A Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde (AESA) enfrenta uma grave crise de credibilidade e gestão após a divulgação de uma nota institucional que tenta justificar o convênio com o Programa Universidade para Todos em Pernambuco (PROUPE). A nota, que afirma a manutenção dos convênios e bolsas, gerou revolta entre os estudantes, que alegam estarem sendo prejudicados por cortes indevidos e falta de transparência no Governo Zeca Cavalcanti.
De acordo com relatos, os alunos estão recebendo apenas metade do valor da bolsa, que deveria ser de R$ 500,00, valor essencial para custear transporte, alimentação, taxas de matrícula e materiais escolares. A denúncia mais grave é de que a AESA estaria informando ao programa PROUPE valores reduzidos da mensalidade, o que limita o repasse e obriga os estudantes a arcarem com valores que deveriam ser cobertos integralmente pela bolsa.
Leia maisA estudante Hellen Cardoso relatou, nas redes sociais, que a instituição declarou uma mensalidade inferior a real. “Minha mensalidade custa R$ 413,00, e eu tenho direito à bolsa de R$ 500,00. Mesmo assim, a AESA declarou ao PROUPE que minha mensalidade era de apenas R$ 206,00, e agora preciso pagar a diferença do próprio bolso. Estamos sendo prejudicados, sem explicações, sem clareza, no escuro”, disse.
Outro estudante, Anderson Tavares, afirmou que o problema não é apenas a retirada do auxílio do município, mas a falta de comunicação e o impacto direto na vida dos alunos. “Inventaram de retirar o desconto de última hora, faltando dias para a rematrícula, e sequer avisaram ao PROUPE. A irresponsabilidade com os estudantes é absurda.”
Diante da indignação coletiva, os estudantes divulgaram uma Nota de Repúdio, assinada por representantes da AESA, exigindo providências imediatas. No texto, acusam a atual gestão da autarquia de ser omissa, sem diálogo, e afirmam que a situação está “desmoralizando a instituição e colocando em risco a permanência de uma geração inteira no ensino superior”.
A nota também faz apelos à governadora Raquel Lyra e ao prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti, para que intervenham e garantam a integralidade do pagamento da bolsa, fiscalizem os repasses e responsabilizem a administração da AESA.
“Não aceitaremos justificativas vazias, nem promessas não cumpridas. Exigimos respeito, justiça e ação concreta. Nossa luta é por dignidade, por permanência e por um futuro em que a educação pública seja tratada com a seriedade que merece”, finaliza a carta dos estudantes.
A crise no repasse do PROUPE em Arcoverde se tornou símbolo de um problema maior: a desconexão entre a gestão educacional e as necessidades reais dos estudantes. O silêncio da administração Zeca diante das denúncias só aumenta a pressão social por respostas e soluções urgentes.
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