Me despedi do mar, depois de quatro dias lavando a alma em suas águas. Nasci no Sertão, mas a minha alma é mar. O mar sempre foi um só: de água e de sal. A brisa do oceano tem o poder de levar embora tudo o que pesa na alma.
Na despedida, fui levado pelo azul do mar, e encontrei em mim um oceano de tranquilidade. Já li que o mar é a religião da natureza, a liberdade que nossa alma tanto busca.
O mar não é um obstáculo: é um caminho. A vida pode não ser um mar de rosas, mas é um oceano de emoções, como vivi esses dias ao lado da minha Nayla, uma companhia fantástica, que me mostrou que vale a pena amar.
Leia maisOs únicos presentes do mar são golpes duros, e às vezes a chance de sentir-se forte. O oceano nunca recua, apenas se reinventa a cada onda. No mar, a vida é assim: o balanço das ondas nos leva a lugares inimagináveis.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar. A vida é mais leve quando se coloca os pés na areia.
O cansaço do dia as águas do mar se encarregam de levar e lavar, trazendo um cansaço renovado com mais energia para a jornada incansável da vida. A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.
Por isso, não me canso na minha corrida diária pela sobrevivência. Se a vida não é um mar de rosas, é porque você está olhando pro lado errado da praia.
Me convenci disso na minha despedida de Carneiros!
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