Mensagens, anotações e documentos extraídos pela Polícia Federal do telefone celular do coronel da reserva do Exército Flávio Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto, mostram bastidores inéditos das ações golpistas realizadas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O material também deixa evidente o incômodo dos militares com a estratégia da defesa do ex-presidente de culpá-los pelas ações. Em uma de suas anotações, o coronel frisa que o líder dessas articulações era o ex-presidente Jair Bolsonaro e diz que os militares tentaram ajudá-lo porque “sempre foi a intenção dele” permanecer no poder mesmo após ter sido derrotado na eleição. A informação reforça a acusação contra o ex-presidente, que será levada a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Procurada, a defesa de Braga Netto não quis se manifestar sobre as mensagens. O advogado de Bolsonaro não respondeu. O advogado Luís Henrique Prata, que defende o coronel Peregrino, disse que as anotações foram “formuladas com base na liberdade de expressão e no contexto da assessoria de um dos envolvidos” e citou que o principal ponto era a “lealdade dos militares na busca de soluções constitucionais naquele período e ao longo de todo governo”. (Leia a íntegra da nota ao final da reportagem.)
O Estadão teve acesso com exclusividade a detalhes do celular de Peregrino, apreendido pela Polícia Federal em dezembro do ano passado, na mesma operação que resultou na prisão de Braga Netto. As informações são inéditas e não tinham vindo a público até agora.
Peregrino se tornou alvo da investigação sob suspeita de ter tentado obter informações sigilosas da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Apesar disso, ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República nas ações apresentadas ao STF pelo plano de golpe. As informações ainda estão sob apuração.
Em mensagens enviadas a si mesmo e documentos produzidos para analisar o cenário das investigações, o coronel Peregrino rechaça a tese apresentada pela defesa de Bolsonaro de que os planos golpistas partiram da iniciativa dos militares e busca deixar claro que todas ações dos militares foram feitas para tentar ajudar Bolsonaro a cumprir seu desejo de permanecer no poder.
Um desses documentos tinha o título “Ideias gerais da defesa” e foi redigido por Peregrino em 28 de novembro de 2024. Continha anotações sobre as articulações golpistas e estratégias para a defesa de Braga Netto, uma semana após a Polícia Federal ter deflagrado uma operação que revelou a existência de planejamento dos militares das Forças Especiais para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
No início do documento, Peregrino critica uma tese divulgada naquela época pela defesa de Jair Bolsonaro de que ele seria o alvo de um golpe dos militares, que iriam assumir o poder e afastá-lo da Presidência da República. “Oportunismo e o que mostra que tudo será feito para livrar a cabeça do B [Bolsonaro]. Estão colocando o projeto político dele acima das amizades e da lealdade que um Gen H [Heleno] sempre demonstrou ao B [Bolsonaro]”, escreveu Peregrino.
Em seguida, o coronel descreve que a defesa de Bolsonaro havia começado a construir uma tese de que seus aliados haviam apresentado propostas para se manter no poder, mas o golpe não havia sido consumado porque o então presidente resistiu às pressões e não quis concretizar nenhum plano.
No documento, Peregrino afirma que ouviu os indiciados, os advogados e os militares que acompanharam as articulações realizadas em novembro e dezembro de 2022, concluindo que a tese de Bolsonaro não correspondia aos fatos presenciados por eles.
“A posição de muitos envolvidos (indiciados) é que buscaram sempre soluções jurídicas e constitucionais (Estado de Defesa e de Sítio, GLO e artigo 142). Tudo isso para achar uma solução e ajudar o Pres B [presidente Bolsonaro] a se manter no governo (pois SEMPRE foi a INTENÇÃO dele), em função de suspeitas de parcialidade no processo eleitoral e desconfiança nas urnas eletrônicas”, escreveu o coronel.
“Deixar colocarem a culpa nos militares que circundavam o poder no Planalto é uma falta total de gratidão do B [Bolsonaro] àqueles poucos, civis e militares, que não traíram ou abandonaram o Pres. B [Bolsonaro] após os resultados do 2º turno das eleições”, escreveu.
Crítica aos militares
O documento do coronel também faz uma espécie de mea culpa e aponta falhas dos militares em não desmobilizar os acampamentos nos quartéis e não convencer Bolsonaro a desistir do golpe.
“Os militares erraram todos em suas condutas, os da ativa e do alto comando e os da reserva que eram do governo por não terem tido a coragem de demover a ideia de realizar alguma solução constitucional pois na verdade o B [Bolsonaro] ficou isolado politicamente, internacionalmente e aqueles que ficaram com ele até o fim, ele aparenta estar soltando a mão agora pela sobrevivência de seu projeto político e de poder”, escreveu Peregrino.
Em mensagens enviadas a si próprio no seu WhatsApp, o coronel ainda fez outras críticas às estratégias da defesa de Bolsonaro. Ao comentar a tentativa de culpar os militares, Peregrino demonstra insatisfação. “Negação, embaixada, prisão…”, escreveu.
Mais tarde, sobre o mesmo assunto, o coronel diz que as ações demonstram “desorientação” e “falta de coerência”. Afirma que o ex-presidente estaria “forçando” uma ordem de prisão para concretizar a tese de que era perseguido pelo STF. Essa mensagem foi escrita em 2 de dezembro de 2024.
Nove meses depois, no último dia 4 de agosto, Moraes acabou decretando a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro após o descumprimento de medidas cautelares fixadas por ele.
Leia a íntegra da nota da defesa
A defesa técnica de Flávio Peregrino reitera a indignação com mais um vazamento seletivo de informações pessoais e constantes de inquérito sigiloso, nitidamente, com o intuito de tirar o foco de denúncias graves do processo eleitoral de 2022, que vem sendo divulgadas e apuradas por organismos internacionais.
O assunto em tela, já exaustivamente explorado na imprensa e usado fora de contexto mais amplo, tratava de uma linha de defesa absurda de que teria havido um “golpe dentro do golpe” pensado por militares. Ressalta-se que não houve nem uma coisa (“golpe”) nem a outra.
As ideias formuladas com base na liberdade de expressão e no contexto da assessoria de um dos envolvidos listavam linhas de pensamento e o principal ponto se calcava na lealdade dos militares na busca de soluções constitucionais naquele período e ao longo de todo governo.
Luís Henrique Prata, advogado do coronel Flávio Peregrino
Uma violenta disputa entre membros de facções criminosas transformou o distrito de Uiraponga, no interior do Ceará, em um “território-fantasma”.
Há mais de dois meses, segundo moradores, o vilarejo, em Morada Nova, a 167 km de Fortaleza, deixou de ser uma comunidade onde viviam 300 famílias e ficou marcado por um êxodo forçado em massa. Casas foram abandonadas e comércios fechados. As ruas estão quase desertas. As informações são do g1.
A disputa é narrada em um relatório policial e descrita por um morador que conversou com o g1. A prefeitura reconheceu em decreto a escalada da violência, suspendeu atendimento em um posto de saúde e transferiu alunos. O governo do Estado diz que faz operações na região para conter a criminalidade. Para o especialista Raul Thé, a disputa de facções em Uiraponga “representa” o que ocorre ”por todo” o Ceará e exige uma postura de resolução do problema.
O criminoso José Witals da Silva Nazário determinou a expulsão de moradores, segundo o governo do Estado. Márcio Jailton da Silva é cúmplice dele. Os dois guerreavam contra Gilberto de Oliveira Cazuza. Witals e Jailton estão presos. Ainda assim, a situação não se normalizou no vilarejo.
O decreto da prefeitura classificou a situação como “anormal e emergencial” no distrito. A medida autorizou o poder municipal a adotar ações administrativas urgentes e provisórias, para tentar garantir a continuidade da prestação dos serviços públicos à população.
A insegurança comprometeu o funcionamento da escola – cujos alunos foram temporariamente transferidos -, e do posto de saúde do local, que tive as atividades suspensas por um período.
Rompimento e disputa Por trás desse cenário de violência, pelo menos três criminosos aparecem como figuras principais na expulsão dos moradores do vilarejo. José Witals da Silva Nazário (“Playboy”), Márcio Jailton da Silva (“Piolho”) e Gilberto de Oliveira Cazuza (“Mingau”). O último está foragido.
José Witals é apontado pela investigação como um dos chefes da facção Terceiro Comando Puro (TCP), que ordenou a expulsão dos moradores do local. Já Márcio Jailton, seria um dos comparsas que executava as ordens de Witals. Ele é investigado por oito assassinatos ocorridos no município.
Conforme o inquérito policial ao qual o g1 teve acesso, o conflito na região começou após José Witals sair da facção Guardiões do Estado (GDE), romper com seu antigo aliado Gilberto de Oliveira Cazuza e se aliar ao TCP.
Com isso, Witals “Playboy” iniciou uma campanha de extrema violência para tomar o controle territorial de Uiraponga, localidade historicamente dominada por Gilberto “Mingau”, que está foragido.
“A atuação do grupo liderado por Witals não se limitou a ataques contra membros da facção rival, mas se voltou deliberadamente contra a população civil, utilizando a expulsão em massa e a imposição do medo como estratégia de domínio, em uma clara afronta à soberania do Estado e aos direitos fundamentais mais básicos dos cidadãos, sendo Márcio Jailton da Silva um de seus comparsas”, diz um trecho do documento.
Ainda conforme as investigações, o grupo de Witals tinha organização e divisão de tarefas, com a existência de “soldados” responsáveis pelas execuções e ameaças diretas aos moradores do vilarejo.
Êxodo Segundo um morador, que terá a identidade preservada, as ameaças dos criminosos começaram em abril deste ano. Mesmo assim, muitas famílias permaneceram no distrito.
“Antes da criminalidade, desses conflitos chegarem, era uma comunidade muito boa de se morar. Era uma comunidade muito ativa, com quadrilha junina, grupo de teatro, ações comunitárias para todos e festas. Podia ficar até tarde na rua, sem preocupação”, disse. Contudo, um confronto entre criminosos com trocas de tiros no vilarejo, na madrugada de 3 de julho, fez com que aqueles que já estavam amedrontados abandonassem de vez suas casas e buscassem abrigo na sede da cidade ou em outras localidades. O morador ouvido pelo g1 relatou que as famílias eram ameaçadas até de morte.
“As ameaças não aconteciam só de uma forma. Eles [criminosos] mandavam mensagens, ligavam para a pessoa ou mandavam recado dizendo para a família ir embora, para que não acontecessem coisas piores. Isso ocorria principalmente pelas redes sociais, com alguns perfis mandando mensagem para as pessoas, mandando ir embora da comunidade”, relatou.
Além da questão da violência, os moradores do distrito ficaram desassistidos pelos serviços públicos, enfrentando dificuldades.
“Quando as primeiras pessoas começaram a ir embora, a primeira coisa que a gestão fez foi disponibilizar um caminhão de mudança e quem quisesse ir embora utilizava esse caminhão. Não teve um plano de tentar resolver a crise, não se teve nada, foi só esse caminhão. Isso desapontou ainda mais as pessoas, que ficaram com medo e se sentindo cada vez mais acuadas e sozinhas. Em menos de 15 dias a comunidade ficou praticamente vazia”, disse o morador.
Atualmente, de acordo com o morador, a escola do distrito funciona em outro endereço, e o posto de saúde não funciona mais diariamente. Poucas famílias permaneceram no distrito.
“Hoje em dia só estão lá pessoas idosas e poucas famílias, que não tiveram condições de sair. Essas pessoas ficaram sem escola, sem posto de saúde, sem comércio. […] Não se tem notícia de nenhum planejamento que possa melhorar a vida dessas pessoas, nenhum plano para que os moradores voltem para a comunidade. É visível que as pessoas saíram sem querer sair, elas querem voltar, mas têm medo da realidade que vão encontrar”.
A prefeitura de Morada Nova não comenta a violência em Uiraponga, porém, no dia 1º de agosto, a administração municipal publicou um decreto reconhecendo “situação anormal e emergencial” no distrito, por prazo indeterminado.
Conforme o documento, assinado pela prefeita Naiara Carneiro Castro (PSB-CE), a atuação de facções criminosas, com ameaças generalizadas à população e abandono forçado de imóveis por diversas famílias, comprometeu a regularidade da prestação dos serviços básicos.
“Considerando que escolas, postos de saúde e outros equipamentos públicos interromperam suas atividades por falta de segurança, prejudicando o acesso da população a serviços essenciais. […] Considerando ainda que a situação também compromete a regularidade de serviços básicos como limpeza pública, iluminação, coleta de resíduos, infraestrutura, fiscalização, transporte de resíduos e atendimento social, demandando ações imediatas de reorganização administrativa”, diz um trecho do documento. O decreto autoriza, entre outras medidas, a realocação temporária de alunos da rede municipal para outras unidades seguras, além da transferência dos atendimentos de saúde para unidades em funcionamento regular, com garantia de acesso da população afetada.
“Este decreto entra em vigor na data de sua publicação e permanecerá vigente enquanto perdurar a situação que compromete a segurança pública, a integridade da população e a continuidade dos serviços essenciais no território do Distrito de Uiraponga”, segundo consta do decreto.
O g1 solicitou esclarecimentos à Prefeitura de Morada Nova sobre a situação do distrito de Uiraponga, incluindo o fornecimento dos caminhões de mudança, porém a pasta não respondeu até a publicação desta reportagem.
Prisões
José Witals foi preso em 28 de julho deste ano, em um imóvel na cidade de São Paulo, onde estava escondido.
O criminoso, que já tinha uma extensa ficha criminal com três passagens por homicídio doloso, além de antecedentes por roubos, receptação e tráfico de drogas, foi localizado após troca de informações entre equipes da Polícia Civil do Ceará com apoio das forças de segurança de São Paulo.
Um dia depois da captura de Witals, os policiais também prenderam Márcio Jailton, em Morada Nova, durante o cumprimento de um mandado. No momento da captura, os agentes apreenderam um revólver municiado que estava escondido embaixo de um colchão.
Durante o depoimento, Márcio admitiu que comprou a arma para se defender, “tento em vista que ultimamente a região estava bastante perigosa”. Ele já tem antecedentes por roubo e é investigado por homicídios.
Mais procurados
A polícia ainda tenta localizar e prender outros envolvidos na escalada de violência em Uiraponga, entre eles Gilberto “Mingau”, que figura na lista de mais procurados do Ceará. Ele é considerado um indivíduo de alta periculosidade.
Além de ser integrante de organização criminosa com atuação na região do Vale do Jaguaribe, tem antecedentes criminais por homicídio e tráfico de drogas.
Gilberto está com seis mandados de prisão em aberto. A polícia oferece uma recompensa de R$ 7 mil para informações que levem à localização do criminoso.
Especialista defende ‘combate estrutural’ Para Raul Thé, mestre em sociologia e membro do Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Conflitualidade e Violência, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), situações como a de Uiraponga são uma representação do que já ocorre em outras regiões do estado.
“A situação do distrito é muito séria, mas ela é uma metáfora do que vem ocorrendo por todo o estado do Ceará. Disputas territoriais das facções e o policiamento abafando situação de risco social, mas atravessada por uma falta da utilização da inteligência policial para deixar o combate horizontal e passar a um combate vertical e estrutural”, disse Raul Thé. Ainda conforme o sociólogo, é necessário que o estado mude a postura para deixar de ser “um expectador das ações criminosas” e assuma a posição para resolução do problema.
“É preciso, por outro lado, uma atuação preventiva, de inteligência e de garantia de seguridade, no caso de Uiraponga tanto do estado, com o aparato de ostensividade e de investigação, quanto do município de Morada Nova, equipando e dando segurança para os sujeitos que construíram suas vidas naquela localidade”, disse.
O que diz o Estado A Secretaria da Segurança Pública do Estado do Ceará informou que desde que tomou conhecimento das ameaças ocorridas no distrito de Uiraponga vem realizando ações para prender tanto os mandantes, quanto os executores dos crimes na região.
“Além do trabalho investigativo da Polícia Civil, equipes da Polícia Militar ocupam por tempo indeterminado a região e atuam realizando operações de saturação para reforçar a segurança da área”, disse a Secretaria da Segurança.
Conforme a pasta, no dia 1º de setembro foi realizada uma operação para combater a atuação de grupos criminosos atuantes em Morada Nova e nos municípios de Mauriti, São João do Jaguaribe, Tabuleiro do Norte, Alto Santo e Limoeiro do Norte.
Durante a ofensiva, nomeada de operação “Regnum Fractus”, foram cumpridos, ao todo, 11 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão domiciliar, que resultaram na apreensão de aparelhos celulares.
Ainda segundo a Secretaria, o policiamento na região é realizado diariamente em todos os distritos e na sede do município, com equipes do Policiamento Ostensivo Geral (POG), da Força Tática (FT) e equipes do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).
Além disso, o distrito de Uiraponga conta com um posto do Comando Tático Rural (Cotar), que possui uma viatura de Força Tática atuando 24 horas por dia. “Os crimes na região são investigados pela Delegacia de Polícia Civil de Morada Nova”, informou.
Já o Ministério Público do Ceará (MPCE), disse que desde julho acompanha o caso e, em articulação com as Forças de Segurança, atuou para implementar medidas de proteção da comunidade e de enfrentamento à situação, que resultaram em prisões de suspeitos, instalação de base da Polícia Militar no distrito e envio de tropas do Batalhão de Choque.
“O Ministério Público segue trabalhando em conjunto com a Defensoria Pública do Estado, as Polícias Civil e Militar e a Prefeitura para garantir a retomada da normalidade dos serviços públicos e a volta dos moradores, além da rigorosa investigação dos crimes registrados no local. O MP do Ceará reafirma o compromisso institucional com a defesa da ordem jurídica, da segurança pública e dos direitos fundamentais da população atingida”, disse o MP em nota.
A bancada do PSol já foi avisada que Guilherme Boulos (PSol-SP) em breve atravessará a Praça dos Três Poderes, deixando a Câmara para se tornar ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Com isso, integrantes da sigla já pensam em alternativas de candidaturas em São Paulo, visando manter o espólio eleitoral do deputado mais votado do estado no ano passado.
A nomeação de Boulos como ministro ainda não foi anunciada oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas é um objeto de desejo antigo do petista. O mandatário, segundo interlocutores, está insatisfeito com a condução do atual ministro, Márcio Macêdo, e quer dar um novo gás na pasta central para a articulação entre a política do Planalto e movimentos sociais. As informações são do Metrópoles.
Apesar da insatisfação com Macêdo, Lula tem uma espécie de gratidão intrínseca ao atual ministro palaciano. Em 2022, ele foi escolhido como tesoureiro da campanha à Presidência, e aceitou, a despeito da “maldição” que colegas apontavam perseguir o cargo.
Alguns de seus antecessores, como Delúbio Soares e João Vaccari Neto, foram presos, enquanto outros enfrentaram processos na Justiça. Três anos após a eleição do petista, a prestação de contas gerida pelo atual ministro segue livre de ofensivas da judiciais.
Interlocutores do PT apontam que Lula deve procurar um cargo para não deixar o aliado “na chuva”. O jargão é usado na política para designar o período em que políticos ficam sem posto algum até conseguirem se reabilitar, seja através das urnas ou através de aliados.
Em evento no Palácio do Planalto na última sexta-feira (26/9), ao lado de Lula, Macêdo reclamou. Ele disse que “momentos como este fazem valer a pena estar na gestão, enfrentando agruras e cercos políticos, para entregar o que o povo precisa”.
Boulos, por enquanto, tem colocado panos quentes na situação. Quem o aborda perguntando sobre o futuro ouve que ainda não houve convite do presidente Lula e que seguirá tocando seu mandato até segunda ordem.
Como uma das condições impostas para o convite à Esplanada é o compromisso de permanência de Boulos no cargo para 2026 em diante, o PSol procura alternativas de candidatura em São Paulo. A principal aposta do para segurar o espólio do parlamentar é a deputada Erika Hilton, que ganhou protagonismo na Câmara com a PEC 6 x 1.
Um vídeo mostra o desespero de fiéis que participavam da missa na Igreja de São Cosme e Damião, neste sábado (27), durante um tiroteio no Andaraí, na Zona Norte do Rio.
As imagens registram o momento em que homens, mulheres e crianças se abaixam entre os bancos da igreja para se proteger de uma intensa troca de tiros do lado de fora, em plena luz do dia. As informações são do g1.
O empresário e lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, adquiriu ao menos 21 carros de luxo de uma mesma concessionária em um período de dois anos. A Polícia Federal (PF) indica que o empresário usava a compra e venda desses veículos, assim como de imóveis, para lavagem de dinheiro.
O valor total desses automóveis ultrapassa R$ 11,1 milhões. Todas essas aquisições foram realizadas junto à Aielo Motors, concessionária de carros de luxo sediada em São Paulo. A coluna obteve acesso à base de dados do CRM de vendas da loja. As informações são do Metrópoles.
Ao custo de R$ 1,25 milhão, o modelo mais caro do Careca do INSS é um Porsche 911, mas também há cinco Mercedes-Benz e quatro BMWs, entre outros. Em comum, essas três marcas, concorrentes entre si, têm origem alemã e prometem sofisticação e alto desempenho a motoristas que buscam um produto premium aliado a características como tecnologia, exclusividade, luxo e conforto.
À coluna, a Aielo Motors confirmou as compras de carros de luxo por parte do Careca do INSS, as quais classificou como “transações comerciais corriqueiras”. Também disse não ter sido acionada pelas autoridades, o que lhe impede de comentar as acusações:
“Até o momento, a Aielo Motors não foi notificada, intimada ou citada por qualquer autoridade pública ou órgão competente acerca dos supostos fatos mencionados. Portanto, não há qualquer procedimento oficial em curso que envolva esta empresa, o que nos impossibilita de comentar sobre informações que, se realmente existentes, lhe são completamente desconhecidas”, informou, em nota.
A PF apreendeu parte da frota de veículos do Careca do INSS na Operação Sem Desconto, que investiga o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelado pelo Metrópoles. No total, já foram realizados mandados de busca e apreensão contra o empresário em três dias diferentes. O lobista, preso pela PF e alvo da CPMI do INSS, é considerado um personagem central do escândalo.
Como revelou a coluna, relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que a Aielo Motors, concessionária de luxo utilizada pelo Careca do INSS, somou R$ 56 milhões em movimentações suspeitas de outubro de 2023 a maio de 2024. O documento cita a loja, localizada na Avenida dos Bandeirantes, na Vila Olímpia, São Paulo, devido às transações com o lobista.
Só com a Prospect Consultoria Empresarial, uma das principais empresas do Careca do INSS, a Aielo Motors superou R$ 1 milhão em movimentações suspeitas. De acordo com a PF, a Prospect era usada para pagar propina para autoridades do INSS e do Ministério da Previdência Social.
“As comunicações de operações financeiras que compõem os RIFs [Relatórios de Inteligência Financeira] não informam todas as operações ocorridas nas contas comunicadas, mas apenas as operações identificadas pelos comunicantes com indícios de serem ocorrências de lavagem de dinheiro ou outro ilícito no período informado na própria comunicação”, ponderou a PF.
Quem é o Careca do INSS Ex-superintendente de marketing de uma gigante do ramo de planos de saúde, Antonio Carlos Camilo Antunes é um lobista que atua em Brasília e ganhou o apelido de Careca do INSS pela influência que tem dentro do órgão responsável pelo pagamento de aposentadorias, de pensões e de benefícios sociais. O empresário é suspeito de pagar propina a diretores do INSS para favorecer entidades envolvidas no bilionário esquema de descontos indevidos, fraudando filiações de aposentados.
Um contrato da empresa de consultoria dele, a Prospect, com uma das entidades investigadas, o Cebap, mostra que o lobista recebia uma comissão de 27,5% sobre cada valor descontado de aposentados pelas associações para as quais atuou. Dez meses após assinar o contrato com o Careca do INSS, o faturamento do Cebap com os descontos saltou de R$ 574 mil para R$ 9,9 milhões por mês.
Segundo a PF, o Careca do INSS também teria pago propina ao ex-diretor de Benefícios André Fidelis, que autorizava os acordos com as entidades suspeitas, ao ex-diretor de Integridade Alexandre Guimarães, e ao ex-procurador-geral do INSS Virgílio Oliveira Filho.
Nem só no nesse órgão e no Ministério da Previdência Social pairam os interesses do Careca do INSS. A coluna revelou que o empresário tentou lobby na Saúde ao lado de uma herdeira de banqueiro, Roberta Luchsinger, em prol de uma empresa de telessaúde. No entanto, a DuoSystem, empresa que ambos representaram junto à pasta, não chegou a firmar contratos com o governo federal.
Alvo da PF, o Careca do INSS montou nova empresa de call center para atuar com crédito consignado destinado a aposentados e pensionistas do INSS. Como mostrou o Metrópoles em julho, o novo empreendimento funcionará no mesmo lugar, em Brasília, em que mantinha as empresas Truetrust e Callvox, que atuavam no mesmo ramo.
O que diz a Aielo Motors sobre a compra e a venda de carros de luxo
Leia a nota na íntegra:
“A Aielo Motors, uma empresa familiar com décadas de tradição, agradece a oportunidade de se manifestar antecipadamente sobre a matéria, reiterando a transparência, boa-fé e regularidade que sempre pautaram sua atividade ao longo de anos. Também reforça estar à inteira disposição para esclarecer quaisquer fatos que, por qualquer motivo, possam ter sido mal interpretados. Nesse contexto, a empresa destaca o seguinte:
Até o momento, a Aielo Motors não foi notificada, intimada ou citada por qualquer autoridade pública ou órgão competente acerca dos supostos fatos mencionados. Portanto, não há qualquer procedimento oficial em curso que envolva esta empresa, o que nos impossibilita de comentar sobre informações que, se realmente existentes, lhe são completamente desconhecidas.
O cliente mencionado nas matérias veiculadas adquiriu veículos em nossa loja, tratando-se de transações comerciais corriqueiras, como aquelas realizadas diariamente por milhões de consumidores em todo o país. Ressaltamos que a Aielo Motors atende milhares de clientes, sendo reconhecida nacionalmente pela excelência e alto padrão dos veículos comercializados.
Diversos clientes, assim como o mencionado, adquiriram mais de um veículo na Aielo Motors ao longo dos anos, fruto de relações comerciais pautadas na confiança, transparência, legalidade e na qualidade do serviço prestado. Muitos retornam e se fidelizam, o que reflete o comprometimento e o empenho da equipe Aielo Motors em cada atendimento realizado.
As movimentações apontadas referem-se a transações comerciais que, por si só, não configuram qualquer irregularidade. Mais do que isso: todas as transações seguiram os procedimentos necessários, respeitaram os valores de mercado e foram devidamente formalizadas. Ainda assim, caso sejamos formalmente solicitados por autoridade competente, prestaremos todos os esclarecimentos, informações e documentos necessários, reafirmando que os valores mencionados dizem respeito a créditos e débitos comuns à qualquer atividade comercial praticadas por nós com terceiros interessados pelos veículos que comercializamos.
A Aielo Motors jamais teve qualquer ligação com o investigado, está segura da legalidade de seus atos e confia que a manifestação acima apresentada será suficiente ao esclarecimento dos fatos veiculados até o momento.”
Veja imagens de carros comprados pelo Careca do INSS:
A partir de amanhã, por Belém do São Francisco, retomo o lançamento do meu livro ‘Os Leões do Norte’. A noite de autógrafos será realizada no Memorial Zé Pereira e Vitalina, às 19 horas, com apoio do prefeito Calby Carvalho (Republicanos). No dia seguinte (30), será a vez de Salgueiro, também às 19 horas, na Câmara de Vereadores, em evento promovido com apoio do prefeito Fabinho Lisandro (PSD).
Já na quarta-feira (1º), o destino será Santa Maria da Boa Vista, no Vale do São Francisco. A noite de autógrafos está marcada para as 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio do prefeito George Duarte (PP).
O grande destaque da semana será na quinta-feira (2), em Petrolina, com uma homenagem da família ao ex-governador e ex-senador Nilo Coelho, um dos personagens centrais do livro. A solenidade acontece no auditório da Fundação Nilo Coelho, às 19 horas, com apoio do prefeito Simão Durando (UB), de toda a família Coelho e das principais lideranças políticas da região.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
O ministro Edson Fachin assume, na próxima segunda-feira (29), a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chega ao comando da Corte em meio à fase final dos julgamentos da trama golpista de 2022 e terá como desafio pautar temas de grande impacto social e econômico, como o modelo de trabalho por aplicativos, a chamada “uberização”.
Fachin sucede o ministro Luís Roberto Barroso e terá como vice-presidente o ministro Alexandre de Moraes. A dupla já comandou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022. Além da interlocução com os demais Poderes, o novo presidente do Supremo também passa a dirigir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável pelo controle orçamentário e administrativo do Judiciário. As informações são do g1.
Julgamentos da trama golpista A posse de Fachin ocorre enquanto a Primeira Turma do Supremo julga os réus da tentativa de golpe de 2022. O colegiado, agora sob presidência do ministro Flávio Dino, já condenou oito integrantes do chamado “núcleo crucial”, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nos próximos meses, mais 23 réus serão julgados em três núcleos distintos. Embora não presida diretamente as sessões, Fachin terá papel de garantir o apoio institucional ao andamento dos processos.
Atos de 8 de janeiro e debate sobre alívio das penas O Supremo também segue analisando ações de acusados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Parte dos processos tramita na Primeira Turma, que retomou competência criminal, e outros seguem no Plenário. Além das condenações, a Corte supervisiona a execução das penas e avalia recursos.
Se avançar no Congresso, a proposta de anistia ou redução de penas para os condenados pode chegar ao STF. Ministros como Moraes e Dino já se manifestaram contrários ao perdão para crimes contra a democracia. Caberá a Fachin conduzir a Corte caso a validade de eventual lei seja questionada.
Emendas parlamentares Outro desafio do novo presidente será lidar com os processos que discutem a execução de emendas parlamentares. O relator, ministro Flávio Dino, já pediu pareceres da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República.
A ação discute a legalidade e transparências dos critérios para pagamento e distribuição das emendas parlamentares — recursos previstos no Orçamento da União.
Após a entrega das posições da AGU e da PGR, caberá a Fachin definir quando levar os casos ao plenário.
Tramitam também, sob sigilo, investigações sobre possíveis irregularidades na destinação desses recursos.
O caso é delicado, porque gera atrito com o Congresso, que vê nas emendas um instrumento de poder político e eleitoral.
Temas de repercussão social e econômica A primeira sessão sob o comando de Fachin deverá analisar o recurso que trata da relação de trabalho entre aplicativos e motoristas/entregadores. O julgamento deverá fixar uma orientação geral sobre a existência ou não de vínculo empregatício — um tema que afeta milhões de trabalhadores e empresas.
Também avançam no tribunal ações sobre a Lei da Anistia, incluindo o caso do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar. O STF discutirá se a lei pode alcançar crimes permanentes e se é compatível com tratados internacionais de direitos humanos, como o Pacto de San José da Costa Rica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de uma corrida em comemoração aos 95 anos do Ministério da Educação (MEC) em Brasília neste domingo (28).
Além de Lula, o evento reúne autoridades como ministros, servidores e trabalhadores do ministério, atletas amadores e a comunidade na Esplanada dos Ministérios, que disputarão em categorias como masculino, feminino e paratletas.
Segundo a assessoria da Presidência da República, Lula vai participar da caminhada de 3 km. A largada está prevista para 7h30 e a média da duração da caminhada é de 35 minutos. Após a caminhada, o presidente posa para fotos no pódio da corrida. As informações são do g1.
O anúncio da saída do ministro Celso Sabino (Turismo) do governo Lula após o ultimato do União Brasil foi o primeiro passo de um movimento que pode se expandir pela máquina pública e movimentar cargos em órgãos de orçamento bilionário. Levantamento do GLOBO identificou 140 filiados ao partido e ao PP, que integra a mesma federação, em postos de confiança no Executivo. A pressão das cúpulas das siglas pelo desembarque já despertou o interesse de outras legendas e abriu a disputa por espaço.
No primeiro escalão, além de Sabino, o deputado federal licenciado André Fufuca (PP-MA) está à frente do Ministério do Esporte. As situações estão em patamares diferentes no momento. Sabino entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira uma carta de demissão, uma semana após o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, exigir a saída imediata em meio a uma disputa particular com o governo. As informações são do jornal O GLOBO.
Lula pediu ao auxiliar que fique até o fim desta semana, em uma tentativa de ganhar tempo e tentar manter a sigla ao seu lado. Fufuca também joga com o calendário e segue com as atividades enquanto não recebe uma ordem partidária.
Indicações Além da presença na Esplanada, os partidos se espalharam pela administração federal, seja com nomes diretamente filiados ou indicados por parlamentares e dirigentes. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), por exemplo, tem Narcélio Moreira Albuquerque como diretor administrativo — ele foi secretário parlamentar da deputada federal Fernanda Pessoa (União-CE). O diretor-geral do órgão, com orçamento de R$ 1,3 bilhão, é uma indicação do PP desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
— Ele (Moreira) tem atributos que transcendem qualquer vinculação partidária e nunca almejou disputar mandatos — afirma a deputada, defendendo a permanência do aliado.
Procurado, Moreira não se manifestou. Na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), por sua vez, o diretor de gestão de fundos é Heitor Freire, ex-deputado federal do União Brasil pelo Ceará. Apesar da posição do partido, ele tenta se manter no posto e diz que vai se afastar da sigla caso não tenha aval:
— Já pedi agenda com o presidente Rueda. Vou buscar um diálogo, e se existir um desconforto, quiserem realmente que eu saia, pedirei minha carta de anuência e saio do partido.
O diretor de administração do órgão também é filiado ao União: José Lindoso de Albuquerque Filho foi secretário parlamentar do deputado Luciano Bivar, ex-presidente da legenda. A Sudene faz parte do Ministério da Integração Nacional, que é chefiado por Waldez Góes, apadrinhado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Lindoso não comentou.
Outro alvo de interesse pela capacidade financeira e de execução de obras é a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), presidida por Lucas Felipe de Oliveira. O comando da Companhia também foi uma indicação chancelada por Alcolumbre. Neste ano, a Codevasf tem, sozinha, um orçamento de R$ 2,1 bilhões. Oliveira e Alcolumbre não comentaram. Segundo o levantamento feito pelo GLOBO, o órgão ainda abriga três filiados do PP em cargos comissionados e dois do União Brasil.
Para fazer o levantamento, foram usados a lista de filiados mais recente disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante as eleições de 2024, e o cadastro de servidores DAS, CCX e NES disponibilizado pelo Portal da Transparência — as três nomenclaturas são relacionadas aos cargos de confiança. Ao todo, o União soma hoje 97 filiados, e o PP, 43.
No caso dos dois partidos, o movimento durante o governo Lula foi similar: eles tinham mais filiados em cargos comissionados ao fim da gestão de Jair Bolsonaro. O total caiu no início do mandato de Lula, em meio às dificuldades para a formação da base aliada no Congresso, e passou a crescer conforme o governo foi abrindo espaços a congressistas das duas siglas. Nos últimos dois anos, o PP somou mais 12 filiados na lista, e o União, outros 19.
O União Brasil ainda tem cinco representantes na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em cargos de diretoria, chefe de divisão e assessores. Em 2025, o orçamento do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, gerido pelo Sudam, é de R$ 830,5 milhões. Há ainda integrantes das legendas em cargos no Palácio do Planalto, em órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e também em superintendências estaduais do Ministério da Saúde.
Enquanto a decisão do União Brasil para o desembarque do governo já está valendo, a do PP só deve começar a ser aplicada no fim do mês. Em nota, o União reiterou “que todos os seus filiados devem cumprir integralmente” a resolução que trata da saída das funções e que “o texto aprovado determina que filiados que ocupem cargos públicos de livre nomeação e exoneração na administração pública federal, direta ou indireta, devem requerer sua imediata exoneração”.
A legenda declarou ainda que “acompanhará cada situação individualmente, adotando as medidas cabíveis sempre que houver confirmação de descumprimento, conforme previsto no Estatuto do partido” e que “o objetivo é garantir segurança jurídica, respeito às normas internas e a unidade partidária”. Uma normativa do União Brasil prevê sanção aos quadros que não pedirem exoneração de seus cargos: haverá abertura de processos disciplinares, que podem resultar em expulsão da sigla. Já o PP não respondeu ao ser questionado sobre o tema.
Pretensos herdeiros Com a possibilidade de movimentações derivadas dessas decisões das cúpulas, siglas do Centrão já começaram a se mexer, ainda que inicialmente, para ocupar os espaços. No caso da Esplanada, hoje o ministro do Turismo é o único filiado ao União Brasil. Apesar disso, Alcolumbre indicou os ministros da Integração Nacional, Waldez Góes, e das Comunicações, Frederico Siqueira. Os apadrinhados por Alcolumbre não são atingidos por essa decisão. O argumento é que a sigla não tem como agir sobre não filiados.
Com o anúncio de Sabino, o PT já manifestou preferência para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, assumir a pasta. Por sua vez, deputados do PDT querem emplacar o deputado André Figueiredo (CE). Pedetistas levaram diretamente a Lula em reunião na semana passada o pedido para que o partido tivesse o comando do ministério. Além deles, o PSD já havia manifestado o interesse em ter o cargo.
O cientista social da FGV Yagoo Moura avalia que o movimento das siglas ocorre num contexto em que as emendas se tornaram o principal ativo de negociação no Congresso, com montantes recordes. Em 2024, o Orçamento destinou cerca de R$ 53 bilhões a emendas parlamentares. Para Moura, isso reduz o interesse dos partidos, sobretudo os mais pragmáticos, em terem cargos de confiança e até o comando de ministérios.
— O que é mais vantajoso para uma liderança parlamentar? Ter um ministério esvaziado politicamente, com um orçamento reduzido, que não serve como vitrine eleitoral e que ainda pode ter problemas para executar suas atribuições, ou ter acesso a uma fatia maior no bolo das emendas, que oferece um retorno eleitoral muito mais rápido e efetivo porque, em tese, direciona políticas para a base? — questiona. — O que vai pesar na balança na hora das votações não é o ministério, é emenda.
Desde que botei o pé em Brasília, nos anos 80, como jornalista, uma larga avenida se abriu à minha frente. Viajar virou uma rotina. Atuando em diversos jornais, estive nos Estados Unidos, boa parte da Europa e em quase todos os países da América do Sul. No Brasil, conheço todas as capitais.
Não esqueço da experiência pelo jornal O Globo, no Norte, como repórter itinerante do Acre a Manaus. Já escapei da morte em pousos de emergência no Mato Grosso do Sul, quando fui fazer uma reportagem especial sobre o Pantanal. Antes da internet, do mundo globalizado, repórter vivia nas ruas.
Virei cidadão do mundo, graças a Deus. Mas nos últimos anos passei a viver uma outra experiência: regressar às origens. Tenho com minha Nayla uma choupana em Arcoverde, a 250 km do Recife. No regresso, a oportunidade de curtir a natureza, a lua que se abre sobre a janela. Os pássaros me acordam em sinfonia de Beethoven. A coruja rasga o seu grito infernal sobre o telhado como uma assombração.
Passo pelo menos três dias em Arcoverde, porque tenho compromissos em Brasília e no Recife. Mas um tempo suficiente para relaxar com minha Nayla, fazer novos amigos e curtir o tempo da vida passando lentamente. Não sou uma andorinha solitária nesse êxodo ao inverso, dos grandes centros urbanos para os grotões.
Cada vez mais pessoas estão a optar por morar no interior, fugindo do caos das grandes cidades em busca de uma melhor qualidade de vida, tranquilidade e segurança, impulsionadas também pela flexibilidade do trabalho remoto (home office) que permite viver longe dos centros urbanos. As principais razões incluem um custo de vida mais baixo, menos trânsito e poluição.
Antes, era comum que muitas pessoas sonhassem em morar nas capitais. Agora, cada vez mais famílias escolhem viver em cidades do interior e escolhem a localidade de acordo com a necessidade de uma melhor qualidade de vida. Só no Rio de Janeiro, pesquisa da ‘ONG Rio Como Vamos’, mostra que 56% dos cariocas gostariam de mudar de município.
Antes, muitas pessoas sonhavam com um bom emprego nas capitais, mas a tendência é de inversão desse fluxo. Cada vez mais empresários investem em cidades menores a fim de terem a família mais próxima e, com isso, novos postos de trabalho são criados. Outro incentivador para os moradores de municípios pequenos é o home office, em que se pode escolher onde viver e produzir remotamente.
Também tem a vantagem de manter maior contato com a natureza e um ambiente mais calmo e seguro. No interior, a vida é mais serena e menos estressante, longe do barulho e do ritmo acelerado das grandes metrópoles. O custo de vida é mais baixo, com imóveis mais acessíveis e menor custo com alimentação, o que permite que as pessoas poupem dinheiro.
As cidades do interior costumam ter um menor índice de criminalidade, o que contribui para uma sensação de maior segurança e paz para os moradores. A ausência de tráfego intenso e a menor poluição sonora e do ar são grandes vantagens para quem procura um ambiente mais saudável. Como gosto da natureza, há mais acesso a áreas verdes e a um ambiente mais próximo da natureza, algo que falta nas grandes cidades.
A ascensão do home office transformou a possibilidade de morar longe dos grandes centros, permitindo que as pessoas trabalhem para empresas localizadas em outras cidades sem precisar se mudar para a capital. A internet me proporciona a indiscutível vantagem e o conforto de trabalhar de qualquer lugar.
Há desvantagens que não se pode ignorar ou torcer o nariz. As estradas são mais precárias, muitas inadequadas ou com dificuldades de acesso. Mas, por outro lado, compensações: acordar com o canto dos pássaros, sentir o cheiro do mato e poder andar pelas ruas sem pressa é algo que me faz feliz os dias que estou em minha Arcoverde.
Compreendi neste regresso que ser da roça é ter a terra como cúmplice, o céu como testemunha e o orgulho de pertencer a um lugar onde a paz tem morada certa. Em minha Arcoverde, há roça, o sol é meu despertador e a lua minha TV.
Aqui, a vida tem outro ritmo. As pessoas se cumprimentam, a comida tem um sabor especial e as noites são tranquilas, iluminadas pelo céu estrelado. O relacionamento com outros moradores é mais tranquilo e respeitoso, algo típico de cidade do interior. É um orgulho viver cercado de simplicidade e amor.
Em Arcoverde, cheguei à conclusão, o silêncio não é ausência de som, mas a presença da alma. O desacelerar é reencontrar o ritmo da vida. Minha Arcoverde tem o poder de acalmar a alma e renovar o espírito. A verdadeira felicidade se encontra na simplicidade das pessoas. Arcoverde não é só um lugar, é um sentimento de paz que mora no meu coração.
Serviços automotivos: que tal montar uma franquia?
O setor de serviços automotivos no Brasil cresce impulsionado pela frota cada vez maior e pela busca por serviços de manutenção e reparação. Essa curva ascendente também é vista no franchising. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias de serviços automotivos fechou 2024 com faturamento de R$ 8,5 bilhões — um crescimento de 11,1% em relação ao ano anterior.
Um mercado cada vez mais promissor. Hoje, muitas marcas atuam no sistema de franchising, oferecendo várias opções para quem quer empreender. São empresas de reparos, estética automotiva, vendas de veículos, vistorias, entre outras. Todas prontas para atender a frota brasileira que atinge o número de 124 milhões de veículos, segundo dados da Veloe em parceria com a Fipe e a Senatran.
A rede Super Visão, que atua na área de vistorias automotivas, por exemplo, tem visto seu negócio escalar de forma muito sustentável. A marca cresceu 24,4%, comparada com o ano anterior. Setenta e quatro por cento das unidades bateram suas metas de faturamento e 73% dos franqueados superaram as metas de produção. Hoje, a rede tem 200 unidades e trabalha para fechar o ano com 240 lojas.
Esse cenário mostra como os empreendedores buscam cada vez mais o franchising para realizar o sonho do negócio próprio. A franquia tem se mostrado uma alternativa promissora para empreender, com modelos testados, suporte especializado e uma marca forte. Por isso, separamos algumas redes que atuam nesse setor e que são boas oportunidades de negócios.
Super Visão – A rede de franquias especializada em vistorias automotivas é uma das maiores marcas dentro do seu segmento no país. Com mais de 200 unidades distribuídas nas principais cidades brasileiras, produz mensalmente mais de 90 mil laudos, que são solicitados por empresas e clientes. A marca oferece uma rentabilidade próxima a 30% ao mês.
Investimento inicial: a partir de R$ 125 mil
Taxa de franquia: a partir de R$ 40 mil
Faturamento médio mensal: R$ 25 mil a R$ 80 mil
Prazo de retorno: até 18 meses
Vaapty – Líder do franchising no segmento de intermediação de venda de veículos do Brasil, a Vaapty foi fundada em 2020 e busca inovar, tornando a negociação de carros mais segura, sem burocracia e em 40 minutos. Em 2021 virou a chave com franquias, em 2024 chegou a 350 unidades vendidas pelo país e agora é líder de mercado. Para 2025 o objetivo é vender mais de 500 unidades e faturar R$ 2,2 bilhões. A marca foi chancelada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) com o selo de excelência 2024.
Investimento inicial: a partir de R$ 129.990 mil (incluso taxa de franquia e box) Faturamento médio mensal: cerca de R$ 160 mil Prazo de retorno: de 6 a 12 meses
DryWash – É pioneira em lavagem a seco no Brasil e referência em serviços automotivos sustentáveis. Com mais de 30 anos de mercado, oferece um modelo de franquia com baixo investimento, retorno rápido e amplo suporte ao franqueado. Atua com estética automotiva, funilaria express, películas e outros serviços especializados. Economiza até 320 litros de água por lavagem, unindo tecnologia e responsabilidade ambiental.
Investimento inicial: a partir de R$ 110 mil Taxa de franquia : a partir de R$ 20 mil Faturamento médio mensal: depende do modelo da loja – entre R$ 15.000 e R$ 30.000 (loja P) e acima de R$ 100 mil (Loja Extra Grande) Prazo de retorno: cerca de 16 a 24 meses
Acquazero – É uma empresa de estética automotiva que oferece serviços de limpeza, higienização, polimento e cristalização. A marca, que nasceu em 2009, também atua em ambientes, como estofados residenciais, entre outros 30 serviços. A empresa que utiliza produtos biodegradáveis e sustentável, soma cerca de 200 unidades, tem como carro-chefe a lavagem ecológica automotiva ao usar apenas 300 ml de água, e possui dois modelos de negócios: Standart (sem estrutura física) e Prime (loja).
Investimento inicial total: (tx franquia + cap. de giro + tx instalação): entre R$ 25 mil a R$ 135 mil Faturamento médio mensal: entre R$ 40 mil a R$ 100 mil Prazo de retorno: entre 8 a 24 meses
Só Multas – Criada em 2015, a Só Multas é a maior franquia especializada em soluções de trânsito, buscando auxiliar os motoristas brasileiros com relação às infrações nas rodovias e estradas brasileiras. A marca tem o objetivo de permitir que os clientes estejam totalmente a par da situação de seus processos sem que realizem outros esforços. Em suma: a empresa cuida integralmente de cada situação, o que não é comum dentro do mercado. Com percentual de sucesso de 90% nos casos e pensando em otimizar a experiência dos motoristas.
Investimento: a partir de R$ 29.990 (com taxa de franquia) Faturamento médio mensal: R$ 30 mil Prazo de retorno: entre 6 e 10 meses
Laav – Fundada em 2014 pela empresária Sirlene Ueta e seu marido, Rogério Ueta, a Laav é uma franquia de serviços de funilaria e estética automotiva. O diferencial da marca está na sua abordagem descomplicada e eficiente, que visa não apenas atender as necessidades do automóvel, mas proporcionar uma experiência única para o cliente. Atualmente, conta com mais de 30 unidades em diversos estados brasileiros.
Investimento Inicial: R$ 189.000 Faturamento médio mensal: R$ 100.000 Prazo de retorno: 12 a 24 meses
Attack mais segura – A versão Attack da picape Frontier ganhou novos itens de segurança na linha 2026. Eles estão relacionados aos sistemas semi autônomos de assistência ao motorista. Estão no pacote, por exemplo, alerta avançado de colisão frontal (que avisa o motorista sobre a possibilidade de uma colisão) e o assistente inteligente de frenagem (que atua para evitar ou mitigar os danos de uma colisão). Outra novidade é o alerta inteligente de atenção ao motorista, que ajuda a prevenir acidentes causados por fadiga. Para todas as versões agora é oferecida a possibilidade de o motorista desligar o airbag do passageiro quando estiver sozinho no carro ou transportando uma criança. A ação é feita pela chave do carro e a informação se o equipamento está ativado ou desativado fica à mostra no painel, por acendimento de LED localizado entre as saídas de ar centrais. A Nissan Frontier é vendida em três versões – Attack, Pro-4X e Platinum – para atender diferentes perfis de consumidores. De acordo com a versão, o modelo pode vir Visão 360º Inteligente (a primeira a dispor desse equipamento no segmento); detector inteligente de objetos em movimento; teto solar (também a primeira entre os concorrentes); multimídia com tela de oito polegadas; seis airbags e sistema Isofix para cadeiras infantis. Sob o capô, em todas as versões, o motor é um 2.3 16V biturbo a diesel. A picape Nissan Frontier é atualmente vendida nas versões Attack (R$ 277.590), Pro-4X (R$ 317.990) e Platinum (R$ 317.990).
Omoda 5: carregamento mais potente da indústria – Prestes a desembarcar no Brasil, o novo Omoda 5 promete trazer um novo sistema de carregamento sem fio de 50W para smartphones, o mais potente da indústria automotiva atualmente. A tecnologia garante recargas rápidas, seguras e inteligentes. Com esse recurso, é possível carregar até 50% da bateria em apenas meia hora. Os mais comumente utilizados hoje em dia são de 15W e levam cerca de 1h30 para completar a mesma carga. O sistema ainda conta com um ventilador de resfriamento integrado, que acelera a circulação de ar e reduz a temperatura do dispositivo durante o processo, garantindo eficiência sem comprometer a vida útil do smartphone. Outro diferencial é um alerta de voz caso o condutor deixe o veículo sem retirar o celular do carregador. O lançamento oficial do novo Omoda 5 100% híbrido será no último trimestre deste ano, junto com o Omoda 7 SHS, SUV híbrido plug-in.
Denza, marca de luxo da BYD, chega ao Brasil – A marca de luxo controlada pela BYD será lançada em outubro. Criada em 2010 como parceria entre a BYD e a Mercedes-Benz, e que lançou seu primeiro veículo somente em 2014, será uma operação à parte da BYD no país. Já constituída a Denza Brasil e está prevista a formação de uma rede de concessionárias exclusiva da marca, cuja linha inicial de produtos terá o modelo elétrico Z9GT, e o B5, utilitário esportivo. O híbrido B5 já está no Brasil. As primeiras unidades começaram a desembarcar aqui ainda no começo deste ano. O Z9, um cupê, tem porte grande: são 5,23 metros de comprimento e 3,13 m de entre-eixos. A Denza promete revelar conteúdos de conforto e tecnológicos escolhidos para o Brasil, além de todos os detalhes técnicos dos dois veículos, nos próximos dias.
Jeep atualiza plataforma de serviços conectados – A Jeep atualizou os pacotes de serviços conectados da plataforma “Adventure Intelligence”. A gratuidade tem duração inicial de 6 meses, extensíveis por mais 6, mediante a associação do cartão de crédito à conta do usuário e contratação do pacote Premium + Wi-Fi (cuja cobrança ocorrerá somente após os primeiros 12 meses). Além disso, as funcionalidades essenciais ficam disponíveis por 5 anos, com serviços que incluem a atualização remota de software, informações e status de saúde do veículo, modo privado e notificações na tela do multimídia.
Strada: 2,5 milhões de unidades produzidas – A picape compacta da Fiat nasceu do Pálio, há 25 anos. De lá para cá, passou por várias evoluções. Em 1999, por exemplo, ganhou a versão com cabine estendida. Dez anos depois, a opção de cabine dupla. Em 2013, estreou a terceira porta lateral, recurso inédito no segmento. Sempre vendendo bem, vale frisar. Há quatro anos, por exemplo, lidera o mercado geral de automóveis. Desenvolvida e produzida no Polo Automotivo Stellantis em Betim (MG), ela acaba de alcançar a marca histórica de 2,5 milhões de unidades produzidas no Brasil – sendo 700 mil apenas da geração atual, introduzida em 2020. O leque de versões é bem amplo: vai da Endurance 1.3 manual com cabine simples, por R$ 111.990, até as topo de linha Ranch e Ultra, de motor 1.0 turbo, câmbio automático CVT e preço de R$ 146.990.
Linha 2026 da Yamaha TT-R 230 – O modelo TT-R 230 chegou à Linha 2026 por R$ 20 mil, sem frete ou seguro. Agora, com visual inspirado nas motos YZ e WR, lendas do motocross e rally, respectivamente – e novos grafismos. A moto é equipada com o motor de 223cc e câmbio de seis marchas, ideal para quem está iniciando no mundo off-road. Por isso, vale destacar a posição de pilotagem desta Yamaha, que privilegia a agilidade e a facilidade de condução, com o banco que se estende pelo tanque para melhor mobilidade do condutor.
Pré-venda do novo Q5 – A Audi do Brasil começou o processo de pré-venda do novo Q5 no país, nas carrocerias SUV e Sportback. A terceira geração do modelo está mais potente e eficiente, com equipamentos inéditos e a nova identidade visual global da marca. A nova geração do veículo estará disponível a partir de outubro na versão Advanced quattro, na rede com mais de 40 concessionárias da fabricante em todo o território nacional. O primeiro lote exclusivo, com quantidade limitada, terá condição especial somente até o fim de setembro para a carroceria SUV com valor de R$ 400 mil, enquanto a carroceria Sportback terá preço a partir de R$ 430 mil. O novo Audi Q5 na versão Advanced oferece 272 cavalos (ante 265 cavalos da antiga geração) 40,9kgmf de torque.
Elétrico e a combustão: valor do quilômetro rodado – O Brasil registrou, em agosto, deflação de 0,11%. O principal responsável por essa queda foi a energia elétrica residencial, que registrou queda de 4,21%. Bem, o valor médio do kWh é de R$ 0,80, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O custo médio do litro da gasolina é de R$ 6,17. O que isso significa para o bolso do consumidor? Se levarmos em conta o tanque de combustível de 55 litros do carro a combustão líder de vendas no Brasil, este ano, até o momento, seria necessário R$ 339,35. Em contrapartida, para carregar totalmente a bateria de um EX30, carro elétrico premium mais vendido do país, em 2025, com 2.526 veículos emplacados (até o dia 10 de setembro), o cliente desembolsa R$ 55,20. Considerando que o modelo a combustão rode 10km/l, chegaria a uma autonomia de 550 quilômetros – que dá um custo médio de R$ 0,617 por quilômetro. O EX30, por sua vez, tem autonomia aferida oficialmente pelo Inmetro de 338 km, que representa R$ 0,163 para cada quilômetro rodado. Resumindo: o custo do quilômetro rodado do EX30 é 73,6% mais barato do que o modelo a combustão líder de vendas no Brasil. Formado em economia e com boa parte da carreira realizada em finanças, Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil, faz uma análise fria desta realidade. “Temos muitos clientes que chegam até a gente com inúmeras dúvidas relacionadas a carros elétricos. E sempre que me mostrarem uma opção com a qual eu possa ter uma economia de 73,6%, eu vou me interessar”, comenta Godoy.
Veículos próprios são 12% do orçamento familiar – O setor automotivo brasileiro movimentará mais de R$ 885,8 bilhões até o final de 2025, ou 11,8% a mais que os R$ 792,2 bilhões que circularam ao longo do ano passado. Tal cenário indica que as despesas com veículo próprio chegam a comprometer 11,7% do orçamento familiar. Os dados são da Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo nacional há mais de 30 anos, com base em fontes oficiais. Esse crescente volume de gastos na categoria vem se repetindo nos últimos cinco anos, chegando a superar, inclusive, segmentos como alimentação e bebidas no domicílio, que representam R$ 780,5 bilhões ou 10,3% do orçamento doméstico. Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, esse comportamento pode ser explicado pela alta demanda, desde o início da Covid-19, por transportes via aplicativos e deliverys, tanto pelo consumidor quanto pelos trabalhadores. Neste cálculo, são levadas em conta os desembolsos da população referentes à gasolina, álcool, consertos de veículos, estacionamentos, óleos, acessórios/peças, pneus, câmaras de ar e lubrificações/lavagens, além da aquisição de veículos. Na liderança do ranking nacional, o estado de São Paulo responderá por R$ 236,8 bilhões das despesas; seguido por Minas Gerais com R$ 90,1 bilhões; Paraná e seus R$ 73,1 bilhões; e Rio de Janeiro, na quarta posição, totalizando R$ 62,4 bilhões nos gastos das famílias com veículos próprios.
Do consumo à estabilidade: como os pneus impactam na condução do veículo – Os pneus são o único ponto de contato entre o veículo e o solo, e, por isso, exercem papel essencial na segurança e na performance de todo automóvel. Por isso, a Bridgestone, líder global em pneus premium, fez uma pequena cartilha para reforçar a importância e os benefícios da manutenção preventiva e do conhecimento básico sobre esses equipamentos. Confira:
Segurança em primeiro lugar – Pneus desgastados ou com pressão inadequada comprometem a aderência, especialmente em pisos molhados, aumentando o risco de acidentes. A manutenção correta reduz a chance de furos, estouros e falhas de frenagem.
Menor consumo de combustível – Manter a pressão adequada dos pneus contribui para a eficiência do consumo de combustível, ajudando também na redução da emissão de poluentes. É uma medida simples que tem impacto direto no bolso e no meio ambiente.
Mais conforto e controle ao dirigir – Pneus em boas condições garantem maior estabilidade, melhor dirigibilidade e menos vibrações durante a condução, resultando em uma experiência mais suave e segura.
Maior durabilidade – Com cuidados regulares — como a calibragem correta, o rodízio a cada 10 mil quilômetros ou 6 meses e inspeções visuais frequentes — os pneus tendem a durar mais, o que representa economia e maior previsibilidade na manutenção.
Além disso, é importante escolher pneus compatíveis com o modelo e o uso do veículo. A recomendação é sempre consultar o manual do fabricante ou um mecânico de confiança para verificar o tamanho, o índice de carga e a classificação de velocidade corretos.
O deputado Arthur Lira afirmou que há consenso na Câmara para aprovar isenção total de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e parcial até R$ 7.350. O relator disse que o calendário de votação está sendo seguido.
Em entrevista às redes sociais da Câmara, Lira destacou o desafio de equilibrar a compensação para atender cerca de 16 milhões de brasileiros com isenção parcial ou total, mantendo as contas públicas no equilíbrio.
A votação em Plenário está marcada para a próxima quarta-feira (1º). O deputado afirmou que o texto busca atender a justiça tributária e que há esforço para garantir sua rápida aprovação. As informações são do portal Vero Notícias.
Há poucos dias, escrevi um artigo mostrando que a desvalorização contra a mulher na capital pernambucana começava na própria Câmara Municipal. O caso veio à tona após conversa vazada em grupo de WhatsApp do Legislativo em que os vereadores Paulo Muniz, até então do PL, e Kari Santos, do PT, chamaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro de “quenga”, apenas por divergência política.
Volto ao tema da perseguição contra mulheres, agora no alto escalão de outra instituição que deveria proteger a sociedade: a Polícia Civil de Pernambuco. A delegada Natasha Dolci, há anos, denuncia situações de assédio e perseguição dentro da corporação. Em vez de apoio, passou a sofrer retaliações até ser demitida da Polícia Civil por supostas “transgressões disciplinares”, mas na verdade apenas por mostrar crimes dentro da própria polícia.
Nos vídeos que publica, Natasha sempre mostrou coragem, mas nos últimos meses é claro o abalo emocional que enfrenta. A delegada firme e combativa ainda resiste, mas agora entrecortada por lágrimas, dor e desespero de quem pede ajuda em público, enquanto o Governo de Pernambuco, comandado por Raquel Lyra (PSD) e sua vice Priscila Krause, seguem inertes diante da destruição da vida profissional e emocional de uma servidora que chegou lá por mérito em concurso.
Para completar, a Justiça de Pernambuco achou por bem de determinar a suspensão das redes sociais da delegada, numa decisão que só fará silenciar sua voz, sua denúncia e sua dor.
Se a governadora permanece indiferente e a Justiça toma decisões que mais penalizam quem é vítima, cabe perguntar: o que tem feito a Assembleia Legislativa de Pernambuco, além da atuação de Gleide Ângelo, para salvar a vida de uma mulher que está sendo pisoteada pelo próprio Estado?
Ser omisso diante de um caso tão gritante de violência institucionalizada contra a mulher é ser covarde. Estão esperando o quê?