Convivi com o jornalista Carlos Brickmann, que morreu ontem em São Paulo aos 78 anos. Ele tinha cheiro de notícia, faro de Labrador, ironia inteligente e humor refinado. Passou pela grande mídia nacional, entre os quais os jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Assinava uma coluna reproduzida em vários jornais regionais, entre eles a Folha de Pernambuco, do meu amigo Eduardo Monteiro.
A convite de Eduardo, acompanhei uma visita a usina de sua propriedade no Mato Grosso, que incluiu um pernoite em quartos da base de apoio do seu empreendimento. Acabei dividindo o apartamento com Brickmann. Foi muito bom para botar o papo em dia e aprender com sua sabedoria.
Brickmann era alto, gordo e roncava de forma ensurdecedora. É claro que passei uma noite insone. Mas o pior estava por vir.
De manhã, quando tomava banho, ele adentrou nu, sentou no trono e mandou um fax sem tamanho na minha frente, com um detalhe: contando piada. Quando acabou o serviço, a descarga não funcionou.
O resto, nem precisa contar!