A Secretaria de Administração de Pernambuco publicou edital para a contratação de uma empresa de consultoria de engenharia, destinada à elaboração dos estudos e projetos complementares do componente ambiental do trecho Sul do Arco Metropolitano do Recife. O processo, de número 3445.2025.CCSAD II.CE.90008.DER-PE, abrange o Lote 2, que tem uma extensão de 45,72 km, ligando a BR-408, em Paudalho, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho.
O valor máximo estimado para a contratação é de R$ 1.269.312,00. A entrega das propostas deve ser feita até às 10h do dia 4 de abril de 2025. O edital completo está disponível no site www.compras.gov.br.
O Arco Metropolitano do Recife é uma obra de infraestrutura viária planejada para reduzir o tráfego na Região Metropolitana do Recife (RMR) e melhorar a logística entre os polos industriais de Pernambuco. Dividido em dois trechos, o projeto enfrenta entraves que dificultam sua execução. As informações são do Movimento Econômico.
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Trecho do Arco
O trecho Sul conta com aproximadamente 45,3 quilômetros de extensão e conecta a BR-408, em Paudalho, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, passando pela BR-232. As obras estão programadas para iniciar em abril de 2025, com previsão de conclusão até dezembro de 2026. O investimento total estimado é de R$ 1,4 bilhão, sendo metade dos recursos provenientes do governo estadual e a outra metade do governo federal.
O trecho Norte, com cerca de 50 quilômetros, ligará a BR-408, em Paudalho, à BR-101 Norte, em Goiana. No entanto, o projeto enfrenta entraves ambientais significativos, pois o traçado proposto atravessa a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe. Essa questão tem gerado debates e a necessidade de estudos ambientais mais detalhados. Até o momento, não há previsão concreta para o início das obras nesse segmento.
Principais entraves
Desde sua concepção, o Arco Metropolitano do Recife enfrenta obstáculos que dificultam sua implementação, sendo os impactos ambientais o que mais têm repercutido, principalmente no trecho Norte. Ali o traçado interfere em áreas de preservação, exigindo estudos de impacto ambiental e possíveis ajustes no projeto para mitigar danos ecológicos. Há desafios financeiros, diante do valor da obra. O Trecho Sul será custeado em partes iguais pelo governo estadual e pelo governo federal, que inseriu a obra no Novo PAC.
A comunidade empresarial e especialistas em logística destacam a importância do Arco Metropolitano para a melhoria da infraestrutura viária de Pernambuco. A obra é considerada essencial para o desenvolvimento econômico do estado e para a eficiência no escoamento da produção industrial.
Enquanto o trecho Sul avança com um cronograma definido, o trecho Norte permanece em fase de estudos e debates, sem previsão concreta para o início das obras. O projeto do Arco Metropolitano do Recife vem sendo prometido há mais de uma década, principalmente para atender ao escoamento da produção da montadora Stellantis, localizada em Goiana. O novo traçado rodoviário busca melhorar o fluxo de veículos pesados e otimizar o transporte de cargas na região.
Objetivo dos estudos ambientais
Os estudos ambientais, que agora serão licitados, têm como principal objetivo avaliar e mitigar os impactos ambientais decorrentes da implantação do trecho Sul do Arco Metropolitano do Recife. Entre as atividades previstas, estão o levantamentos de campo, com identificação das características ambientais da área, incluindo fauna, flora, recursos hídricos e aspectos geológicos.
Análises de impacto ambiental: avaliação dos possíveis efeitos negativos e positivos que o projeto pode causar ao meio ambiente local.
Desenvolvimento de medidas mitigadoras: proposição de ações para prevenir, minimizar ou compensar os impactos ambientais identificados.
Elaboração de projetos complementares: desenvolvimento de planos detalhados para a implementação das medidas mitigadoras e do monitoramento ambiental durante e após a execução das obras.
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