Bolsonaristas compareceram em peso ao espaço Renato Machado, em Caruaru, na noite desta sexta-feira (2) para a convenção que homologou a candidatura de Fernando Rodolfo a prefeito. Com a casa cheia, Fernando reuniu lideranças políticas do partido e as bancadas estadual e federal, além dos ex-ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Carlos Brito (Turismo). Na ocasião, também foi anunciado o nome de Adélia Pinheiro como candidata a vice-prefeita.
Durante o evento, Fernando defendeu que só através do desenvolvimento econômico, urbano e social e do resgate do protagonismo de Caruaru será possível recolocar o município no caminho certo.
“Caruaru vai encontrar o seu caminho olhando para a frente. Não vamos conseguir nada olhando para o passado nem para o que não está dando certo agora”, afirmou, em referência direta aos adversários do pleito.
O evento contou com mensagens enviadas por ex-ministros de Bolsonaro, aliados como Gilson Machado, que não pôde participar por questões de saúde. O ponto alto foram as mensagens do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e de Jair Bolsonaro, todos em clima de muito otimismo. Até porque o ex-presidente teve mais de 40% dos votos na última eleição em Caruaru.
“Caruaru esse ano vai dar um recado, assim como o Brasil já deu: não é curral eleitoral de grupo ou família nenhuma. Pagamos um preço muito alto no passado e agora. Mas Caruaru é uma cidade independente e vai mostrar isso no dia 6 de outubro”, completou Fernando Rodolfo
O candidato encerrou o evento agradecendo ao partido, ao presidente estadual Anderson Ferreira, e sobretudo à confiança e o apoio que sempre recebeu do ex-presidente Bolsonaro.
O processo de concessão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário da Companhia Pernambucana de Saneamento foi pauta de reunião entre o Crea-PE e a Compesa. Detalhes sobre a modelagem da outorga a ser adotada, tarifa social, investimentos previstos e a manutenção dos empregos dos servidores da companhia foram alguns dos pontos levantados pelo presidente do Conselho, Adriano Lucena, ao presidente da Compesa, Alex Campos.
A reunião também contou com a participação dos integrantes do Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Crea-PE, os engenheiros Antonio Miranda e Roberto Muniz, e do diretor de Produção e Planejamento Operacional da Compesa, Flávio Coutinho Cavalcante. “O momento é de resolver o problema de quem não tem água na torneira, seja com recursos públicos ou privados”, afirmou Adriano Lucena.
Alex Campos atualizou o grupo sobre o processo de repasse dos serviços da companhia à iniciativa privada, que está na fase de consulta pública junto à população. Ele estima que até abril de 2026 devem ser publicados os editais de licitação. Campos elogiou as iniciativas do Crea-PE na questão. “O Crea é o órgão da sociedade civil que mais contribuiu no processo, de maneira colaborativa e crítica”, afirmou.
Segundo o presidente da Compesa, a concessão se justifica por conta dos desafios que a companhia enfrenta hoje, como o sucateamento do sistema, as perdas elevadas de água e a incapacidade de investimento do Estado. Explicou que o modelo de concessão é híbrido e que as empresas concorrentes terão que garantir um desconto de até 5% na tarifa de modo a permitir a realização de lance financeiro para a outorga dos serviços. O número de beneficiários da tarifa social foi significativamente ampliado, passando para 25% da população do estado; para tanto, uma revisão tarifária de 9,88% foi recentemente submetida à ARPE.
Adriano Lucena questionou a situação dos funcionários da Compesa, que segundo Campos não serão desligados. Ele afirmou que os servidores passarão por um processo de adaptação aos novos serviços da companhia ou podem optar em pedir transferência para outros órgãos do Estado. O presidente do Crea-PE destacou que a concessão dos serviços da companhia também vai gerar novos empregos.
Antonio Miranda falou sobre a preocupação com o atendimento das favelas e comunidades urbanas, bem como da população rural, inclusive a dispersa, e recebeu a garantia de que o processo de concessão cuidará desses aspectos, incluindo possivelmente a criação de um fundo para assegurar os investimentos.
Já Roberto Muniz destacou que o modelo de outorga apresentado fica bastante focado na produção, e que a Compesa deste modo transfere à futura concessionária privada a responsabilidade pela redução das perdas dos sistemas de abastecimento de água. Adriano Lucena considerou muito positiva a reunião. “Temos um cenário em que precisamos de mudança e de clareza sobre o processo”, afirmou.
A relação do governo do presidente Lula com a Venezuela é, para dizer o mínimo, ambígua. Lula demorou quase um mês para declarar que não reconhecia o resultado das eleições do fim de julho do ano passado, que mantiveram no poder o ditador Nicolás Maduro. Mesmo assim, o brasileiro não foi enfático nesse não reconhecimento. Preferiu cobrar transparência na divulgação das atas, coisa que até hoje não aconteceu por parte do governo do seu colega venezuelano.
Nunca é demais lembrar que, no primeiro momento, Lula havia afirmado que não tinha visto nada de anormal na disputa, embora vários líderes mundiais já tivessem, naquele momento, chamado a atenção para as evidências de fraude nas eleições venezuelanas. Na época, o Conselho Nacional Eleitoral (o equivalente na Venezuela ao nosso Tribunal Superior Eleitoral) se apressou em declarar Maduro como vencedor do pleito, mesmo sem ter apresentado nenhuma prova. Tal decisão tirou toda a credibilidade do resultado anunciado.
Lula, agora, decidiu não ir à posse de Maduro, marcada para o próximo dia 10 de janeiro. Mas designou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, para representar o país na cerimônia. O argumento é que o envio de um representante brasileiro indicaria a intenção de manter o diálogo aberto com nosso vizinho. A despeito de todas as possíveis explicações diplomáticas, acredito que não mandar um representante seria a melhor forma de o governo brasileiro marcar posição, demonstrando de fato seu descontentamento com a atual situação venezuelana.
Não defendo o rompimento de relações diplomáticas com Caracas, afinal, existem muitas outras razões, humanitárias e econômicas, para se buscar um entendimento entre os dois países. Mas é preciso ser firme na defesa das suas ideias. Se Lula quer defender os princípios democráticos, não parece coerente querer que seu governo esteja representado na posse do ditador venezuelano.
É do conhecimento de todos o desejo de Lula de que o Brasil volte a ocupar uma posição de liderança na América Latina e até mesmo no Hemisfério Sul. A hesitação em momentos relevantes da geopolítica mundial, porém, acaba depondo contra a intenção do líder brasileiro. Todos devem lembrar que, logo no início do seu terceiro mandato, há dois anos, uma das frases mais repetidas pelo governo Lula foi “o Brasil voltou”, no sentido de que o país havia recuperado o respeito no cenário global. Ela aparecia com frequência nas campanhas publicitárias e nas redes sociais do governo federal. E é fato que não deveria ser necessário um grande esforço para tanto, dada a total fragilidade e quase inexistência da política externa brasileira nos quatro anos de governo de seu antecessor.
Para que o Brasil retome o prestígio internacional é necessário que seu presidente seja, antes de tudo, transparente. Não dá para falar em defesa da democracia e não se posicionar, com firmeza e presteza, contra desmandos autoritários, seja lá de quem forem tais desmandos. Ditadores de plantão, de direita ou de esquerda, serão sempre ditadores.
O ano mal começou e a política do toma lá da cá já se instalou no governo Raquel Lyra. Após ser empossado, na última sexta-feira, e ter declarado apoio à Raquel, o deputado estadual Wanderson Florêncio (SD) emplacou o comando do Parque Estadual Dois Irmãos. A recompensa pelo apoio foi publicada no Diário Oficial do Estado de hoje, com a nomeação da esposa do deputado, Sávia Florêncio, para a gerência geral do parque.
Ainda há a expectativa de que o irmão de Wanderson, Ebinho Florêncio, ex-vereador do Recife, também ocupe algum espaço na gestão Raquel Lyra. Mesmo estando filiado ao partido comandado no Estado pela principal adversaria da governadora, a ex-deputada Marília Arraes, Wanderson não só declarou apoio à Raquel como afirmou que está “100% alinhado com a governadora”. É dando que se recebe, como diz a oração de São Francisco.
A primeira corridinha diária de 8 km no paraíso que escolhi para minhas férias vapt-vupt foi entre a área de lazer da maravilhosa pousada e a praia, onde dei uns mergulhos, matando a saudade do banho de mar em águas tão calientes. O local é maravilhoso. Depois, conto tudo e dou as dicas!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra, hoje, o publicitário Sidônio Palmeira para definir a troca na chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo. Palmeira é cotado para substituir Paulo Pimenta, que está à frente da Secom hoje. Na agenda oficial de Lula, está marcada também uma reunião com Pimenta às 9h30 no Palácio do Planalto.
Segundo assessores próximos ao presidente, o destino de Paulo Pimenta ainda é incerto. Neste momento, o mais provável é que ele volte para a Câmara. Pimenta pode ainda assumir uma liderança. Ao blog da Ana Flor, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo precisa comunicar melhor o esforço fiscal e de transparência das contas que vem sendo feito desde 2023.
Mesmo antes de assumir, Sidônio – que foi marqueteiro de Lula na campanha de 2022 – já deu o tom dos últimos movimentos do governo: menos enfrentamento com o mercado financeiro nas falas e demonstrações de um governo unido. Desavenças entre ministros e disputas por influência no entorno do presidente transpareceram ao longo de 2024. Ontem, o ministro da Casa Civil foi ao ministério da Fazenda, num gesto de unidade. Lula quer reunir seus ministros ainda em janeiro para passar novas diretrizes.
Eleitores que não votaram no segundo turno das eleições precisam apresentar, à Justiça Eleitoral, uma justificativa para a ausência, até hoje. O procedimento pode ser feito pela internet ou em um cartório eleitoral.
Quem não votou e não justificou está sujeito a uma multa, cujo valor varia de R$ 1,05 a R$ 3,51, segundo as regras do Tribunal Superior Eleitoral.
Quem não votou, não justificou e não pagar a multa pode sofrer outras restrições de direitos – pode ser impedido, por exemplo, de obter documentos, se inscrever em concursos e tomar posse em cargos públicos.
A relação entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) havia acalmado nos últimos meses de 2024, depois de quase dois anos de embates e muito desgaste para o Governo tucano.
Ainda está fresca na memória daqueles que acompanham a política no Estado a peleja de Raquel com a Casa em seu primeiro ano de gestão, em 2023, quando ela vetou trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e teve esses vetos derrubados pelos deputados, no que seria um dos capítulos iniciais da queda de braço.
Frequentemente acusada de agir com falta de diálogo, Raquel se viu em outra crise com a Alepe em 2024, durante a tramitação do projeto de lei que extinguiu as faixas salariais dos policiais e bombeiros militares do Estado de forma escalonada, até 2026. Foi muita dor de cabeça até a governadora aprovar a medida como desejava.
Depois da canseira que a Assembleia deu à gestora, talvez fazendo com que ela e sua equipe tivessem mais consciência de que não se governa um Estado sozinha e sem fazer política, Raquel Lyra recuou e até fez um gesto à Alepe. Não se envolveu na nova eleição da Mesa Diretora da Casa, em dezembro passado. Deixou correr livre e defendeu que era um assunto interno da Assembleia.
Mas, o que parecia um ensaio de paz, já foi por água abaixo logo nos primeiros dias deste ano. O não pagamento das emendas impositivas despertou, de novo, o mau humor dos deputados, que, ontem (6), se reuniram e decidiram encaminhar um pedido de informação ao Governo sobre o assunto. Assim, teve início a primeira crise de 2025 entre a governadora e a Alepe.
GOVERNO TEM 30 DIAS PARA EXPLICAR – Liderados pelo presidente reeleito da Assembleia, Álvaro Porto (PSDB), os deputados assinaram um documento estabelecendo prazo de 30 dias para que o Poder Executivo explique o motivo de não ter pago as emendas impositivas até 30 de dezembro do ano passado, como havia prometido Raquel Lyra. De maneira geral, eles defendem que não é falta de dinheiro. Além disso, será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um pedido de auditoria especial. Até o momento, dos R$ 188 milhões, foram pagos R$ 43 milhões.
Aliados não assinaram – Trinta deputados já assinaram o documento. No entanto, três dos parlamentares que compareceram ao encontro não aderiram ao pedido. Foram eles Joãozinho Tenório (PRD), Henrique Queiroz Filho (PP) e Socorro Pimentel (União Brasil). Um dos governistas mais dedicados, Antônio Moraes (PP) não conseguiu comparecer à reunião, mas defendeu que haja entendimento e não judicialização do assunto. “A governadora e o secretário da Fazenda (Wilson José de Paula) já mostraram disposição e boa vontade para resolver”, afirmou, em conversa com este blog.
Mas pode parar na Justiça, sim – “Alguns já queriam judicializar, mas a gente achou por bem não fazer isso. A reunião seria de manhã, mas eu mudei para a tarde esperando o posicionamento do Governo. Eu avisei a ela (Raquel) que iria marcar essa reunião e que o que a Casa decidir a gente vai fazer”, afirmou o presidente Álvaro Porto. “Todos sabem da importância das emendas para as bases. No final do ano, os deputados avisaram aos seus prefeitos, às entidades, confirmando os pagamentos, mas não teve”, acrescentou Porto.
Vontade política – Ainda segundo Álvaro Porto, a Assembleia aguarda “a vontade política da governadora”. “Além de serem impositivas essas emendas, foi um compromisso que o Governo assumiu. A gente fez até um projeto para que o pagamento fosse escalonado”, destacou. Já o deputado Alberto Feitosa (PL) frisou que, no passado, o pagamento das emendas não era bem definido sob o ponto de vista jurídico, mas essa realidade mudou porque a PEC aprovada pelos parlamentares deixou claro que as emendas são impositivas.
Nova líder do União Brasil – A deputada Socorro Pimentel (União Brasil) foi indicada para ocupar o cargo de vice-líder da bancada do partido na Alepe. A nomeação foi formalizada por meio de um ofício encaminhado à Presidência da Casa pelo líder da bancada, deputado Romero Albuquerque, ontem. Em nota, Socorro Pimentel destacou o compromisso com a nova função. “Assumo essa função com a mesma responsabilidade e respeito pela sigla que sempre pautaram minha vida pública. Vamos continuar trabalhando para fortalecer nossa atuação na Alepe e avançar em pautas que beneficiem Pernambuco, ao lado da governadora Raquel Lyra”, afirmou.
CURTAS
Fernanda Torres e Lula 1 – O presidente Lula (PT) comentou no Instagram, ontem, a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro na categoria “Melhor Atriz em Filme de Drama”. A atriz foi premiada por sua atuação como Eunice Paiva no filme “Ainda Estou Aqui”. A direção foi de Walter Salles. Lula falou sobre a importância da obra para a preservação da história brasileira. Ele classificou o período da ditadura militar, retratado no filme, como “um passado de horrores”.
Fernanda Torres e Lula 2 – “O filme reflete sobre um passado de horrores que precisa ser lembrado, para que as novas gerações conheçam e as antigas nunca se esqueçam. Ao reconhecer o trabalho de Fernanda Torres, o mundo também reconhece a importância de contarmos nossas histórias, não tolerando autoritarismos nem a violência”, afirmou Lula.
Silvinho a todo vapor – O ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), de Portos e Aeroportos, cotado para ser candidato ao Senado por Pernambuco em 2026, estima a entrega de mais de 30 aeroportos, entre novos empreendimentos e requalificações, para 2025. Segundo ele, a meta do Governo Lula é impulsionar a infraestrutura aeroportuária do País, com investimento de R$ 3 bilhões, o que representa o maior número de entrega dos últimos 10 anos no setor.
Perguntar não ofende: a governadora Raquel Lyra vai conseguir pacificar a Assembleia Legislativa novamente?
O STF (Supremo Tribunal Federal) já condenou 375 réus pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na denúncia de 1682 envolvidos.
Ao todo, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), mais de 900 pessoas foram responsabilizadas, incluindo aqueles que firmaram acordo com a Justiça.
A maior parte dos invasores foi condenada por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Ao todo, 155 réus estão presos. De acordo com informações do STF, 78, provisoriamente, 70 definitivamente, e 7 estão em prisão em domiciliar. Até o momento, apenas quatro foram absolvidos.
Além desses, 527 réus optaram por assinar acordos de não persecução penal. Por meio desse instrumento, quem responde por crimes menos graves pode ter a ação penal encerrada sem condenação, desde que cumpra medidas alternativas.
Entre essas medidas, estão prestar 150 horas em serviços comunitários e participar de curso sobre democracia. Nesse período, os réus ficam com passaportes e porte de arma suspensos e não podem usar redes sociais. Após o cumprimento total, mantêm a condição de réus primários.
De acordo com informações do STF, o tribunal tem 1.093 casos com crimes simples ligados ao 8 de janeiro, dos quais julgou 147, e 459 de crimes graves, dos quais 228 foram julgados.
No total, há 1.552 ações penais em curso.
As investigações e as ações penais tramitam sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. As decisões foram tomadas pela Primeira Turma de forma unânime e por maioria no plenário, vencidos os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques.
Dentre os 1.682 denunciados, 1.204 o foram na condição de incitadores, 407 na de executores, 63 na de financiadores, e há ainda 8 autoridades, de acordo com divisão feita pelo MPF.
Cada réu é julgado individualmente pelo STF, na maioria dos casos no plenário virtual, ambiente remoto por meio do qual os ministros incluem os votos e não há discussão entre eles a respeito dos temas analisados.
Dentre os executores, boa parte teve pena de 3 a 17 anos de prisão, além de multa e indenização por danos morais coletivos de R$ 30 milhões. O valor corresponde aos prejuízos materiais causados, além dos danos a bens culturais e históricos, e deverá ser dividido por todos os condenados.
O MPF pediu a condenação de sete integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal na data das invasões. As investigações em relação a financiadores e outras autoridades envolvidas no caso ainda estão em curso.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiram usar a renúncia do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, para provocar o governo Lula nesta segunda-feira, 6. Ao comentar a crise política no país norte-americano, os bolsonaristas aproveitaram para fazer previsões de derrota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026, quando o petista pode concorrer a um novo mandato. A decisão de Trudeau, considerado um progressista, foi anunciada no mesmo dia em que o Congresso dos Estados Unidos certificou a vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca. O retorno do republicano tem animado o conservadorismo de direita no cenário global.
Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos de Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi irônica em publicação nas redes sociais. “Se alguém mais por aqui quiser renunciar, se algum outro líder progressista ou comunista quiser renunciar, aproveite a oportunidade, fique à vontade, a gente vai entender”, escreveu, no Instagram. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC), da tropa de choque bolsonarista na Câmara, destacou que Trudeau deixará o cargo logo após os democratas serem derrotados por Trump nos EUA. “Agora só falta Lula cair. Fiquem de olho: os ventos da mudança sopram rápido e vão chegar ao Brasil logo”, postou, no X.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) comparou o cenário econômico do Brasil, considerado por ela de crise, ao do Canadá. “Lula, a sua hora de ser colocado para fora, pelo povo, pelas vias constitucionais, também está chegando”, escreveu, também no X. A parlamentar frisou que uma eventual saída do petista do poder ocorreria de forma constitucional no momento em que se aproxima a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o inquérito em que a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e mais de 30 outras pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula no Palácio do Planalto.
O presidente Lula delegou à ministra da Cultura, Margareth Menezes, a chefia de uma missão do governo brasileiro em Benin, na África.
Na quarta-feira (8), Margareth vai embarcar para Cotonou e Uidá, no país africano, onde terá encontros com autoridades locais e participará do Festival das Culturas Ancestrais. Uma das agendas será a instalação de um Comitê de Implementação dos Acordos Culturais, com a presença do ministro da Cultura do Benin.
Margareth Menezes vai representa o governo brasileiro nas agendas de cooperação entre os dois países, que ocorrem em diferentes áreas, como cultura, infraestrutura e esporte.
A delegação brasileira será composta por membros do Ministério da Cultura, Fundação Cultural Palmares, IPHAN, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Igualdade Racial, Embratur, e representantes do governo da Bahia e da Prefeitura Municipal de Salvador.
Em maio do ano passado, o presidente Lula recebeu o presidente do Benim, Patrice Talon, no Palácio do Planalto. Na ocasião, foi assinado acordo com o Ministério da Cultura para intensificar a cooperação cultural entre os países.
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte anunciou, nesta segunda-feira (6), a reformulação do serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), oferecendo uma nova casa de apoio para pacientes que realizam tratamentos médicos no Recife. O espaço, que começou a operar no dia 2 de janeiro, passou por melhorias significativas e agora conta com dormitórios separados por gênero, quartos climatizados, áreas de lazer com TV e quatro refeições diárias. Além disso, uma equipe de 10 cuidadores foi designada para garantir o suporte necessário aos pacientes.
Durante entrevista à Rádio Filadélfia FM, a secretária de Saúde, Pollyane Costa, e a presidente da Fundata, Mayane Menezes, relataram que a antiga casa de apoio estava em condições precárias, com denúncias de falta de higiene e uso inadequado do espaço. “Recebemos inúmeras reclamações de falta de higiene, problemas estruturais e denúncias graves, como relatos de consumo de bebidas alcoólicas acontecendo dentro da casa”, revelou a secretária.
A nova gestão também identificou a exclusão dos registros dos pacientes atendidos pelo serviço na administração anterior, o que levou à orientação para que os usuários do TFD procurem a Secretaria de Saúde para regularizar seus cadastros.
Deputados estaduais de Pernambuco se reuniram, nesta segunda-feira (6), para assinar um pedido de informação ao Governo do Estado sobre a liberação do pagamento de emendas parlamentares impositivas. Embora a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) esteja em recesso até 3 de fevereiro, 21 parlamentares participaram da reunião convocada pelo presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB).
Até o momento, 30 deputados já assinaram o documento, mas três dos presentes na reunião — Joãozinho Tenório (PRD), Henrique Queiroz Filho (PP) e Socorro Pimentel (União Brasil) — não aderiram ao pedido.
Segundo o último relatório do sistema e-Fisco, dos R$ 188 milhões previstos para emendas impositivas, R$ 85,5 milhões foram empenhados, R$ 61,8 milhões liquidados e apenas R$ 43,5 milhões efetivamente pagos.
O governo estadual tem até 30 dias para responder ao pedido de informação. Paralelamente, os deputados também enviarão um ofício ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), solicitando que o órgão acompanhe o caso.