O turismólogo Braulio Moura, em um vídeo curto e didático postado em suas redes sociais, explica um pouco da história da Praça Chora Menino, uma das mais famosas e emblemáticas do Recife, localizada no bairro da Boa Vista.
Confira:
O turismólogo Braulio Moura, em um vídeo curto e didático postado em suas redes sociais, explica um pouco da história da Praça Chora Menino, uma das mais famosas e emblemáticas do Recife, localizada no bairro da Boa Vista.
Confira:
Em vídeo publicado há uma semana pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, a colunista relaciona a operação da Polícia Federal contra a chamada “máfia do INSS” ao sigilo de 100 anos imposto pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sobre visitas de Antônio Camilo Antunes — conhecido como “careca do INSS” — à Casa. Segundo ela, a ação ajuda a esclarecer por que as informações foram mantidas sob segredo.
“A Polícia Federal prendeu o número dois do Ministério da Previdência, [Adroaldo da Cunha Portal], por envolvimento na máfia do INSS e tá mirando também o senador Weverton Rocha, que além de ter muita influência no ministério, é também vice-líder do governo Lula”, afirma Malu. Para a jornalista, além de escancarar a ligação do senador com o esquema, a operação lança luz sobre o bloqueio de dados determinado por Alcolumbre.
Malu lembra que, desde o início da CPI do INSS, em agosto, já se sabia que Antônio Camilo Antunes mantinha relação próxima com políticos de diferentes níveis. “Pra conseguir organizar um esquema de descontos ilegais que desviou mais de 6 bilhões de reais dos aposentados, ele precisava de muita gente operando pra ele em Brasília”, diz. Segundo ela, a CPI buscava saber “com quem o careca falava, com quem ele fazia negócios, pra tentar saber quem ele pagava”, mas o acesso foi barrado pelo presidente do Senado, que decretou sigilo total sobre as visitas.
De acordo com a PF, ainda segundo o relato, “o Everton Rocha era o sustentáculo político e sócio oculto da organização criminosa que roubou os aposentados”. O número dois da Previdência teria sido chefe de gabinete do senador, e o filho dele continuava trabalhando no mesmo gabinete. Malu afirma que o senador também recebia dinheiro da quadrilha e utilizava um jatinho do operador do esquema, além de atuar como braço direito de Alcolumbre no Senado.
O professor, escritor, cientista político e sociólogo Antônio Lavareda será o entrevistado do último podcast do ano Direto de Brasília, na próxima terça-feira. O programa é uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, com transmissão para 165 emissoras no Nordeste.
Lavareda é pioneiro no Brasil nos estudos teóricos e na utilização de ferramentas de neuropolítica, mestre em Ciência Política e em Sociologia. É também um dos consultores mais bem-sucedidos em campanhas eleitorais no País, craque em pesquisas e análises de cenários eleitorais nacionais e internacionais.
Leia maisÉ também advogado, jornalista, mestre em sociologia e doutor em ciência política, senior fellow do CEBRI, conselheiro do PNUD da ONU, coordenador do Observatório Febraban, conselheiro do COPS da Associação Comercial de São Paulo, diretor Geral do Barômetro da Lusofonia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, presidente do conselho científico do IPESPE, presidente de honra da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais e comentarista eleitoral da CNN.
O podcast tem a participação dos jornalistas José Maria Trindade, da Jovem Pan Brasília; Marcelo Tognozzi, do Poder360; Rudolfo Lago, do Correio da Manhã; Betânia Santana, da Folha de Pernambuco; Heron Cid, do site MaisPB; Arnaldo Santos, da revista Mais Nordeste, de Fortaleza; Felipe Klisma, da Rede de Rádio ANC, do Ceará; Orlando Pontes, do jornal Brasília Capital, e Ângelo Girotto, do jornal O Potengy, do Rio Grande do Norte.
Na pauta, a prisão de Bolsonaro, os escândalos do INSS e do Banco Master, o Governo Lula, as pesquisas de intenção de voto para presidente, o golpe no orçamento da União dado pelo Congresso, através das emendas e do inflado fundo eleitoral, além de outras cositas mais, como a iniciativa do senador Alessandro Vieira de colher assinaturas para investigar o contrato do banco Master com a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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Por Betânia Santana – do Blog da Folha
O momento é de reforçar a fé e a tradição com a 67ª Missa do Vaqueiro, celebrada no último domingo do ano, em Floresta, Sertão de Itaparica. Mas o município pernambucano, a 435 quilômetros do Recife, já respira 2026.
Políticos espalharam outdoors para saudar o novo ano e a cerimônia religiosa, que coincide com as homenagens ao padroeiro. A festa do Bom Jesus dos Aflitos começou dia 22 e se estende até o dia 31.
Leia maisRaquel Lyra
E neste domingo vários deles devem marcar presença na celebração. A governadora Raquel Lyra (PSD) já confirmou. O deputado federal e pré-candidato ao Senado, Eduardo da Fonte (PP) chegou a Floresta no sábado à noite. Serão recebidos pela prefeita, Rorró Maniçoba (PP), e pelo secretário de Turismo e Lazer do estado, o deputado licenciado Kaio Maniçoba (PP).
Os anfitriões também devem recepcionar o prefeito de Carnaubeira da Penha, Elizio Soares Filho, o Elizinho (eleito pelo PSDB, mas hoje filiado ao partido da governadora, o PSD); o ex-prefeito de Itacuruba Bernardo Maniçoba; o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco, Marcelo Gouveia (Podemos),e outros líderes políticos da região.

“Neste domingo Floresta estará em festa. Nós temos a maior e melhor Missa do Vaqueiro do nosso estado, que conta com o apoio da nossa governadora, da prefeita Rorró e de todo o nosso grupo político”, destacou Kaio Maniçoba.
A festa teve início com concentração e café da manhã dos vaqueiros, a partir das 6h, ao lado do Parque das Caraibeiras. Às 8h, eles começaram a desfilar pelas ruas da cidade. A missa campal está prevista para as 10h, no Parque de Exposição, e terá participação do Coral de Aboio de Serrita. Haverá programação durante todo o dia.
“A festa começa cedo e vai até meia-noite. Com muita alegria, muito desfile, muita música e muita política. Vai ser um domingo animado”, admite o secretário e deputado licenciado Kaio Maniçoba.
João Campos
Embora apareça em outdoors espalhados pela cidade, a assessoria do prefeito da capital, João Campos (PSB), não confirmou a presença dele ao evento. A agenda em Floresta coincidiu com o início da Virada Recife, o pré-réveillon, com shows gratuitos no sábado (27), neste domingo e na próxima quarta-feira (31), na Praia do Pina, Zona Sul da cidade.
Mas aliados estarão na programação, entre eles, o deputado estadual Fabrizio Ferraz (Solidariedade), que atua na região e recentemente deixou a base da governadora Raquel Lyra para apoiar o projeto de João Campos; e o conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) Rodrigo Novaes, filho de Floresta, e que, mesmo sem mandato, mobiliza pelo segundo ano o grupo “Respeita minha história”, prometendo reunir duas mil pessoas.
Também já garantiram presença na festa o ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato ao Senado, Miguel Coelho (União), e o deputado federal Pedro Campos (PSB).
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A cerimônia para celebrar os três anos do Memorial da Democracia de Pernambuco acontece amanhã, das 16h às 18h, no Memorial da Democracia Fernando de Vasconcellos Coelho, localizado no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. O evento reúne representantes da sociedade civil e marca a consolidação do espaço como referência na preservação da memória e na defesa da democracia. A entrada é gratuita.
Durante a programação, será lançado o livro “Utopias e Novos Direitos”, coordenado pelos professores Manoel Moraes e Carol Ferraz, e entregue a petição de amicus curiae na ADPF 320, o Caso Rubens Paiva. Elaborado pela Cátedra Dom Helder Câmara e encabeçado pelo Centro das Mulheres do Cabo, o documento destaca a justiça de transição a partir das violações sofridas por mulheres, crianças e adolescentes durante a ditadura brasileira.
Macondo, a cidade fictícia de Gabriel García Márquez, da sua obra-prima “Cem anos de solidão”, é um lugar mítico, com elementos de realismo mágico e eventos que misturam o fantástico com o cotidiano, inspirado em parte na cidade natal dele, Aracataca. Foi em Aracataca que o genial García Márquez viveu a sua infância e adolescência, absorvendo histórias e tradições.
Aracataca nunca saiu do seu imaginário, tampouco do seu coração, como Itabira nunca foi varrida dos pensamentos de Carlos Drummond de Andrade. Se Itabira, para Drumond, foi o retrato pendurado na parede corroendo o seu coração, efervescência da sua alma, Aracataca, para Márquez, foi mais do que o lugar em que nasceu.
Leia maisFoi a fonte vital de suas histórias, transformando suas memórias e a realidade de sua terra natal no universo mágico e universal de suas obras. O escritor colombiano cresceu ouvindo lendas e histórias da sua cidade contadas por seus avós maternos. Borboletas amarelas são vistas por toda a cidade, referência a uma de suas famosas imagens literárias.
A casa em que viveu quando criança foi transformada em um museu repleto de móveis originais, incluindo o berço onde dormiu. Afogados da Ingazeira, encravada no poético chão de vidas secas do lendário Pajeú, é a minha Aracataca, repositório de memórias que nunca se vão.
Estamos bem próximos de celebrar mais uma virada de ano e isso me traz muitas lembranças vivas. No último dia do ano, nos primeiros raios de sol, acordava com a retreta passando na janela do meu quarto. De pijama, corria para a varanda e, emocionado, batia continência para os retreteiros.
Com a sua cultura nostálgica, era a cidade se despedindo do ano que se ia, saudando o ano que chegava. À frente, o maestro Dinamérico Lopes, com seu trompete inseparável. A bandinha era composta de gênios. Guaxinim era um deles, com seu saxofone. Mestre Biu, outro saxofonista de ouro. No carnaval, eles se juntavam a Lulu Pantera, Zé Pilão, Zé Malaia, Chico Vieira e Carrinho de Lica, além de tantos outros para animar nossos quatro dias de folia no Acaí, o Aero Clube de Afogados da Ingazeira.
Isso mesmo! A cidade tinha um aeroclube sem nunca ter ali pousado sequer um monomotor. Festa do dia de ano no Sertão, o réveillon dos sofisticados da capital, era dia de muita labuta para meus pais Gastão e Margarida. Comerciante, papai só fechava a loja perto de meia-noite. O apurado valia a pena.
A matutada comprava de tudo, de perfume quebra no beco a botão e birilo, que se chamava também de friso. Eu e Marcelo, irmão encostado, como se dizia por lá, vendíamos bolas de sopro na movimentada rua defronte a miudeza de papai. De tanto encher as bolinhas soprando, ficávamos de berço inchado.
Depois, papai nos dava um trocadinho para brincar no carrossel, na canoa e na roda gigante. Nosso mundo encantado se completava com as guloseimas vendidas nas barracas em torno do parque: tubiba, cordão doce, cachorro quente e caldo de cana.
Mamãe, por sua vez, se encarregava de nossas vestimentas para entrar o ano bem arrumado. As roupas eram feitas pela tia Zezinha, costureira de mão cheia, cuja casa ficava por trás do prédio da Prefeitura. Tinha piedade dela. Coitada! Afinal, só da nossa prole ela costurava para nove almas vivas — cinco homens e quatro mulheres. Tudo igual. Ninguém podia destoar, ter um traje diferente do outro. Eram os pares de jarro. Os homens, de short até o joelho e camisa marrom. As mulheres, vestidinho branco.
Fim de ano era tempo também dos primeiros amores. Meus irmãos mais avançados no tempo paqueravam em torno do coreto ouvindo Waldick Soriano e Núbia Lafayette num sistema de som instalado próximo à praça, que a gente chamava de difusora. À meia-noite, dom Francisco Mesquita, o bispo vermelho, celebrava a missa do galo, com sermões comunistas, tacando o cacete no governo.
Havia também o pastoril, uma guerra do azul contra o vermelho. O pastoril tem origem em Portugal, ligado ao teatro popular ibérico medieval e aos presépios, sendo trazido ao Brasil pelos jesuítas no século XVI como um folguedo natalino que dramatiza a jornada das pastorinhas a Belém para adorar Jesus, evoluindo no Nordeste brasileiro com danças, cantos, personagens cômicos (como o Velho) e a disputa entre o cordão azul e o encarnado.
Papai e Aderval Viana, empresário rico da cidade, rivalizavam. Era o tudo ou nada. Fatinha e Aninha, minhas irmãs dançarinas do cordão azul, enlouqueciam papai. Ele saía recolhendo vintém por vintém para derrotar Viana, do encarnado. Quando não havia solidariedade por parte dos adeptos do azul, ele bancava sozinho. Era questão de honra derrotar seu Aderval Viana.
Enquanto isso, em torno de uma mesa farta, papai discursava saudando o ano novo. Já cansado do dia longo de trabalho, fazia questão de deixar suas admoestações. Com ele, aprendemos tudo. Embora apaixonado pelos filhos, era implacável: “Enquanto viveres debaixo do meu teto, farás o que eu mando”, dizia. E aí de quem o contrariasse!
Nos ensinou que dinheiro não cresce nas árvores, é fruto do nosso suor. Um pai é alguém para se orgulhar, para se agradecer e, especialmente, para se amar, também nos ensinou. Para nós, papai foi espelho, proteção, benção e conselho. Com ele e com o tempo, compreendi que um pai não é uma âncora para nos prender, nem uma vela para nos levar, mas uma luz orientadora cujo amor nos mostra o caminho.
Em “Cem anos de solidão”, há um trecho no qual Gabriel García Márquez narra que, anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía lembrou-se daquela tarde distante em que seu pai o levou para descobrir o gelo. “As estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance neste mundo”, concluiu.
O ano novo vem aí, está batendo à nossa porta. Não vou ver a retreta me acordando em Afogados da Ingazeira com os acordes de seu Dino. Não vou encher bola de sopro nem andar de roda gigante. Mas tudo isso me fez homem na vida, um cidadão humanitário e apaixonado pela vida.
De tudo, fica a lição da Aracataca de Gabriel, a Itabira de Drummond e a minha Afogados da Ingazeira: não importa aonde você vá, nunca vai poder escapar do seu destino. A vida não é o que a gente viveu, e sim o que se lembra e como se lembra para contar.
Não é verdade que as pessoas param de perseguir os sonhos porque elas envelhecem. Elas envelhecem porque param de perseguir sonhos.
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O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu manter a acareação determinada no inquérito que apura irregularidades envolvendo o Banco Master e rejeitou os embargos de declaração apresentados pelo BC (Banco Central). A oitiva esta marcada para a próxima terça-feira (30).
Na decisão, Toffoli afirma que nem a autoridade monetária nem o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, são investigados no caso e, por isso, não são alvos das medidas em apuração. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“Deixo de conhecer dos embargos, posto que nem a Autoridade Central Financeira Brasileira nem o diretor da Autarquia são investigados e, portanto, sujeitos das medidas já determinadas nos presentes autos”, escreveu o ministro.
Toffoli ressaltou ainda que, como o objeto da investigação envolve a atuação da autoridade reguladora nacional, a participação do Banco Central nos depoimentos e acareações é relevante para o esclarecimento dos fatos.
“Tendo em vista que o objeto da investigação tange à atuação da autoridade reguladora nacional, sua participação nos depoimentos e acareações entre os investigados é de especial relevância para esclarecimento dos fatos”, afirmou.
O ministro destacou também que a investigação apura tratativas relacionadas à cessão de títulos entre instituições financeiras, sob o escrutínio legal do Banco Central, e classificou como “salutar” a atuação da autarquia. “É salutar a atuação da autoridade reguladora nacional e sua participação nos depoimentos e acareações entre os investigados”, escreveu.
A audiência envolve Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília).
O Banco Central havia recorrido ao STF alegando falta de clareza sobre a condição em que Ailton de Aquino foi convocado para a acareação — se como testemunha, investigado ou pessoa ofendida — e sobre a possibilidade de acompanhamento por advogado.
Internamente, técnicos do BC avaliam que a decisão pode colocar fiscalizador e fiscalizados na mesma condição jurídica, o que motivou o recurso. A PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a pedir o adiamento da audiência, mas o pedido foi negado.
Daniel Vorcaro chegou a ser preso no curso das investigações, mas foi solto posteriormente por decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).
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Por Djnaldo Galindo*
Esses homens, que inventaram os números, inventaram também a passagem do ano. Puseram no relógio um instante falso em que tudo começa outra vez. Minhas árvores e meu cão não sabem desse conto.
O rei Sol no seu fabuloso ocaso segue o seu caminho sem pensar em antes ou depois. Só a casa, com seu calendário na parede, acredita nessa separação da noite. Mas eu, que sou apenas um a recusar essa ilusão, vejo a tolice e a verdade ao mesmo tempo. Vejo a mentira: o tempo não cai nem nas folhas que se rasgam de um bloco. Vejo o rito: a esperança no peito do homem de que um dia pode ser diferente do dia anterior.
Leia maisE talvez seja. Não porque o céu vire uma página, mas porque um homem, cansado de si, olha para trás como quem deixa um casaco velho e decide, num gesto simples da alma, andar mais leve a partir de qualquer manhã.
O ano não passa. Nós é que passamos. E nessa travessia, que é contínua, há um lugar inventado para respirar, para dizer: daqui em diante, serei mais eu, mesmo sabendo que o sol de amanhã é o mesmo sol que secou a roupa de ontem.
Assim seja. Celebro a ilusão útil. Aproveito a ponte que os homens construíram sobre o rio sempre igual das horas. E cruzo-a, não como quem muda de mundo, mas como quem tira o pó dos sapatos e sente, sob a sola, a terra nova — que sempre esteve lá — esperando por um passo mais consciente.
*Escritor
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Convidados VIPs do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, o prefeito de Surubim, Chaparral, e a prefeita de Casinhas, Juliana de Chaparral, pré-candidata a deputada federal, assistiram ao show do Frei Gilson, um megaevento católico que reuniu mais de 300 mil pessoas nas areias da Praia de Tambaú, em João Pessoa. Na foto, os prefeitos aparecem com o arcebispo da Paraíba, Dom Delson e Frei Gilson.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma cirurgia para bloquear o nervo frênico — que ajuda no movimento do diafragma — neste sábado (27), em Brasília. A equipe médica informou que será necessária outra intervenção na segunda-feira (29), também no hospital DF Star, onde se recupera da cirurgia.
Ele trata episódios de soluços que se tornaram mais fortes nos últimos dias. Os médicos Mateus Saldanha, Claudio Birolini, Brasil Caiado e Leandro Echenique disseram que Bolsonaro piorou depois da cirurgia de quinta-feira (25), quando corrigiu hérnias inguinais.
Leia maisConforme a equipe médica, Bolsonaro teve uma crise de soluço muito forte ontem e acordou abatido. Segundo os médicos, os remédios não resolveram o quadro e a equipe decidiu iniciar o bloqueio do nervo.
A primeira etapa atingiu o lado direito. “Hoje foi feito do lado direito e, na segunda-feira, faremos do lado esquerdo”, declarou Mateus Saldanha. Segundo ele, operar os dois lados ao mesmo tempo poderia trazer riscos. Por isso, dividiram o tratamento.

A expectativa é de que Bolsonaro fique sete dias internado. “Após a segunda cirurgia, pelo menos mais 48 horas. A depender da recuperação do paciente”, afirmou o médico Claudio Birolini. Ainda, o boletim da equipe médica indica que Bolsonaro “deverá seguir com fisioterapia para reabilitação, medidas de profilaxia de trombose venosa e cuidados clínicos”.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou nas redes sociais que o procedimento deste sábado terminou bem e que o ex-presidente voltou ao quarto depois da observação.
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Do Estadão Conteúdo
O volume de processos conduzidos pela advogada Viviane Barci de Moraes nas cortes superiores saltou de 27 para 152 ações após a posse de seu marido, o ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF). O crescimento expressivo concentra-se nos últimos oito anos, período que supera em cinco vezes o acumulado nos 16 anos anteriores à chegada do magistrado à cúpula do Judiciário, ocorrida em março de 2017.
Ao todo, 85% das ações em que a advogada atuou nessas instâncias foram autuadas depois que Moraes assumiu a cadeira na Corte. Levantamento realizado pelo Estadão aponta que esse movimento representa um aumento percentual de 463% na atuação do escritório da família Barci de Moraes em Brasília.
Leia maisA banca da família Barci de Moraes, da qual Viviane é sócia-administradora, foi aberta em 2004, mas a primeira atuação da advogada em Cortes superiores data de 2001, em um processo no STJ. Os dados mostram que, no STF, 22 dos 31 processos com atuação da advogada tiveram início após a posse de Moraes. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), no mesmo período, esse total chega a 130 de 148 casos.
Procurados, Viviane Barci e o gabinete do ministro Alexandre de Moraes não se manifestaram.
Enquanto o Supremo julga controvérsias constitucionais, o STJ atua como a principal instância de revisão das decisões da Justiça comum, responsável por uniformizar a interpretação das leis federais, o que resulta em uma concentração maior de recursos cíveis e empresariais nesta Corte.
Em alguns processos, a atuação de Viviane conta com a colaboração dos advogados Giuliana de Moraes e Alexandre Barci de Moraes, filhos do casal.
Entre os clientes da advogada estão empresas de grande porte e grupos empresariais com atuação em diferentes setores da economia. Viviane representa, por exemplo, a Santos Brasil, uma das principais operadoras do Porto de Santos, e o empresário brasileiro Jair Antônio de Lima, fundador de um dos maiores frigoríficos do Paraguai, o Frigorífico Concepción. Procurada, a Santos Brasil informou que não vai se manifestar.
Esse perfil de clientes inclui ainda grandes companhias do setor de serviços. Um dos representados pela advogada é a Qualicorp, que atua nas áreas de saúde e seguros.
Desde novembro, Viviane disputa em nome da Qualicorp com a SBA Corretora de Seguros e Benefícios um recurso em tramitação no STJ. A advogada venceu a ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas a parte contrária recorreu à instância superior.
A SBA alega que a Qualicorp rescindiu um contrato de comercialização de seguros e benefícios para associados, vinculados e integrantes da Associação Brasileira de Bacharéis de Direito (ABBDIR) sem pagar os valores devidos a título de comissão até o fim definitivo do vínculo entre as duas partes.
A gigante representada por Viviane afirma, por sua vez, que o contrato não era vitalício e poderia ser rescindido a qualquer momento, sem a necessidade de pagar o valor previsto para o restante do contrato. Ao vencer no TJSP, o escritório de Viviane fez jus a 15% de honorários sobre o valor da causa.
Os honorários advocatícios recebidos a partir de vitórias em processos judiciais ampliam, com uma porcentagem sobre o valor da causa, os ganhos geralmente elevados dos escritórios que atuam em tribunais superiores. Procurada, a Qualicorp não se manifestou.

Viviane também atua para empresas dos setores de construção e mercado imobiliário, entre elas a Savoy Imobiliária Construtora e a Centerleste Empreendimentos Comerciais.
Em uma das ações no STJ, a advogada defende as empresas em uma disputa que envolve a execução de uma dívida de R$ 15 milhões. A Corte rejeitou os recursos apresentados e manteve a possibilidade de cobrança imediata do valor, reconhecido pelas próprias rés na fase de liquidação da sentença. Procuradas, as duas empresas não se manifestaram.
O escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, liderado por Viviane, também representa pessoas físicas perante as mais altas instâncias do País. Um desses nomes é o do ex-servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) Paulo Rodrigues Vieira, que foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em 2012 sob suspeita de liderar uma organização criminosa infiltrada em órgãos públicos que vendia pareceres de agências reguladoras a empresas privadas.
Viviane representou Vieira em duas ações encerradas no STF — uma sob relatoria do ministro Dias Toffoli e outra relatada pela ministra aposentada Rosa Weber — e um caso também encerrado no STJ.
Nas ações no STJ e sob relatoria de Weber, a advogada apresentou recursos às Cortes superiores após decisões desfavoráveis ao seu cliente nas instâncias inferiores. Ele não foi encontrado para se manifestar.
Já na ação relatada por Toffoli, o cliente de Viviane constava apenas como intimado em um recurso apresentado por Rosemary Novoa Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo e amiga do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que chegou a ser denunciada por improbidade administrativa pelo Ministério Público (MP) por ligação com a quadrilha liderada por Vieira.
No STJ, a esposa de Moraes pleiteava a anulação de interceptações telefônicas de Vieira. O caso retornou ao tribunal de origem após análise da Corte. Rosemary Noronha não se manifestou.
Em outro caso de repercussão, a advogada atua na defesa do espólio do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia em uma ação de improbidade administrativa que discute um contrato firmado sem licitação em 1989, no valor de R$ 34 milhões, para a aquisição de sistemas de ensino.
A Justiça paulista declarou a nulidade do contrato e condenou os réus ao ressarcimento do dano ao erário, em montante ainda a ser apurado em liquidação. No STJ, os recursos foram considerados prejudicados por perda de objeto, sem análise do mérito, após sentença condenatória nas instâncias inferiores.
Atuação de familiares X legislação
A atuação de familiares de ministros como advogados em processos no STF não é vedada pela legislação. As regras, porém, impedem que um magistrado julgue ações em que parentes atuem, exigindo a declaração de suspeição e o afastamento do caso.
Em 2023, o STF flexibilizou essa regra ao decidir que juízes podem julgar processos em que as partes sejam clientes de escritórios nos quais atuam cônjuges ou parentes. A única exigência é que haja outra banca de advocacia representando a pessoa na ação.
A atuação do escritório de advocacia do qual Viviane Barci de Moraes e os dois filhos do ministro são sócios passou a ser alvo de questionamentos após a revelação de um contrato de R$ 129 milhões firmado com o Banco Master, instituição que acabou liquidada em meio a suspeitas de fraudes financeiras.
O caso envolvendo o Banco Master tramita no STF sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Em novembro, Toffoli foi alvo de questionamentos após viajar a Lima, no Peru, em um jato particular ao lado de um advogado ligado ao caso, durante a final da Taça Libertadores. Após a viagem, o ministro decretou sigilo dos autos e barrou o acesso da CPI do INSS a documentos obtidos com a quebra de sigilos bancário e fiscal.
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Uma lancha pegou fogo no início da tarde deste sábado (27) e deixou pelo menos cinco feridos no mar da Baía da Ribeira, em Angra dos Reis (RJ). O incêndio aconteceu próximo à região da Japuíba, por volta das 12h32.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver o momento em que a embarcação está em chamas. O incêndio provocou uma fumaça preta e densa. As informações são do portal g1.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital Municipal da Japuíba. Ao g1, a unidade médica informou que os pacientes foram atendidos, mas não há detalhes sobre o estado de saúde deles.
A Marinha do Brasil informou que uma equipe foi acionada para verificar a ocorrência. Até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre as circunstâncias do incêndio.
A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma tributária que amplia os benefícios fiscais para a compra de veículos por pessoas com deficiência (PCD). A proposta atualiza os limites de valores dos automóveis que podem contar com isenção de impostos, ampliando o acesso ao benefício.
Com a mudança, o teto para isenção total de IPI e ICMS sobe de R$ 70 mil para R$ 100 mil. Já os veículos com valor entre R$ 100 mil e R$ 200 mil passam a ter isenção de IPI e desconto no ICMS, conforme as regras estabelecidas por cada estado. Antes, a isenção parcial se limitava a carros de até R$ 120 mil. As informações são da Rádio Jornal PE.
A atualização busca adequar a política pública à realidade do mercado automotivo brasileiro, onde praticamente não existem mais carros novos abaixo de R$ 70 mil e são raras as opções automáticas por menos de R$ 100 mil. Com os novos limites, o público PCD poderá acessar mais versões, categorias e modelos com melhores níveis de conforto, segurança e tecnologia.
Segundo entidades do setor, a medida representa um avanço importante para a inclusão, a mobilidade e a autonomia das pessoas com deficiência. A isenção pode resultar em descontos de até 30% no valor final do veículo, considerando IPI, ICMS, IPVA — em alguns estados — e bônus oferecidos pelas montadoras. O projeto ainda precisa concluir as etapas finais de tramitação no Congresso antes de entrar em vigor.
