Durante o maravilhoso show que fez ontem em Serra Negra, no município de Bezerros, a cantora Cristina Amaral fez uma justa, oportuna e emocionante homenagem ao cantor e compositor Paulo Diniz, de Pesqueira, que morreu há dois anos. Confira!
Durante o maravilhoso show que fez ontem em Serra Negra, no município de Bezerros, a cantora Cristina Amaral fez uma justa, oportuna e emocionante homenagem ao cantor e compositor Paulo Diniz, de Pesqueira, que morreu há dois anos. Confira!
A defesa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) citou o voto do ministro Luiz Fux e pediu absolvição em recurso apresentado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (3).
Ramagem está com mandado de prisão em aberto no Brasil e está foragido nos Estados Unidos.
Os advogados do deputado optaram por apresentar o recurso chamado de embargos infringentes, que tenta reverter a condenação de 16 anos e um mês de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As informações são da CNN.
Leia maisO Ministério da Justiça também publicou a portaria nesta quarta que demite Ramagem do cargo de delegado da PF (Polícia Federal).
“Alexandre Ramagem Rodrigues requer o conhecimento dos presentes embargos infringentes, para que sejam providos, prevalecendo se o voto proferido pelo eminente ministro Luiz Fux, com a absolvição do embargante dos crimes de integrar organização criminosa (arts. 2º, caput e §§ 2º e 4º, II, da Lei n. 12.850/13), de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito art. (359-L do Código Penal) e de golpe de Estado (art. 359-M do Código Penal)”, diz o recurso.
A defesa também cita que o delator do processo, o tenente-coronel Mauro Cid, “afirmou expressamente que Alexandre Ramagem não se enquadrava em nenhuma classificação dos grupos que atuavam em diferentes meios para executar o golpe.
“Ocorre que, não obstante, se tratar de personagem crucial na narrativa acusatória, que foi acolhida no decreto condenatório, Mauro Cid não conferiu papel de destaque algum a Alexandre Ramagem Rodrigues”, frisam os advogados.
O recurso de embargos infringentes pode ser empregado com o prazo de até 15 dias após a publicação do acórdão, conforme o Regimento Interno do STF.
No entanto, o ministro relator do processo, Alexandre de Moraes, declarou o trânsito em julgado após o fim do prazo dos embargos de declaração (de prazo de cinco dias), por entender não ser cabível o uso dos infringentes.
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Um homem de 55 anos morreu após ser atingido por uma barra de supino durante um exercício em uma academia no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda.
Ronald José Salvador Montenegro sofreu um impacto no tórax enquanto treinava na RW Academia, na segunda-feira (1).
Ele chegou a ser socorrido por funcionários do local e levado à UPA de Rio Doce, mas não resistiu. As informações são do g1.
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O acidente foi registrado por uma câmera de segurança. Nas imagens, Ronald aparece realizando o exercício de supino reto com barra livre quando o equipamento escapa de suas mãos e cai sobre o tórax.
Ele ainda se levanta após o impacto, mas cai no chão poucos segundos depois.
A Academia RW, que tinha Ronald como aluno, publicou uma nota de pesar nesta quarta-feira (3) por meio das redes sociais.
“É com profunda tristeza e consternação que a RW Academia, se solidariza com o falecimento de nosso aluno Ronald José Salvador.
Toda a equipe prestou atendimento imediato, acionando prontamente o socorro especializado. Apesar de todos os esforços empregados, recebemos com imenso pesar a notícia de seu falecimento.
Transmitimos aos seus familiares e amigos nossas mais sinceras condolências, desejando força e conforto neste momento de dor incomensurável. Ronald José Salvador sempre será lembrado com respeito e carinho por todos que fizeram parte de sua trajetória em nossa comunidade.
Colocamo-nos integralmente à disposição para oferecer todo apoio necessário aos seus entes queridos, auxiliando no que estiver ao nosso alcance durante este momento tão difícil.”
Ronald Montenegro era presidente do Centro Cultural Palácio dos Bonecos Gigantes de Olinda e atuava há anos na preservação da cultura popular da cidade.
Ele deixou dois filhos, Milena e Ronald, de 26 e 18 anos. O enterro está marcado para esta quarta-feira (3), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.
O Centro Cultural e o Homem da Meia-Noite lamentaram a morte em notas oficiais. Para as entidades, Ronald era uma figura importante na manutenção da tradição do carnaval de Olinda e colaborou diretamente com desfiles e eventos culturais do município.
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A defesa do ex-ministro Anderson Torres afirmou nesta quarta-feira (3) que o político desistiu de apresentar novos recursos contra a condenação no inquérito da trama golpista.
No último dia 25, Torres e outros réus do inquérito do golpe começaram a cumprir as penas de prisão determinadas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres está preso no 19º Batalhão da Polícia Militar do DF – prédio no Complexo Penitenciário da Papuda conhecido como “Papudinha”. As informações são do g1.
Leia maisAinda de acordo com os advogados, Anderson Torres “já manifestou sua disposição em colaborar com as atividades administrativas do prédio”.
“Do mesmo modo, utilizará esse período para atividades de aprimoramento pessoal e profissional”, diz a nota assinada pelo advogado Eumar Novacki.
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O deputado estadual Romero Albuquerque (União Brasil) criticou o envio pela governadora Raquel Lyra (PSD) à Assembleia Legislativa de Pernambuco de uma proposta que cria 105 novos cargos comissionados de livre nomeação, sem detalhamento de sua necessidade e nem mesmo a indicação do impacto orçamentário dos cargos. Para Romero, a iniciativa é pouco transparente e distante das prioridades do povo pernambucano, sobretudo em um período pré-eleitoral e em meio às dificuldades enfrentadas por áreas essenciais do Estado.
“Enquanto falta investimento nos hospitais, nas delegacias, nas estradas e nas políticas sociais, o Governo decide aumentar a máquina pública sem apresentar justificativa técnica. Criar 105 cargos comissionados, assim, dentro de um projeto que muda apenas o nome da Arpe, é algo que precisa ser contestado”, afirmou.
O projeto com a proposta de criação dos cargos comissionados na Arpe foi incluído dentro de um pacote com 31 projetos de lei, enviado à casa legislativa pelo Governo do Estado às véspera do recesso de fim de ano. Para o deputado estadual, essa é uma estratégia para pressionar o Legislativo a aprovar os projetos e uma forma de diminuir a visibilidade de projetos como o que cria os cargos comissionados.
Leia mais“O Governo decidiu despejar esses projetos na Casa de última hora e isso não é coincidência. Isso reduz o tempo de debate e quem perde é a população. Entre esses textos, ainda veio escondida uma mudança na agência reguladora que cria mais de cem cargos comissionados. Uma matéria dessa relevância merecia transparência, discussão ampla e luz do dia, não um envio atropelado para ser votado sem ampla discussão”, explicou Romero.
O deputado destacou que irá solicitar informações oficiais ao Governo do Estado sobre a real necessidade da mudança na agência reguladora e da criação dos 105 cargos comissionados. Ele ainda afirmou que votará contra o projeto, caso o Executivo não justifique de forma transparente o impacto financeiro e administrativo das nomeações. Além disso, emendas podem ser apresentadas para barrar a criação dos cargos, garantindo que o tema seja amplamente debatido e não aprovado às pressas durante o recesso legislativo.
Outro ponto destacado pelo parlamentar foi a solicitação de um empréstimo de 20 milhões de dólares junto ao BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. “Não sou contra financiamentos quando eles têm finalidade clara, transparente e planejamento, mas não é isso que estamos vendo aqui. O governo quer autorização para assumir uma dívida internacional sem apresentar estudos, metas, impacto financeiro ou garantia de que esses recursos serão aplicados de forma eficiente”, finaliza Romero.
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A decisão do ministro Gilmar Mendes de dificultar o processo de impeachment de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), esvaziando o poder de parlamentares e de cidadãos comuns de pedirem a cassação de magistrados, foi interpretada nos bastidores da Corte como uma espécie de vacina para as eleições do ano que vem. A decisão será analisada no plenário virtual entre 12 e 19 de dezembro.
Na Corte, a avaliação é a de que Gilmar busca se prevenir contra o esforço da direita de eleger o máximo de senadores possível justamente para conseguir quórum no Senado para o impeachment de ministros do STF. Nas próximas eleições, ⅔ do Senado será renovado. As informações são da coluna de Malu Gaspar para o jornal O GLOBO.
Leia maisPara um colega de STF ouvido reservadamente pelo blog, Gilmar tomou a decisão agora, e não no ano que vem, para evitar a contaminação do ano eleitoral – e tentar não escancarar o receio no Supremo com a formação de uma maioria conservadora que possa dar aval à abertura de um processo de impeachment de ministro da Corte.
“A decisão também tenta afastar a relevância do discurso do impeachment de ministros na campanha do ano que vem”, acrescentou esse ministro do STF.
Em sua decisão, Gilmar afirmou que “a intimidação do Poder Judiciário por meio do impeachment abusivo cria um ambiente de insegurança jurídica, buscando o enfraquecimento desse poder, o que, ao final, pode abalar a sua capacidade de atuação”.
Para um outro integrante do STF ouvido pelo blog – e que concorda com Gilmar –, a ideia subjacente à decisão é que “impeachment de ministro não pode eleger senador”.
A liminar de Gilmar suspende um dispositivo da lei do impeachment, de 1950, que prevê que é “permitido a todo cidadão denunciar perante o Senado Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República, pelos crimes de responsabilidade que cometeram”. Segundo ele, esse trecho é inconstitucional. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também opinou nesse sentido.
Para o ministro, a competência para oferecer denúncia por crime de responsabilidade contra os integrantes do STF deve ser apenas do procurador-geral da República.
Conforme informou o blog, a decisão de Gilmar inviabilizou a tramitação dos 33 pedidos de impeachment protocolados no Senado somente neste ano, apresentados por cidadãos comuns e parlamentares. O ministro Alexandre de Moraes é o alvo da maioria deles.
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Por Rinaldo Remígio*
Há perguntas que não pedem licença. Invadem a mente, cutucam a consciência e se impõem como um incômodo necessário. A que me veio à cabeça, depois de ler as últimas notícias, é simples e devastadora: Em que situação está o nosso país?
O Brasil parece caminhar, dia após dia, em direção a um abismo ético onde o absurdo já não causa espanto. A nação inteira paga um preço alto quando um dos órgãos mais importantes da República — o INSS, responsável pela dignidade de milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas — é comandado por gestores que mais representam um dano do que uma solução.
Li recentemente, em alguns blogs:
Leia maisO ex-presidente do INSS durante a gestão Lula não recebia uma “mesada” de 250 mil reais, mas sim de 500 mil reais mensais. Meio milhão. Todo mês. E não era um salário, não era uma bonificação, não era mérito. Eram pagamentos paralelos, clandestinos, revelados pela Polícia Federal durante a CPMI. Não bastasse isso, outro gestor, o ex-coordenador-geral de pagamentos e benefícios, deixou o depoimento direto para a prisão, depois de nove horas de evasivas, contradições e silêncio estratégico.
É de cortar o coração ver que a instituição encarregada de amparar o trabalhador virou, na mão de alguns, um balcão de negociatas. E aqui faço questão de dizer: alguns. Porque há servidores sérios, dedicados, massacrados por dentro por verem o nome da casa manchado por quem deveria honrá-la.
Mas o fato é que, diante de tantos escândalos, fica impossível não repetir, quase como um desabafo coletivo: que situação está o nosso país?
Como esperar que as contas fechem, que o povo confie, que o Estado funcione, se, onde deveria haver zelo, há descontrole; se, onde deveria existir ética, floresce a esperteza criminosa; se, onde o cidadão comum aguarda por meses um benefício legítimo, outros, lá dentro, se fartam com cifras milionárias?
Não podemos naturalizar isso. Não podemos aceitar que a corrupção vire paisagem. O Brasil é maior do que seus maus gestores. A população que levanta cedo, paga impostos, enfrenta filas, sofre na pele a morosidade do INSS, não merece ser tratada com tamanho descaso.
O episódio desta semana é mais um alerta — mais um entre tantos. Um sinal de que precisamos urgentemente reconstruir a confiança, revisar nossas escolhas, cobrar rigor, exigir transparência e responsabilização. O país não tem mais espaço para “jeitinhos” em gabinetes; o povo já paga caro demais.
Sim, temos problemas antigos. Sim, a política brasileira carrega suas velhas doenças. Mas também temos homens e mulheres de bem, instituições que funcionam e uma sociedade que, quando quer, muda destinos.
E é justamente por isso que essa pergunta precisa ecoar:
Em que situação está o nosso país?
A resposta — dura, mas necessária — é que estamos num ponto em que não dá mais para fingir que está tudo normal. Mas também num ponto em que ainda é possível virar o jogo.
Para isso, é preciso olhar de frente, sem paixão partidária e sem fanatismo, para o que está errado. E ter coragem de corrigir.
Porque o Brasil merece — e pode — ser muito melhor do que aquilo que alguns insistem em fazer dele.
Professor universitário aposentado, administrador, contador (FACAPE-Petrolina-PE) e mestre em economia (UFC-Fortaleza-CE)*
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O Hospital Memorial Arcoverde anunciou que o setor de Hemodinâmica deverá entrar em funcionamento em janeiro de 2026. A unidade integra a reforma atualmente em andamento e permitirá a realização de exames e procedimentos cardíacos no próprio município, evitando deslocamentos para outras cidades.
O projeto de modernização inclui também a implantação de Cirurgia Cardíaca, Ressonância Magnética, ampliação da Emergência e duplicação da UTI, que passará a contar com 10 leitos destinados ao SUS. “Com a celebração dos 30 anos, estamos projetando um futuro com mais tecnologia, mais especialidades e mais acesso. A Hemodinâmica marca um novo patamar para o atendimento cardiovascular no Sertão, e a nova UTI SUS reforça nosso compromisso com a saúde pública”, destacou o diretor da unidade, Rafael Lucena.
A oposição no Senado articula uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que garante competência à Casa para denunciar e analisar crimes de responsabilidade de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
O texto em articulação é uma resposta à decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que deu liminar para que apenas a PGR (Procuradoria-Geral da República) possa pedir o impeachment de ministros da Corte. As informações são da CNN.
Leia maisA decisão do decano da Corte suspende trecho de uma lei de 1950 que previa a prerrogativa para qualquer cidadão brasileiro apresentar pedidos do tipo. A liminar ainda será analisada pelo plenário em julgamento virtual, entre os dias 12 e 19 de dezembro.
A Constituição já prevê que cabe ao Senado “processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade”.
De acordo com o senador Cleitinho (Republicanos-MG), que articula a nova PEC, o texto constitucional não “indica expressamente quem poderia provocar o Senado”.
Por isso, a proposta mira “conferir maior clareza e segurança jurídica ao processo de responsabilização de ministros do Supremo Tribunal Federal, ao explicitar quem possui legitimidade para apresentar denúncia e qual o quórum necessário para sua admissibilidade no Senado”.
O texto proposto determina que a denúncia contra ministros do STF poderá ser apresentada por qualquer cidadão ou por senador da República. A admissibilidade da denúncia será analisada pelo Senado Federal e exigirá, para sua aprovação, quórum de maioria simples, ou seja, o voto de mais da metade dos senadores presentes.
Para ser protocolada e começar a tramitar, a PEC precisa do apoio de no mínimo 27 senadores. Cleitinho espera protocolar a proposta até quinta-feira (4) e afirma já ter reunido mais de 20 assinaturas.
Só neste ano, foram protocolados no Senado 33 pedidos de afastamento de ministros do STF, apresentado
A decisão de Gilmar motivou críticas de integrantes da oposição na Câmara e no Senado. Para os parlamentares, há uma interferência em competências do Legislativo e um movimento de “blindagem” da Corte.
Em entrevista coletiva de parlamentares da oposição nesta tarde, o líder do grupo na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que uma outra PEC sobre o rito de impeachment de ministros está sendo articulada na Casa. Para ser protocolada na Câmara, uma PEC precisa do apoio de 171 deputados.
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O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de limitar apenas à Procuradoria-Geral da República (PGR) a possibilidade de denunciar ministros da Corte.
A decisão ainda precisa ser referendada pelos demais ministros da Corte. O STF anunciou que isso deve ocorrer, em plenário virtual, entre 12 e 19 de dezembro.
“Uma decisão que tenta usurpar as prerrogativas do poder Legislativo. Manifesto que esta presidência recebe com muita preocupação o conteúdo da decisão monocrática da lavra do ministro Gilmar Mendes”, disse Alcolumbre no plenário do Senado. As informações são do g1.
Leia maisA decisão do ministro foi divulgada no começo da manhã desta quarta-feira (3) em resposta a dois processos, movidos pelo partido Solidariedade e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que tratam sobre o mesmo tema: artigos específicos da Lei do Impeachment, de 1950.
A decisão restringe a atuação política e parlamentar contra ministros do STF. Deputados e senadores não podem mais formalizar denúncias contra ministros. Ainda cabe aos senadores, porém, julgá-los.
Segundo Alcolumbre, a escolha feita pelos legisladores em 1950 deve ser respeitada.
“Eventuais abusos no uso desse direito não podem levar a anulação desse comando legal. Muito menos, repito, muito menos, por meio de uma decisão judicial. Somente uma alteração legislativa seria capaz de rever os conceitos puramente legais, sob pena de grave ofensa constitucional a separação dos poderes”, afirmou ele.
O presidente do Senado lembrou que tramita no Senado projeto que estabelece novo marco legal para os crimes de responsabilidade e também um texto que altera o regime das chamadas decisões monocráticas – como a tomada hoje por Mendes.
“Não é, no mínimo razoável, que uma lei votada nas duas casas legislativas e sancionada pelo presidente da República seja revista por um único ministro do STF”, concluiu Alcolumbre.
Apoio de senadores
Senadores apoiaram a manifestação de Alcolumbre. O líder do MDB Eduardo Braga (AM) reforçou o argumento do Alcolumbre de que a lei não poderia ser revista por decisão judicial.
“Eu quero fazer uma apelo ao STF do nosso país, que este princípio constitucional da nossa democracia, a harmonia e independência dos poderes, possa ser reestabelecido. E possa a ser reestabelecido pela maioria dos seus membros, a tempo de nós podermos evitar uma crise institucional profunda que trinque um cristal que não pode ser trincado”, disse.
Já o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), reafirmou que a decisão de Mendes configurava uma invasão das prerrogativas do Senado.
“A atitude de Vossa Excelência hoje, me parece que pode ser, e deve ser, e nós vamos trabalhar pra ser, uma retomada. Nós temos que nos reafirmar como poder”, disse, se dirigindo a Alcolumbre.
Decisão sobre a Lei do Impeachment
Não existe previsão constitucional de impeachment para ministros do STF. No entanto, a Constituição Federal diz que compete ao Senado processar e julgar ministros do STF quanto a crimes de responsabilidade.
São exemplos de crimes de responsabilidade: proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa; exercer atividade político-partidária; ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo; proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções. As punições previstas são a perda do cargo, e a inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública.
Tais crimes são definidos na chamada Lei do Impeachment. Antes, a norma previa que qualquer cidadão, parlamentar ou não, poderia denunciar os ministros do Supremo e o procurador-geral da República, por eventuais crimes de responsabilidade que cometerem.
Mas, com a decisão de Gilmar Mendes, esse artigo que prevê o pedido de abertura de impeachment por qualquer pessoa fica suspenso.
Outras regras
A decisão do ministro responde a dois processos, movidos pelo partido Solidariedade e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que tratam sobre o mesmo tema: artigos específicos da Lei do Impeachment.
A decisão também altera o quórum para a abertura de um processo. Gilmar Mendes alterou o trecho que previa maioria simples (metade mais um), e decidiu que as decisões sobre o tema devem ser tomadas em maioria qualificada: ter aprovação de dois terços do total de senadores.
Também ficou decidido que o teor das decisões judiciais, ou seja, o entendimento dos ministros sobre algum caso, não pode ser usado como argumento em um processo para apurar eventual crime de responsabilidade.
Em outras palavras, um juiz pode tomar decisões que gerem discordância. Mas o mérito (conteúdo jurídico da decisão) não pode ser usado como base para acusá-lo de crime de responsabilidade.
Além disso, em caso de absolvição em um processo por crime de responsabilidade, não há mais garantia automática de que ele retornará às funções e receberá o salário referente ao período em que esteve fora do cargo, algo que estava previsto na lei.
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A Prefeitura de Goiana apresentou, nesta quarta-feira (3), o Programa de Aceleração do Crescimento do município (PAC Goiana), plano que reúne ações, obras e investimentos direcionados ao desenvolvimento econômico e social da cidade. O lançamento ocorreu no auditório do Hotel Go Inn, com participação de representantes da gestão municipal, vereadores e do Banco do Brasil. A proposta prevê intervenções de grande porte voltadas a infraestrutura urbana, saúde, educação, mobilidade, assistência social, turismo, esporte e cultura.
Com estimativa de R$ 1 bilhão em investimentos, o PAC Goiana projeta R$ 300 milhões de recursos próprios e aproximadamente R$ 700 milhões em captação externa por meio de operações de crédito. Durante a apresentação, foram destacados indicadores que colocam o município entre os mais relevantes de Pernambuco, como o PIB superior a R$ 10 bilhões, o crescimento populacional recente, a produtividade industrial e a manutenção da nota A na CAPAG, condição que facilita o acesso a financiamentos em condições favoráveis.
O plano inclui obras estruturadoras como a construção do Hospital Municipal, dois Complexos de Cidadania, um Complexo Esportivo, três pátios de eventos, 11 novos equipamentos de saúde e a requalificação de espaços públicos, mercados e áreas de convivência. Também contempla obras viárias, entre elas, o acesso principal de Goiana, a ampliação da alça BR-101/PE-62/PE-75 e ações de pavimentação e recapeamento, além da implantação de sistema de videomonitoramento. O município ainda prevê investimentos nas áreas produtivas, incluindo melhorias logísticas, expansão da infraestrutura dos distritos industriais e ações para fortalecer o turismo, com foco no Centro Histórico.
“Esse já é considerado o maior pacote de investimentos do município”, destacou o prefeito Marcílio Régio durante o lançamento. Ele também ressaltou o papel do Legislativo na construção do programa, afirmando que “os vereadores terão papel fundamental indicando obras estruturantes e participando da concepção desse programa, que nasce com garantias e capacidade real de execução”.
Acabou há pouco, em Caruaru, a apresentação do meu livro “Os Leões do Norte” durante a última assembleia do ano do Comagsul, o consórcio de prefeitos da Mata e do Agreste Sul. Atendi ao convite do presidente do órgão, o prefeito de Afrestina, Josué Mendes (PSB), e compartilhei com gestores municipais a importância da obra como manual de pesquisa já adotado em diversas escolas do Estado. Foi um encontro marcado pelo debate sobre história, gestão pública e memória política de Pernambuco.

Prestigiaram a apresentação o prefeito Marivaldo Pena (PSB), de Altinho; a vice-prefeita de Agrestina, Carmen Miriam (União Brasil), acompanhada do assessor Aldroaldo Andrade; e o vice-prefeito de Maraial, André Popular (PSD).



Do Legislativo, estiveram presentes os vereadores de Quipapá Zé do Gás (Republicanos), Maurício de Gilda (PSB) e Irmão Nino (Republicanos).

Também participaram Ricardo Alencar e Socorro Sobral, da Editora Trato; Léo Bulhões, presidente do PT em Caruaru; e o advogado Roberto Raimundo.

A agenda segue amanhã (quinta, 31), às 10h, em Bonito, no Colégio Paulo Viana de Queiroz, com apoio do prefeito Rui Barbosa (PSB). Na sexta-feira (1º), encerro o circuito semanal em Catende, às 10h, na quadra da Escola Álvaro do Rêgo Barros, com apoio da prefeita Dona Graça.

“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.
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A Câmara presidida por Hugo Motta confirma a advertência amarga do icônico, saudoso deputado Ulisses Guimarães: cada novo Congresso consegue ser ainda pior que o anterior
Por Zé Américo Silva*
O icônico, o saudoso deputado Ulisses Guimarães, homem cuja biografia se confunde com a redemocratização brasileira, deixou uma frase que hoje ressoa como maldição: “se você acha este Congresso ruim, espere o próximo”. Não havia esperança ali. Não havia promessa de melhora. Era um aviso amargo, quase profético, sobre a lenta e contínua degradação da política brasileira. E, diante da atual Câmara dos Deputados, presidida pelo frágil e vacilante Hugo Motta, percebe-se que não era um exagero retórico: era uma praga anunciada, que hoje se cumpre sem pudor, sem resistência e sem vergonha.
A Câmara vive um dos momentos mais deprimentes de sua história. Não apenas convive, mas tolera, protege e financia parlamentares foragidos, condenados e autoexilados que continuam a constar como deputados federais, mantendo gabinetes, assessores e salários integralmente pagos pelo povo brasileiro. Carla Zambelli, condenada pela Justiça brasileira e detida na Itália, segue formalmente deputada, beneficiada por manobras regimentais que empurram com a barriga o inevitável.
Leia maisAlexandre Ramagem, condenado por tentativa de golpe de Estado, também segue listado como parlamentar, aguardando decisões que a Mesa Diretora insiste em não tomar. E há ainda Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, já condenado por participação nos atos golpistas.
Eduardo se autoexilou nos Estados Unidos e continua a receber salários e mantém um gabinete com vários assessores sem trabalhar. Bananinha – como é apelidado – orquestrou uma série de ataques ao seu país e hoje é processado por atentar contra a soberania nacional e segue protegido pelo guarda-chuva político que transforma mandatos em escudo contra a Justiça.
O problema não é apenas a existência desses casos, é o comportamento da presidência da Câmara. Hugo Motta demonstra, dia após dia, que não tem liderança, autoridade ou coragem para enfrentar interesses que sequestram a instituição. Protelar virou método. Adiar virou estratégia. A omissão virou norma.
Enquanto isso, deputados condenados continuam custando centenas de milhares de reais aos cofres públicos todos os meses, como se ainda representassem o povo, como se ainda cumprissem mandato, como se ainda honrassem o juramento constitucional. Não honram. E a Câmara, ao mantê-los, também não honra.
Mas a deterioração não é apenas moral — é também política. A maioria dos deputados atuais atua de forma explícita em defesa dos interesses das elites econômicas. Fazem escândalo para proteger isenções e privilégios, mas recuam vergonhosamente diante da taxação de grandes fortunas.
Rejeitam tributar as empresas de apostas esportivas, as chamadas bets, que movimentam bilhões sem contrapartida social. Blindam fintechs que lucram em cima da precariedade financeira da população. É um Congresso que diz muito, promete tudo e entrega quase nada ao cidadão comum. Um Congresso que opera como escritório avançado dos setores mais ricos, mais influentes e mais blindados do país.
É esse o Parlamento que Hugo Motta lidera — ou finge liderar. Um Parlamento que já presenciou até a mesa diretora ser invadida por deputados insatisfeitos, impedindo o próprio presidente de se sentar. Uma cena simbólica, quase didática, sobre a completa perda de autoridade política.
Um presidente que não controla a Casa, que não controla a pauta e que se mostra incapaz de tomar decisões elementares, como declarar a perda de mandato de quem já perdeu qualquer condição mínima de permanecer no cargo.
Por tudo isso, a frase de Ulisses não é um aviso distante, mas uma constatação atual. Ele não exagerou. Ele antecipou. O Congresso de hoje é a confirmação de sua amargura: cada novo Parlamento tem conseguido ser moralmente inferior ao anterior. O que vemos agora não é desvio isolado, é sistema.
Não é crise temporária, é deterioração estrutural. E enquanto a Câmara continuar acobertando réus, foragidos e condenados, e continuar legislando em favor dos mesmos grupos que sempre lucraram com o atraso do país, o Brasil seguirá pagando a conta — financeira, institucional e democrática — dessa praga que ainda nos assombra.
Ulisses tinha razão. O próximo Congresso seria pior. E foi. E continua sendo. E, se nada mudar, o próximo será pior ainda.
*Zé Américo Silva é jornalista e pós-graduado em Gestão da Comunicação Integrada
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