Bolsonaro deixa STF sem falar e vai almoçar com advogados

Poder360

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Supremo Tribunal Federal depois da 1ª sessão para analisar a denúncia de golpe de Estado, hoje, pela garagem e sem falar com a imprensa. Bolsonaro foi almoçar com seus advogados a portas fechadas e volta à Corte às 14h, para a retomada do julgamento. Além dele, deputados e senadores da oposição foram ao Supremo para acompanhar o julgamento que decide se o ex-presidente e outros 7 apontados como líderes do plano se tornarão réus.

Na primeira parte da análise da 1ª Turma, os 5 ministros ouviram o relatório do ministro-relator, Alexandre de Moraes, a sustentação oral do Procurador Geral da República, Paulo Gonet, e dos advogados de defesa dos 8 denunciados. Gonet argumentou que os denunciados visavam a impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. O procurador afirmou que o grupo realizou reuniões e planejamentos para manter Bolsonaro no poder e documentou os passos com minutas e conversas entre os membros. “A organização tinha por líderes o próprio Presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o General Braga Netto”, afirmou o PGR.

O advogado Celso Vilardi, que representa a defesa do ex-presidente, disse que não há provas da participação do ex-chefe do Executivo na trama golpista. Afirmou que a delação de Mauro Cid “não vale nada” e que “nem o delator que o acusou fez qualquer relação dele com o 8 de Janeiro”. O ex-presidente desembarcou na capital federal na manhã de hoje ao lado do deputado federal e líder da Oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS). Outros nomes do PL acompanharam a sessão, enquanto outros deixaram a corte depois de serem barrados.

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O líder da bancada do PSB na Câmara, Pedro Campos, considera que é “extremamente vergonhoso” para o parlamento brasileiro o papel que Eduardo Bolsonaro tem feito”. Nesta terça, a bancada do PL oficializou a nomeação de Eduardo como novo líder da minoria na Câmara dos Deputados. Só que o deputado está nos Estados Unidos por tempo indeterminado. Seria uma forma uma estratégia para blindar seu mandato contra eventuais faltas registradas no plenário.

– Eduardo Bolsonaro está utilizando seu mandato de parlamentar eleito pelo povo brasileiro para defender os interesses de outro país. Aqui no Congresso não existe cargo de líder do governo Trump nem de líder do governo dos Estados Unidos que seria, pela atuação dele, o único cargo que faria sentido ele ocupar. Vemos com imensa preocupação essa movimentação, que afronta nossa soberania. Queremos que o Parlamento responda aos interesses do povo brasileiro – afirmou. As informações são do jornal O Globo.

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Membro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura desvios no INSS, o senador Izalci Lucas (PL-DF) disparou contra a narrativa do Governo Lula de que teria apurado as denúncias de irregularidades no órgão. Segundo o parlamentar, que protocolou mais de 300 requerimentos na comissão, o governo teria deixado os desvios rolarem e só atuou após o escândalo ser denunciado na grande mídia.

“É óbvio que na CPMI tem muita gente que vai para fazer discurso bonito e botar na rede social. E isso vai trazer um desgaste para muita gente, principalmente para aqueles que deixaram a coisa acontecer num volume maior. Então, evidentemente, a tendência é um desgaste muito grande deste governo, porque não foi o governo, como você viu em alguns discursos, que mandou apurar. Não foi isso, foi a mídia, foi o repórter que começou toda essa investigação. E depois que a Polícia Federal soube, aí sim. Mas até então o governo não tinha feito absolutamente nada”, disparou Izalci, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.

Ele ressaltou ainda que a ideia é “não passar a mão na cabeça de ninguém”, inclusive entre o núcleo da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso haja comprovações de irregularidades. “A gente tem esse princípio de não passar a mão na cabeça de ninguém. Nós vamos apurar, porque o que interessa para nós é mostrar para os aposentados e pensionistas para onde é que foi o dinheiro e fazer de tudo para trazer de volta e indenizá-los”, completou.

Olinda - Refis Quitou Zerou

O vereador Thiago Medina (PL) anunciou que acionará a Justiça contra a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), após ter sido associado ao nazismo durante sessão na Câmara Municipal do Recife. Ele classificou as declarações como ofensivas e afirmou que buscará responsabilizá-la judicialmente.

No plenário, Cida declarou que tanto Medina quanto o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) estariam atuando “com um bando de nazistas”, ao comentar o que classificou como “campanha de cancelamento” contra o neurocirurgião Ricardo Barbosa. O médico é investigado por uma publicação em rede social na qual ironizou o assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk. A vereadora também chamou de “neofascista” a denúncia apresentada por Medina contra o médico.

Medina disse que não aceitará ataques à sua reputação. “Não aceitarei que se utilizem acusações infundadas para desqualificar minha atuação e minha reputação”, afirmou. O vereador destacou, ainda, que divergências políticas não podem ultrapassar os limites legais e morais.

Caruaru - Mais segura

Líder do PL no Senado Federal, o senador Izalci Lucas evita cravar seu destino eleitoral em 2026. A cautela deriva da grande concorrência interna no partido, que tem nomes como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a deputada Bia Kicis despontando para as duas vagas ao Senado na chapa. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro, Izalci reforçou que pleiteará espaço majoritário, podendo ser candidato à reeleição ou mesmo ao Governo do Distrito Federal.

“O PL hoje tem condições de fazer barba, cabelo e bigode. Além da Michelle, a Bia também tem interesse e tem todas as condições de se eleger. Agora, tudo tem que ser conversado. O meu entendimento é ser candidato ao governo, mas não sou eu que vou decidir isso, é o partido que tem que tomar posição e a gente tem que ver a circunstância”, ressaltou o parlamentar.

“Mas eu sou candidato majoritário, até porque já fui três vezes deputado federal e também já fui distrital, e isso eu não quero mais. Tenho que ser majoritário. É o que nós estamos trabalhando e estou me preparando”, completou o senador, que entrou no PL este ano e cujo mandato de oito anos encerra no início de 2027.