Novo Sentra sobe de patamar
A oitava geração do Nissan Sentra acaba de chegar ao Brasil. Agora, ele se aproxima do Altima (modelo superior muito popular nos EUA e que não pegou no Brasil) e se concentra em duas versões (o espaço da versão de entrada). Na última quinta-feira (16), os preços foram divulgados. A Advance 2.0 com câmbio CVT custa R$ 148.490. A Exclusive, também 2.0 CVT, R$ 171.590 (com o interior marrom premium, R$ 173.290). Todas são recheadas de itens de tecnologias de segurança e conforto. Alguns, nem os concorrentes diretos (Toyota Corolla, Chevrolet Cruze ou Honda Civic) ofertam. O sedã da Nissan oferece, por exemplo, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta inteligente de atenção do motorista, partida remota do motor e sistema de som Bose com 8 alto-falantes.
Visualmente, o Sentra – que havia sido mostrado no fim do ano passado a jornalistas do setor automotivo – ficou bem bonito com seus faróis de LED e rodas de liga leve aro 17 diamantadas, por exemplo. Aliás, o desenho da carroceria não contribui apenas para a beleza: ele também ajuda a reduzir o arrasto e, assim, melhorar o consumo de combustível em cerca de 10%, segundo a Nissan. Isso a partir de uma grade menor, área de cobertura dos pneus do para-choque dianteiro otimizada, colunas “A” de pequenas dimensões e linhas arredondadas do capô.
Leia maisO modelo ficou com 5 cm a mais que a geração anterior (e mais largo que os concorrentes) e ganhou um interior bem espaçoso, acabado, aconchegante, digamos assim. O painel colorido e de 7 polegadas, facilita a visualização das informações do computador de bordo. Este, por sinal, mostra consumo médio, tempo de viagem, velocidade média, autonomia, temperatura externa, aviso de abertura das portas, quilometragem total e parcial e mensagens de alerta.
O modelo é cheio de porta-trecos: seis espaços na frente, cinco atrás e oito porta-copos. O compartimento no console central, embaixo do apoio de braço, tem 7,7 litros de capacidade.
E tem três entradas USB para carga de aparelhos: duas na frente (uma delas é do tipo “C”, de carga mais rápida) e uma atrás. Todas foram colocadas em posições estratégicas e fáceis de acessar.
O acabamento dos bancos pode ser em preto ou em dois tons (preto e Sand) como opcional para a Exclusive. E, pela primeira vez disponível nos carros da marca no Brasil, além dos bancos dianteiros, os bancos traseiros também trazem o conforto da tecnologia Zero Gravity da Nissan, inspirada em avançados estudos de ergonomia da Nasa. Ela alivia a tensão nas costas e proporciona viagens mais longas sem cansaço.
Motor – A terceira geração da família de motores MR20DD está, segundo os engenheiros da marca japonesa, mais potente, mais eficiente e tem melhor nível de consumo de combustível. É movido exclusivamente a gasolina. E desenvolve 151 cavalos de potência a 6.000rpm, com 20 kgfm de torque. A injeção direta de combustível ajuda a melhorar o consumo de combustível e ampliar a potência e o torque graças à maior eficiência de combustão. O câmbio CVT de oitava geração, simula oito marchas.
O Sentra tem quatro modos de condução:
- Normal – para melhor equilíbrio entre aceleração e dirigibilidade em qualquer condição
- Sport – mantém a marcha mais baixa com rotações mais altas
- Manual – para controle do motorista de velocidade e aceleração por seleção de marcha por meio de paddle shifts atrás do volante (controle tipo borboleta)
- Eco – ajusta a entrega de energia e a resposta do acelerador para o consumo ser reduzido entre 5% e 10%
E mais
⇒ A direção é elétrica e no volante fica o acionamento do piloto automático inteligente, que não serve apenas para definir uma velocidade constante: ele, sem a necessidade de intervenção do motorista, mantém a distância do veículo da frente automaticamente, ajustando a velocidade de acordo com as condições de tráfego
⇒ O modelo tem 3 anos de garantia, sem limite de quilometragem
⇒ Ele conta com seis airbags (frontais, cabeça e laterais)
⇒ O porta-malas no Novo Sentra comporta 466 litros
Picape Hilux GR-Sport é renovada – A versão esportiva Hilux GR-Sport ganhou uma revitalização – e há apenas um ano depois para a linha 2024. A Toyota mudou vários detalhes: pôs novos freios e suspensão e alterou até a dirigibilidade e a estabilidade, principalmente no fora-de-estrada. Mas manteve o motor 2.8 de 224cv e 55kgfm, com câmbio automático de 6 marchas. Do ponto de vista visual, alterou o para-choque dianteiro (melhorando o ângulo de ataque, trocou a grade frontal, pôs novos apliques nos para-lamas, e até um santantônio exclusivo. Preço? R$ 367.390. A versão tem faróis e lanternas em LEDs, sistema multimídia com tela de 9″ (espelhando com Android e IOS), som JBL, chave com partida por botão, câmeras 360 etc. E mais: controles de tração e estabilidade, bloqueio do diferencial traseiro, assistente de descida de rampa, modos de condução Eco e Sport, alerta de colisão dianteiro com frenagem automática, alerta de mudança de faixas, 7 airbags e piloto automático adaptativo.
Nordeste: gasolina e etanol mais caros – O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) mostra que o litro da gasolina no Nordeste encerrou a primeira quinzena de março a R$ 5,86, com acréscimo de 8,67% em comparação a fevereiro. Já o etanol foi encontrado a R$ 4,62, após aumento de 3,72%. O diesel comum, por sua vez, fechou na região a R$ 6,27, com recuo de 3,99%, enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,31, após redução de 3,92% ante o mês anterior. “Todos os estados nordestinos tiveram aumento no preço da gasolina e do etanol. Se comparada ao etanol, a gasolina é economicamente mais vantajosa para o abastecimento em todo o Nordeste”, comenta Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
Consórcio: menor crédito, mais parcelas – O consórcio voltou a ser uma boa opção para os brasileiros que não conseguem ou não querem ingressar no financiamento. O último ano registrou, por exemplo, um aumento de 12% no valor de créditos comercializados em consórcios de automotores, chegando a R$ 143,96 bilhões em negócios, somando cerca de 1,33 milhões de contemplados, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). E um levantamento recente feito pelo Klubi mostra que a adesão ao valor e o número de parcelas varia de acordo com a faixa etária do cliente. Entre 20 e 29 anos, a busca é por planos no valor médio de R$ 60 mil, enquanto usuários da faixa de 30-39 e 40-49 anos, optam por valores maiores, que podem chegar a R$ 200 mil na plataforma. Em comum para todas as faixas etárias, está o número de parcelas, em que cerca de 70% dos clientes optam pelo maior número possível: 100 meses. Eduardo Rocha, CEO do Klubi, diz que a popularização dos consórcios mostra uma alteração na forma como o consumidor busca adquirir um carro. “Com a taxa de juros em financiamento girando em torno de 2% ao mês, o consumidor busca o consórcio para não ver uma parte relevante de seu investimento perdido em juros”, afirma.
Carregadores ultrarrápidos – A Volvo Car Brasil instalou mais carregadores ultrarrápidos e agora abrange pelo menos 10.000 km de rodovias brasileiras, com 28 deles em sete estados (nenhum do Nordeste ainda). “O que antes era um grande gargalo para os proprietários de carros elétricos, a Volvo está transformando em solução”, diz Marcelo Godoy, diretor de Finanças da marca na América Latina. Somente com esses sete eletropostos, já foram realizadas 1.614 recargas com um consumo de 38.106 kWh, que seria suficiente para suprir 221 residências por um mês. “A energia utilizada nesses sete eletropostos é suficiente para um veículo como o XC40 Recharge Ultimate rodar 288 mil quilômetros. Essa distância equivale a sete voltas na Terra”, afirma Rafael Ugo, diretor de Marketing Volvo Cars America Latina. “E tudo isso sem emitir poluentes. Uma economia de 44 toneladas de CO2 para nossa atmosfera.” Todos os carregadores, tanto os que já estão instalados, como os novos, têm monitoramento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Uma central é capaz de acompanhar cada carregamento e até reiniciar o equipamento à distância, garantindo que os clientes tenham a tranquilidade de chegar e conseguir carregar seus veículos.
Waze mostra eletropostos – O Waze lançou uma nova atualização para auxiliar o motorista de carros elétricos na localização de eletropostos corretos, dependendo do tipo de carro ou plugin. Assim, os usuários serão sinalizados apenas com os pontos de carregamento correspondentes ao seu veículo. A comunidade de editores de mapa do Waze já mapeou eletropostos e pontos de recarga em todo o Brasil para trazer informações mais precisas e abrangentes aos motoristas. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, houve um crescimento de 41% na venda de carros elétricos em 2022, se comparado a 2021. Atualmente, a frota nacional de veículos eletrificados passa dos 125 mil. Os motoristas de elétricos já podem aproveitar os novos recursos alterando o tipo de veículo no aplicativo. Para trocar o tipo de veículo no Waze, os usuários precisam acessar: Meu Waze > Configurações > Detalhes do Veículo > Tipo de veículo e selecionar Elétrico.
Bateria “cansada”: o que fazer? – O cuidado e a preservação das peças de um automóvel fazem toda a diferença na vida útil do veículo e, também, na valorização dele no momento da venda. O item mais vital para o funcionamento do motor e de outros componentes é a bateria. Por isso, é importante que ela seja vistoriada regularmente e, também, quando feito o check-up geral do carro. Por mais que a durabilidade seja longa, é necessário se atentar aos problemas que a falta de manutenção na peça pode causar, pois muitas vezes os sinais de que algo está errado são silenciosos.
Um dos primeiros problemas, e que pode acabar passando despercebido, é a redução na intensidade da iluminação do painel, explica Renato Silva, gerente de pós-vendas da Ford Slaviero. “A alimentação dessas luzes é feita pela bateria do automóvel e a redução do brilho pode ser um indicativo de que a troca dessa peça pode estar bem próxima”.
Assim como as luzes do painel, Renato conta que os demais componentes elétricos do carro podem ficar com o funcionamento comprometido. “Caso observe que os vidros elétricos estão subindo e descendo de maneira mais lenta que o normal, ou o ar-condicionado e rádio comecem a apresentar ineficiência, é provável que a vida útil da bateria esteja se esgotando”, alerta.
Outro sinal bem comum é ter que virar a chave mais de uma vez para dar a partida no motor. Além disso, o tempo de uso de bateria não é fixo, o que torna o processo de revisão periódica ainda mais importante. Em geral, de dois a quatro anos é o tempo indicado como aceitável de vida útil. “A manutenção pode depender de uma série de fatores, como a frequência de utilização tanto do veículo quanto dos componentes que costumam consumir energia da bateria, como ar-condicionado, vidros elétricos, equipamento de som, entre outros”, detalha o gerente.
No entanto, ele esclarece que existem alguns cuidados que podem retardar o desgaste da peça. “Sempre que estacionar o veículo, certifique-se que todas as luzes, faróis e lanternas estejam desligados. Faça o mesmo com equipamentos internos, como o som e os sistemas de conectividade do veículo. A atenção deve ser redobrada caso o carro tenha acessórios adicionais, que não são originais do modelo. Muitas vezes, esses dispositivos não se integram aos sistemas que desligam os itens internos quando necessário, ocasionando o desgaste acelerado”. Renato reforça que, apesar dessas dicas, em algum momento a bateria precisará ser trocada.
Como é feita a revisão? – A revisão nada mais é do que algumas conferências no equipamento. “Em primeiro lugar, é utilizada uma medição elétrica, que determina se as condições de funcionamento do aparelho ocorrem da maneira correta. Também é feita a avaliação visual, que mostra se há desgastes ou corrosões aceleradas, bem como a oxidação dos terminais.”
Renato aponta que, em caso de oxidação, é necessário realizar a limpeza, garantindo que o funcionamento da bateria não seja afetado por aspectos físicos. “O mesmo pode ser dito em relação à fixação do equipamento no suporte correto. Uma bateria instalada inadequadamente, ou que tenha ficado frouxa, com o tempo, pode gerar problemas de durabilidade tanto de suas funções quanto do motor”, ressalta.
O especialista ainda ressalta a importância de um profissional capacitado para a função, para evitar futuros transtornos. “Atualmente, as baterias são seladas, e exigem a observação através dos mostradores do produto para checar o nível do líquido, que é essencial para o correto funcionamento da peça”, ressalta ele.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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