campos é mais um a deixar o governo de Raquel Lyra (PSD) por iniciativa própria. O presidente da Compesa, inclusive, sempre foi contra privatizar a Companhia, mas precisou defender o projeto enquanto membro da gestão.
A governadora está perdendo mais um quadro extremamente qualificado porque não sabe valorizar ninguém. Foi assim com Evandro Avelar, o melhor auxiliar na gestão de João Lyra, que, como tantos outros, não contou com o que há de mais elementar num governo e numa equipe: autonomia para cumprir a missão.
Tudo bem que Alex, como profissional liberal e com um currículo invejável — a governadora o tirou de uma diretoria da Anvisa — tenha todo o direito e liberdade de optar pelo melhor em se tratando de salário na sua carreira, mas há algo no ar, além de avião de carreira.
É de se estranhar que Alex, o condutor da privatização da Compesa, abandone o barco justamente no momento em que o processo está para ter desfecho. Algum ruído está ocorrendo. Aliás, da forma como está andando o modelo de concessão ou privatização da estatal, só agrada mesmo à própria governadora. Mais ninguém.
Na partilha do que os municípios terão direito ainda se a concessão vier a ser concretizada, os números não satisfazem a nenhum prefeito, o que pode ocasionar uma onda de judicialização, como ocorreu em São Paulo e recentemente em Alagoas. Alex, segundo o blog apurou, não estava indo a eventos importantes da própria estatal.
Recentemente, a governadora inaugurou um sistema de abastecimento de água no Sertão, mas sem a presença dele. Experiente e bem articulado no plano nacional, Alex já teria percebido também que a privatização, da forma como a governadora impõe, sofrerá restrições nos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Relembrando – O número de secretários que deixaram seus cargos na gestão de Raquel chegou a 10, sendo que, na maioria dos casos, os motivos alegados envolvem dificuldades de relacionamento com o Palácio. O último havia sido o ex-secretário de Educação Alexandre Schneider, que pediu demissão em janeiro deste ano, após seis meses na pasta, e saiu do governo alegando “que há valores que são inegociáveis”.
Relação afinada – A visita do presidente Lula (PT) a Pernambuco, esta semana, foi uma confirmação pública das alianças locais que visam às eleições de 2026. A atenção com o Recife não deixou dúvidas sobre como está azeitada a relação entre o petista e o prefeito João Campos (PSB), e consequentemente entre o Governo Federal e a capital. João chegou a se declarar como “um soldado” de Lula.
Ministro da Saúde continua visitas – A agenda do presidente Lula foi na quinta-feira (14). Mas, ontem (15), João Campos continuou andando com membros do Governo Federal no Recife, visitando unidades de saúde. O ministro Alexandre Padilha esteve com o prefeito na USF+ Fernanda Wanderley, na Linha do Tiro, a primeira unidade do país a receber o programa federal Útero é Vida, estratégia de prevenção e eliminação do câncer do colo do útero. Em seguida, Padilha e Campos visitaram o Hospital da Mulher do Recife, local que dá seguimento aos casos suspeitos de câncer do colo do útero.
Habitacional com recursos federais – Ontem também foi anunciada a construção de dois conjuntos habitacionais no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul, que beneficiarão cerca de 2,6 mil pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade no próprio bairro. Os empreendimentos, chamados Vila Aeronáutica I e II, somam 528 apartamentos e terão investimento estimado em R$ 90 milhões, incluindo contrapartida municipal de cerca de R$ 1 milhão. Eles integram o programa Minha Casa, Minha Vida, na modalidade FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).
Articulação com José Múcio – O terreno dos habitacionais, localizado na Rua 20 de Janeiro, pertencia à União e era usado para moradia de militares da Aeronáutica. Foi transferido ao município como parte da quitação de uma dívida. A área passou por demolição das antigas construções e receberá os novos blocos residenciais. O secretário de Habitação do Recife, Felipe Cury, explicou que, como o terreno era da Aeronáutica, a obra foi viabilizada pela negociação do prefeito João Campos com o ministro da Defesa, José Múcio, além da decisão política do presidente Lula de repassar a propriedade para o município.
CURTAS
Alô INSS 1 – Um vídeo enviado a este blog mostrou a longa fila dentro da Agência Central dos Correios, na Avenida Guararapes, no Centro do Recife, onde idosos aguardavam, ontem, há horas para verificar e contestar descontos em benefícios do INSS. Segundo a nossa fonte, a espera de uma idosa, ao seu lado, já ultrapassa três horas.
Alô INSS 2 – A morosidade no atendimento se soma ao cenário de chuva intensa na cidade, que dificulta a locomoção de quem precisa do serviço. “O cara é roubado e ainda tem que passar um constrangimento. É muita humilhação!”, desabafou o aposentado que gravou as imagens, relatando também a presença de pessoas doentes e com mobilidade reduzida no local.
Direto de Brasília – O podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog em parceria com a Folha de Pernambuco, traz, na próxima terça-feira (19), o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Na era FHC, Everardo se destacou como um dos mais eficientes integrantes da equipe econômica e, hoje, é um crítico implacável da política econômica de Lula (PT). O podcast vai ao ar das 18h às 19h com transmissão pelo YouTube da Folha e do blog, incluindo cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Perguntar não ofende: Quem será o próximo ou a próxima a deixar a gestão Raquel Lyra?
Ao participar da inauguração de uma montadora chinesa (GWM) de carros elétricos e híbridos na cidade de Iracemápolis (SP), a 160 km de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez elogios à China, “maior parceiro comercial do País”, e voltou a criticar o governo dos Estados Unidos.
“Não dá para a gente aceitar a criação de uma imagem mentirosa contra um país como o Brasil, que não tem contencioso no mundo”, disse o presidente.
A empresa chinesa estima investimento de R$ 4 bilhões até 2026 no país, o que já engloba a abertura da nova fábrica. De 2027 a 2032, são previstos mais R$ 6 bilhões. As informações são da Agência Brasil.
“A China é o nosso principal parceiro comercial. A gente vai tentar brigar para que o comércio mundial seja equilibrado. A gente quer que volte o multilateralismo”, afirmou Lula.
Aliado O presidente defendeu que o Brasil tem sido aliado da China por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável. “É importante que as pessoas saibam que o comércio do Brasil com a China hoje é de US$ 160 bilhões contra US$ 80 bilhões com os Estados Unidos”, comparou.
Lula afirmou que, por causa de Trump, o Brasil vive uma “turbulência desnecessária”.
“A ideia de passar para o mundo que o Brasil é um país horrível para negociar não é verdade. Eu não posso admitir que um presidente de um país do tamanho dos Estados Unidos possa criar a quantidade de inverdades que ele tem contado sobre o Brasil”.
O presidente pediu que mais empresas chinesas desembarquem no Brasil para gerar mais empregos. Ele lembrou que quando deixou a presidência em 2010, havia comércio de 3,6 milhões de carros. Mais de uma década depois, as vendas estão na casa de 1,6 milhão de veículos. “É por isso que nós estamos recuperando a indústria com política de créditos”, disse.
Lula afirmou que não aceita que países grandes sufoquem os menores. “Isso não é comércio justo. O comércio justo é aquele em que as regras são estabelecidas em igualdade de condições para todo mundo”.
Fábrica chinesa Lula lamentou que fábricas da norte-americana Ford tenham deixado o Brasil em 2021, e celebrou a chegada da empresa chinesa. “Essa visão que os chineses têm de que eles podem ocupar uma parte do mundo vendendo e produzindo e ensinando, que nós vamos aproveitar”.
Lula dirigiu-se aos diretores da empresa chinesa e pediu que façam do Brasil uma base de vendas na América Latina. “Para quem quiser vir, nós estaremos de braços e coração abertos”.
Empregos O vice-presidente Geraldo Alckmin, também presente ao evento, lembrou que o Brasil tem a oitava maior indústria automotiva do mundo e que o país recebeu sete novas montadoras. Ele elogiou a empresa chinesa que contará com um centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Aqui são 700 empregos. Até o começo do ano que vem, 1.300, mais 10 mil indiretos”, disse Alckmin.
Geraldo Alckmin citou que a indústria automotiva, ano passado, cresceu, no Brasil, 9,3%, enquanto que no mundo a média é de 2%. “A venda de veículos cresceu 14,1%. Em razão do ganho da massa salarial, caiu o desemprego”.
Ponto de partida O presidente da montadora GWM, Mu Feng, disse que a fábrica não é apenas um compromisso com o mercado brasileiro, mas também o ponto de partida para criar um futuro com os parceiros latino-americanos. A empresa está presente em 170 países.
“O Brasil possui uma sólida base industrial e excelente capacidade de integração regional. Acreditamos que o compromisso do governo e dos consumidores brasileiros com inovação, qualidade e sustentabilidade está totalmente alinhado com nossos valores”, disse o chinês.
Ele garantiu que os direitos trabalhistas e responsabilidade corporativa são princípios da empresa.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (15) que houve progresso durante a reunião com Vladimir Putin, presidente da Rússia, no Alasca e que ligará para o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a Otan, a aliança militar ocidental.
“Houve muitos, muitos pontos com os quais concordamos, a maioria deles, eu diria, alguns grandes que ainda não chegamos lá, mas fizemos alguns progressos”, disse ele a repórteres durante uma coletiva de imprensa conjunta após a reunião.
Ainda assim, ele pontuou que “não haverá acordo até que haja um acordo”. As informações são da CNN Brasil.
Putin retoma “causas primárias do conflito” Em contrapartida, o líder russo disse que as principais causas da guerra devem ser eliminadas para que a guerra na Ucrânia termine. “A situação na Ucrânia tem a ver com as ameaças fundamentais à nossa segurança”.
Putin disse, embora a Rússia esteja interessada em pôr fim ao que está acontecendo na Ucrânia, as preocupações de Moscou devem ser consideradas.
“Estamos convencidos de que, para tornar o acordo duradouro e de longo prazo, precisamos eliminar todas as raízes primárias, as causas primárias desse conflito”.
“Para considerar todas as preocupações legítimas da Rússia e restabelecer um equilíbrio justo de segurança na Europa e no mundo como um todo. E concordo com o Presidente Trump, como ele (disse) hoje, que, naturalmente, a segurança da Ucrânia também deve ser garantida”, continuou.
Trump finalizou a reunião afirmando que tem várias ligações a fazer após sua cúpula com Putin — algumas das quais incluem ligações para a OTAN, para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e outras autoridades relevantes.
“Vou começar a fazer alguns telefonemas e contar a eles o que aconteceu”, disse Trump aos repórteres após sua discussão com Putin.
Putin encerrou o encontro dizendo que os líderes ucranianos e europeus não devem interferir nas negociações com a Ucrânia. “Esperamos que Kiev e as capitais europeias percebam tudo isso de forma construtiva e não criem obstáculos, nem tentem interromper o progresso emergente por meio de provocações e intrigas nos bastidores”.
A taxa de desemprego dos brasileiros caiu em 18 das 27 unidades da federação (UFs) durante o segundo trimestre de 2025, com Santa Catarina (2,2%) e Rondônia (2,3%) registrando os menores patamares. Na outra ponta, Pernambuco (10,4%) e Bahia (9,1%) registraram as maiores.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 15, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pertencem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua).
No panorama geral, a desocupação do país chegou a 5,8%, a menor da série iniciada em 2012. Na comparação com o 1º trimestre de 2025, o indicador recuou em 18 das 27 UFs e ficou estável nas outras nove. As informações são da Istoé Dinheiro.
Veja o ranking das UFs segundo a taxa de desemprego
Mercado de trabalho aquecido Para além da taxa de desemprego, outros indicadores da pesquisa feita pelo IBGE indicam que o mercado de trabalho brasileiro está no seu momento mais aquecido desde o início da série histórica. A informalidade, por exemplo, recuou de 38% para 37,8%.
“O que os dados mostram é que o copo está cheio. O trabalhador está em situação vantajosa, com a taxa de desemprego em baixa e aumento da renda real”, analisa o pesquisador do FGV Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho. “O mercado de trabalho está muito forte, diferentemente do que era esperado com a elevação da taxa de juros.”
Ao mesmo tempo, os dados demonstram grande desigualdade quando se observa o desemprego nas diferentes regiões do país. “Determinados estados, principalmente das regiões norte e nordeste, costumam ter uma taxa de desemprego superior à taxa de desemprego médio do Brasil”, sintetiza o pesquisador do FGV Ibre.
Dos 16 estados com desocupação acima da média do país, 14 estão no norte ou nordeste. As exceções são Rio de Janeiro (8,1%) e o Distrito Federal (8,7%).
Em nota divulgada nesta sexta-feira (15), as Frentes Parlamentares Evangélica no Congresso Nacional, Evangélica no Senado Federal e da Radiodifusão afirmam que acompanharão “com intensa atenção e preocupação” a inclusão do pastor Silas Malafaia em inquérito que apura suposta obstrução relacionada à tentativa de golpe de Estado. As entidades ressaltam que qualquer investigação deve observar rigorosamente o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório, preservando imparcialidade, transparência e legitimidade das instituições.
O documento critica “a escalada de medidas sem critérios técnicos claros” e a divulgação de informações à imprensa antes de comunicação formal aos advogados do investigado, além de “vazamentos seletivos”, o que, segundo as frentes, compromete a isonomia processual e abala a confiança no sistema de Justiça. A nota reforça que é dever do Estado conduzir os procedimentos com probidade, observância estrita da lei e respeito ao sigilo legal, e promete vigilância para que liberdades constitucionais e direitos fundamentais sejam preservados. Confira na íntegra:
O Governo de Pernambuco autorizou, nesta sexta-feira (15), o início das obras de recuperação e conclusão da Barragem Poço Grande, em Serrita, durante plenária do Ouvir para Mudar realizada em Salgueiro. Localizada na bacia do Rio Terranova, sobre o riacho Traíras, a barragem teve a construção iniciada em 1990 e nunca foi plenamente concluída; sem manutenção adequada, acumula problemas estruturais e está classificada com Nível de Perigo Global de Emergência pelo Sistema Nacional de Segurança de Barragens.
Segundo o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, a intervenção vai reparar as falhas e finalizar a fundação do reservatório, ampliando a capacidade de 1,3 para 3,9 milhões de m³ de água. O contrato, vencido pela Concretisa Construtora Ltda., prevê investimento estadual de R$ 11,8 milhões, prazo de 18 meses e atendimento a quase 20 mil moradores de Serrita e entorno.
Nesta sexta-feira (15), em uma confraternização de aniversário restrita a amigos e integrantes do secretariado, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, reforçou um gesto político para 2026: oficializou aos presentes o apoio ao atual secretário de Articulação, Anderson Luiz, como pré-candidato a deputado estadual, e à reeleição do deputado federal Fernando Monteiro.
“Nossa gestão depende diretamente do empenho de cada um de vocês e tem recebido aprovação da população, como mostram pesquisas recentes. Caruaru vive um momento de crescimento acelerado e conta com a dedicação do secretário Anderson Luiz e do trabalho do deputado federal Fernando Monteiro”, ressaltou Rodrigo ao seu time.
Durante o evento, Anderson relembrou sua trajetória ao lado do prefeito, desde antes da vida pública, atuando como fiel escudeiro e sendo um dos pilares da vitória histórica de 2024. “É uma honra seguir ao lado de Rodrigo e do nosso grupo, trabalhando para que Caruaru e Pernambuco sigam no caminho certo”, declarou.
Fernando Monteiro, por sua vez, destacou a proximidade com o gestor. “Rodrigo é hoje um líder regional que vai muito além de Caruaru. Esta cidade está no meu coração e venho trabalhando para transformar, de verdade, a vida das pessoas”, disse.
A vice-prefeita Dayse Silva lembrou com gratidão da oportunidade recebida na última eleição e reafirmou seu apoio aos dois pré-candidatos. “Juntos, sempre conseguimos ir mais longe”, destacou.
A cantora paraibana Elba Ramalho visitou nesta sexta-feira (15) o Mosteiro Santa Clara, em Campina Grande, e fez um apelo especial à população para apoiar a campanha de reforma do local. A artista esteve na cidade para participar da noite de abertura do 50º Festival de Inverno de Campina Grande, realizada nessa quinta-feira (14), e aproveitou a passagem para visitar o espaço e conversar com as Irmãs Clarissas.
Durante a visita, Elba gravou um vídeo para as redes sociais do Mosteiro (@mosteiro_santaclara), no qual destacou a importância da iniciativa e convidou a comunidade a colaborar.
“Minha gente da Paraíba, especialmente de Campina Grande e região, eu estou aqui no Mosteiro das Clarissas, fazendo uma visita linda, muito espiritual, e me inteirando sobre a vida que elas vivem, uma vida monástica, visitando o mosteiro. E também acabei de tomar consciência da obra que elas estão realizando aqui para melhorias necessárias no mosteiro. Então, elas estão iniciando uma campanha e eu estou aqui para convidar a sociedade que abra seus corações para Deus, para essa obra maravilhosa, essa instituição maravilhosa e também abra as carteiras e colaborem para que essa obra possa acontecer da melhor forma possível, pela vontade de Deus. Deus abençoe vocês”, disse a cantora.
A campanha, intitulada “Todos juntos pelo Mosteiro Santa Clara”, busca arrecadar recursos para a reforma da estrutura física do mosteiro, que completa 75 anos de fundação em 2025 e necessita de melhorias urgentes, incluindo acessibilidade. As doações podem ser feitas para a chave-Pix 83993385523 ou presencialmente no Mosteiro.
Havia dias em que ele não sabia bem onde estava, não por falta de localização, pois o corpo sabia do chão que pisava, das paredes que o cercavam, do teto que se mantinha suspenso sobre a cabeça. Mas dentro, em outro lugar onde os mapas não alcançam, havia um desvio, uma ausência de direção que lhe apagava o norte, como se o compasso interno houvesse se partido silenciosamente numa madrugada qualquer, enquanto dormia.
Era nesses dias que a solidão, aquela que não se anuncia com ausências visíveis, mas se instala como umidade antiga nas paredes da alma, tomava conta dos seus silêncios. Não era a solidão do corpo, essa é suportável, às vezes até desejável, mas aquela outra, mais lenta e mais funda, que escava por dentro, fazendo morada sem aviso, como um hóspede indesejado que já trouxe as malas e se espalhou nos cômodos do coração.
Ele andava assim, como quem carrega um luto sem morto, uma dor sem ferida, um choro sem lágrimas. Porque o pranto, embora presente, não descia pelo rosto, não se fazia visível, preferia escorrer por dentro, em veios mudos, como se tivesse vergonha de existir. O peito doía, não como um impacto, mas como um aperto contínuo, como se algo interno o pressionasse para fora, sem urgência, mas com insistência, dia após dia.
Era uma tristeza sem nome, um nó que nem as palavras desfaziam, nem o sono, nem os abraços que já não estavam ali. Às vezes pensava em dormir, noutras resistia ao cansaço como quem vigia um território em guerra, achando que a vigília, mesmo infrutífera, seria uma forma de permanecer, de não se entregar por completo ao naufrágio. A verdade, pensava baixinho, é que não sabia o que fazer com tanto sentir.
Não sei, amor, ele dizia para ninguém, ou talvez para um eco que vivia dentro de si, uma voz antiga que ainda respondia, mesmo sem presença. Era uma conversa com a ausência, um monólogo com o vácuo, uma tentativa de diálogo com a dor, essa companheira silenciosa que se assentara como um móvel antigo num canto escuro da alma. Um daqueles que ninguém ousa mover, nem doar, nem destruir, porque dentro dele há algo que já foi, mas que ainda pulsa como lembrança mal cicatrizada.
E quanto mais ele buscava um nome, um sentido, uma lógica, mais se perdia nesse labirinto feito de sentimentos sem alfabeto. A vida, às vezes, parecia cruel não pela força, mas pela sutileza com que esvaziava os dias, como se escorresse tempo pelas frestas, deixando para trás apenas perguntas que não encontravam repouso. E ele, sem bússola, tateava as próprias lágrimas invisíveis na tentativa de encontrar, quem sabe, um chão onde pudesse descansar a alma.
A dor era real, ainda que sem espetáculo. Não havia grito, nem drama, nem corte. Havia apenas esse peso mudo, esse silêncio espesso que o acompanhava como sombra. E mesmo assim, apesar do cansaço, ele seguia. Seguia porque havia, no fundo do não saber, uma forma de coragem que se manifesta apenas nos que caminham sem certeza alguma, apenas com a esperança remota de que, em algum ponto do caminho, o peso se transforme em palavra e o abismo, em poesia.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve defender a soberania brasileira no discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, que acontecerá no mês que vem, em Nova York. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro a falar no encontro, seguido pelos Estados Unidos.
Segundo auxiliares de Lula, ainda é cedo para dizer, em detalhes, qual será o conteúdo do discurso do presidente. Com o aumento dos ataques ao Brasil pelos EUA, incluindo críticas e sanções a autoridades brasileiras, o melhor é esperar um pouco antes de azeitar o texto.
O Brasil sofre pressão dos Estados Unidos, para que o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado seja arquivado. Bolsonaro está em prisão domiciliar e começará a ser julgado, no próximo dia 2 de setembro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula disse que não quer misturar a situação do ex-presidente com uma negociação comercial, relacionada à sobretaxa de 50% que passou a ser aplicada a parte das exportações brasileira neste mês. Mas o presidente Donald Trump, aliado de Bolsonaro, não abre mão dessa condição e fechou o canal de diálogo com o Brasil.
A conferência mundial do clima, COP30, que acontecerá no próximo mês de novembro, em Belém (PA), a situação na Faixa de Gaza e a guerra entre Rússia e Ucrânia também são temas considerados prioritários pelo Palácio do Planalto.
Reforma da OMC De acordo com interlocutores do governo brasileiro, Lula sabe que não é possível uma posição conjunta do Brasil e outros países contra o tarifaço de Trump. No entanto, ele vem conversando com vários países sobre a importância da defesa do multilateralismo e a necessidade de se relançar a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), hoje desacreditada e com o Órgão de Apelação, que funciona como última instância para um recurso, paralisado.
Lula já conversou com os presidentes Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Na semana que vem, deve telefonar para o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa e líderes europeus.
Apesar da fragilidade do organismo, o Brasil recorreu à OMC, na semana passada, contra o tarifaço. O principal argumento é que as ações de Trump ferem as normas internacionais de comércio.
A Prefeitura de Olinda anuncia a jornalista Marília Banholzer como nova secretária de Patrimônio e Cultura. Com trajetória na gestão pública e mais de 15 anos de experiência em comunicação, Marília é pós-graduada em Jornalismo Digital e construiu carreira em redações de grande porte, como o Jornal do Commercio, além de liderar áreas estratégicas em instituições públicas e privadas.
Na Prefeitura de Olinda, esteve à frente da Secretaria de Comunicação, onde coordenou campanhas institucionais, fortaleceu o diálogo com a população e geriu grandes eventos, como o Carnaval 2025, cuidando da comunicação oficial da festa e do relacionamento com a imprensa.
Com passagens por projetos de alcance nacional e internacional, Marília assume a missão de garantir apoio à cultura popular, fomentar a cena cultural da cidade e promover o cuidado e a valorização do patrimônio histórico. Olinda é reconhecida como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1982 e também detém o título de Cidade Criativa da Música pela organização.
O embate entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e a oposição em Pernambuco ganhou um novo capítulo na manhã desta sexta-feira (15). No evento “Ouvir para Mudar”, realizado em Salgueiro, no Sertão Central, Raquel afirmou que não vai mais tolerar violência política de gênero ela e pediu que fosse julgada pelos próprios atos.
“Não me venham com violência política de gênero, eu não tolero mais. Acabou o tempo disso. Me julguem pelos meus atos e pelo meu governo, pela minha capacidade de fazer, mas parem de me julgar por ter nascido mulher e por ser mulher e defender mulheres”, declarou a governadora.
Nos últimos dias, Raquel Lyra vem repetindo que não vai se deixar amedrontar e que está firme. A gestora enfrenta a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para investigar contratos de publicidade da gestão estadual.
Defesa A defesa do governo foi reforçada pelo secretário de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, Daniel Coelho (PSD), empossado no último mês de junho. Após rumores de um afastamento entre o ex-deputado e a gestora pernambucana, Coelho reviveu a campanha de 2024, em que foi candidato a prefeito do Recife e dirigiu indiretas à oposição, pedindo que “deixem a mulher trabalhar.”
“Subestimaram Pernambuco, o nosso povo, mas Pernambuco decolou igual foguete. Tem gente que está chateada, com raiva, com inveja porque teve chance de fazer e não fez”, esbravejou.