A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes concluiu nesta segunda-feira (31) a entrega de 728 tablets para agentes comunitários de saúde (ACSs) do município. A última etapa ocorreu no auditório do Ambulatório Especializado Ensino Serviço (AEES), em Prazeres, com a distribuição de 128 equipamentos para profissionais da Regional 6 (Praias). A ação contempla todas as regionais da cidade.
De acordo com a gestão municipal, os dispositivos serão usados para registro das visitas domiciliares, atualização cadastral e acompanhamento de usuários, com o objetivo de agilizar o trabalho dos ACSs e organizar o fluxo de informações das equipes de saúde. O uso dos tablets integra o processo de digitalização dos serviços da Atenção Primária. A secretária de Saúde, Zelma Pessôa, afirmou que todas as unidades já utilizam prontuário eletrônico.
Entregadores de aplicativos fecharam a Avenida Bernardo Vieira de Mello, em Piedade, e a Avenida Governador Agamenon Magalhães, no Derby, durante um protesto realizado na manhã de hoje. A manifestação faz parte do movimento “Breque Nacional dos Apps 2025”, que reivindica melhores condições de trabalho e remunerações mais altas para a categoria. Ações de protesto estão sendo realizadas em quase 60 cidades de todo o Brasil.
Não há informações sobre até quando a paralisação do trânsito acontecerá. Cidadãos que precisam passar pela região do bloqueio alegam muito congestionamento. Além de Recife, outras 18 capitais devem ter atos nas ruas nesta segunda (31). São elas: São Paulo, Maceió, Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Distrito Federal, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Floripa, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís.
A nova fábrica da Quantum foi inaugurada no último sábado, com a previsão de começar a produzir oito mil pães por hora, chegando ainda nessa primeira etapa a 15 mil por hora. O investimento foi de R$ 12 milhões. A expectativa para os próximos 10 anos é triplicar a produção. A empresa já existe há 17 anos no Recife, mas agora transfere a matriz para Jaboatão. A inauguração foi prestigiada pelo prefeito Mano Medeiros e a primeira-dama Andrea Medeiros.
“Isso aqui é geração de emprego, geração de renda e desenvolvimento. Desejo boas-vindas ao nosso município, aos fornecedores que aqui estão, aos clientes que aqui também estão”, disse o prefeito.
A empresa fica localizada em um galpão com 4.500 metros quadrados, sendo 1.500 metros quadrados de área produtiva. Inicia com a abertura de 90 postos de empregos diretos. Além do espaço para produção dos pães do tipo hambúrguer, o espaço contará com uma loja para venda ao consumidor final.
Segundo o proprietário Anderson da Silva Ataíde, a nova fábrica tem a tendência de ter produtos artesanais, mas com padronização industrial com máquinas e fornos. “É muita alegria. Faz bastante tempo que a gente está preparando esse momento. E assim, nunca chega, nunca chega, nunca chega. Finalmente chegou. E é uma satisfação enorme ter trazido a Quantum para Jaboatão dos Guararapes. Essa cidade nos abraçou, nos acolheu de uma forma maravilhosa”, disse.
O secretário de Governo e Gabinete da Prefeitura de Paulista, Fabiano Santos, se pronunciou sobre os questionamentos envolvendo a contratação de R$ 1 milhão homologada pelo secretário de Regionais, Jaime Domingos. O contrato, firmado em parceria com o vereador Fabiano, gerou suspeitas de conflito de interesses, pois a empresa contratada estaria registrada em nome da esposa do parlamentar. Segundo Fabiano Santos, a decisão foi tomada sem o aval do prefeito Severino Ramos, que determinou o cancelamento imediato da contratação assim que tomou conhecimento da situação.
“No caso específico da dispensa mencionada, a decisão foi tomada pelo secretário Jaime Domingos. No entanto, ao tomar conhecimento da situação, o prefeito Severino Ramos determinou, já na última quinta-feira (27), o cancelamento imediato da contratação emergencial”, afirmou o secretário. Ele também reforçou que todas as licitações, contratações e dispensas emergenciais são de responsabilidade das respectivas secretarias municipais.
Além do posicionamento da prefeitura, a empresa Delta Terceirização, apontada como envolvida no caso, divulgou uma nota de esclarecimento negando qualquer irregularidade e afirmando compromisso com a ética e a transparência. A empresa alega que participou regularmente do processo de tomada de preços, respeitando todas as normas e legislações vigentes, mas destacou que não firmou contrato com a Prefeitura de Paulista.
A Delta Terceirização, empresa com mais de 20 anos de atuação no mercado, vem a público reafirmar seu compromisso com a transparência, a ética e a legalidade em todas as suas atividades.
Diante de recentes questionamentos, esclarecemos que a Delta Terceirização participou regularmente de um processo de tomada de preços, concorrendo de forma lícita e em estrita conformidade com as normas e legislações vigentes. Ressaltamos que a empresa sempre pautou sua conduta na legalidade e no respeito às regras estabelecidas pelos órgãos competentes.
Importante destacar que a Delta Terceirização não firmou nenhum tipo de contrato com a prefeitura mencionada. Qualquer alegação em contrário não corresponde à realidade dos fatos.
Reiteramos nosso compromisso com a idoneidade e seguimos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.
O PSB de Paulista enfrenta uma crise interna que ficou evidente no congresso municipal realizado pelo atual presidente do partido na cidade, Junior Matuto. O evento, que deveria fortalecer a sigla localmente, acabou sendo um verdadeiro fiasco.
Mesmo com uma bancada de quatro vereadores na Câmara Municipal, nenhum deles compareceu, demonstrando um claro sinal de desarticulação e falta de prestígio do presidente. Enquanto cidades vizinhas celebravam com uma forte presença da militância partidária, Paulista mostrou fragilidade e desmobilização.
A ausência de figuras importantes do PSB apenas reforçou esse isolamento. Nem o prefeito do Recife, João Campos, nem o presidente estadual do partido deram as caras. Até mesmo o deputado federal Eriberto Medeiros, aliado de Matuto, optou por não comparecer.
Se o objetivo era demonstrar força, o congresso serviu para expor a fragilidade do PSB em Paulista. Com uma base cada vez mais desarticulada, o partido segue na contramão do crescimento político que outras cidades da Região Metropolitana têm alcançado.
O PSB de Pernambuco reuniu sua militância neste sábado (29) em São Lourenço da Mata para um congresso regional que reforçou a unidade partidária e o legado do ex-governador Eduardo Campos. O evento contou com a presença do prefeito do Recife, João Campos, que destacou a força da legenda e projetou o futuro do partido. “Assim como foi o maior partido nas eleições de 2024, o PSB continuará sendo o maior partido do nosso estado em 2026”, afirmou.
Campos ressaltou a importância de manter a proximidade com a população, recordando o trabalho de seu pai e do ex-prefeito Ettore Labanca. “Pela memória de Ettore e de Eduardo, que a gente siga trabalhando e cuidando do povo que precisa”, disse. O prefeito de São Lourenço da Mata, Vinicius Labanca, destacou a necessidade de diálogo constante: “Ainda faltam um ano e três meses para irmos às urnas, mas não para começarmos a conversar”.
O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, lembrou que o congresso faz parte da preparação para o Congresso Estadual, em abril, e para o Congresso Nacional, em maio, quando João Campos deve ser eleito presidente nacional da sigla. “Assim como fizemos com Arraes e Eduardo, vamos emprestar João Campos ao Brasil”, afirmou.
Lideranças de outras legendas aliadas também marcaram presença. Miguel Coelho (União Brasil) criticou a atual gestão estadual, enquanto Marília Arraes (Solidariedade) defendeu um projeto de renovação para Pernambuco. O presidente estadual do MDB, Raul Henry, reafirmou a aliança com o PSB. O evento faz parte de uma série de encontros que ocorrerão em diversas regiões do estado.
Uma contratação no valor de R$ 1 milhão, homologada pelo secretário Jaime Domingos, da Secretaria de Regionais da Prefeitura de Paulista, está gerando questionamentos sobre sua legalidade. O contrato foi realizado em parceria com o vereador Fabiano e envolve uma empresa que, segundo informações, está registrada em nome da esposa do parlamentar. Isso levanta suspeitas de um possível conflito de interesses, o que agrava ainda mais o caso.
Outro ponto controverso é que a contratação foi feita por dispensa de licitação, um procedimento que deve ser utilizado apenas em situações excepcionais previstas pela Lei 14.133/2021, como emergências ou quando a competição seja inviável. No entanto, não há uma justificativa clara para a dispensa, o que coloca em xeque a conformidade do processo.
A nova Lei de Licitações estabelece que contratações públicas devem seguir modalidades específicas para garantir a transparência e a igualdade de concorrência. A dispensa de licitação, quando não respaldada por uma justificativa adequada, pode ser considerada ilegal, e os envolvidos podem ser responsabilizados por eventuais irregularidades.
A Prefeitura de Olinda realizou, hoje, a antecipação do pagamento do salário do mês de março a todos os servidores municipais: efetivos, cargos comissionados, aposentados e pensionistas. O ato foi autorizado pela prefeita da cidade, Mirella Almeida, reforçando o compromisso da gestão com a pontualidade e valorização do funcionalismo público, além de representar um importante estímulo à economia da cidade.
Mirella também aproveitou a sexta para realizar duas vistorias pela cidade. A gestora esteve no Sítio de Seu Reis e fiscalizou as obras de construção do Mercado dos Frios. O espaço funcionará em Peixinhos e terá 24 boxes que serão destinados à venda de carnes, frangos, lacticínios, embutidos, especiarias e frutos do mar, além de um restaurante self-service.
“A gente vai garantir mais uma conquista para a população. A previsão é que em setembro o mercado esteja fomentando a economia, gerando desenvolvimento econômico e cada vez mais emprego e renda”, afirmou Mirella.
O Podemos em Jaboatão dos Guararapes tem nova liderança. Jorge Júnior foi oficializado como presidente do diretório municipal do partido, com filiação abonada pelo ex-senador Armando Monteiro, pelo presidente estadual da sigla, Marcelo Gouveia, e pelo vice-presidente estadual, Ricardo Teobaldo.
Com a nova função, Jorge Júnior passa a comandar a reestruturação da legenda no município e a articulação para as eleições municipais.
“Parecia um tsunami”. É assim que José Luiz da Silva, 70 anos, define a tragédia socioambiental causada pelo embarreiramento de um trecho do rio Tejipió no bairro do Curado por conta das obras de alargamento do viaduto e da construção de uma ciclofaixa na BR-232. As quase 80 famílias que moram no local viram as fortes chuvas do último dia 5 fevereiro se transformarem num mar de barro que invadiu as casas.
A comunidade nunca tinha visto o nível da água atingir 1,5 metro quando chove, nem mesmo na temporada de inverno. A correnteza foi tão forte que alguns moradores que vivem mais próximos ao rio ficaram com medo de serem arrastados pela água.
Aposentado com deficiência, Seu Luiz é uma das pessoas que vivem há décadas no loteamento Parque São João, na comunidade conhecida popularmente como Goodyear, no Km 14 da BR, divisa entre o Recife e Jaboatão dos Guararapes, perto da linha férrea.
Sem apoio nem retorno do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), responsável pelas obras, que fazem parte do projeto de triplicação da BR-232, muita gente está sendo forçada a deixar suas casas e uma história de vida para trás.
Parte da comunidade Goodyear se reuniu para dar entrevista à Marco Zero Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Como forma de protesto e consequência do desespero, a comunidade espalhou placas nos portões , com frases como “Tô indo embora”, “Mais de 50 anos que moro aqui, o barro tá entupindo o rio. A cheia tá aumentando, vou embora” e “Somos seres humanos, merecemos respeito. Paciência tem limite, se não tirar o barro do rio, a comunidade vai parar a obra. Urgente”.
Famílias do Loteamento Parque São João espalham placas com pedidos de ajuda Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Para dar passagem a caminhões e tratores das obras do viaduto e da ciclofaixa, o curso do rio Tejipió, já assoreado, foi interrompido por uma barreira temporária. As manilhas colocadas dentro d’água, relatam os moradores, não foram suficientes para dar conta da vazão fluvial, sobretudo com as chuvas. Resultado: sem ter para onde escoar, quando a precipitação chegou forte o rio mudou seu curso e invadiu as moradias arrastando muito barro.
“Sempre tivemos cheia aqui, mas era uma cheia que dava para aguentar. Mas, depois dessa obra aí, a cheia foi maior. Nunca deram duas cheias no verão. E foi uma cheia grande, parecia um tsunami. Deixou a rua cheia de lama, derrubou muro, derrubou portão”, detalha Seu Luiz. “Qualquer chuvinha a água chega aqui nas casas agora. Essa obra criou um banco de areia dentro do rio”, denuncia José Luiz da Silva.
Parte da comunidade observa o estreitamento do rio Tejipió após a retirada da barreira Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
A comunidade relata que a última vez que esse trecho do Tejipió passou por limpeza foi na gestão do prefeito João Paulo (PT). Hoje deputado estadual, ele é coordenador da Frente Parlamentar do Rio Tejipió, instalada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no ano passado. Com 20 quilômetros de extensão, o rio nasce no município de São Lourenço da Mata e seu curso corta os municípios do Recife e de Jaboatão.
“Agora temos medo também da chuva do verão” “Colocaram manilhas de boca pequena para sustentar um rio. Não sustenta”, diz Maria Aparecida Lira, 73 anos. A dona de casa conta que agora tem medo também das chuvas do verão. “Nós não somos contra o progresso. Essa obra vai favorecer a nossa comunidade. Só que nós temos que pensar em nós também, porque tem um monte de casa vazia aqui que o pessoal está se mudando sem condições de pagar aluguel”, expõe.
A aposentada Aparecida mostra o batente alto que já não basta para conter a água Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Parte da família de dona Aparecida está indo embora do Parque São João. Vendeu um carro e comprou uma casa em outro lugar. A neta dela de 21 anos é cadeirante e não tem mais condições de conviver com a situação. “Como ela vai ficar aqui? Como é que eu vou tirar uma menina que pesa quase 70 quilos quando estiver tudo cheio d’água?”, questiona, apelando por ajuda e fiscalização.
A nora de Aparecida, Fábia Adriana de Azevedo, 38 anos, relata que, quando a água começa a subir, ela precisa pedir ajuda para colocar a filha na casa de algum vizinho que seja mais alta. “Quando eu vejo que a água está passando da roda da cadeira de rodas, tenho que pedir ajuda de algum vizinho para colocar ela em alguma casa em cima”, conta. “Nessa cheia que teve agora, eu cheguei ao ponto que nem tinha dado comida para ela. Não que eu não tenha como comprar, mas eu não tive como dar. Um vizinho foi quem me cedeu o almoço”, detalha a mãe.
Dona de um mercadinho Fábia está indo embora com a família e a filha cadeirante
Fábia é dona de um mercadinho na comunidade: “Toda chuva quando começa agora, eu sou obrigada a colocar as coisas lá em cima para não perder os produtos. É uma perda muito grande a gente sair do nosso estabelecimento, de uma casa própria, para procurar outra coisa”, lamenta.
“Tivemos aquela cheia três anos atrás, quando todo mundo que está aqui perdeu tudo. E foi muito difícil para todos nós comprar as coisas novamente. Teve pessoas que nem conseguiram. E agora, novamente. Nessa chuva de fevereiro, perdi, por exemplo, guarda-roupa e escrivaninha”, relembra Fábia, falando também do medo de contaminação com a água que invade as residências e alaga as ruas.
DER não se posiciona
Parte da obra da BR 232 na entrada da Comunidade Goodyear Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
A Marco Zero fez diversos contatos com o DER por meio da sua assessoria de imprensa, desde a última segunda-feira, 17 de março, porém não obteve qualquer posicionamento do órgão estadual, seja em forma de entrevista ou nota oficial. O espaço segue aberto.
O trecho de triplicação da BR-232 vai do viaduto sobre a BR-101 até a BR-408, com extensão de 6,8 quilômetro e investimento de R$ 157 milhões. As obras deveriam ter sido concluídas neste mês de março.
A reportagem também procurou as prefeituras do Recife e de Jaboatão para saber de ações de limpeza e manutenção do rio Tejipió na área da Comunidade Goodyear. A primeira não se posicionou alegando que o trecho pertence em sua totalidade ao município vizinho. Já a gestão de Jaboatão informou que irá fazer uma limpeza no entorno ainda nesta semana.