Eduardo da Fonte destaca modernização, sustentabilidade e legado histórico do setor sucroalcooleiro

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) visitou, ontem, a Usina Petribu, localizada em Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco. Acompanhado do deputado estadual Henrique Filho, do prefeito de Buenos Aires, Henrique Queiroz, e do presidente da Usina, Jorge Petribu, o parlamentar conheceu as instalações da empresa, que é a mais antiga em operação contínua no Brasil, com origens em 1729 e hoje administrada pela 8ª geração da família Petribu.

Durante a visita, Eduardo da Fonte destacou a importância histórica e econômica da Usina Petribu, que atravessa quase três séculos de história com um legado de inovação e compromisso com a sustentabilidade no cultivo da cana-de-açúcar. “A Usina Petribu é motivo de orgulho para Pernambuco e para o Brasil. Uma empresa que se reinventa a cada geração, unindo tradição e inovação, e que continua a gerar desenvolvimento e oportunidades para nossa gente. Parabenizo todos que fazem parte dessa história grandiosa”, afirmou o deputado.

O parlamentar também ressaltou a importância de fortalecer o setor produtivo, investindo na modernização e em práticas sustentáveis. Como exemplo, elogiou a iniciativa da Usina Petribu em firmar parcerias internacionais. “A parceria com os chineses para buscar equipamentos que se adequem à realidade topográfica da Mata Norte do estado demonstra a disposição da Usina Petribu em acompanhar a evolução tecnológica mundial, respeitando as peculiaridades da nossa região. É um modelo que precisa ser incentivado para fortalecer ainda mais o setor e gerar emprego e renda para o nosso povo”, concluiu.

Do Brasil de Fato

Na tarde de hoje, ambientalistas, lideranças religiosas e demais simpatizantes da luta em defesa da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe saíram às ruas do Recife em defesa do território. A mobilização foi convocada pelo Coletivo Inter-religioso em Defesa da APA Aldeia-Beberibe, grupo que afirma a natureza como criação sagrada e o dever espiritual da humanidade em protegê-la. O ato se concentrou a partir das 13h e saiu em caminhada até às 15h, em direção ao Marco Zero.

Há um projeto do Ministério da Defesa, discutido desde a gestão Bolsonaro (PL), mas aprovado pela gestão Lula da Silva (PT) e pelo governo Raquel Lyra (PSD), para que o Exército Brasileiro construa uma escola de sargentos que desmataria cerca de 188 hectares (ou 174 campos de futebol) na região. Os ativistas ligados ao Fórum Socioambiental de Aldeia convocam a sociedade para defender a APA Aldeia-Beberibe e o planeta Terra, a “casa comum”, a vida e a Justiça ambiental.

Os ambientalistas alegam que a destruição afetaria o microclima da região, reduzindo o regime de chuvas e afetando os mananciais da região, inclusive o que abastece a barragem de Botafogo, responsável pelo abastecimento de água de mais de 1 milhão de pernambucanos. “A APA Aldeia-Beberibe é um santuário de vida, lar de inúmeras espécies, guardiã das águas. Essa terra sagrada enfrenta ameaças, contra as quais nos levantamos com a força da nossa ancestralidade e guiados por nossos cultos e divindades”, diz a convocatória do coletivo inter-religioso.

Sob gestão da Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), a APA em questão é um território de 31,6 mil hectares que abrange regiões de sete municípios da Região Metropolitana do Recife e um da Zona da Mata Norte do estado. A Aldeia-Beberibe se expande por Abreu e Lima (que 24,4% da APA APA), Igarassu (22,6%), Recife (16%), Araçoiaba (11,4%), Paudalho (9,4%), Camaragibe (8%), Paulista (6,2%) e São Lourenço da Mata (2%). O Arco Metropolitano é outro projeto, este estadual, que promete desmatar parte da região para construir uma rodovia que ajude a desafogar a BR-101.

Goiana viveu, na noite de ontem, a caminhada “Onda Azul”, comandada pelos candidatos Marcilio Regio (PP) e Lícia Maciel (PT). O evento contou com a participação do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e do ex-prefeito de Goiana Eduardo Honório. Ao longo da caminhada, Marcilio, Lícia, João e Honório receberam demonstrações de apoio dos moradores da cidade. “Fui escolhido por Eduardo Honório para continuar o trabalho que ele fez por Goiana. Mais creches, mais praças, mais saúde e mais educação”, declarou Marcilio, visivelmente emocionado com a recepção da população.

Marcilio fez um agradecimento especial a João Campos e reafirmou que vai trazer para Goiana ações de impacto da gestão dele, construindo dois Centros Comunitários da Paz (Compaz), projeto da Prefeitura do Recife que tira os jovens das drogas e combate a violência; Praças da Infância; além do projeto de duplicar o número de creches no município.

João Campos firmou o compromisso de contribuir para a implementação dos Compaz – equipamento premiado internacionalmente como exemplo de segurança pública cidadã. Ele assegurou que pode fazer doação dos projetos já desenvolvidos pela capital pernambucana e foi enfático no apoio a Marcílio: “Tudo que eu puder ajudar, eu vou ajudar”.

O prefeito do Recife destacou, ainda, a importância de manter o legado de trabalho sério e de conquistas para o povo de Goiana, fazendo menção direta ao papel histórico de Eduardo Campos, seu pai, na transformação econômica da região, sobretudo com a chegada da Jeep e outras indústrias. “Meu pai decidiu que precisava mudar a história da Mata Norte e escolheu Goiana para isso”, lembrou.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB) decidiu se envolver na campanha eleitoral de Goiana e estará, na noite da próxima terça-feira (22), nas ruas com o candidato do PP, Marcílio Régio. Apesar de a sigla progressista compor a base aliada da governadora Raquel Lyra (PSD), o PSB faz parte da aliança de Marcílio. A vice é Lícia Maciel, do PT. O outro candidato é o atual prefeito interino Eduardo Batista, filiado ao Avante, que é outro partido aliado de Raquel.

A entrada de João no cenário político de Goiana é um gesto que visa à eleição para o Governo do Estado do ano que vem. Afinal de contas, apesar de serem siglas ligadas à governadora, os grupos políticos do município podem se dividir em dois palanques. Raquel terá que agir para assegurar os dois aliados ao seu lado, na sua tentativa de reeleição. “A presença de João representa uma forma moderna e eficiente de governar, que queremos trazer para Goiana. Vamos caminhar juntos pelo futuro da nossa cidade”, disse Marcilio. As informações são do Blog Dantas Barreto.

Principal cabo eleitoral do candidato, o ex-prefeito Eduardo Honório acredita que Goiana verá um grande político amanhã. “Todo mundo está convidado a participar com a gente dessa caminhada. É a nossa onda azul cobrindo nossa querida Goiana de amor, de muito trabalho e compromisso”, salientou.

A eleição suplementar em Goiana está marcada para o dia 4 de maio e ocorrerá porque o eleito na disputa de 2024, Eduardo Honório (UB), não assumiu o cargo porque teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele tentava emplacar o terceiro mandato consecutivo. Honório apoia a candidatura de Marcílio Régio.

Por Flávio Chaves*

Há gestos na política que o tempo não apaga. Palavras que não se dissolvem no esquecimento, porque ferem como lâmina e doem como espinha atravessada na garganta da memória coletiva. Em Carpina, município da Zona da Mata Norte de Pernambuco, um desses episódios ainda ecoa com amargura nas conversas do povo, especialmente quando chega a Semana Santa — tempo de reflexão, fé e partilha. Mas também, infelizmente, tempo de lembrar a frieza de um gesto que marcou a cidade com tristeza e revolta.

O episódio remonta a um dos quatro mandatos do ex-prefeito Manoel Botafogo, que governou a cidade por longos 16 anos. Num desses mandatos, em plena Semana Santa, o então prefeito foi entrevistado ao vivo pelo radialista Francisco Júnior, no tradicional programa de rádio que cobria os assuntos da cidade com coragem e imparcialidade. Era um momento simbólico, em que muitos esperavam ouvir do gestor a renovação de uma prática comum entre os prefeitos que o antecederam: a distribuição de peixes à população mais carente — um gesto cristão, de solidariedade e respeito com os que têm pouco ou quase nada.

A pergunta foi simples, quase previsível, mas a resposta veio como um tapa: “Vai ter muita distribuição de peixe no comércio, vocês preparem cada qual seus R$ 20,00. A prefeitura não deve nada a ninguém.”

Fria. Jocosa. Cruel. A declaração caiu como uma cruz sobre os ombros dos que esperavam o mínimo de compaixão. Não apenas um não, mas um deboche. Não apenas uma negação, mas uma humilhação pública. E o mais irônico — ou talvez o mais triste — é que ela veio de alguém que se apresenta como evangélico, que se diz cristão. Mas que, naquele momento, negou o gesto mais essencial da fé: a solidariedade com o próximo.

A dor daquela resposta reverberou. O povo simples, os moradores dos bairros periféricos, os que contam moedas para comprar o pão, sentiram ali não apenas a ausência do peixe na mesa, mas a presença do desprezo. De lá pra cá, a Semana Santa em Carpina passou a carregar dois sofrimentos: o da Paixão de Cristo e o da lembrança amarga de um prefeito que negou pão e peixe a quem mais precisava.

A imagem de Cristo crucificado, que ensina o perdão, a humildade e o amor ao próximo, contrasta com a figura pública de Botafogo, que naquele gesto se fez símbolo do descaso e da insensibilidade. A tradição foi quebrada, a esperança esmoreceu, e Carpina, naquela Semana Santa, conheceu o gosto da injustiça no prato vazio.

É por isso que, ano após ano, essa memória retorna como espinho cravado. O povo de Carpina não esquece. Porque há dores que não cicatrizam — e há políticos que, mesmo após deixarem o poder, continuam sendo lembrados não pelos prédios que construíram ou pelas obras que inauguraram, mas pelas feridas que deixaram nas almas e nas mesas vazias do povo.

Hoje, Carpina vive outros tempos, outras administrações. Mas a lembrança daquele gesto segue viva. Não como mágoa apenas, mas como alerta. Que jamais se repita. Que a política volte a ser lugar de serviço, e não de escárnio. Que a fé que tantos professam se traduza em ações concretas de partilha e humanidade.

Porque na mesa do povo, especialmente na Semana Santa, não deve haver espaço para o abandono. Nem para a crueldade travestida de gestão.

*Jornalista, poeta e escritor

Em vídeo nas redes sociais, o ex-prefeito de Goiana, Eduardo Honório (UB), faz um alerta aos eleitores que irão às urnas em 4 de maio na eleição suplementar: “Eduardo Batista é problema”, diz, referindo-se ao risco que o município corre com a candidatura do atual gestor, que está na disputa contra o candidato Marcílio Régio (PP), apoiado por ele.

O candidato a prefeito de Goiana Marcilio Regio (PP) e o ex-prefeito do município Eduardo Honório (UB) anunciaram, ontem, um investimento de R$ 1 bilhão para a construção de um aeroporto regional no município. O sinal verde foi dado pelos executivos da Sada Transportes, que receberam, na cidade de Betim, em Minas Gerais, a comitiva de Marcilio e Honório para anunciar a notícia pessoalmente.

O presidente do grupo Sada, Vittorio Medioli, foi enfático. “Temos a certeza, Marcilio, que você será eleito para dar sequência ao trabalho de Eduardo Honório. Vamos, juntos, levar adiante esse grande projeto logístico que vai transformar Goiana e a região. Esse projeto passa pela sua vitória. Essa é a nossa condição vital para levar esse necessário investimento para Goiana, porque você tem a nossa confiança e o nosso respeito”, afirmou.

Marcilio Regio agradeceu a confiança e garantiu que, sendo eleito, o aeroporto entra de imediato em linha de prioridade e vai virar realidade. “Vocês terão todo o nosso apoio e toda a nossa colaboração. É uma oportunidade importantíssima para a gente abrir um novo ciclo de desenvolvimento”, disse.

Eduardo Honório reforçou o compromisso de Marcílio e, com otimismo, disse que tem certeza na vitória nas eleições do próximo dia 4 de maio. “Com Marcilio, podem ter certeza de que vocês investirão em um município que tem um prefeito honesto, ético, competente e que não medirá esforços para viabilizar esse projeto de desenvolvimento. O aeroporto será fundamental para a geração de empregos e para melhorar a vida do nosso povo”, destacou o ex-prefeito.

O projeto do aeroporto de Goiana – voltado à aviação executiva e de cargas – deve gerar 20 mil empregos diretos e criar um polo de desenvolvimento, com a atração de pelo menos 25 empresas satélites que irão alimentar as demandas do empreendimento.

O prefeito de Goiana, Eduardo Batista (Avante), esquentou o clima da disputa suplementar no município ao desafiar seu adversário para um debate em praça pública, transmitido ao vivo, sobre os rumos da cidade. A provocação foi feita ontem, durante a inauguração do comitê de campanha, diante de uma multidão estimada em mais de 10 mil pessoas. “Mas venha sem padrinhos. Vamos debater frente a frente, com transparência e propostas”, alfinetou o gestor. As eleições suplementares em Goiana acontecem no dia 4 de maio.

Batista quer transformar o debate em palco para defender sua principal bandeira: o Acelera Goiana, programa que promete investir R$ 800 milhões em obras estruturadoras. O pacote inclui reurbanização das praias de Ponta de Pedras e Carne de Vaca, pavimentação de 400 ruas, construção de um hospital infantil e de uma central de hemodiálise, além de mutirões de consultas e exames.

Localizado na PE-75, ao lado do Arreio de Prata, o comitê inaugurado é mais que um ponto de campanha. A proposta é que o espaço funcione como centro de escuta e participação popular. “Aqui não tem gabinete fechado. Tem povo opinando, participando e ajudando a construir o futuro de Goiana”, afirmou Eduardo.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se manifestou favoravelmente à suspensão de seis contratos milionários da gestão do prefeito interino de Goiana, Eduardo Batista (Avante), com duas empresas terceirizadas. A manifestação foi encaminhada, na última terça-feira, à 2ª Vara de Justiça de Goiana, determinando tutela antecipada de urgência para a suspensão, em resposta a uma ação popular que denunciou as irregularidades.

De acordo com o Ministério Público, a ação popular solicita a anulação de “contratos lesivos ao patrimônio público e à moralidade administrativa”, conforme previsto na Constituição Federal. Juntos, esses contratos geram despesas de mais de R$ 18 milhões por mês aos cofres públicos, e já são alvo de uma Auditoria Especial do Tribunal de Contas do Estado, instaurada por determinação do conselheiro Rodrigo Novaes, na quinta-feira, 27 de março, para apurar justamente essas mesmas denúncias. O valor milionário, de acordo com o MP, é próximo ao gasto total com servidores ativos no mês de fevereiro de 2025 (R$ 21.433.070,00), o que pode comprometer o equilíbrio financeiro do município.

“É evidente o risco de dano ao erário caso os contratos permaneçam válidos durante o trâmite processual, uma vez que o valor mensal contratado é extremamente elevado (mais de 18 milhões de reais). A cada mês de vigência dos contratos, o Município dispenderá valores significativos, potencialmente de forma irregular, gerando prejuízo de difícil reparação”, diz o MPPE.

Na manifestação, o MPPE considerou ainda “potencial irregularidade nas contratações realizadas após a definição da data das eleições suplementares no município”, o que poderia configurar violação ao artigo 73, da Lei Eleitoral, o qual proíbe agentes públicos de adotarem condutas que possam afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais. Eduardo Batista concorre às eleições suplementares em Goiana contra o ex-vice-prefeito Marcilio Régio (PP), que é apoiado pelo ex-prefeito Eduardo Honório (UB).

Ontem, o candidato a prefeito de Goiana, Marcilio Regio (PP), participou da sabatina promovida pela Rádio Folha, onde destacou suas principais propostas para o município e reafirmou o compromisso com a continuidade dos avanços iniciados pelo ex-prefeito Eduardo Honório, um dos gestores mais bem avaliados da história da cidade. Marcílio reforçou sua visão de desenvolvimento para Goiana, no projeto com a candidata a vice-prefeita, Lícia Maciel (PT).

Com 40 anos de experiência na política, o candidato expressou seu desejo de construir um hospital municipal de porte médio no distrito de Tejucupapo para atender melhor a população, principalmente os pescadores. Ele destacou as dificuldades enfrentadas por esses moradores, que precisam viajar até 45 km para o Hospital Belarmino Corrêa, um hospital regional que atende não apenas a Zona da Mata, mas também pacientes oriundos da Paraíba.

Durante a entrevista, Marcílio apresentou ainda propostas para a melhoria na segurança pública do município. “Armar a Guarda Municipal dentro da lei. Fazer concurso para ampliar a Guarda Municipal. Câmeras de vídeomonitoramento em toda a cidade”, foram alguns pontos destacados pelo candidato.

Quando o assunto foi educação, Marcilio destacou algumas propostas do seu Plano de Governo para a capacitação e melhorias na educação de crianças e jovens. “Um curso profissionalizante focado para as demandas do Parque Industrial. Aula de inglês, robótica e educação digital”, detalhou. Quando questionado sobre as creches da cidade, ele destacou o trabalho realizado por Eduardo Honório, que deixou três creches funcionando e três em construção, já na fase de conclusão; o candidato garantiu que vai ampliar ainda mais o serviço e que também está em seu Plano de Governo a abertura de escolas de tempo integral no município.

Ao longo da Sabatina, o candidato Marcilio Regio não poupou críticas à gestão interina do seu adversário Eduardo Batista (Avante), que assumiu a Prefeitura em janeiro deste ano. Marcilio destacou a paralisação de serviços essenciais e a falta de investimentos na cidade. “Mudou para pior, porque a gente não tem nada hoje. Ficou uma transformação para ruim. Até o dia 31 [de dezembro], a gente tinha tudo. Hoje em dia, a gente não tem nada”, afirmou.

O candidato também questionou a inação da atual administração diante dos recursos disponíveis. “O pior problema é que, em 100 dias, ele ficou com 500 milhões no cofre. E não foi feito nada. Posto parado, obra parada, falta de água, falta de remédio, falta de merenda, falta tudo. Ele mostrou, está mostrando, que não serve para Goiana”, finalizou Marcilio Regio.