Daqui a pouco o Sextou recebe o cantor, compositor e poeta Paulo Matricó, considerado o Almir Sater nordestino. Com raízes no Sertão do Pajeú e uma trajetória musical que rompeu as fronteiras do Brasil, fazendo chegar seu canto até na Europa, Matricó tem canções belíssimas, como ‘Apreço ao meu lugar’, ‘Pau de Atiradeira’ e ‘Moenda’.
Matricó fez também um belíssimo trabalho sobre a obra de Luiz Gonzaga, a ópera cordelista Lua Alegria, fruto de um especial para a TV Globo. O Sextou vai ao ar das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a 102,1 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.
O ex-deputado federal Aldo Rebelo (MDB), 69 anos, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando a COP30 como um “fiasco político”. Em vídeo publicado ontem (15), o ex-ministro afirmou que o encontro climático em Belém (PA) teve pouca participação de líderes estrangeiros e acusou o Palácio do Planalto de permitir que a Amazônia permaneça com os piores indicadores sociais do país.
Aldo Rebelo disse que a conferência foi esvaziada e que países centrais das discussões climáticas não compareceram. “Não veio o presidente dos Estados Unidos, que além de não comparecer retirou-se da conferência de Paris e não mandou nem o porteiro da Casa Branca. Não veio o presidente da Rússia. Não veio o presidente do Uruguai, do Paraguai, da Argentina. Ou seja, os Brics e o Mercosul não apareceram por aqui”, declarou.
Segundo ele, até o evento organizado pela primeira-dama, Janja, teve baixa presença. “Não tinha nem gente para o coquetel que a primeira-dama organizou e que chegou atrasada também. Foi um fiasco político.”
O ex-deputado também criticou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas. Disse que ambas participam da marcha climática e depois “voltam para São Paulo, onde têm domicílio e mandato”, enquanto a Amazônia “fica entregue ao seu destino”.
Rebelo citou indicadores sociais e afirmou que a região mantém “as maiores taxas de analfabetismo, doenças infecciosas, mortalidade infantil e os piores números de saneamento básico e acesso à energia elétrica”. Para ele, a marcha climática realizada na COP30 seria “uma atividade esvaziada” e contrária ao desenvolvimento regional.
Histórico
A crítica se soma à linha que Rebelo vem adotando nas últimas semanas. Em 8 de novembro, ele publicou outro vídeo em que acusou ONGs de “controlarem” o Ministério do Meio Ambiente e afirmou que existe uma “caixa-preta” dentro do Estado brasileiro.
Ex-ministro da Defesa (2015-2016), ex-ministro da Ciência e Tecnologia (2015), ex-ministro do Esporte (2011-2015), ex-ministro da Secretaria de Coordenação Política da Presidência da República (2004-2005) e ex-presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), Aldo Rebelo foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, a partir de 1991, sempre eleito pelo Estado de São Paulo.
Foi por muitos anos do PC do B, legenda na qual militou desde o movimento estudantil nos anos 1970 e 1980. Afastou-se do partido em 2017, passou por outras siglas e é filiado ao MDB desde 2024.
O presidente da Associação de Empresários do Brasil (AEBR), Fernando Mendonça, fez um apelo pela preservação das praias ao divulgar um vídeo em que aparece recolhendo lixo na areia: “Todos nós somos responsáveis pela limpeza desse mar. A gente se alimenta dos peixes, temos que ser educados, mas acima de tudo ter a consciência de que o mar é para todos e de que quem suja está prejudicando”, afirmou.
Não esperava, confesso, tamanha repercussão entre os leitores da minha crônica domingueira de hoje, relatando o início de carreira no Diário de Pernambuco, ao mesmo tempo uma homenagem ao bicentenário do jornal mais antigo em circulação na América Latina.
“Acabo de ler sua crônica domingueira de hoje sobre os anos dourados do Diário. Sua escrita é fluida e ágil, além de prazerosa”, escreveu o cantor e compositor Geraldo Maia, a quem fiz uma visita, ontem, em Taquaritinga do Norte, onde mora numa aconchegante casa em um sítio.
“Grande Magno, sinto-me honrado com a citação do meu nome na sua auspiciosa crônica domingueira entre os personagens que povoavam a redação do icônico Diário. Somos todos diaristas na vida e nas letras”, enviou o jornalista José Adalberto Ribeiro, colunista político na época em que, aos 17 anos, imberbe, pisei pela primeira vez na redação do Diário de Pernambuco.
“Bela crônica. O Diário foi isso e muito mais”, reagiu, por sua vez, o jornalista Antônio Magalhães, o Tonico, que foi editor de Economia e também de Política do velho DP. “Magno, acabei de ler sua crônica domingueira. Como eu, você venceu no sofrimento, na pancada, mas isso faz parte da vida e só nos estimula para nunca esmorecer”, escreveu Ivan Feitosa, diretor da rádio Cidade, de Caruaru.
“Caro Magno, na condição de leitor de tudo e de todos (inclusive dos colegas blogueiros), li vossa crônica com esmerada atenção e gosto. A ‘desvantagem’ é que estou impactado pelo saudosismo daqueles tempos bons que também eu passei no velho DP, de 1978 a 1986. Devo dizer que fui transportado ao passado, por tudo o que lá vivenciei. Nem sei se teria algo mais a dizer, diante dessa preciosidade escrita. Parabéns, meu caro magnânimo Magno Martins”, escreveu o jornalista Luiz Ferreira Machado.
“Bom dia, Magno! É por isso que a diferença entre a qualidade, o aprofundamento e a checagem da notícia do jornalismo impresso jamais será superado pela mídia digital. Uma coisa é o texto impresso, contextualizado, bem apurado, e outra é a fofoca em disparada por um simples clique eletrônico. Esta última tem o poder de disseminar a mentira em alta rotatividade igual à Vizinha Faladeira. Todavia, jamais terá a verdade absoluta. Desconfio sempre de tudo que recebo pelo celular. Ótima crônica”, escreveu o jornalista Muciolo Ferreira.
“Eu era crianca quando lia o Clube das Leitoras e brincava de ser jornalista com uma máquina de escrever Olivetti, manual da minha mãe, que foi da primeira turma de jornalistas da Unicap. Meu primeiro estágio e depois emprego foi na Rádio Clube e cheguei a transmitir várias vezes o Carnaval e eventos políticos da varanda do Diário. Conheci alguns nomes citados no texto, todos, como vc, fazem parte de uma imprensa de texto forte e e apuração profunda. Referências para qualquer foca”, escreveu minha amiga Carol, jornalista que atuou também em vários veículos e em Fernando de Noronha.
A OAB Subseccional de São José do Egito inicia amanhã (17) e segue na terça-feira (18) um dos roteiros institucionais mais extensos de 2025, com ações simultâneas em cinco municípios do Sertão do Pajeú. A programação reúne inaugurações, requalificações de equipamentos públicos, instalação de Casas de Justiça e Cidadania, entrega de títulos de cidadania e etapas do projeto Moradia Legal, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). As atividades começam em São José do Egito, com a inauguração do Núcleo da Defensoria Pública e a entrega de títulos de propriedade a famílias do conjunto habitacional Júnior Valadares.
Na terça-feira (18), a agenda segue por Tuparetama, Santa Terezinha, Brejinho e Itapetim, com a presença de magistrados, autoridades municipais e estaduais e representantes da advocacia. Em Tuparetama, serão entregues títulos de cidadania ao desembargador Mozart Valadares e à presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, além da instalação da Casa de Justiça e Cidadania. Em Santa Terezinha e Brejinho, novas homenagens reconhecem o trabalho de defensores, promotores, delegados e lideranças da advocacia, enquanto Itapetim recebe requalificação do fórum e inauguração de mais uma Sala da OAB.
O encerramento ocorre em São José do Egito, com audiência pública do Moradia Legal, reforçando o compromisso regional com a regularização fundiária e o direito à moradia. Para a presidente da Subseccional, Hérica Nunes Brito, o roteiro representa “um dos maiores ciclos de entregas institucionais já realizados no Sertão do Pajeú”, fruto da parceria entre OAB, TJPE, Defensoria e gestores municipais. Segundo ela, a participação da presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, homenageada em duas cidades, reforça o compromisso da Seccional com a interiorização da advocacia.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, cumpre agenda na COP30, em Belém (PA), amanhã (17). Ele participa de um painel sobre a “Proteção social flutuante e territorial das populações vulneráveis no contexto da crise climática”, quando apresentará ao público a política do PREVBarco no atendimento a comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. Também participam do Painel o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, e a Secretária-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão), Raimunda Monteiro.
Criado com o objetivo de levar o atendimento de serviços previdenciários a populações de regiões mais remotas e isoladas da Região Norte do Brasil, o PREVBarco existe há 28 anos e já transformou a vida de mais de 2 milhões de pessoas, que antes precisavam enfrentar longas e custosas viagens para chegar a uma agência física. Em 2025, as cinco embarcações em funcionamento pelo INSS percorrerão mais de 100 municípios brasileiros.
Previdência Social e os impactos climáticos
Nos últimos 10 anos, 83% dos municípios brasileiros sofreram com desastres naturais. Só em 2023, a Previdência Social fez um repasse emergencial de R$ 1,21 bilhão aos municípios que enfrentaram desastres associados a eventos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 e os deslizamentos em Petrópolis (RJ) em 2023.
No último dia 7, o estado do Paraná, atingido pelo tornado que assolou o município de Rio Bonito do Iguaçu, o INSS agiu rapidamente e promoveu três ações para atender a população local: antecipou o pagamento para o próximo dia 24 para todos os beneficiários; disponibilizou como empréstimo renda extra no valor de um benefício – sem juros e com o prazo de até 90 dias para começar a pagar; e está priorizando a análise dos requerimentos de benefícios dos moradores do município atingido.
Com mais de 85% dos municípios brasileiros integrados a algum consórcio público, o modelo de cooperação intermunicipal já se consolidou como um dos caminhos mais eficientes para enfrentar desafios estruturais da gestão pública. Em um cenário de demandas crescentes e recursos limitados, os consórcios surgem como alternativa capaz de ampliar serviços, reduzir custos e oferecer soluções que, isoladamente, seriam inviáveis para a grande maioria das cidades.
Regulamentados pela Lei nº 11.107/2005, eles permitem que municípios unam esforços para áreas como saúde, resíduos sólidos, saneamento básico, meio ambiente, turismo, compras compartilhadas e desenvolvimento regional. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o país conta atualmente com 723 consórcios ativos, reunindo 4.783 cidades — um dado que traduz a força e a maturidade do modelo. É nesse contexto que ganha destaque a figura do chamado “superprefeito”, o gestor eleito pelos demais chefes do Executivo para representar institucionalmente o consórcio e conduzir projetos que ultrapassam os limites geográficos de seu município.
Presidir ou dirigir um consórcio público é muito mais do que assumir uma função administrativa. É coordenar interesses políticos, técnicos e operacionais de múltiplas cidades, todas com necessidades e capacidades distintas. A tarefa, muitas vezes extenuante, exige habilidade de negociação, firmeza decisória, gestão de conflitos e visão regional. Os presidentes e diretores executivos desses arranjos lidam com pressões constantes por resultados, mantêm articulação com governos estaduais e federal, dialogam com órgãos de controle e administram uma estrutura que precisa funcionar com eficiência e transparência. A entrega de resultados — e, sobretudo, a manutenção da coesão entre os municípios consorciados — depende da compreensão de que o sucesso do consórcio exige apoio político, corresponsabilidade e confiança mútua entre os prefeitos participantes.
A formação de um consórcio começa pelo protocolo de intenções, documento que estabelece regras, objetivos e responsabilidades. Cada município precisa aprovar esse protocolo por meio de lei específica, garantindo segurança jurídica ao arranjo. Somente após essa etapa é celebrado o contrato do consórcio e eleita a sua liderança. Esse processo evidencia que os consórcios não são estruturas improvisadas, mas organizações planejadas, com governança própria e sustentação legal sólida.
Na prática, os consórcios avançam de maneira mais consistente em áreas onde os municípios enfrentam maiores limitações individuais, especialmente na saúde. Unidades regionais, contratação conjunta de especialistas, aquisição de equipamentos e organização de redes de atendimento transformaram a realidade de regiões inteiras. Cidades que antes não tinham acesso a exames de alta complexidade passaram a contar com serviços integrados, diminuindo filas, ampliando diagnósticos e fortalecendo o SUS. Além da saúde, áreas como meio ambiente, resíduos sólidos, turismo, agricultura e segurança pública também registram avanço expressivo dentro do modelo.
Os resultados são mensuráveis. Estudos indicam que municípios consorciados podem reduzir em até 5% suas despesas correntes per capita, sem prejuízo da qualidade dos serviços. A economia de escala gerada pelas compras compartilhadas, a otimização de equipes técnicas e a eliminação de duplicidades contratuais fortalecem a capacidade do poder público de investir melhor e entregar mais. Em muitas regiões, a formação de consórcios permitiu que pequenas cidades alcançassem padrões de gestão que antes eram possíveis apenas em grandes centros urbanos.
Esse avanço, entretanto, exige capacitação constante dos gestores. Para atender essa demanda, o Instituto Igeduc realizará no Recife um curso executivo sobre consórcios públicos, reunindo especialistas nacionais para discutir modelo jurídico, governança, sustentabilidade financeira, prestação de contas e desafios operacionais. A proposta é preparar prefeitos, secretários e equipes técnicas para liderarem arranjos cooperativos com eficiência e responsabilidade, fortalecendo ainda mais esse instrumento de desenvolvimento regional.
O “superprefeito” não é alguém com superpoderes, mas um gestor com visão ampliada, capaz de perceber que administrar uma cidade hoje significa compreender que problemas, soluções e oportunidades não respeitam fronteiras municipais. Os consórcios públicos representam essa nova lógica: colaborativa, técnica, econômica e orientada a resultados. Com quase todos os municípios brasileiros já integrados a algum arranjo cooperativo, o futuro da gestão pública no país é, inevitavelmente, interligado — e cresce na velocidade em que prefeitos entendem que, juntos, avançam mais.
*advogado, escritor e Fundador do Instituto IGEDUC | projetos@igeduc.org.br
A expectativa no Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o desfecho do julgamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fique para 2026, após ele ser transformado em réu de forma unânime pela Primeira Turma da Corte. Ele responde por tentar interferir no julgamento da trama golpista em favor do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do blog da Andréia Sadi, do portal g1.
Isso ocorre porque a Turma pretende concluir os julgamentos de todos os núcleos que envolvem a trama da tentativa de golpe de estado antes de avaliar a denúncia contra Eduardo, conforme apurou a reportagem com fontes ligadas ao STF.
Ao todo, cinco núcleos compõe o julgamento da trama golpista. São eles:
Núcleo 1 (Crucial) – Julgamento já realizado, com condenações de oito réus — entre eles Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão;
Núcleo 2 (Minuta do golpe) – Julgamento marcado para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro;
Núcleo 3 (Ataques aos sistema eleitoral) – Julgamento em análise, com novas sessões nos dias 18 e 19 de novembro;
Núcleo 4 (Fake News) – Julgamento já realizado, com condenações de sete réus;
Núcleo 5 (Propagação de desinformação) – Julgamento sem data definida.
Todos os ministros integrantes da Primeira Turma — formada por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia — votaram a favor de acolher a denúncia da PGR para tornar o deputado réu. O colegiado está sem um integrante desde que Luiz Fux passou a integrar a Segunda Turma do Supremo.
A avaliação é que o julgamento dos outros quatro núcleos da trama golpista torna impossível a análise do caso de Eduardo ainda em 2025. Atualmente são julgados os integrantes do Grupo 4, acusados de disseminarem desinformação e de ataques virtuais a autoridades.
Além da fila de processos, o julgamento de Eduardo Bolsonaro pode ser afetado por ele ter sido denunciado conjuntamente com o influencer Paulo Figueiredo, que não tem domicílio no Brasil. Esse fato torna mais difícil, por exemplo, notificá-lo para apresentar defesa.
Caso seja condenado em um eventual julgamento na Corte, Eduardo Bolsonaro pode ficar inelegível para eleição de 2026.
O Chile realiza eleições presidenciais neste domingo (16) sem que os eleitores saibam o cenário real da disputa entre os candidatos. A lei chilena número 18.700, conhecida como Lei Orgânica Constitucional sobre Votações Populares e Escrutínios, proíbe a publicação de pesquisas eleitorais nos 15 dias que antecedem a eleição. Por isso, não é possível saber quem realmente lidera as intenções de votos dos eleitores.
Nas últimas principais pesquisas eleitorais realizadas no país, ainda no fim de outubro, a ex-ministra do Trabalho Jeannette Jara (Partido Comunista, esquerda), aliada do atual presidente Gabriel Boric (Frente Ampla, esquerda), aparecia na frente na preferência do eleitor para a presidência no Chile. A lei que proíbe a divulgação de levantamentos no período foi promulgada em 19 de abril de 1988.
Na pesquisa realizada pela AtlasIntel e Bloomberg, de 25 a 30 de outubro, o cenário para o 1º turno ficou assim:
Além de presidente, os chilenos votarão também para deputados e senadores. Serão renovados 155 assentos da Câmara e 23 dos 50 do Senado.
Além de Jara, disputam o pleito presidencial José Antonio Kast (Partido Republicano, direita), Evelyn Matthei (União Democrática Independente, centro-direita), Johannes Kaiser (Partido Nacional Libertário, direita) e Franco Parisi (Partido do Povo, direita). Uma pesquisa da AtlasIntel de outubro mostra Jara à frente, com 32,7% dos votos, contra 20,1% de Kast e 13,8% de Matthei.
Levantamentos anteriores já mostravam cenário favorável para a candidata governista — e a única de esquerda com mais de 10% das intenções de voto — desde agosto. As pesquisas de outubro projetam a ex-ministra alguns pontos percentuais à frente de Kast — que disputou o 2º turno em 2021 contra Boric.
No entanto, em um provável 2º turno, marcado para 14 de dezembro —caso nenhum candidato alcance mais de 50% + 1 dos votos válidos no domingo —, o cenário muda. Segundo a AtlasIntel, Jara perderia para todos os adversários. Contra Kast, a diferença seria de 8 pontos percentuais — 47% X 39%.
A projeção mais favorável aos candidatos de direita no 2º turno é reflexo das dificuldades de Boric em cumprir as promessas de seu mandato, como a reforma da Constituição, que continua a mesma desde a ditadura de Augusto Pinochet (1915-2006), que governou o país de 1973 a 1990. O mandato é de 4 anos para deputados e presidente e de 8 anos para os senadores.
Eis os principais candidatos ao cargo de presidente e suas intenções de voto segundo a média das pesquisas compiladas pelo Radar Electoral, em 1º de novembro:
• Jeannette Jara (Partido Comunista do Chile, esquerda) – 28,58%;
• José Antonio Kast (Partido Republicano, direita) – 19,93%;
• Johannes Kaiser (Partido Nacional Libertário, direita) – 15,66%;
Noite de festa e cultura em Serra Talhada com a cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa a Francisco de Assis Nogueira, o Rei do Forró, Assisão, na última sexta-feira (14). A Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST) realizou o momento histórico, concedendo o primeiro título do campus na capital do xaxado. Anunciando que o forró está presente, Assisão recebeu seu diploma das mãos da reitora Maria José de Sena, que quebrou o protocolo e dançou um forrózinho junto ao novo doutor. As informações são do portal Farol de Notícias.
A reportagem do Farol de Notícias, que esteve no evento e acompanhou todos os detalhes, também conversou rapidamente com o homenageado antes da cerimônia. Ele comentou que estava feliz e tranquilo ao lado de sua família, amigos e nomes influentes do forró. O cantor e compositor com mais de 60 anos de carreira foi recebido com festa e muitas solicitações de fotos pelos admiradores presentes.
Serra-talhadenses de diversos segmentos prestigiaram o evento que lotou a quadra da universidade. Vereadores, secretários de governo, e imortais da Academia Serra-talhadense de Letras. Compondo a mesa de honra ao lado do homenageado estiveram presentes a reitora da UFRPE Maria José de Sena, os gestores da UAST Adriano do Nascimento Simões e Maria do Socorro de Lima, assim como pró-reitores e professores da Federal Rural, a prefeita Márcia Conrado e o presidente da Câmara de Vereadores Manoel Cassiano.
A comissão de honra que conduziu Assisão até a mesa de autoridades foi composta por sua esposa Marinalda Ferreira; Alexandrino de Barros; Maria do Socorro; o escritor e historiador Anildomá Williams; o cantor e compositor Flávio Leandro; Roberto Flávio; o cantor Henrique Brandão; Célio Antunes; Paulo Barros; o vereador e servidor federal Francisco Pinheiro; a professora Paula Santana – responsável pela pesquisa para a indicação do título; a discente Ruth Barbosa e o servidor terceirizado Domingos Sávio.
A reitora Maria José de Sena exclamou que, para a UFRPE, esta outorga foi um momento importante e de muita alegria de conceder o mais alto grau honorífico da academia para uma das maiores personalidades do Sertão de Pernambuco. Ainda em seu discurso, ela destacou as políticas de interiorização das universidades e a necessidade dos campus se adequarem à cultura local e regional de onde estão inseridos.
“Nós interiorizamos, não estamos mais só na capital, estamos aqui no Sertão. Temos que ter um olhar para as pessoas aqui do Sertão. Então, não tinha como não aprovar nos conselhos superiores da universidade a Assisão, que é um patrimônio da cultura brasileira. Se tratando de Pernambuco, ele é um patrimônio do nosso forró. Então, conhecendo a história de Assisão, sua luta para que o forró continuasse vivo em Pernambuco e no Nordeste. Então, para a gente é um momento extremamente especial, de muita grandeza e de reconhecimento”.
Doutor Assisão relembrou ao longo das homenagens que seu pai profetizava desde sua infância que seria um doutor, mesmo deixando a medicina para se dedicar ao dom musical que herdou dos Nogueira. Ao final, terminou seu discurso anunciando que o forró está presente e cantou um de seus grandes sucessos Peixe Piaba, com o coro dos presentes.
“A cultura de qualquer município, de qualquer estado, de qualquer país é a alavanca forte. Está no comércio, está na alegria, na recreação, está em toda parte. Eu decidir viver com a cultura, sabendo que com a cultura não se ganha muito dinheiro. Mas dá muito para se manter. E um dia eu perguntei ao meu pai: papai, por que é que o povo diz que eu não vou ser nada? E ele dizia: ‘não, meu filho, você vai ser doutor’”.
A prefeita Márcia Conrado confessou a emoção de ver um de seus ídolos recebendo tamanho reconhecimento. Em seu discurso, com tom poético, a gestora homenageou Assisão pelo legado que inspira e ensina os jovens serra-talhadenses o forró e a cultura da cidade.
“Hoje Serra Talhada se veste de orgulho e emoção. Nesta noite, o Sertão inteiro se encontra aqui no coração da Uast para celebrar a vida e obra de um homem que transformou a nossa cultura em poesia. A nossa luta em canto e a nossa história em forró. Assisão, a voz do Sertão, o coração do Brasil. Assisão cantou o amor, a fé, o humor, e a esperança do sertanejo. Cantou a seca e a fartura, a saudade e a alegria. Com a coragem daqueles que acreditam no impossível, fez da sua música uma ponte entre gerações.
Meu amigo Magno Martins é um atleta. Não corre apenas atrás de notícias. Corre, literalmente, como exercício diário da saúde, para manter em dia o equilíbrio emocional e físico.
Fiquei aqui a matutar e conclui: suas corridinhas diárias de 8 km em 186 municípios dá em torno de 1.488 km, uma ida e volta Recife/Salvador. Com o gasto de R$ 5 mil em sapatos, tênis e alívio de muitas calorias queimadas.
A primeira casa é como a primeira professora: impossível esquecer. Para mim, o Diário de Pernambuco, que comemora seu bicentenário, é um retrato drummondiano na parede da memória, impregnado no meu coração. Matuto expulso da seca no Sertão do Pajeú, pisei na redação do velho DP com apenas 17 anos. Foi um estampido de emoção e ao mesmo tempo de medo.
Medo de tudo: do desafio que se abria pelo futuro incerto, do barulho infernal de um exército de malucos produzindo em máquinas de datilografia, de estar frente a frente com ídolos que só conhecia pelas páginas do jornal mais antigo em circulação na América Latina, como José Adalberto Ribeiro, colunista político, João Alberto, colunista social e Adonias de Moura, editor de Esportes e colunista, que me trazia o noticiário do meu Santa Cruz.
Gildson Oliveira, editor do Interior, meu primeiro chefe, prêmio Esso com uma série de reportagens sobre Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, era implacável. Rasgava minhas matérias trazidas do Interior na minha cara, quando perdia a paciência com meus textos rebuscados. E dizia: “Sabe em qual página vai sair sua matéria? Na sexta página, a cesta do lixo”.
Era humilhante? Sim, mas com o passar do tempo compreendi que jornalismo se aprende com chefes chatos, exigentes, duros, críticos e até mal-educados. Enfrentei muitos assim em Brasília, no Correio Braziliense, no Jornal de Brasília, em O Globo. Certa vez, atuando na agência O Globo, meu chefe me escalou para cobrir um balancete econômico, no Ministério da Fazenda.
Foi um desastre, uma experiência terrível, que nunca vou esquecer. Eram números e mais números intraduzíveis para um repórter que não entendia patavinas de economia fazendária. Levei gritos pelo telefone. Era o início da era digital, de notícias em tempo real. A concorrência nos engoliu.
O Diário de Pernambuco era o coração que pulsava mais forte na Praça da Independência, cenário de comícios e manifestações históricas. Cenário também do assassinato brutal do estudante Demócrito de Souza Filho, em 3 de março de 1945. Ele foi atingido por um tiro da polícia política do Estado Novo durante uma manifestação popular. O fato gerou grande repercussão e entrou para a história como um marco contra a ditadura de Getúlio Vargas.
O DP dos meus tempos de foca (jornalista em início de profissão) era único e imbatível. O JC, seu concorrente, agonizava. Não fazia concorrência. Havia ainda o Diário da Manhã, que Heleno Gouveia, seu controlador, fixava em placas nas ruas mais movimentadas do Recife. Também o Diário da Noite, que se espremesse jorrava sangue. Tempos bons! Atuei por 20 anos nos Associados, entre o DP, Correio Braziliense, Rádio Clube, Rádio Planalto e Agência Meridional.
Saudade de Antônio Camelo, que me deu carta branca para abrir, montar e dirigir a sucursal do DP em Brasília. De Joezil Barros, meu padrinho e amigo de todas as horas. De Selênio Homem de Siqueira, um dos intelectuais mais refinados que convivi. De Carlos Cavalcanti, meu segundo chefe, para quem fazia ronda policial e por quem era escalado para cobrir em Exu a guerra entre as famílias Alencar, Sampaio e Saraiva.
Como não lembrar do velho Ponzo, que datilografava as matérias usando apenas uma mão por causa de uma deficiência física. De Danda Neto, meu primeiro chefe na editoria de Política, de anarquistas, como Márcio Maia e Amin Stepple, e de figuras engraçadas como Zadok Castelo Branco, que batia suas matérias sentado sobre uma pilha de jornais. De gente memorável, como Zé Maria Garcia, chefe de diagramação por mais de 50 anos.
Zé Maria só fazia o espelho da primeira página do DP depois de bater o ponto na Cristal, onde tomava seus conhaques. No jornalismo do passado, a notícia estava nas ruas, nas viagens, chegavam em grandes reportagens em que a própria vida era colocada em risco.
Havia um maior foco em reportagens longas e investigativas, com tempo e espaço para um desenvolvimento mais completo dos fatos e narrativas mais ricas. O jornalismo tradicional era percebido como mais rigoroso na verificação dos fatos, com a credibilidade sendo um pilar fundamental da profissão, o que gerava maior confiança no público.
Profissionais de renome, muitas vezes com estilos de escrita distintos e vozes marcantes (como locutores de rádio e âncoras de TV), tornavam-se figuras emblemáticas e fontes de autoridade. A produção e o consumo de notícias tinham um ritmo menos frenético do que o atual. Os jornais eram diários, e os noticiários de rádio e TV tinham horários definidos, permitindo uma digestão mais pausada das informações, em oposição ao fluxo constante da internet.
O estilo jornalístico buscava um meio-termo entre a linguagem literária e a falada, valorizando a qualidade do texto e a capacidade de contar histórias de forma envolvente e detalhada. Com a limitação de canais e a ausência de redes sociais, o público tinha acesso a um conjunto de informações mais selecionado e editado profissionalmente, o que reduzia a dispersão e a desinformação.
Essa nostalgia reflete, em parte, a velocidade e a fragmentação do jornalismo contemporâneo, onde a urgência da notícia digital muitas vezes se sobrepõe ao aprofundamento, e a credibilidade é constantemente questionada pela disseminação de fake news e conteúdos de opinião disfarçados de informação.
Toro Ranch: como o novo motor a diesel renovou a picape
A picape Fiat Toro se mantém como surgiu em 2016. É a mesma geração, digamos assim. Só foi ganhando, ao longo destes 10 anos, aperfeiçoamentos visuais e, principalmente, de motorização — a versão mais popular à época tinha motor 1.8 de 139 cavalos, o que a deixava lenta e beberrona. Mas a proposta original — ser uma categoria de picape que combinasse o comportamento de um SUV com a capacidade de carga exatamente de picape — foi preservada.
Enfim, por exigência do consumidor e obrigações ambientais legais, chegou a melhor versão desde então: a equipada com motor 2.2 turbodiesel de 200cv, 45,8kgfm de torque, câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4. A coluna De bigu com a modernidade testou a Ranch, a topo de linha com uma central multimídia vertical de 10,1 polegadas, carregador de celular por indução, bancos em couro num marrom destoante etc. O pacote de segurança é razoável, com 6 airbags, controle de tração e estabilidade, assistência de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência.
O preço? Até o dia 12 de novembro, a picape estava cotada a R$ 194 mil, em negociação via WhatsApp pelo site de ofertas da Fiat. É cara, convenhamos, como qualquer carro no Brasil. E mesmo com a melhoria de desempenho do seu conjunto de motorização em quase 30% (torque) e em 18% (potência) em relação ao motor anterior. Por sinal, essas novas medições a levam de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e deixam o condutor muito mais confiante em retomadas e ultrapassagens.
Customização – O fato é que a Toro sempre foi benquista. Em meados deste ano, bateu a marca de 600 mil unidades vendidas. Ajudam nas conquistas a diversidade de preços, a quantidade de versões (seis, ao todo), a variedade de equipamentos de conforto e segurança e por aí vai. Enfim, valem as possibilidades de customização tão popular nos produtos da Fiat – ou mesmo das outras marcas da Stellantis. Por exemplo: só da Mopar, marca do próprio grupo, são 50 acessórios que privilegiam o uso da caçamba como porta-malas, a capacidade de carga, a praticidade no dia a dia e o design.
Mas vamos no ater à unidade testada, completíssima (como são as enviadas aos jornalistas especializados). A Ranch chama logo a atenção pela grade com moldura cromada (e muito de acabamento semelhante em estribos, retrovisores, santantônio etc) e identidade marrom (ou premium brown, como destaca a marca) no friso decorativo. Noves fora isso, vale o conjunto. Reforçando, por exemplo, um ponto agora bastante positivo, o motor. A picape, claro, ficou mais ágil e esperta — e ainda melhorou os índices de consumo. Esta coluna tem como preceito o fato de que a média de consumo depende quase sempre do pé do motorista, do estilo para-freia-acelera. Mas, como geralmente se faz muita questão, eis os dados: o Inmetro aponta 10,5 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada.
Versatilidade – Sua performance no fora-de-estrada de verdade não foi avaliada desta vez, infelizmente. Mas o conjunto 4×4 da Fiat já foi testado anteriormente. Ele dá conta do recado para rodovias de terra e trilhas mais acidentadas devido ao torque em baixas rotações. O modo 4×4 permanente ajuda em qualquer situação, mesmo que não se necessite dele, e há ainda a função reduzida (4×4 Low). Além disso, a troca de propulsor reduziu a vibração característica de picapes e ainda a deixou mais silenciosa internamente. Outro ponto firme da caminhonete é a versatilidade da caçamba. Ela (na verdade, um imenso ‘porta-malas’ de 900 litros) pode carregar até 1 mil quilos. O freio de estacionamento, finalmente, é eletrônico — e com função auto hold. Esse sistema de assistência de frenagem mantém o carro parado automaticamente, sem que o motorista precise pressionar o pedal do freio. É o lado urbano da picape, pois o auto hold é bem legal especialmente em ladeiras, semáforos e congestionamentos. Quando ativado por um botão no painel, ele libera os freios assim que o motorista acelera.
A direção elétrica progressiva: bem leve em baixa velocidade e mais dura à medida que o carro ganha velocidade. Por falar nisso, só o banco do motorista tem regulagem com comandos elétricos. A suspensão, por sinal, foi melhorada, segundo a Fiat, deixando o rodar mais suave. Até por conta do preço, a versão Ranch vem com faróis de neblina com função de iluminação em curvas, comutação (troca) automática do farol alto, partida remota do motor, Android Auto e Apple Carplay sem necessidade de fios e carregador de celular por indução. A capota marítima e a luz na caçamba são de série. No geral, a versão tem bom custo-benefício. Primeiro, pela oferta de equipamentos. E, também, por continuar sendo a velha Toro, agora mais potente, econômica e segura.
Salão de São Paulo: as novidades – Enfim, está de volta o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. A 31ª edição, que acontece de 22 a 30 de novembro, na capital paulista, promete reunir em um só lugar os principais lançamentos das grandes montadoras, experiências imersivas, carros clássicos, supermáquinas e muito conteúdo dedicado ao setor. A programação une inovação, entretenimento e história. Os ingressos seguem à venda exclusivamente no site oficial www.salaodoautomovel.com.br. Entre as marcas confirmadas estão BYD, Caoa, Caoa Chery, Citroën, Denza, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Hyundai, Jeep, Kia, Leapmotor, Lecar, MG Motors, Mitsubishi, Omoda & Jaecoo, Peugeot, RAM, Renault, Suzuki Motos, Toyota e Vespa. Mais de 300 veículos estarão em exposição, em uma programação cheia de experiências interativas. Os fãs de carros clássicos terão dois espaços dedicados para conferir modelos exclusivos e raros.
Marcando época – O Memória sobre Rodas exibirá o único Bugatti EB110 GT existente no Brasil, de 1994, além de outros modelos míticos como Lamborghini Miura P400 S 1969, o esportivo nacional Hofstetter Turbo 1986, Lamborghini Diablo 1991 e Plymouth Superbird 1970. Já o Carde Arte Design Museu trará linha do tempo com carros que marcaram época em outras edições do Salão do Automóvel, como VW Kombi 1960, Ferrari F40, Uirapuru, Dodge Charger R/T, VW SP2 e VW Gol GTI na sua inconfundível cor Azul Mônaco. O universo dos games e dos simuladores de corrida também estará presente.
Na Racing Game Zone by João Barion os visitantes poderão vivenciar toda emoção do drift em um simulador de última geração. Além disso, o mais recente carro do piloto, o Corvette C7 Z06, estará em exposição. O Drive Experience contará com uma pista indoor projetada especialmente para o evento. Com 14 mil metros quadrados, os visitantes poderão testar veículos de marcas como BYD, Caoa, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, RAM e Renault. O circuito inclui uma longa reta de 160 metros, desenvolvida para que os participantes sintam melhor a potência e torque dos veículos, além de exercícios práticos como slalom e frenagem. A expectativa é que 1 mil visitantes por dia possam acelerar em voltas de até 10 minutos.
Ram Dakota – A primeira picape média da Ram, a Dakota, será uma das atrações do estande da fabricante no Salão. Ela foi revelada na versão Warlock no mês passado em um evento que oficializou o início da produção do modelo no Polo Industrial de Córdoba, na Argentina. O nome da picape havia sido divulgado em agosto na apresentação do conceito Nightfall, que antecipou as linhas da versão definitiva da Dakota. A nova Dakota é o segundo modelo da Ram desenvolvido e produzido fora da América do Norte. Será lançada no Brasil em 2026. O estande da Ram trará ainda, segundo os diretores, algumas surpresas.
Fiat inicia a festa dos 50 anos de Brasil – A marca italiana pertencente ao grupo Stellantis escolheu o Salão de São Paulo para começar a festejar os 50 anos no Brasil. Para isso, vai apresentar suas picapes Strada, Toro e Titano — além do Abarth 600e — em uma área de 500 metros quadrados. A Fiat quer continuar a ser a principal vendedora de picapes no Brasil nos últimos cinco anos. Ela também aproveitará para apresentar um carro conceito que promete surpreender todos e revelar o direcionamento que orientará seu futuro nos próximos anos. Quanto ao Abarth 600e Scorpionissima, o elétrico de edição especial será um dos destaques. Também haverá um espaço dedicado aos fãs da série da Netflix Stranger Things. O Abarth 600e é o modelo mais potente da marca.
Começa pré-venda do Sportage reestilizado – A Kia Brasil vai aproveitar a 31ª edição do Salão Internacional do Automóvel para lançar o novo Sportage reestilizado. A importadora também anunciou a pré-venda da versão EX Prestige, mantendo seu preço em R$ 267.190 em caráter promocional. As principais mudanças de reestilização do Sportage 2026 dizem respeito aos novos desenhos dianteiro e traseiro, marcados pela assinatura luminosa Star Map, novo design da roda, do painel de instrumentos, assim como novo volante de 2 raios. O motor turbo GDI (injeção direta), 1.6 litro, a gasolina, tem sistema híbrido de 48V, capaz de gerar 178 cavalos de potência combinada e torque de 27 kgf.m. O sistema de comando desse motor propicia o modo de condução Velejar, desligando o propulsor por completo em situação de rodagem plana e, por consequência, economizando combustível.
O sistema híbrido do Sportage entra em ação quando o veículo enfrenta uma descida, poupando o motor a combustão, ou em subidas, quando o powertrain necessita de mais força, sempre priorizando a eficiência de consumo e menores índices de emissões. O conjunto do motor está acoplado ao câmbio automático de 7 velocidades e dupla embreagem DCT. Com essa configuração, o novo Sportage registrou desempenho 8% superior ao obtido por sua versão anterior, com 12,5 km/l na cidade e de 13,2 km/l na estrada, segundo dados do Inmetro e sempre abastecido com gasolina. O Sportage conta com diversas tecnologias de auxílio à condução: alertas de fadiga do condutor, prevenção de colisão por ponto cego, prevenção de colisão traseira e tráfego cruzado e por aí vai.
SUV cupê novo, nome velho – A General Motors anunciou o nome do inédito SUV cupê. Mas o nome é de um modelo antigo (que, inclusive, fracassou no Brasil): Sonic. O modelo será produzido no complexo de Gravataí (RS). Mais detalhes sobre design, dimensões, motorização e tecnologias do Sonic serão revelados em breve.
O sucesso do Jetta – O terceiro modelo do trio de esportivos VW Legends, o novo Jetta GLI, teve 1.196 pedidos no primeiro fim de semana de vendas (8 e 9/11) nas mais de 400 concessionárias VW no Brasil. O Jetta GLI chegou com design renovado, mais tecnologia e um motor 350 TSI de 231cv. O preço? R$ 270 mil. Os demais integrantes do trio VW Legends também arrasam: o Golf GTI teve seu primeiro lote esgotado em um fim de semana e o Nivus GTS já foi todo vendido.
Bancos de couro para o Kicks Sense – A linha de acessórios originais da Nissan ganha mais uma opção de personalização e conforto. Dessa vez, a novidade é o revestimento premium dos bancos para o novo Nissan Kicks na versão Sense. São dois kits diferentes, que chegam para ampliar a sofisticação dessa versão do SUV. As duas opções disponíveis são: o revestimento misto, que mistura material sintético com couro natural na parte central, com preço de venda sugerido de R$ 3.303, e o revestimento 100% sintético, disponível com preço sugerido de R$ 2.864. Ambos os valores não incluem a mão de obra de instalação.
O primeiro híbrido flex da BYD – A marca chinesa BYD apresentou oficialmente o Song Pro híbrido flex, o primeiro da marca desenvolvido para o Brasil. O modelo foi criado para o mercado nacional e que combina tecnologia de eletrificação com o uso de etanol. O veículo integrou a frota oficial da COP30, realizada em Belém (PA) e faz parte da doação de 30 unidades por escolas e instituições públicas locais. Ele terá o mesmo motor 1.5 aspirado atual, mas adaptado para rodar com gasolina ou etanol em qualquer proporção.
Quatro Rodas: melhores em oito categorias – Plataforma especializada em automóveis da Editora Abril, a Quatro Rodas elegeu os carros mais bem avaliados do Brasil, em pesquisa que ouviu os próprios donos. A pesquisa contemplou os modelos em oito categorias: hatches compactos, sedãs compactos, sedãs médios, SUVs compactos, SUVs médios, SUVs grandes, picapes intermediárias e picapes médias. Além de duas premiações especiais: o grande campeão — dado ao carro com a maior pontuação entre todos ganhadores — e pós-vendas, para a marca melhor avaliada.
A pesquisa “Os eleitos 2025” teve mais de 9 mil respostas válidas após checagem de consistência, garantindo a credibilidade dos resultados, e premiou modelos das marcas Renault, Ford, Volkswagen, Ram, BYD e Jeep. O Renault Kwid foi eleito o melhor hatch compacto, enquanto o Ram Rampage venceu na categoria picape intermediária. A melhor picape média foi a Ford Ranger. A Jeep se destacou ao vencer três categorias: o Renegade como melhor SUV compacto, o Compass como SUV médio e o Commander como SUV grande. Além disso, a marca também levou o prêmio na avaliação de melhor serviço de pós-venda. O Volkswagen Virtus foi o mais bem avaliado entre os sedãs compactos. O BYD Seal, por sua vez, levou a categoria de sedã médio.
Usados devem bater recorde – O mercado de veículos seminovos e usados caminha para um ano de recorde absoluto. Dados da Fenauto apontam que a marca histórica de 15,7 milhões de unidades comercializadas em 2024 deverá ser superada já agora em novembro. A entidade estima 18 milhões de unidades comercializadas até o final do ano. Até o final de outubro, o acumulado de vendas já alcançou 15.244.066 veículos que mudaram de propriedade. Este volume representa um crescimento notável de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Financiamento de carro e moto: o que saber – Comprar um carro ou moto fiado? Sim, claro. O financiamento funciona como um crédito que viabiliza a compra do bem mesmo que o cliente não disponha da quantia total para pagamento à vista no momento do negócio. O banco ou instituição financeira paga à concessionária ou loja o valor do veículo escolhido pelo cliente, e o consumidor paga o financiamento para o banco de acordo com as parcelas negociadas mensalmente, com o acréscimo de juros mais encargos. A turma da Mobiauto fez uma pequena cartilha, aqui reproduzida em parte.
Modalidades – Existem algumas modalidades além do financiamento convencional, como leasing, consórcio e compra programada.
Leasing – É quase como um aluguel: oferece taxas mais atrativas e não exige entrada. Assim, o consumidor pode usufruir do carro e ir pagando mensalmente. Porém, o veículo só é transferido para o nome do proprietário depois de quitado, e, em caso de inadimplência, o banco pode retomar o veículo (que segue sob sua propriedade até a quitação) e o cliente perde tudo que já pagou.
Consórcio – É uma boa opção para quem não precisa de um carro de imediato: o cliente paga uma carta de crédito sem os juros de financiamento e, ao final, pode usá-la para comprar o carro à vista. É possível, ainda, ser sorteado ou entrar em leilões para obter a carta de crédito antes de terminar de pagá-la.
Compra programada – Apesar de pouco conhecida, é muito interessante, pois não há cobrança de juros. As instituições que trabalham com essa modalidade de compra costumam exigir o pagamento de ao menos 12 parcelas. Só depois o cliente pode levar o carro para casa.
O que precisa? – Para realizar uma proposta de financiamento de um veículo, é necessário fornecer à loja ou concessionária os seguintes documentos: RG, CPF, comprovantes de residência e de renda, e documentação do veículo que for dado como entrada, se for o caso. É muito mais difícil ter o financiamento aprovado sem um valor de entrada, porque a entrada é uma espécie de garantia para o banco ou instituição financeira de que o cliente tem condições de honrar a dívida.
Muitos clientes usam seu carro atual como entrada para financiar a compra de um modelo mais novo. Agora, se você não tem o dinheiro da entrada, mas quer e precisa financiar um veículo, ainda há esperança. Para isso, é preciso ter um histórico financeiro favorável, não ter contas em atraso e um bom score, ou seja, uma alta pontuação de crédito junto ao banco. Vale lembrar que, nesses casos, para compensar o risco, os juros são de praxe muito mais altos. Portanto, sempre que puder, dê preferência a uma compra com entrada.
Qual vantagem em financiar? Conseguir comprar um carro ou trocar o seu por um modelo mais novo sem ter que juntar antes o dinheiro necessário para pagamento à vista. Outra é poder usar o dinheiro que seria usado na compra em outro investimento de sua preferência, desde que se avalie que o investimento compensa os juros que serão cobrados no financiamento.
Como é calculada a taxa de juros? – Cada banco ou financeira tem seus próprios cálculos de taxa de juros. Todavia, o percentual de juros varia de acordo com cada tipo de financiamento. As empresas que fornecerão o crédito sempre levarão em conta o valor da entrada, o número de parcelas, o possível pagamento de “balões” no meio do financiamento e a pontuação (score) do cliente para definir a taxa. Quanto maior o potencial de risco, mais juros a instituição embute no processo. Outro ponto que merece muita atenção do consumidor é o CET (Custo Efetivo Total). Alguns bancos oferecem uma taxa de juros mais atrativa, mas compensam isso cobrando mais em outras tarifas. Em todo financiamento é preciso conferir o valor final.
É possível financiar um carro com o nome sujo? – É possível, porém muito difícil. Os bancos utilizam o score, um indicador do quão bom pagador você é. Se ele for baixo, a instituição entende que o risco de não receber e tomar o popular calote é maior. Mesmo assim, algumas instituições aprovam o financiamento, mas cobram juros altíssimos para compensar o risco. A dica é: se possível, busque antes quitar as dívidas, espere alguns meses e mantenha as contas em dia para elevar a pontuação e, assim, ter mais chances de conseguir o financiamento com uma taxa mais atraente.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.