A Câmara dos Deputados deu início, hoje, à retomada dos trabalhos das comissões permanentes da Casa. Ao longo desta quarta, os deputados também vão eleger os presidentes e vice-presidentes dos colegiados para um mandato de um ano. As informações são do portal G1.
A Câmara conta com 30 comissões, que terão os comandos distribuídos conforme o tamanho dos partidos e negociações políticas na Casa. As presidências dessas comissões estiveram no centro das negociações para a candidatura vitoriosa de Hugo Motta (Republicanos-PB) ao comando da Câmara. O desenho final só foi conhecido, no entanto, no fim da noite de terça (18), depois de uma longa reunião com lideranças partidárias.
Leia maisOs maiores partidos da Casa comandarão mais colegiados. O PL, que tem 92 deputados, vai presidir cinco comissões. Na sequência, aparecem o PT (3 colegiados) e o União Brasil (3). Além dos três colegiados, o União também comandará o Conselho de Ética da Casa – órgão responsável por analisar denúncias contra deputados.
O MDB, que terá em suas mãos dois colegiados temáticas da Câmara, ficará ainda com a relatoria do Orçamento de 2026, papel central para definir os rumos do dinheiro público no ano eleitoral.
As comissões permanentes são responsáveis por analisar propostas protocoladas na Casa e discutir assuntos relacionados com suas áreas temáticas. Nos últimos anos, ganharam importância por controlarem uma verba significativa do Orçamento por meio das emendas de comissão.
O Orçamento de 2025, que deveria ter sido aprovado no final do ano passado, ainda não foi discutido pelo Congresso. Para este ano, a projeção é que as emendas de comissão ocupem uma fatia de até R$ 11,5 bilhões.
O traçado final da distribuição entre os colegiados ainda é desconhecido. No projeto enviado pelo governo ao Congresso, não há previsão de reserva para essa categoria de emendas, que não têm pagamento obrigatório pelo Executivo.
Cabe ao Congresso discutir, cortar e remanejar recursos para enquadrar o montante dentro da lei orçamentária. A única certeza, segundo técnicos do Orçamento, é que a Comissão de Saúde garanta a maior fatia. Isso porque há obrigação legal de que, no mínimo, 50% dos recursos das emendas de comissão sejam destinados à área. Neste ano, o colegiado ficará nas mãos do PL. Em 2024, a Comissão de Saúde da Câmara somou mais de R$ 4,5 bilhões em emendas.
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