Por Dr. Cleonildo Painha*
“Não existe futuro humano sem respeito à vida em todas as suas formas.” A realização da COP-30 em solo brasileiro é mais do que um encontro de líderes e autoridades: é um chamado à consciência global. É o momento de reconhecermos que a crise climática não é apenas um fenômeno ambiental, mas uma crise moral e civilizatória.
O Brasil, dono da maior biodiversidade do planeta e do coração verde da Terra, carrega a responsabilidade de se erguer como voz ativa em defesa do planeta e de todos os seres que nele habitam – humanos e não humanos. Defender o meio ambiente é, também, defender os animais, que sofrem silenciosamente os efeitos da destruição das florestas, da poluição das águas, das queimadas e do consumo inconsequente. Eles não têm voz nos fóruns internacionais, mas têm direito à vida, à dignidade e à compaixão.
Leia maisChamado à consciência planetária
A COP-30 precisa marcar o início de uma nova era – a Era da Empatia Global. Uma era em que governos, empresas e cidadãos reconheçam que a economia verde só será justa se incluir o respeito pelos seres vivos. A humanidade não pode continuar crescendo às custas da dor das espécies que compartilham conosco este lar chamado Terra.
Nossos compromissos e propostas
- Inserir a Proteção Animal na Agenda Climática Internacional.
- Incluir a Educação para a Empatia e Sustentabilidade nos currículos escolares.
- Criar um Pacto Internacional pela Ética Ambiental.
- Reconhecer juridicamente os animais como seres sencientes.
- Fortalecer legislações contra o tráfico, desmatamento e exploração predatória.
Um apelo à humanidade
A natureza está cansada, mas ainda nos oferece tempo – tempo para mudar, restaurar e reconciliar. O planeta não precisa de salvação; precisa de reconexão. Enquanto houver indiferença, haverá destruição. Enquanto houver empatia, haverá esperança. Que a COP-30 seja lembrada não apenas como um encontro político, mas como o marco de um novo pacto espiritual entre a humanidade e o planeta. Um pacto que reconheça que cuidar da Terra é cuidar de nós mesmos. Por uma nova cultura da empatia, da vida e da harmonia.
*Presidente da Faculdade Vale do Pajeú, idealizador do Movimento Nacional pela Cultura da Empatia e presidente da Comissão de Direitos e Proteção dos Animais da OAB/PE
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