Bolsonaro ironiza PEC contra escala 6×1: ‘Que tal R$ 10 mil de salário?’

O ex-presidente Jair Bolsonaro orientou a bancada do Partido Liberal (PL) a agir de” forma maliciosa” com relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1. Em evento na sede do PL, na quarta-feira (13), Bolsonaro afirmou que os parlamentares não podem “cair na armadilha” de se opor contra o tema, que incita a opinião pública.

Durante o discurso, o ex-presidente disse que a medida traria prejuízos à economia, mas que é necessário ter cautela ao se opor à PEC, definida por ele como “areia movediça”.

“Quem está contra a PEC 6×1 está com razão mas está dando um tiro no pé [a se opor ao assunto]. Quem quiser fazer a coisa certa vai se dar mal”, declarou Bolsonaro.

De acordo com o ex-presidente, o Partido dos Trabalhadores (PT) está “colocando empregados contra patrões”. “Esse tema é uma areia movediça. Que tal colocar na PEC R$ 10 mil de salário mínimo? Vamos provocar o chefe do Executivo? […] Joga o abacaxi para ele resolver”, orientou.

PEC pelo fim da escala 6X1

Atualmente, a carga horária estabelecida pelo artigo 7º da Constituição Federal assegura ao trabalhador um expediente não superior a 44 horas semanais (oito horas diárias). O texto inicial da PEC propõe que o limite caia para 36 horas semanais, sem alteração na diária de oito horas por dia e sem redução salarial.

Se formalizada, a PEC permite que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias. Na quarta-feira, a PEC atingiu o número mínimo de assinaturas para ser protocolada.

Do Estadão

Veja outras postagens

O resultado das Eleições Municipais de 2024 apresenta um rejuvenescimento e mais diversidade das pessoas escolhidas para ocupar as funções de prefeito, vice-prefeito e vereador. Segundo informações obtidas no Portal de Dados Abertos do Tribunal Superior Eleitoral (PDA/TSE), a faixa etária abaixo dos 39 anos foi a que mais cresceu entre os eleitos. O número de mulheres que venceram também aumentou em todos os cargos em disputa se comparado ao último pleito municipal, realizado em 2020. 

Alterações por faixa etária 

Observa-se uma diversificação etária entre os eleitos:  

  • No cargo de prefeito, o grupo até 29 anos mais que triplicou — de 36 eleitos nessa faixa etária em 2020 para 119 no pleito deste ano.  
  • As prefeituras registraram quedas significativas entre as faixas mais avançadas. Neste ano, foram 851 eleitos entre 60 e 69 anos (-29%) e 249 eleitos acima dos 70 (-38%). 
  • Para vice-prefeito, o cenário é semelhante, com um número três vezes maior entre os mais jovens com até 29 anos e quedas substanciais nas faixas de 50 a 59 e acima dos 70 anos.  
  • Mesmo movimento dos eleitos para vereança, onde candidatos mais jovens — com até 39 anos — conquistaram mais espaço. As faixas de 60 a 69 e de 70 a 79 anos tiveram diminuições acentuadas. 

Em 2024, a idade mediana dos eleitos (prefeito, vice e vereador) está em 46 anos. Há mais de uma década, em 2012, o “ponto do meio” foi de 56 anos. A mediana (ou ponto do meio) é utilizada para separar o conjunto de idades sem refletir valores muito pequenos ou muito grandes que podem estar nas pontas. 

A presença feminina cresceu em todos os cargos analisados:  

  • Para o cargo de prefeito, houve um aumento de 7% no número de mulheres eleitas em relação a 2020, totalizando 728 eleitas.  
  • No cargo de vice-prefeito, o crescimento foi ainda mais expressivo, de 15% — 1.066 vices eleitas.  
  • Para as vereadoras, o crescimento foi de 12% (10.537), embora o número de homens eleitos continue superior (47.189). 

Diversidade étnica 

A representatividade por cor e raça autodeclaradas segue um padrão de ligeira diminuição para candidatos brancos em todos os cargos: 

  • Entre os prefeitos eleitos, houve uma queda de 3% (3.634) entre os autodeclarados brancos, enquanto o número de indígenas cresceu levemente, 12% (9), e os pretos aumentaram 14% (128).  
  • Entre os vice-prefeitos, os eleitos de cor preta também apresentaram um crescimento expressivo de 38% (250), o maior aumento em comparação a outros grupos étnicos.  
  • Entre vereadores, eleitos de cor preta e indígenas registraram os maiores crescimentos, com 11% (3.984) e 31% (240), respectivamente. 

Grau de instrução 

Em relação ao nível educacional, a maioria eleita em 2024 tem ensino superior completo para os cargos de prefeito (59%) e vice-prefeito (47%), isto é, 3.285 e 2.617, respectivamente. Para vereadores, o ensino médio completo é o nível predominante, com 21.952 (38%) eleitos, seguido pelo superior completo.  

Eleitorado jovem aumentou 

O número de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar em outubro alcançou 1.836.081. Na comparação com o pleito de 2020, o aumento nessa faixa etária atingiu 78%.  

Na outra ponta, o eleitorado acima de 70 anos também cresceu: subiu 12%, de 13.508.088, em 2020, para 15.208.667, em 2024. O número corresponde a 9% das pessoas que estavam aptas a votar no dia 6 de outubro. Nessa parcela do eleitorado, estão 4.826.663 eleitoras e eleitores com mais de 79 anos. 

Consulta pública 

O perfil das eleitas e dos eleitos pode ser consultado na página de estatísticas eleitorais do TSE. Basta filtrar as informações por unidade da Federação e município. Os registros são do cadastro eleitoral e do banco de dados centralizado das eleições, com atualização constante. 

Petrolina - Testemunhal

O Instituto Mãos que Fazem, em parceria com a Associação ComunicArte, a Produções RSA encerraram na última quarta-feira, dia 13 de novembro, o curso de Doces em Compota. A ação aconteceu com o apoio do Senar e da Casa Santa Dulce dos Pobres e beneficiou mulheres de baixa renda. O curso faz parte do Projeto Entre Fios, Arte e Afetos, desenvolvido com o objetivo de promover a qualificação profissional de mulheres para que elas conquistem a própria independência financeira. As alunas aprenderam a produzir compotas, doce pastoso, frutas cristalizadas e geleias, com os mais variados tipos de frutas.

“Esse projeto nasceu em 2023, e de lá pra cá já beneficiou muitas mulheres que aprenderam na produção artesanal de doces, bolos, tortas, alimentos, artesanato, formas de empreender e de ter independência financeira. E temos depoimentos muito fortes das mudanças na vida das pessoas depois desses cursos”, destacou Amannda Oliveira, vice-presidente do instituto.

Conheça Petrolina

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse. 

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.  

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.  

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

Da Agência Brasil

A Polícia Federal continua a colher depoimentos neste sábado (16) no inquérito aberto para apurar o atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13).

Ao longo do dia, serão ouvidas testemunhas do crime:

  • dois seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • o policial militar que atendeu inicialmente a ocorrência;
  • uma quarta pessoa, cuja relação com o caso não foi informada.

Na sexta, a PF ouviu pessoas que tiveram contato com Francisco Wanderley Luiz antes do dia do atentado: o dono da loja onde o homem comprou os explosivos, a dona do imóvel em que ele morava em Ceilândia (DF) e um morador de rua.

A Polícia Federal investiga as explosões de quarta como um ato terrorista. Por isso, o inquérito é comandado pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.

Do g1

O Estado de Pernambuco recebeu uma avaliação fiscal positiva da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), obtendo a nota B+ na Capacidade de Pagamento (Capag), referente ao exercício de 2023. Esse avanço reflete o compromisso do governo estadual com o equilíbrio das contas públicas, permitindo ao Estado uma maior flexibilidade financeira para realizar investimentos estratégicos.

“Estamos colhendo os frutos de uma das primeiras medidas tomadas, ainda na primeira semana de Governo, que foi a elaboração de um Plano de Qualidade de Gasto, com o objetivo de arrumar as contas do Estado. Com esse plano, conseguimos reduzir gastos e reverter o déficit. Uma vez que recuperamos a credibilidade fiscal, poderemos ampliar os investimentos no Estado e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população”, comemorou a governadora Raquel Lyra.

Há pouco mais de um ano, na análise fiscal das contas de 2022, a STN havia rebaixado a Capag de Pernambuco para a nota C. Esse rebaixamento limitava as operações de crédito do Estado com garantias da União, o que restringia a capacidade de financiamento para novos projetos de infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento econômico. Desde então, a gestão da governadora Raquel Lyra priorizou uma série de medidas para recuperação das contas públicas, buscando fortalecer a saúde fiscal do Estado.

A elevação para B+ pelo Tesouro Nacional foi obtida por meio da avaliação de três variáveis que representam a execução fiscal do Estado: poupança corrente, índice de liquidez e o endividamento, onde Pernambuco obteve as notas B,B e A, respectivamente. O “mais” atribuído ao B é um adicional dado aos estados que perfazem, pelo menos, 95% de cumprimento dos requisitos da Excelência Contábil.

“É com orgulho que Pernambuco conquista a nota B+ na Capacidade de Pagamento (Capag) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Esse resultado reflete o compromisso do Estado com a responsabilidade fiscal e social e a gestão eficiente dos recursos públicos, garantindo equilíbrio e mais investimentos para o futuro de todos os pernambucanos”, diz o secretário da Fazenda, Wilson José de Paula.

Com uma classificação elevada, Pernambuco volta a ter a possibilidade de captar recursos com melhores condições, incluindo juros mais baixos e prazos mais longos, além de ampliar o acesso a parcerias e financiamentos de organismos nacionais e internacionais. Esse cenário favorece a execução de projetos que contribuem para o crescimento sustentável, a geração de empregos e a melhoria da qualidade de vida para a população pernambucana.

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram contra uma ação que questiona a presença de símbolos religiosos em órgãos públicos. O tema é classificado como de repercussão geral. Com isso, a deliberação será aplicada em processos semelhantes em instâncias inferiores da Justiça.

O julgamento começou na sexta-feira (15). Está sendo realizado por meio de votação eletrônica, ou seja, os ministros registram seus votos no chamado “plenário virtual” do Supremo. O prazo para que todos votem vai até 26 de novembro. Contudo, há possibilidade da deliberação ser suspensa em caso de pedido de vista –quando um ministro solicita mais tempo para análise– ou de destaque, que leva o caso ao plenário físico.

A disputa jurídica abrange direitos e princípios descritos na Constituição, como o direito à liberdade religiosa e o princípio de laicidade –a posição de neutralidade do Estado na esfera religiosa.

Zanin é o relator da ação. Em seu voto, o ministro da Corte declarou que crucifixos ou outros itens cristãos não são apenas representações de religiões, mas são culturais.

Segundo ele, “o cristianismo esteve presente na formação da sociedade brasileira, registrando a presença jesuítica desde o episódio do descobrimento e, a partir daí, atuando na formação educacional e moral do povo que surgia”. 

O magistrado disse que “não há como desconsiderar as dezenas de dias consagrados – diversos deles com decretação de feriado –, a nomenclatura de ruas, praças, avenidas e outros logradouros públicos, escolas públicas, estados brasileiros, que revelam a força de uma tradição que, antes de segregar, compõe a rica história brasileira”.

Lê-se no voto: “Entendo que a presença de símbolos religiosos nos espaços públicos, ao contrário do que sustenta o recorrente, não deslegitima a ação do administrador ou a convicção imparcial do julgador”.

A presença dos símbolos religiosos, declarou Zanin, também “não constrange o crente a renunciar à sua fé; não retira a sua faculdade de autodeterminação e percepção mítico-simbólica; nem fere a sua liberdade de ter, não ter ou deixar de ter uma religião”.

O ministro do STF propôs a seguinte tese de repercussão geral: “A presença de símbolos religiosos em prédios públicos, pertencentes a qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, desde que tenha o objetivo de manifestar a tradição cultural da sociedade brasileira, não viola os princípios da não discriminação, da laicidade estatal e da impessoalidade”. 

Dino seguiu o relator. Em seu voto, o ministro do Supremo citou que diversos Estados e municípios homenageiam figuras da Igreja Católica. “Da mesma forma, a manutenção de símbolos e celebrações de diversas tradições religiosas, como o Círio de Nazaré e a Festa de Iemanjá, reforça a riqueza de nossa diversidade cultural e espiritual”, escreveu. 

“O descanso semanal remunerado, prática consolidada na legislação trabalhista e na rotina dos brasileiros, é mais uma herança da tradição judaico-cristã que foi incorporada à nossa cultura e que beneficia a organização da vida social, sem impor ou discriminar qualquer religião”, declarou. 

“Neste contexto, símbolos religiosos do cristianismo, como os crucifixos, transcendem o aspecto puramente religioso e assumem um valor cultural e de identidade coletiva, reconhecível por toda a sociedade, independentemente da fé de cada indivíduo. O crucifixo, assim, possui um duplo significado: representa a fé para os crentes e a cultura para os que compartilham da comunidade”, disse. 

De acordo com Dino, “proibir a exposição de crucifixos em repartições públicas seria instituir um Estado que não apenas ignora, mas se opõe a suas próprias raízes culturais e à liberdade de crença, transformando o princípio de laicidade em um instrumento de repressão religiosa, em desacordo com os valores constitucionais brasileiros”.

HISTÓRICO

O caso teve inicio com uma ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), que solicitava a retirada de símbolos religiosos em repartições públicas da União em São Paulo. O argumento principal era de que a exposição pode constranger aqueles que não compartilham a mesma fé.

Na ocasião, a Justiça Federal rejeitou o pedido na 1ª instância, sob a justificativa de que a laicidade do Estado não impede a presença de símbolos religiosos, inclusive em locais públicos, visto que representam a história nacional ou regional. A decisão foi referendada na 2ª instância pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Após novo recurso, o caso chegou ao STF, com relatoria do então ministro Ricardo Lewandowski.

“Com efeito, a causa extrapola os interesses das partes envolvidas, haja vista que a questão central dos autos (permanência de símbolos religiosos em órgãos públicos federais e laicidade do Estado) alcança todos os órgãos e entidades da Administração Pública da União, Estados e Municípios.

Presente, ainda, a relevância da causa do ponto de vista jurídico, uma vez que seu deslinde permitirá definir a exata extensão dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Do mesmo modo, há evidente repercussão geral do tema sob a ótica social, considerados os aspectos religiosos e socioculturais envoltos no debate”, avaliou Lewandowski.

Do Poder360

A Justiça da Argentina ordenou, nesta sexta-feira (15), a prisão de 61 brasileiros que estão no país vizinho e pediram asilo. Eles são investigados no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. As informações são do jornal argentino Clarín.

A determinação foi assinada pelo juiz federal Daniel Rafecas a pedido da Corte brasileira. Os 61 cidadãos possuem “condenações com sentença definitiva”. Eles serão presos assim que identificados e colocados à disposição da justiça local para o processo de extradição para o Brasil.

Até outubro deste ano, 181 brasileiros já haviam pedido refúgio na Argentina, segundo a Comissão Nacional para os Refugiados (Conare). Em outubro deste ano, o governo de Javier Milei mudou a lei local sobre o estatuto de refugiado. Com a medida, o texto deixou de conceder o benefício a estrangeiros que tenham sido acusados ​​ou condenados nos países de origem.

Os 181 brasileiros que pediram asilo são investigados no âmbito do Inquérito 4921, que é conduzido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. São apurados os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Em junho deste ano, a embaixada do Brasil na Argentina perguntou formalmente se 143 foragidos da Justiça daqui estavam no país vizinho, todos investigados nos atos de 8 de janeiro. O pedido enviado à Argentina foi formalizado por meio do encaminhamento de um ofício do STF.

Embora agora a justiça argentina tenha concedido uma decisão que favorece a punição dos investigados, em junho, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, informou não saber o paradeiro dos brasileiros.

8 de janeiro

No dia 8 de janeiro de 2022, logo após a posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as sedes dos três poderes foram invadidas e vandalizadas. Os responsáveis foram manifestantes acampados em Brasília insatisfeitos com o resultado das urnas em 2022, que levaram o petista de volta à presidência. Houve destruição no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. A Corte foi o principal alvo do grupo. A investigação dos fatos coube à Polícia Federal (PF).

Do Metrópoles

A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes conquistou o mais alto índice no recente levantamento nacional de transparência pública, que faz parte do Programa Nacional de Transparência Pública promovido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon). Jaboatão obteve o Selo Diamante de Transparência Pública. O índice de 96,11% concede ao município o primeiro lugar em transparência pública na Região Metropolitana, a segunda colocação estadual e o 26º lugar no ranking Nordeste.

A avaliação, realizada no período de maio a agosto deste ano, pelo Sistema de Tribunais de Contas, inspecionou portais de transparência de diversos municípios do País. A análise se concentrou em itens essenciais de prestação de contas, como informações sobre receitas, despesas, processos licitatórios, contratos, além de dados de recursos humanos, acessibilidade, serviço de informação ao cidadão e ouvidoria. Além dos itens avaliados, o acesso ao Portal da Transparência da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes também permite ao munícipe o acesso a informações como andamento das obras, lista de medicamentos disponíveis, calendário vacinal, endereços e horários de funcionamento das unidades de saúde, dentre outros dados.

“O Portal da Transparência do Jaboatão é um exemplo de excelência em transparência pública. O reconhecimento com o Selo Diamante reforça o compromisso da gestão municipal em promover cada vez mais uma administração próxima à população, permitindo que os jaboatonenses tenham acesso a informações sobre os recursos públicos e acompanhem a entrega dos serviços realizados”, enfatiza o prefeito Mano Medeiros. 

A deputada estadual Dani Portela realiza nesta terça-feira (19) a Sessão Solene em razão do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro. Em nome da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a parlamentar concede homenagem a Gilson José de Santana, o Mestre Meia-Noite, por sua trajetória e contribuição para a preservação e difusão da Cultura Negra em Pernambuco. O evento acontece a partir das 18h no Auditório Sergio Guerra.

Gilson de Santana é um histórico mestre de capoeira, bailarino e educador de Pernambuco. É fundador do Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, espaço multifuncional criado para aproximar a comunidade de Chão de Estrelas das manifestações de raízes africanas. O Mestre atua há mais de 30 anos na manutenção e perpetuação das tradições ancestrais negras no estado.

“É uma honra homenagear e aplaudir Meia-Noite, entendendo que a sua atuação é um pilar na luta antirracista em Pernambuco. Preservar e manter viva as manifestações da cultura negra é combater o racismo. Celebramos e agradecemos como Casa Legislativa essa potência negra do nosso estado. Todo o reconhecimento é merecido”, destacou Dani Portela, autora do requerimento da homenagem.

Serviço:

Sessão Solene – Dia Nacional da Consciência Negra – Homenagem ao Mestre Meia-Noite

Data: 19/11/2024

Horário: 18h

Local: Auditório Sérgio Guerra, Alepe – Rua da União, 397, Boa Vista, Recife

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião, neste sábado (16), às 10h30, com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. No encontro, os dois vão conversar sobre as questões relacionadas ao G20 de 2024. 

Nesta edição, por iniciativa do Brasil, que está na presidência rotativa, pela primeira vez, está ocorrendo o G20 Social para possibilitar a participação da sociedade civil organizada nas discussões do bloco, que reúne as maiores economias, a União Europeia e a União Africana. A África do Sul, que será a sede da reunião do G20 em 2025, já confirmou que repetirá a realização do G20 Social.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, o G20 Social registrou 46,8 mil inscrições e mais de 15,1 mil pessoas credenciadas para participar dos debates que, ao todo, abordaram mais de 300 temas.

Desde quinta-feira (14), debates promovidos por movimentos sociais e organizações não governamentais (ONG) ocorrem em galpões e armazéns ao longo do Boulevard Olímpico, na região portuária do Rio de Janeiro. O G20 Social termina hoje.

Nota da ONU

A ONU vai divulgar uma nota após o encontro de Lula e Guterres, que têm previstas outras reuniões bilaterais com outros líderes mundiais que participarão do G20.

De acordo com a assessoria de imprensa da ONU, durante a sua participação na Cúpula de Líderes do G20, nas próximas segunda-feira (18) e terça-feira (19), Guterres fará “discursos em sessões sobre inclusão social e combate à fome e à pobreza e reforma das instituições de governança global, bem como desenvolvimento sustentável e transição energética”.

A agenda de Guterres prevê ainda para domingo (17), às 16h, uma entrevista coletiva, no centro de imprensa da Cúpula de Líderes do G20, no Vivo Rio, que fica ao lado do Museu de Arte Moderna (MAM), onde será realizado o encontro do bloco. Ainda conforme a assessoria de imprensa da ONU, depois do G20, “o secretário-geral voltará para Baku, no Azerbaijão, onde está ocorrendo a COP29, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática”.

Da Agência Brasil

Por Marcelo Tognozzi*

O genial Johan Wolfgang von Goethe tinha 48 anos quando escreveu o poema Aprendiz de Feiticeiro em 1797. Os versos contam a história do mago mestre que sai e deixa seu ateliê nas mãos de um aprendiz encarregado de limpar e organizar o local. O rapaz faz um feitiço, transformando a vassoura num servo, cuja missão é trazer água do rio para a limpeza do ateliê. Mas a magia acaba saindo do controle e a vassoura traz tanta água que acaba provocando uma inundação.

O aprendiz entra em desespero porque não consegue conter a vassoura. Ele resolve quebrá-la, mas cada parte se transforma numa nova vassoura, trazendo cada vez mais água e a situação sai totalmente do controle. A confusão é enorme.

O poema de Goethe pode ser uma referência para o Psol da deputada Erika Hilton (Psol-RJ) na sua defesa pela redução da jornada de trabalho de 6 dias por 1 de descanso ou 44 horas semanais, conforme prescreve a Constituição. Isso pode parecer bom, mas no fundo não passa de pura demagogia. Depois de perder a eleição em São Paulo com Guilherme Boulos, o partido arrumou um feitiço para ocupar espaço na mídia e faz marola nas redes sociais ocupando um lugar que sempre foi do PT.

Enquanto os petistas estão mergulhados na discussão do corte de gastos, o Psol quer cortar dias de trabalho. Não foi por acaso que o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) resolveu pegar carona na proposta de Erika Hilton, ressuscitando uma proposta semelhante que foi encaminhada por ele e que há anos dormitava solenemente na Câmara.

O Brasil é um país que costuma punir seus empreendedores com regras infernais. Aqui, o empresário paga imposto para dar emprego e quando o Congresso promove a desoneração da folha de pagamento, barateando as contratações, o governo reclama. O empregado custa para o empregador praticamente o dobro do seu salário em impostos. Querer reduzir dias trabalhados mantendo o valor dos salários, mas sem cuidar da produtividade e dos impostos sobre a folha, vai acabar numa confusão parecida com a do poema de Goethe.

A CNC (Confederação Nacional do Comércio) luta há décadas pela abertura do comércio aos domingos, mas até agora nada. Tem sido travada pela demagogia. Se a PEC do 6 X 1 tramitar, terá novo obstáculo pela frente, porque sábado não será mais dia de trabalho.

O que tem sido difícil de entender, especialmente pela esquerda, é que o welfare state existe em países desenvolvidos porque muitos trabalharam antes para garantir produtividade. Foi um processo lento, de séculos. Não se consegue manter salário com menos horas trabalhadas sem investimento pesado em produtividade e isso não passa apenas pela formação e reciclagem dos trabalhadores, mas também pela infraestrutura, como maior disponibilidade de energia, transportes mais baratos e seguros e melhores condições de abastecimento.

Num momento em que o Brasil deveria estar pensando em trabalhar mais e melhor, deputados com jornada de trabalho de 3 dias por semana acreditam que vão consertar o país reduzindo a carga horária dos trabalhadores com carteira assinada. Já temos mais de 20 milhões de famílias vivendo de bolsas. Boa parte dos chefes destas famílias não sente necessidade de trabalhar, vivendo exclusivamente dos impostos pagos por aqueles que trabalham duro 150 dias por ano apenas para pagar tributos.

O Psol transformou esta PEC do 6 X 1 numa bandeira de luta. É preciso reconhecer que, do ponto de vista político, foi uma jogada inteligente, porque o partido passou a pautar o debate no parlamento, mídia e redes sociais, convocando protestos e envolvendo parte da sociedade num assunto que mexe com muita gente. Além da esquerda, sindicatos, centrais sindicais e quem tem carteira assinada.

Vivemos uma era na qual as relações de trabalho sofrem muitas transformações todos os dias. Novas profissões surgem toda hora com a internet. Nem todos os jovens querem ter carteira assinada. Muitos preferem trabalhar por contra própria, seja como motoristas de aplicativo, prestando serviços ou empreendendo. O apelo maior se dará entre o funcionalismo público e em setores com baixa inovação ou com necessidade de mão-de-obra intensiva, como na construção civil. No comércio, onde a maior parte dos ganhos costuma vir das comissões sobre vendas, será difícil reduzir a jornada sem impactar no ganho final dos trabalhadores.

É muito difícil que esta PEC seja aprovada sem muita, muita, negociação num Congresso conservador. Mesmo tendo as assinaturas necessárias para tramitar em comissão especial pelo prazo de 40 sessões, precisa de 308 votos na Câmara e outros 49 no Senado. Nas 2 casas a proposta precisa ser aprovada em 2 turnos de votação nominal. Somente depois de todo o trâmite, se aprovada vira norma constitucional. Concluir este processo este ano nem pensar.

O Psol está na mesma situação do aprendiz de feiticeiro do poema de Goethe. Se seu feitiço der certo, as consequências podem não ser as melhores, criando uma confusão daquelas. O mais provável é que a vida imite a arte e o mago mestre chegue para acabar com a bagunça de uma vez por todas dizendo: “volte tudo ao que era”. No fim, o Psol terá marcado posição e levantado uma bandeira para eleger seus deputados em 2026, que está logo ali.

*Jornalista

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, lamentou a morte do ex-prefeito do Recife, Gilberto Marques Paulo, que faleceu ontem – depois de anos convivendo com o Mal de Alzheimer.

“Com pesar, recebemos a notícia do falecimento do ex-prefeito do Recife e ex-deputado estadual Gilberto Marques Paulo. Nascido em Alagoas, formado pela Faculdade de Direito do Recife, Gilberto Marques Paulo teve atuação destacada na advocacia, obtendo êxito também como homem público. Como gestor da capital, teve administração marcada pela reestruturação e reordenamento do centro da cidade. Como deputado, deu grande contribuição à Assembleia Legislativa, deixando exemplo de dedicação e compromisso político. Que Deus conforte familiares e amigos neste momento de dor e despedida”, pontua Porto.