Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher na Engenharia, festejado amanhã, o Sistema Confea/Crea e Mútua realizou, hoje, uma sessão de homenagem às engenheiras, agrônomas e geocientistas, no Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A representante feminina de Pernambuco foi a engenheira civil e de segurança do trabalho Roberta Meneses, também diretora geral da Mútua-PE, acompanhada por outro pernambucano, o geólogo Waldir Costa Filho, diretor executivo de Tecnologia da Informação da Mútua, únicos profissionais pernambucanos do Sistema a prestigiar o evento, em particular, as mulheres engenheiras, agrônomas e geocientista.
O empresário pernambucano Rodrigo Dib Carvalheira foi condenado, ontem, a 12 anos de prisão em um dos três casos de estupro pelos quais responde. Segundo os relatos das vítimas – que eram amigas do acusado –, ele deu comprimidos para elas, que acordaram no dia seguinte com sinais de abuso sexual.
O caso que foi julgado foi um dos primeiros que vieram à tona em 2024, época em que Rodrigo Carvalheira foi preso acusado de estupro e violência contra mulheres. Ele foi detido em abril, solto quatro dias depois e preso novamente em junho, passando mais cinco meses na prisão. Desde então, ele responde aos processos em liberdade.
Ao todo, seis mulheres denunciaram à polícia ter sido estupradas por Rodrigo Carvalheira. A decisão foi proferida pela juíza Blanche Maymone Pontes Matos, da 18ª Vara Criminal da Capital.
Conforme a sentença, Carvalheira deverá cumprir 12 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável. Cabe recurso e ele responde ao processo em liberdade, sendo monitorado com tornozeleira eletrônica.
O crime pelo qual ele foi condenado aconteceu em março de 2019. A mulher disse que foi estuprada por Rodrigo no carnaval de 2019. Ela tinha voltado para casa após uma festa, quando o empresário chegou de surpresa.
“Eu já tinha bebido o dia inteiro, estava muito vulnerável. Ele virou um copo de bebida, então eu tomei um comprimido sem saber o que era. Não consegui ter reação nenhuma”, relatou, na época em que o caso veio à tona. Ela acordou no dia seguinte, após um “blackout”. O nome da mulher não será divulgado em respeito à dignidade da vítima.
No processo, foram ouvidas testemunhas, incluindo outras três mulheres que denunciaram Rodrigo Carvalheira pelo mesmo crime. Elas, em seus depoimentos, contaram que ele agiu da mesma forma, as dopando e estuprando. Isso, segundo a juíza, não configura prova, mas “serve como elemento de corroboração quanto ao modus operandi do acusado”.
“Esse padrão reiterado de conduta informado por três testemunhas, fornecimento de comprimido, seguido de perda total ou parcial de consciência das mulheres e ato sexual seguinte, confere credibilidade plena ao relato da vítima e comprova o modus operandi do acusado”, diz a juíza na sentença.
A juíza também disse que o réu teve um esforço “ativo e consciente para obstruir a Justiça e silenciar a vítima. Disse, ainda, que Rodrigo Carvalheira demonstrou “personalidade desvirtuada e voltada à manipulação”. Todos esses elementos, segundo a magistrada, reforçam “a convicção sobre a culpabilidade e padrão manipulador”.
Além disso, a magistrada considerou que a vítima apresentou relato coeso e detalhado, descrevendo as circunstâncias que levaram à condição de vulnerabilidade no momento em que o crime aconteceu. Também foram considerados laudos psicológicos e outros elementos para a decisão.
A defesa de Rodrigo Carvalheira alegou que a relação sexual foi consensual, algo que, segundo a magistrada, “não se coaduna com prova produzida”. Ao ser ouvido, segundo a sentença, ele afirmou que os fatos não são verdadeiros.
Ao fixar a pena, a juíza considerou elementos de culpabilidade, personalidade e as circunstâncias do crime. Apesar de ter determinado 12 anos de prisão para Rodrigo Carvalheira, a magistrada manteve a liberdade provisória do acusado, mediante a aplicação de medidas cautelares.
O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PL-DF), é o convidado de hoje do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’. Recentemente, o ex-gestor anunciou que disputará novamente o governo do Distrito Federal. Na pauta, após 15 anos fora da vida pública, Arruda falará sobre seus planos para 2026 e o que fez no período em que esteve afastado da política.
Servidor de carreira, Arruda ascendeu a postos de chefia na administração antes de ingressar na política do Distrito Federal. Foi eleito senador, deputado federal e governador do DF. A vida política de Arruda foi tumultuada pela renúncia, em 2001, após o escândalo de adulteração do painel de votação do Senado, quando atuou ao lado de Antônio Carlos Magalhães, e, em 2010, pela descoberta de um grande esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, conhecido como Mensalão do DEM.
No decorrer das investigações, Arruda foi preso preventivamente, tornando-se o primeiro governador do Brasil a ser encarcerado durante o mandato. Ele também foi acusado de participar de um esquema de propina de R$ 900 milhões na obra do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo FIFA de 2014.
Arruda afirmou que está “totalmente elegível” e adiantou que já iniciou conversas com lideranças políticas para formar sua chapa. “Eu converso com todo mundo, sou do diálogo. A política é a arte do diálogo. Eu não gosto de construir muro, gosto de construir pontes”, afirmou o ex-governador.
O ‘Direto de Brasília’, em parceria com a Folha de Pernambuco, vai ao ar hoje, das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, além de cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Retransmitem ainda o programa a Gazeta News (Grupo Collor), em Alagoas; a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; a Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; e a Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras, além da TV LW, de Arcoverde.
Entram como parceiros na mídia institucional o Grupo Ferreira, de Santa Cruz do Capibaribe; a Autoviação Progresso; o Grupo Antônio Ferreira Souza; a Água Santa Joana; a Faculdade Vale do Pajeú; e o Grupo Grau Técnico.
O hotel Reserve, em Surubim, onde fiz meu pernoite ontem, na agenda semanal pelo Agreste Setentrional, não é o melhor da região por acaso. Moderno, confortável e amplo, tem até uma pista de cooper, onde corri, há pouco, meus 8 km diários para ficar em forma. Hoje, à noite de autógrafos e palestra sobre ‘Os Leões do Norte’ será às 19 horas, na Câmara Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, com o apoio do presidente da Casa, Augusto Maia (MDB), e do prefeito Helinho Aragão (PSD).
Quem busca conforto, boa localização e estrutura completa para lazer ou trabalho encontra no Reserve Hotel uma das principais opções de hospedagem. Localizado na Avenida Senador Paulo Pessoa Guerra, a poucos metros do Parque de Vaquejada J. Galdino, o hotel fica a cerca de 120 km do Recife e próximo ao Polo de Confecções do Agreste, oferecendo uma estrutura voltada tanto para o turismo de lazer quanto para o público corporativo.
Com 42 acomodações confortáveis, o hotel dispõe de quartos amplos com varanda, ar-condicionado, TV a cabo, frigobar e Wi-Fi gratuito. Entre os diferenciais estão a piscina ao ar livre, academia, piscina infantil e espaço para cooper. O Reserve também conta com estacionamento gratuito, café da manhã em estilo buffet incluso na diária e facilidades para pessoas com deficiência. Além de ser uma opção aconchegante para famílias, o hotel oferece estrutura para eventos e reuniões, consolidando-se como um dos mais completos da região.
O relator do projeto antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), propôs alterações significativas no texto enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Isso provocou reação na base governista, que critica as mudanças.
Segundo essas avaliações, o substitutivo do relator pode abrir brechas para intervenções estrangeiras no Brasil.
Havia também um dispositivo que limitava a atuação da Polícia Federal (PF) em investigações, trecho que foi amenizado em nova versão apresentada pelo relator. Apesar disso, a corporação ainda vê perda de autonomia.
A lei antifacção é a principal aposta do governo para tentar sufocar o crime organizado. Entre outros pontos, o texto original propõe criar a figura da “facção criminosa”.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que afirma não querer “polarizar” a discussão, escolheu Derrite para a relatoria.
Derrite está licenciado, desde a última semana, do cargo de secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas, potencial adversário de Lula em 2026, para relatar o PL.
Derrite manteve parte do texto enviado pelo Executivo, mas fez alterações estruturais, indo além de pontos como aumento de penas, infiltração de delatores e criação de um banco nacional de organizações criminosas.
As fortes declarações do deputado Waldemar Borges (MDB) contra a governadora Raquel Lyra (PSD), em vídeo ontem nas redes sociais, quando a acusou de mentir sobre supostas benfeitorias de seu governo no arquipélago de Fernando de Noronha, não são isoladas. Há tempos, parlamentares de oposição e até mesmo aliados do governo, sob reserva, têm estranhado afirmações da chefe do Executivo estadual que não se sustentam mediante uma rápida busca em matérias jornalísticas de anos atrás.
Uma das áreas mais sensíveis tem sido a segurança pública. Em junho, por exemplo, depois de se envolver em uma polêmica com o prefeito de São Lourenço da Mata, Vinicius Labanca (PSB), ela decidiu recuar da ideia de desativar o batalhão da Polícia Militar (PM) na cidade. Não só manteve a sede atual, como também anunciou a construção de outro prédio no município vizinho, Camaragibe, e de unidades em Goiana, Barreiros, Bezerros e Arcoverde.
Na ocasião, ainda confirmou a criação de Batalhões Integrados Especializados de Policiamento (Biesp) em Caruaru, Arcoverde e Petrolina. Até aí, teria sido uma saída de mestre após semanas de desgaste. O problema foi inventar que não se construía um batalhão da PM em Pernambuco há 30 anos. A governadora repetiu essa informação em diversas plenárias do ‘Ouvir para Mudar’, ao longo de setembro.
No mês seguinte, durante entrevista à Rádio Folha, novamente insistiu: “São R$ 2,3 bilhões [investidos] na segurança pública. Lançamos batalhões, quando há 30 anos não se construía batalhão em Pernambuco”, declarou. Os mais atentos ao cenário da segurança, contudo, vão lembrar que o Governo do Estado inaugurou o 25º Batalhão da PM, em Jaboatão dos Guararapes, em 2016, e o 26º, em Itapissuma, em 2019.
Foi também na gestão anterior que se implantou o 1º Biesp, em Caruaru, responsável pela redução significativa dos homicídios na cidade entre 2018 e 2020. Raquel, aliás, era prefeita do município e contou outra mentira sobre isso. Na campanha de 2022, ignorou a ação estadual e atribuiu a ela a melhora dos índices, apesar de saber que o máximo que pôde fazer foi mandar trocar lâmpadas de postes em ruas escuras.
Com esse histórico, não é estranho que a governadora tenha se vangloriado em Fernando de Noronha de ações que não têm relação com seu governo. Segundo o deputado Waldemar Borges, Raquel tentou se apropriar da entrega da Usina de Dessalinização do arquipélago, que ocorreu em 2021, ainda no Governo Paulo Câmara. “A gestão atual tem zero a ver com essa conquista”, cravou o parlamentar, desmentindo também a insinuação feita por Raquel de que seu governo estaria iniciando investimentos em casas populares e unidades habitacionais de interesse social na ilha.
O efeito matemático de conviver com quem profere mentiras de forma contumaz é ver a corrosão de sua credibilidade a passos largos. Talvez seja por isso que ninguém leva muito a sério os números divulgados pelo governo sobre uma suposta redução em indicadores de criminalidade, sobretudo depois de acusações feitas pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) acerca de problemas no registro das ocorrências, o que pode estar gerando uma subnotificação de casos.
E também pode ter sido por isso que, durante sua primeira visita a Fernando de Noronha em quase três anos como governadora, Raquel não conseguiu juntar nem 30 pessoas na frente de um palco onde assinaria ordens de serviço, na noite da última sexta-feira.
Impossível um recado mais claro vindo da população: para que perder tempo ouvindo discursos bonitos se o que acontece, na prática, é puro descaso e ineficiência?
Pernas curtas – Ao assistir e postar o vídeo do deputado Waldemar Borges, lembrei-me do escritor José Samarago, o grande pensador português, que disse que os políticos, via de regra, são a mentira, legitimados pela vontade do povo. Para ele, a política é um jogo de mentiras, onde o vencedor é aquele que melhor esconde as suas verdades. Em português claro, a mentira tem pernas curtas e fere de morte quem está no poder.
Entusiasmo a mil – O ex-deputado federal Ricardo Teobaldo, que vai tentar um novo mandato pelo Podemos, diz que a pior fase do Governo Raquel já foi superada e que seu partido tem pesquisas com elevado crescimento da popularidade da sua gestão. “Raquel é extremamente competitiva e pelo que tenho observado não só nas pesquisas, mas sobretudo com minhas andanças pelo Estado, as chances de emplacar a reeleição altíssimas”, afirmou. Teobaldo esteve ontem Limoeiro, sua terra natal que governou por duas vezes, prestigiando a tarde de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’ no auditório da Facal.
Mudou de feitura – Por falar em Limoeiro, o prefeito Orlando Jorge (Podemos), que também prestigiou o lançamento do meu livro, ontem, fez importantes intervenções no trânsito, entre elas três pontes, que contribuíram fortemente para melhorar a mobilidade. Os recursos vieram da época que Ricardo Teobaldo era relator do orçamento, disponibilizando mais de R$ 70 milhões em emendas.
Pau no relator – O Governo Lula ainda não engoliu a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para relatoria do projeto antifacção. Ontem, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o relatório dele traz “implicação muito séria” para a soberania nacional. Ela criticou a opção do relator de alterar a Lei Antiterrorismo (13.260 de 2016) – e não a Lei das Organizações Criminosas (12.850 de 2013) – ao incluir dispositivos que tratam das facções criminosas. A ministra também contestou a proposta que restringe a atuação da Polícia Federal.
Deputados condenados – A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de três deputados federais e outros cinco réus por participação em um esquema de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. Nas alegações finais encaminhadas à Corte, afirma que os parlamentares Josimar Cunha Rodrigues (PL-MA), conhecido como Josimar Maranhãozinho; Gildenemir de Lima Sousa (Pastor Gil); e João Bosco da Costa (Bosco Costa) lideraram uma organização criminosa que direcionava emendas para municípios maranhenses em troca de propina. O caso envolve repasses que somaram R$ 6,67 milhões ao município de São José do Ribamar (MA), mediante solicitação de vantagem indevida de R$ 1,67 milhão.
CURTAS
SANTA CRUZ – Na agenda de palestras e lançamentos de ‘Os Leões do Norte’ estarei, hoje, em Santa Cruz do Capibaribe, a capital da sulanca. O evento está marcado às 19 horas na Câmara de Vereadores, com a participação e apoio do prefeito Helinho Aragão (PSD).
DUPLA JORNADA – Já amanhã, cumpro agenda dupla em Surubim e Casinhas, com apoio e a presença dos respectivos prefeitos Cléber Chaparral e Juliana de Chaparral, ambos do União Brasil. Em Surubim, acontece as 9h30 na escola Oliveiros de Andrade Vasconcelos. Em Casinhas, no auditório da escola São Luiz, às 15 horas.
PODCAST – O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PL-DF), é o convidado de hoje do meu podcast ‘Direto de Brasília’. Na pauta, após 15 anos fora da vida pública, Arruda falará sobre seus planos para 2026 e o que fez no período em que esteve afastado da política. O programa vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, além de cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Perguntar não ofende: Qual será a próxima derrapada de Raquel?
A Alepe iniciou, hoje, a 3ª Jornada Antirracista, evento com extensa programação de debates e atrações culturais que segue até quinta-feira (13/11) no auditório Sérgio Guerra, sede do Legislativo. O primeiro dia contou com a pesquisadora Carla Akotirene que apresentou uma palestra sobre “Educação Antirracista como Política Pública”.
Pós-doutora em Política Antirracista pela Universidade de Brasília (UNB), Carla abordou como o poder público tem condições de fomentar uma política de educação antirracista.
“O debate nesta Casa cria uma transversalidade, uma intersetorialidade das políticas públicas. Um parlamentar que é desconectado da questão do racismo institucionalizado, ao criar projetos de lei, não leva em conta o fato da população negra ser submetida a uma exclusão racial”, provocou a pesquisadora.
Na abertura do evento, o primeiro-secretário da Alepe, deputado Francismar Ponte, anunciou que a ouvidoria criada pela Casa para apurar denúncias de violação dos direitos da população negra será conduzida pela deputada Rosa Amorim. O órgão tem, ainda, a função de garantir o cumprimento da política antirracista da Alepe e propor ações de promoção de igualdade racial.
O parlamentar destacou que a movimentação da Assembleia em torno dessa temática é “de vital importância” e confirmou a realização das próximas edições do encontro. “Certamente teremos a continuidade das ações nesse sentido ao longo da gestão desta Mesa Diretora. Esta Casa se fará sempre presente nesta discussão. O parlamento é o espelho da sociedade e as práticas objetivas com relação à política antirracista refletem na população”, destacou.
A Alepe é a primeira assembleia do País a instituir, por meio de uma resolução interna, uma política antirracista permanente. Como parte da iniciativa, foi anunciado no primeiro dia da Jornada, nesta segunda, o curso EAD sobre a história e a cultura afro-brasileira, inicialmente oferecido em 2023, e que passou por uma reformulação e ampliação.
O curso será oferecido gratuitamente, em parceria com Tribunal de Justiça do Estado (através da Escola da Magistratura), com conteúdo super didático. Serão sete módulos que abordarão a história e a cultura africana e indígena; o contexto histórico brasileiro dos afrodescendentes indígenas; e outros temas como letramento racial, antirracismo estrutural e legislações vigentes sobre os temas. As aulas estarão disponíveis ainda este mês na plataforma Moodle do TJ.
Para o superintendente geral da Alepe, Aldemar Santos (Dema), a Jornada Antirracista é um evento que se consolidou na agenda da Alepe. “Saúdo a atual gestão por abrir espaço para essas questões. Estamos trazendo uma ampla série de palestras e debates para que as pessoas racistas, às vezes até sem perceber, possam entender a importância de se ter a consciência de uma sociedade antirracista. O racismo diminui as pessoas enquanto seres humanos, afeta a saúde mental, o racismo mata”, pontuou.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deu início à perfuração de um novo poço profundo no bairro do Janga, em Paulista. O equipamento, localizado na rua Manoel Aquino, conta com vazão estimada em 25 litros por segundo (L/s) e tem previsão de conclusão para janeiro do próximo ano.
Com investimento de R$ 2,1 milhões, o novo poço vai beneficiar cerca de 10 mil moradores do Janga, contribuindo para melhorar a oferta de água no bairro e garantir mais regularidade no abastecimento. A iniciativa faz parte do Programa de Perfuração de Poços da Região Metropolitana do Recife (RMR), um investimento total de R$ 100 milhões do Programa Águas de Pernambuco, do Governo do Estado.
“O poço do Janga é uma importante ação dentro do nosso programa de ampliação do sistema produtor da Região Metropolitana. Esses investimentos reforçam o compromisso da governadora Raquel Lyra e da Compesa em oferecer mais segurança hídrica para a população”, destacou o presidente da Compesa, Douglas Nóbrega.
O Programa de Perfuração de Poços da RMR tem como meta ampliar o abastecimento de água e atender melhor as demandas das áreas urbanas em crescimento. Ao todo, o programa contempla 35 poços, com incremento total de 745 L/s de vazão e investimento estimado em R$ 100 milhões, beneficiando aproximadamente 425 mil habitantes.
Atualmente, 11 poços estão em execução na Região Metropolitana, incluindo o do Janga. Desses, três estão em Olinda e dois no Recife, ambos com com conclusão prevista até o final de 2025, e cinco em Goiana, com término previsto para o início de 2026. Outros 16 poços estão com perfuração programada para iniciar nos próximos meses, sendo cinco em Igarassu, um no Recife, três em Paulista e seis em Olinda.
Desde o início do programa, em 2023, nove poços já foram concluídos (seis em Paulista, entre 2024 e 2025) e três no Recife (entre 2023 e 2024), reforçando o sistema de abastecimento e melhorando a qualidade de vida das comunidades atendidas. Com esse conjunto de ações, a Compesa segue avançando no fortalecimento da infraestrutura hídrica da Região Metropolitana do Recife, garantindo mais eficiência e estabilidade no fornecimento de água para milhares de pernambucanos.
O Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE) celebra, amanhã, às 19h, os 85 anos de fundação com uma missa em Ação de Graças presidida pelo arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson. A cerimônia será realizada no auditório principal da instituição, no bairro da Boa Vista, reunindo docentes, estudantes, colaboradores, autoridades e o público em geral.
Fundada pelas Irmãs de Santa Doroteia, a UniFAFIRE consolida, ao longo de oito décadas e meia, uma trajetória marcada pelo compromisso com a formação humana, cristã e acadêmica de excelência. A instituição, que nasceu inspirada nos valores da educadora Paula Frassinetti, mantém-se atenta às transformações da sociedade e às exigências do mercado, sem abrir mão de sua missão pedagógica e social.
À frente da reitoria está a professora Maria das Graças Soares, educadora e paraibana de nascimento, reconhecida, no ano passado, como pernambucana de coração pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE). Ela também é Diretora Geral do Colégio de São José – a primeira instituição de ensino fundada pelas Irmãs de Santa Doroteia no Brasil, em 1866 – e integra a Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ABRUC) e a Organização Universitária Interamericana (OUI).
Inspirada nos referenciais freireanos, a reitora Maria das Graças Soares pauta sua atuação em valores democráticos, dialógicos e emancipatórios, estimulando a construção coletiva do conhecimento e o fortalecimento de ambientes de aprendizagem acolhedores e inclusivos.
Durante sua gestão, Maria das Graças vem ampliando o alcance social e acadêmico da UniFAFIRE, fortalecendo o compromisso da universidade com a ética, a justiça social e o desenvolvimento humano. Sob sua liderança, a instituição criou e consolidou projetos de grande impacto comunitário, como a Casa de Justiça e Cidadania, em parceria com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE); o Centro Dom Helder Câmara; e o Centro de Estudos, Pesquisas e Atendimentos Relativos à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes (CEPARVS), que oferece atendimento psicológico gratuito a crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade.
Em parceria com o Governo de Pernambuco, a UniFAFIRE também implantou cursos voltados a mulheres em vulnerabilidade social e desenvolve o programa Semeando o Futuro, voltado à geração de renda e ao empreendedorismo feminino, com base nos princípios da economia criativa e solidária. A iniciativa apoia mulheres de diferentes territórios do Recife e Região Metropolitana, estimulando o protagonismo e a autonomia financeira.
A celebração dos 85 anos da UniFAFIRE reafirma o legado de uma instituição que, ao longo de sua história, tem sido espaço de fé, saber e compromisso social – uma trajetória que segue inspirando gerações e projetando novos caminhos para a educação em Pernambuco e no Brasil.
O deputado estadual Romero Albuquerque (UB) criticou, hoje, a postura do Governo de Pernambuco diante das recentes operações da Prefeitura do Recife voltadas ao cumprimento da Lei das Carroças. Segundo o parlamentar, o Executivo estadual tem negado apoio da Polícia Militar em ações de resgate e entrega voluntária de cavalos e carroças, o que estaria comprometendo o trabalho das equipes envolvidas.
“Enquanto o Recife age, o Estado se omite. O não comparecimento da força policial não é uma falha operacional, mas uma escolha política. A Prefeitura coordena, organiza e cumpre a lei, o Governo do Estado se esconde atrás de uma secretaria que existe só no papel”, afirmou Romero, em referência à Secretaria Estadual da Causa Animal.
O parlamentar elogiou a atuação da Prefeitura do Recife, destacando o êxito das ações recentes. “A primeira entrega voluntária dos cavalos e carroças foi um verdadeiro sucesso. Dias antes, a Prefeitura havia resgatado 13 cavalos em situação de abandono e maus-tratos. Realizar todas essas ações nunca é fácil, mas sempre é necessário”, ressaltou.
Romero também cobrou resultados da Secretaria Estadual da Causa Animal, criada pelo atual governo. “Essa secretaria até agora não entregou projetos, não investiu, não executou e, na verdade, não está cuidando dos animais do Estado. Eu darei graças a Deus no dia em que o Governo anunciar um hospital veterinário estadual, um programa de castração ou abrigos regionais, mas até agora, nada”, criticou.
O deputado fez um apelo para que o Estado garanta o apoio policial nas próximas operações. “Faço um apelo público: que o Governo do Estado assuma seu papel e garanta o apoio da Polícia Militar nas próximas ações de resgate. Quem perde não é o prefeito João Campos, quem perde são os servidores desprotegidos, a população ameaçada e os animais que continuam sofrendo”, concluiu.
A Lei das Carroças (Lei Municipal nº 18.016/2014) proíbe gradualmente o uso de veículos de tração animal no Recife. O programa municipal de entrega voluntária oferece indenizações e assistência aos condutores que aderirem à iniciativa, garantindo bem-estar animal e segurança viária.
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI), abriu, hoje, a fase de votação popular do Prêmio Recife de Inovação 2025, que pode ser realizada pelo Conecta Recife (banner em Destaque) ou diretamente pelo link https://conectarecifeservicos.recife.pe.gov.br/votacao-pri/. A etapa permite que a sociedade participe ativamente da escolha das iniciativas que mais se destacam em inovação, reforçando o caráter colaborativo e democrático da premiação. A votação popular segue até o dia 24 de novembro.
Ao todo, 106 iniciativas se inscreveram nesta segunda edição do prêmio. Após a fase de análise de elegibilidade, 97 projetos foram aprovados e seguem para a votação popular. As iniciativas estão distribuídas nos quatro eixos da premiação – Inovação Empresarial, Startups Inovadoras, Inovação Social e Inovação Científica – e concorrem nas 14 categorias que compõem o prêmio, sendo que quatro serão definidas por voto popular.
Além do troféu simbólico, os vencedores de cada categoria receberão mentorias especializadas com a equipe da SECTI e parceiros estratégicos, além da possibilidade de inserção em redes de aceleração e programas de fomento, fortalecendo o desenvolvimento e a implementação de suas iniciativas.
Segundo o secretário de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia, Rafael Cunha, o envolvimento da população fortalece o reconhecimento de quem faz inovação no dia a dia. “A votação popular é o momento em que a sociedade recifense reconhece, de forma direta, quem está transformando a cidade por meio da inovação. É uma etapa essencial para aproximar o cidadão das iniciativas que geram impacto real”, afirmou.
No ano passado, o Prêmio Recife de Inovação contou com mais de 15 mil votos do público, demonstrando o engajamento e o entusiasmo do ecossistema local. A expectativa para 2025 é superar esse número, consolidando a premiação como um marco no calendário da cidade e ampliando a visibilidade dos projetos participantes. A cerimônia de premiação que anunciará os vencedores das categorias técnicas e populares acontecerá em dezembro, reunindo representantes de empresas, startups, universidades, organizações sociais e instituições públicas que vêm impulsionando o desenvolvimento inovador do Recife.
Motoristas da Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) estão com os salários atrasados e sem informações de quando terão os pagamentos regularizados. A denúncia anônima que chegou a este Blog, hoje, também diz respeito às diárias de viagens.
Segundo as informações enviadas ao blog, é frequente o atraso nas diárias dos trabalhos realizados no interior. Os valores são destinados para a alimentação dos profissionais, que estariam arcando com os custos das refeições do próprio bolso e sem prazo para ressarcimento por parte da secretaria.
O salário do mês de novembro deveria ter sido pago na última sexta-feira (7), 5° dia útil do mês, mas os motoristas terminaram esta segunda-feira com as contas bancárias vazias e sem saber quando receberão.
A denúncia também aponta que mais de 50 motoristas foram contratados nos últimos meses para a secretaria a pedido de políticos, mas passam a maior parte do tempo sem fazerem nada na sede da pasta, no bairro da Várzea, no Recife, porque não há carros suficientes para todos trabalharem.
As informações repassadas ainda indicam a existência de dezenas de ônibus escolares parados na sede da secretaria, sem que os funcionários saibam para onde serão enviados e nem quando. O espaço está aberto caso a SEE tenha interesse em se manifestar.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmaram, hoje, que a proposta do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para combater facções criminosas significa uma “blindagem” ao crime organizado e pode impactar a investigação contra parlamentares.
O projeto antifacção foi apresentado pelo governo após a mega operação da polícia do Rio de Janeiro que deixou 121 mortos. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), escolheu Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, para relatar o texto.
Derrite apresentou uma nova versão do texto e incluiu um dispositivo que só permite à Polícia Federal (PF) investigar facções criminosas, milícias e organizações paramilitares que praticarem atos considerados terroristas se os governadores dos estados pedirem (leia mais abaixo).
A base governista aderiu à estratégia de colar no projeto de Derrite a pecha de reciclagem da PEC da blindagem. O líder do PT disse que o novo projeto está sendo apoiado “pela mesma turma” que aprovou a PEC na Câmara – depois enterrada pelo Senado.
“O fundamental é desmontar esse ataque à Polícia Federal. É a mesma turma que tentou passar a PEC da blindagem e fizeram isso aqui para tentar criar um grau de proteção até a membros do parlamento”, disse Farias.
O líder do PT disse que a base governista está disposta a negociar o relatório, mas que não abre mão que sejam retirados do texto a exigência de pedido dos governos estaduais para que a PF realize operações em seus territórios, bem como a exclusão da punição de organizações criminosas dentro da lei antiterrorismo, para inclusão na lei sobre organizações criminosas.
“Acho inaceitável esse ataque frontal à Polícia Federal feito no relatório do deputado Derrite”, afirmou Lindbergh. “Tem mais coisa. tem interesse a partir daqui [Congresso] de tentar barrar investigações feitas pela PF contra parlamentares”, afirmou.
