Vem aí um novo Chevrolet – A fábrica da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, vai receber R$ 1,2 bilhão para a modernização da linha de montagem. O dinheiro servirá para a renovação da dupla Onix e Onix Plus e a chegada de um novo modelo, em 2026 – em um segmento, segundo o presidente da GM na América do Sul, Santiago Chamorro, “inédito”. Esta é uma das ações da primeira fase do pacote de R$ 7 bilhões que serão aplicados de 2024 a 2028, marcando o período de maior transformação da empresa no Brasil. Já há, claro, muitas especulações: esse terceiro modelo de Gravataí, conhecido como Projeto Carbon, seria um SUV compacto abaixo do Tracker, com desenvolvimento 100% brasileiro. Virá para concorrer com Fiat Pulse e Renault Kardian. Este novo carro será lançado em 2026 no Brasil e posteriormente exportado para toda a América Latina. “A escolha de Gravataí é estratégica por ser uma fábrica preparada para a produção em alto volume”, explica Chamorro. A fábrica da GM em Gravataí iniciou suas atividades em 20 de julho de 2000 e já soma mais de 4,7 milhões de unidades produzidas.
Novo e-2008 ganha mais potência – O recém apresentado 2008, principal lançamento da Peugeot na América do Sul em 2024, está prestes a desembarcar no país, possivelmente no mês que vem. A princípio, na versão eletrificada, o e-2008, com novo trem de força e com potência máxima aumentada em 15%, passando de 136 cv para 158 cv, com torque de 26,0kgfm. Segundo a marca, o sistema de propulsão garante agora até 261 km de autonomia, segundo o Inmetro, e o carregador monofásico de 11kW permite redução no tempo de carregamento (80% em até 30 minutos, desde que estações de 100 kW. Isso é três vezes mais rápido que a versão anterior. O preço não foi divulgado. A chegada do novo e-2008, dizem os diretores, é um movimento disruptivo, sendo o primeiro veículo a ostentar no Brasil a mais atual identidade da marca francesa, com uma bela grade body color que ostenta o novo logotipo Peugeot e nova nova assinatura luminosa, caracterizada pelas três garras verticais integradas e faróis Full LED. Aliás, a traseira ganhou lanternas em LED que reinterpretam as três garras de maneira elegante – assim como as luzes de ré e os piscas, também em LED. Mas o que chama a atenção é o pacote de auxílio à condução e de segurança, a começar das câmeras de alta definição para assistência ao estacionamento. Ele vem, por exemplo, com freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, seis airbags (dois dianteiros, dois laterais e dois de cortina) e freio de mão com acionamento elétrico. O Driver Assist inclui alertas de ponto cego e de colisão, frenagem de emergência automática, reconhecimento automático de sinalização de velocidade, detector de fadiga, piloto automático inteligente e alerta e correção de permanência em faixa.
Novo SUV da BYD – A marca chinesa lançou na quarta-feira o BYD Song Pro DM-i, um SUV híbrido plug-in que fica abaixo do Song Plus. Ele tem duas versões, a GL e a GS, e vem com preços de, respectivamente, R$ 189.800 e R$ 199.800. Vai concorrer com modelos como Honda HR-V e Toyota Corolla Cross. A garantia é de seis anos, sem limite de quilometragem. As baterias, por sua vez, são garantidas por oito anos, sem limite de quilometragem. O Song Pro DM-i tem motor 1.5 aspirado a gasolina, combinado com um propulsor elétrico, e tração dianteira. O conjunto entrega 235cv e 43kgfm de torque na versão GS, que é equipada com baterias de 18,3 kWh e tem 110 km de autonomia no modo 100% elétrico. A configuração de entrada GL tem baterias de 12,9 kWh. A aceleração de zero a 100 km/h é de 7,9 segundos na versão topo de linha. A BYD informa que a autonomia combinada é de até 1,1 mil quilômetros. Isso significa um consumo médio de 22,7 km/l. O Song Pro DM-i tem seis airbags e sistemas de assistência à condução, como frenagem automática de emergência com alerta de colisão e controle de velocidade de cruzeiro adaptativo.
Novo Mini a combustão – Os elétricos estão em alta, mas mesmo as marcas clássicas premium ainda apostam nos motores a combustão. É o caso da Mini, que acaba de lançar o Cooper no Brasil. O modelo remodelado chega em duas versões de acabamento, a Exclusive e a Top, com motor 2.0 turbo de 204 cv, e 30,6 kgfm de torque e preços entre R$ 240 mil e R$ 270 mil. Vem com transmissão de dupla embreagem de sete marchas e faz de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos, com velocidade máxima de 240 km/h.
O Defender com motor BMW – A Land Rover anuncia a chegada ao mercado do Defender mais potente e rápido já produzido em série em toda a história. Batizado de Defender Octa, o modelo sai de fábrica equipado com motor 4.4 V8 biturbo micro-híbrido de origem BMW e entrega números impressionantes de desempenho e performance. Segundo o site Motor1, são, ao todo, são 635 cv de potência, 76,4 kgfm de torque (com pico de 81,5 kgfm) e aceleração de 0 a 100 km/h realizada em apenas 4 segundos. Não há previsão de chegada para o Brasil.
Venda de picapes – O comércio do segmento de picapes cresceu pouco no 1º semestre: foram emplacadas 34.065 unidades, ou 3,6% a mais do que há um ano (32.870). Porém, em relação a maio as vendas caíram quase 5%. Em relação às pequenas, a queda foi maior. Fiat Strada (7.551) e VW Saveiro (3.182), por exemplo, tiveram seus piores resultados em 2024, com retrações de pelo menos 16% no período. Já entre os modelos intermediários, liderado pela Fiat Toro (4.780), apenas a Chevrolet Montana (2.349) vendeu menos do que em 2023. A Ford Maverick (323) vendeu pouco, mas registrou seu melhor desempenho desde que foi lançada. Levantamento do Motor1 também mostra que, entre as médias, destaque para a Ranger: com 3.026 emplacamentos, mais do que o dobro de 2023, a representante da Ford conquistou seu novo recorde de vendas e reduziu um pouco a sua desvantagem em relação à líder Toyota Hilux (3.895). O desempenho também fez com que ultrapassasse a Chevrolet S10 (2.197) no acumulado de 2024.
O sucesso dos hatches – Esse segmento, incluindo os compactos, de entrada, encerrou junho com 64.831 emplacamentos, segundo dados da Fenabrave. Isso significa quase 30% dos 202.474 veículos registrados no Brasil em junho. Entre os mais populares, recuo de 18% frente ao mesmo período de 2023. O Fiat Mobi (6.007) manteve a vantagem sobre o Renault Kwid (4.520). No geral, chama a atenção o desempenho do HB20, com crescimento de mais de 50% na comparação com o ano passado. Com isso, o modelo da Hyundai assumiu a liderança e, de quebra, foi o modelo mais vendido no país pela 1ª vez desde o seu lançamento em 2012. Mas a disputa foi acirrada: o Polo (9.683), vice, ficou apenas 77 unidades atrás.
Importados – A venda de automóveis e comerciais leves importados, pelas empresas associadas à Abeifa, chegaram no primeiro semestre deste ano a 44,9 mil unidades. Isso significa um crescimento de 235,3% sobre o mesmo período do ano passado, quando registrou 13,4 mil emplacamentos. O volume representou 23,2% de todos importados vendidos no mercado interno, de 193,4 mil licenciamentos. Das vendas das associadas da Abeifa, 41,4 mil foram de eletrificados.
Fábrica da Fiat em Betim – A planta de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas, completou 48 anos de existência – e hoje é uma das maiores do grupo Stellantis em todo o mundo. Ela foi inaugurada em 9 de julho de 1976 para produção do emblemático Fiat 174. Desde então, produziu mais de 17,5 milhões de veículos. Além do Brasil, a fábrica abastece outros 37 países mundo afora e já exportou mais de 4 milhões de unidades. Ao todo, o Betim reúne mais de 120 fornecedores e ocupa uma área de 2,2 milhões de metros quadrados, sendo mais de 900 mil metros quadrados de área construída. A fábrica emprega 16 mil pessoas, o que representa metade da força de trabalho da empresa em toda a América do Sul. Agora, se prepara para abrigar a nova linha de motores dos lançamentos da Stellantis na região, especialmente os equipados com a tecnologia Bio-Hybrid.
O melhor ano, desde 2012 – Os fabricantes de motocicletas estão eufóricos no país. Desde 2012, a produção não tinha tido um desempenho tão bom. Foram, no total, 868.076 unidades no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 13,5% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo a Abraciclo. Somente em junho, foram 106.273 motocicletas, um aumento de 11,5% em relação ao mesmo mês de 2023. As categorias mais vendidas no vareja foram Street (48,5%), Trail (18%) e Motoneta (17,7%).
Honda Tornado 300 – A linha 2025 da Tornado acaba de chegar ao mercado – e é um dos principais lançamentos do ano. O preço da XR300L Tornado é de R$ 27.690, sem incluir o frete. A nova trail, que vai conviver com a Sahara, traz um conjunto totalmente novo, embora a base seja a mesma da Sahara – e é variante mais off-road.
A robótica e indústria automotiva – Uma nova pesquisa global encomendada pela ABB Robótica e conduzida pela Automotive Manufacturing Solutions (AMS) concluiu que, embora a automação seja considerada crítica para o futuro da indústria automotiva, muitas empresas na cadeia de fornecimento ainda não aproveitaram os benefícios oferecidos pela robótica e digitalização. Quase todos os entrevistados (97%) acreditam que a automação e a robótica transformarão o setor automotivo nos próximos cinco anos, com um número semelhante (96%) prevendo que o software, a digitalização e o gerenciamento de dados serão igualmente significativos. Quando perguntados sobre o ritmo dos investimentos, a maioria acreditava que os novos OEMs, fabricantes de produtos originais, geralmente mais baratos, e as startups estavam bem à frente da curva, investindo “muito bem” (38%) ou “bastante bem” (28%), seguidos pelos OEMs antigos, que, segundo 31%, estavam adotando a automação “muito bem”. No entanto, apenas 7% acreditavam que os fornecedores de Nível 2 estavam fazendo o investimento necessário, e os fornecedores de Nível 3 estavam mais atrás, com apenas 3%. “Tradicionalmente, a automação tem sido vista como algo reservado apenas aos maiores fabricantes”, diz Joerg Reger, diretor administrativo da linha de negócios automotivos da ABB Robótica. “Mas a realidade é que o abrangente portfólio da ABB, que abrange tudo, desde robôs colaborativos (cobots), grandes robôs industriais e robôs móveis autônomos alimentados por IA, todos alimentados por soluções de software líderes, pode enfrentar os desafios enfrentados até mesmo pelos menores produtores. A automação pode tornar as empresas menores mais resilientes, flexíveis e eficientes.”
Mitos e verdades sobre hábitos ao volante – Motoristas acabam criando costumes e alguns são considerados infrações. Mexer no celular enquanto o sinal está vermelho, e isso parece óbvio, é um deles. “Muitas pessoas acham que podem manusear o aparelho enquanto estão esperando o semáforo abrir, quando, na verdade, isso também é proibido. O ideal e indicado pelo Detran é que o condutor estacione em local permitido e, só assim, faça uso do seu celular”, explica Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas e especialista em direitos do trânsito. Conheça, então, cinco hábitos populares entre os motoristas e descubra se podem ou não gerar multas:
Pode comer enquanto dirige? – Não. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito, o indivíduo deve manter as duas mãos ao volante. “Se você costuma beber ou fumar, saiba que esta pode ser uma infração considerada média, passível de multa no valor de R$ 130,16 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Dirigir com apenas uma mão enquanto mantém o braço apoiado na janela é um ato bastante recorrente e que se enquadra nesta infração. Já se você estiver dirigindo e comendo na direção do veículo, estará cometendo a infração leve prevista pelo Art 169 do CTB que é dirigir sem atenção e os devidos cuidados, com valor de R$ 88,38. Ambas as infrações se não cometidas nos últimos 12 meses anteriores poderão ser convertidas para a penalidade de advertência, aponta Roberson.
Som muito alto no carro dá multa? – Sim. É comum pessoas gostarem de ouvir música muito alta, mas quando se está dentro do carro e o som for possível ouvir do lado externo do veículo, independentemente do volume, perturbando o sossego público, o motorista será autuado por infração grave, no valor de R$ 195,23, mais cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Se o condutor estiver na Permissão do Direito de Dirigir, poderá ter a CNH cassada por esta infração.
O pet precisa usar cinto de segurança? – Sim. No art. 65 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), consta que é obrigatório o uso de cinto de segurança não apenas para a pessoa ao volante como para o passageiro em todas as vias brasileiras, exceto situações regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “Inclusive, quem carregar seus pets no banco traseiro também deve usar o acessório – neste caso, próprio para os animais de estimação ou fixando a caixa ou bolsa de transporte a ele”, orienta o especialista.
Dirigir descalço é permitido? – Não há proibição legal sobre dirigir descalço e, sim, com calçado que não se firme aos pés. Segundo o art. 252, IV do CTB, é proibido dirigir usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa o uso dos pedais, como chinelo de dedo, tamancos ou outro calçado que não tenha as tiras presas atrás dos calcanhares. “Normalmente, confundem-se dirigir de chinelo com dirigir descalço. Se o motorista for flagrado dirigindo o veículo com o calçado irregular, irá receber uma multa considerada infração média, cujo valor é de R$130,16 e mais quatro pontos na CNH”, completa.
A “pane seca” é uma infração? – Sim. Aqueles que ficarem sem gasolina durante um trajeto, seja ele a trabalho, lazer ou viagem, estarão cometendo uma infração média e terá que desembolsar R$ 130,16 da multa e receberá quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação. “O condutor sempre deve checar se há ou não combustível o suficiente antes de sair com seu carro ou moto antes”, revela o CEO.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
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