Novo SUV da Citroën custa R$ 90 mil
Finalmente a marca francesa pertencente à Stellantis revelou o novo SUV cupê Basalt – que promete ser o mais barato do segmento. De inesperado, digamos assim, a versão com motor 1.0 aspirado e câmbio manual – que servirá, pelo preço, para concorrer até com os sedãs compactos. O três cilindros gera 71cv e até 10,5 kgfm. com etanol. Promete, pelo Inmetro, 13 km/litro na cidade e 14,6 km/litro na estrada, com gasolina.
Além desta, chegam duas outras versões, ambas com o 1.0 turbo e câmbio CVT de sete marchas – conjunto já usado em vários outros modelos do grupo. Ele produz 130 cv e 20,4 kgfm. O consumo é de 11,9 km/litro na cidade e 13,7 km/litro na estrada, com gasolina. A marca aposta nos preços: R$ 89.990, R$ 96.990 e R$ 104.990. E no bonito visual e num pacote de equipamentos razoável para um produto mais popular, digamos assim. A distância entre-eixos é de 2.645 milímetros – maior do que rivais como as Renault Kardian e do Nissan Kicks – que têm 2.604 mm e 2.620 mm, respectivamente. E porta-malas é mais espaçoso, com 490 litros – contra 336 litros e 419 litros.
Confira versões, equipamentos e preços:
Feel 1.0 MT5 – R$ 89.990
- Direção elétrica com regulagem de altura da coluna;
- Painel de instrumentos em tela de 7″;
- 4 airbags;
- Multimídia com tela de 10″ com Android e Apple sem fios;
- Câmera de ré;
- Luzes diurnas em LEDs;
- Ar-condicionado;
- Banco do motorista com regulagem de altura;
- Vidros elétricos;
- Chave canivete;
- Retrovisores elétricos
Feel 1.0T CVT – R$ 96.990 – Muda apenas a motorização, ganha o 1.0 turbo e câmbio automático CVT
Shine 1.0T CVT – R$ 104.990
Além do que oferece o Fell turbo, vem com:
- Ar-condicionado automático;
- Sensor de estacionamento traseiro;
- Rodas de 16″ diamantadas;
- Faróis de neblina;
- Limitador e piloto automático;
- Bancos e volante em revestimento premium;
- Opcional: pintura bitom.
Citroën Basalt First Edition 1.0T CVT – R$ 107.390
Shine Turbo +
- Logotipos First Edition;
- Faixas pretas entre as lanternas;
- Pintura Branco Nacré;
- Rodas de 16″ escurecidas;
- Soleiras metalizadas;
- Pedaleiras exclusivas;
- Tapetes exclusivas;
- Pintura bitom.
BMW M4 CS: R$ 1,4 milhão – A marca alemã no Brasil pôs à venda 35 unidades do M4 CS por R$ 1,4 milhão. Antes, havia lançado o M3 CS – outro que, claro, foi projetado para quem realmente quer (e pode ter) exclusividade. O motor é um seis cilindros biturbo de 550cv de potência e 65,0kgfm de torque – com transmissão M Steptronic de oito marchas e tração integral. Isso tudo resulta numa aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos (são 11,1 segundos para atingir 200 km/h a partir do zero). A velocidade máxima é limitada em 302 km/h. Todas as unidades que chegam ao Brasil têm garantia de 24 meses e BMW Service Inclusive (BSI) disponível. É um programa que oferece serviços de manutenção de veículos da marca, com cobertura mundial na rede de concessionárias, sem custo adicional dos serviços cobertos por um período de 3 anos ou 40.000 km, o que ocorrer primeiro.
Q8 por R$ 775 mil – A Audi já pôs em sua rede de 42 concessionárias em todo o Brasil, por preços a partir de R$ 775 mil, a linha 2025 do Q8. O SUV esportivo topo de linha da marca ganhou alguns retoques estéticos e recursos tecnológicos de ponta. O motor continua sendo o V6 de 3 litros e 340 cv de potência. Ele tem um auxílio elétrico que permite, entre 55km/h e 160 km/h, que possa rodar com o motor desligado por até 40 segundos quando o motorista tira o pé do acelerador. O modelo tem 4,99 m de comprimento, 2,19 m de largura e 1,69 m de altura. Com câmbio Tiptronic de oito marchas e tração integral, acelera de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos.
Mais uma picape (chinesa) no mercado – Chama-se Riddara a mais nova marca de carro chinesa a desembarcar no Brasil. Ela é da Geely, dona, por exemplo, da sueca Volvo Car e da Zeekr – que também acaba de chegar por aqui. Seus produtos são picapes e, a partir de novembro, começa a vender a RD6, em duas versões elétricas, com preços de R$ 250 mil e R$ 316 mil. Os modelos são importados pelo grupo paranaense Timber, que atua no mercado de máquinas e equipamentos pesados. O motor gera 272cv. Dependendo da versão, pode rodar de 385 km a 517 km com uma carga.
Mercado automobilístico – A Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), em parceria com a Cox Automotive, revela que, em agosto, o mercado automotivo brasileiro teve um desempenho significativo, com a venda de 223.196 veículos. Apesar de uma leve queda de 1,80% em relação a julho, o resultado é animador, com um crescimento de 20,28% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já as vendas de elétricos e híbridos no Brasil continuam em ritmo acelerado, com um crescimento acumulado de 122,70% em relação ao ano anterior, totalizando 109.291 unidades até agosto de 2024. Esse desempenho destaca o aumento da participação dos veículos eletrificados no mercado, que agora representam 7,16% das vendas totais do setor automotivo.
Seguros: demanda cresce 5,77% – A procura por seguros de automóveis registrou, em agosto, um crescimento de 5,77%, em comparação com o mesmo mês de 2023. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS). Já na comparação com o mês anterior, julho de 2024, houve queda de 4,40%. Segundo Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, diversos fatores contribuem para esse crescimento, sendo as melhores condições de crédito e a queda dos juros os de maior influência. “Mas vale destacar que, recentemente, observamos o menor nível de desemprego de toda a série histórica para o trimestre até julho (queda de 6,8%), o que favorece o consumo de forma imediata”, explica.
Financiamentos – Os dados do Sistema Nacional de Gravames (SNG) divulgados pela B3 reforçam o bom momento vivido pelo mercado. Em agosto, o número de financiamentos de veículos atingiu cerca de 631 mil unidades, um crescimento de 14,8% em relação às 550 mil unidades financiadas em agosto do ano passado. Foi o melhor mês desde o início da série histórica em 2013. No acumulado do ano de 2024 até o mês de agosto, as vendas financiadas somaram 4,689 milhões, entre veículos novos e usados – incluindo motos, autos leves e pesados. Esse número apresentou um crescimento de 22,9% em relação ao ano de 2023, ou seja, cerca de 874 mil unidades a mais.
Etanol ou elétrico: qual desvaloriza mais? – Os veículos elétricos e híbridos emplacaram no mercado brasileiro 94.616 unidades de janeiro a julho, superando as 93.927 unidades comercializadas entre janeiro e dezembro de 2023, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Apesar desse crescimento, os veículos eletrificados ainda provocam dúvidas com relação à desvalorização no mercado. Por isso, a Mobiauto – um dos três maiores mercados online de veículos usados do Brasil – usou a sua base de dados para fazer um estudo sobre a variação dos preços dos automóveis de acordo com o tipo de combustível. No período avaliado, de setembro de 2023 a setembro de 2024, a variação média dos modelos movidos somente a eletricidade foi de -8,44%. No caso dos híbridos (convencionais, leves e plug-in), a depreciação foi de -8,17%. Entre os veículos movidos apenas a combustão, os modelos flex (podem rodar com etanol e gasolina) apresentaram a menor desvalorização do estudo: -6,01%. Os carros e comerciais leves e seminovos e usados que rodam somente com gasolina registraram queda de -7,24%, enquanto os modelos a diesel depreciaram, em média, -7,81%. A maior desvalorização apontada pela pesquisa da Mobiauto foi entre os veículos usados que funcionam apenas com etanol: -10,05.
Pneus recapados perto do fim? – O Congresso Nacional está analisando um projeto de lei que pode acabar com o uso de pneus ressolados ou recapados em caminhões e ônibus. A medida parece exagerada, mas está sendo discutida, sim. Esses pneus são muito usados em função do preço menor cobrado em relação aos originais. São, na verdade, produtos submetidos a um processo de reforma, com a substituição da banda de rodagem desgastada por uma nova, em um sistema industrial que não altera nenhuma outra parte do pneu. Pelo projeto, os transportadores de cargas e passageiros serão obrigados a substituir todos os pneus recapados que estejam sendo usados em seus veículos por pneus novos, fabricados de acordo com as normas Inmetro. Se for aprovado, o motorista flagrado usando pneus recapados será multado em R$ 5 mil e deverá regularizar o veículo, com a substituição de todos os pneus “irregulares”. Além disso, o projeto prevê que as penalidades começam 180 dias após a conversão do texto em lei. Na justificativa do projeto, o autor – deputado Capitão Augusto, do PL de São Paulo – argumenta que o uso de pneus recapados, apesar do custo mais baixo, aumenta o risco de acidentes nas rodovias. Ele também cita estudos mostrando que uma das causas frequentes de acidentes envolvendo veículos de grande porte nas rodovias brasileiras é o uso de pneus ressolados, cujas bandas de rodagem tendem a se soltar com mais facilidade.
Venda de ônibus e caminhões – A Fenabrave, federação dos revendedores de veículos, revisou sua projeção, para cima, sobre o comércio de pesos pesados. No caso dos caminhões, a alta antes estimada em 12% deve atingir 18,5%, com 123,4 mil emplacamentos no acumulado do ano, ante os 104.144 de 2023. No mercado de ônibus, a antes programada estabilidade foi trocada por expansão de 5%, com as vendas subindo de 24,6 mil no ano passado para 25,8 mil em 2024. Segundo a entidade, o PIB acima do previsto inicialmente, agora estimado em 2,9%, tem sido decisivo no desempenho positivo no segmento de caminhões. Com relação aos ônibus, o programa Caminho da Escola é o principal responsável pelo crescimento agora projetado para o ano.
Carro por assinatura: 5 dicas – Alugar um carro por assinatura tem se tornado uma opção cada vez mais comum. E não só para os motoristas de aplicativos, mas para quem usa o veículo para trabalho ou lazer. A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), por exemplo, estima que a modalidade deve atingir 200 mil este ano, uma alta de 25% em relação a 2023. As estimativas dão conta que o segmento de veículos por assinatura crescerá 150% em apenas 4 anos. Mas, antes de optar pela assinatura, o cliente precisa tomar alguns cuidados, como a escolha do modelo e a verificação do plano. Confira algumas dicas.
SUV, sedã ou compacto? – A escolha do modelo do carro depende da necessidade do cliente. “Se a finalidade é o dia a dia na cidade, ir e voltar do trabalho, por exemplo, o modelo compacto pode ser mais prático e econômico. Já se a família é grande e a finalidade é o lazer e viagens, um SUV ou sedã é melhor”, afirma Bruno Leite, diretor executivo da Carflip Locadora, empresa de locação de veículos seminovos do Grupo Auto Avaliar.
Eficiência de Combustível – Modelos menores e híbridos costumam ser mais econômicos em termos de combustível, o que pode reduzir custos a longo prazo. Mas ainda há certa reticência dos consumidores em optar pelos carros eletrificados. Nesse sentido, o aluguel por assinatura pode auxiliar o condutor a testar esta modalidade e entender as diferenças. “Para diversos tipos de utilização, seja particular ou profissional, o carro elétrico pode ser uma opção muito viável, principalmente sob o ponto de vista de custos de se ter e manter um veículo”, lembra Leite.
Verifique a quilometragem – Os planos de aluguel por assinatura contam com um limite de quilometragem mensal, o que pode ser um limitador para quem usa o carro com frequência. A dica aqui é verificar se o plano que você está analisando atende às suas necessidades. Quantos quilômetros costuma andar por mês? Em algum momento pretende viajar? Qual seria o adendo no contrato caso pretenda usar uma quilometragem maior?
É namoro ou casamento? – Os contratos de aluguel por assinatura são de longo prazo e, na maioria das opções, o motorista não pode se apaixonar pelo veículo, pois terá que devolvê-lo ao final do contrato, mas existe no mercado a modalidade híbrida. “Para eliminar esse tipo de dor de cabeça para nossos clientes, oferecemos a possibilidade de, após o 12º mês de assinatura, comprar o veículo, utilizando 25% do valor pago como cashback”, destaca Leite.
Considere o Orçamento – Faça a simulação de quanto a mensalidade vai pesar no seu orçamento, pois o contrato é de longo prazo. Lembre-se de incluir custos adicionais como combustível e possíveis taxas extras. Além disso, observe se a assinatura contempla manutenção e seguro. Confirme o que está incluso no pacote. “O ideal é assinar e se preocupar apenas com o combustível e dirigir. Saber exatamente quanto vai gastar ao mês sem se preocupar em custos adicionais é a grande vantagem desta opção”, destaca o executivo da Carflip.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, é especialista em jornalismo automobilístico
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