Barbárie nas ruas do Recife

Tive que dar um timing na cobertura da eleição da mesa diretora do Senado para retratar aos leitores a barbárie que se passa no Recife. Desde cedo, a capital vive momentos de terror nas ruas, com confrontos violentos entre torcedores de Santa Cruz e Sport. As cenas registradas em vídeos mostram torcedores sendo brutalmente espancados, saques a estabelecimentos comerciais, bombas, correria e depredação.

O principal foco da confusão foi na Rua Real da Torre, na Madalena, onde torcedores foram espancados em via pública. Também houve confrontos na Avenida Caxangá, em Prazeres (Jaboatão) e no Cabo de Santo Agostinho.

Pelo menos seis pessoas precisaram de atendimento médico do SAMU, segundo o Globo Esporte. Fontes relataram ao blog que o presidente da Torcida Jovem do Sport estaria internado em estado crítico na UTI do Hospital da Restauração, correndo risco de morte.

A informação ainda não foi oficialmente confirmada. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram torcedores ensanguentados, alguns sem roupas, e um deles chegou a ser molestado com uma vara.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco havia definido um esquema de segurança com 645 policiais militares para o jogo, incluindo agentes do Batalhão de Choque, Rocam, Rádio Patrulha e Cavalaria. No entanto, o contingente não foi suficiente para conter os atos de vandalismo.

O policiamento está concentrado na área interna do Arruda e nas principais vias de acesso ao estádio, mas a violência eclodiu em diversos pontos da cidade.

Desde 2019, os Clássicos das Multidões no Arruda eram disputados com torcida única para evitar confrontos. Com o retorno das torcidas mistas, cenas de barbárie voltaram a se repetir, manchando o futebol pernambucano e colocando vidas em risco.

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Por Delmiro Campos*

Horas antes do tão esperado confronto entre Santa Cruz e Sport pelo Campeonato Pernambucano de 2025, o Recife se transformou em um campo de guerra. Vídeos e imagens estarrecedoras circulam nas redes sociais, expondo cenas de violência protagonizadas por facções criminosas disfarçadas de torcidas organizadas. Relatos confirmam mortes, depredações de patrimônios públicos e privados e um estado de ameaça que se espalha pela cidade, especialmente nos arredores do Arruda, o Estádio José do Rêgo Maciel. A paixão pelo futebol, que deveria unir, mais uma vez é sequestrada pela barbárie.

A situação exige medidas imediatas e enérgicas. A paralisação da comercialização de ingressos, o reforço urgente do contingente policial e a adoção de um estado de alerta são passos imprescindíveis para evitar que o espetáculo esportivo se transforme em mais uma tragédia anunciada. Não podemos mais aceitar reações tardias ou paliativas. É hora de agir com firmeza e caráter pedagógico, para que a violência não seja normalizada como parte do futebol brasileiro.

O cenário pernambucano é apenas um reflexo do que ocorre em todo o país. A cada semana, novas manchetes escancaram a recorrência da violência entre torcedores organizados. Esses grupos, que deveriam ser representantes da festa nas arquibancadas, tornaram-se facções criminosas que ameaçam vidas sob o manto da paixão clubística. A omissão estatal e a conivência velada de alguns clubes alimentam esse ciclo vicioso. Até quando permitiremos que as ruas e os estádios sejam palcos de terror?

O exemplo inglês no combate aos hooligans nos anos 1980 é uma referência clara do que precisa ser feito. Após tragédias como a de Heysel, medidas rigorosas foram implementadas: banimento dos torcedores violentos, modernização dos estádios e responsabilização direta dos clubes. O resultado foi a transformação do futebol inglês em um ambiente seguro e familiar. No Brasil, iniciativas como a Lei Geral do Esporte (14.597/2023), que responsabiliza civilmente clubes e torcidas organizadas por atos violentos, são um avanço. Mas sua aplicação ainda é tímida diante da gravidade da situação.

Em Pernambuco, ações como a proibição de torcidas organizadas nos estádios e a criação de delegacias especializadas são importantes, mas insuficientes sem uma mudança cultural mais profunda. Os clubes precisam romper qualquer vínculo com esses grupos criminosos e investir em projetos educacionais que resgatem o verdadeiro espírito do futebol: celebração e união. Além disso, cânticos que incitam violência devem ser tratados como comportamentos ofensivos passíveis de punição na justiça desportiva.

A resposta à crise atual deve ir além da repressão imediata. É preciso banir os criminosos identificados das praças esportivas, aplicar medidas cautelares restritivas e exigir reações firmes dos clubes para sepultar qualquer resquício de conivência com essas falsas torcidas. O Estado tem o dever de agir com urgência para garantir segurança à população e devolver ao futebol sua essência.

Que este “Clássico das Multidões” não seja lembrado pelas manchetes sangrentas fora das quatro linhas, mas sim pelo espetáculo dentro delas. O futebol brasileiro precisa renascer como palco da paixão saudável – não como cenário de tragédias evitáveis.

*Advogado

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Diante dos graves episódios de violência protagonizados por integrantes de torcidas organizadas neste sábado (1º), no Recife, o deputado estadual João Paulo (PT) solicitou a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O pedido foi encaminhado à Comissão de Segurança Pública e Defesa Social.  O objetivo do encontro é promover um amplo debate sobre as ações necessárias para coibir a violência nos estádios e em seus arredores, garantindo a segurança dos torcedores e da população em geral. No ofício encaminhado, João Paulo ressaltou que as cenas de selvageria registradas em diversos pontos do Recife preocupam e exigem medidas enérgicas por parte do poder público e das instituições esportivas.

“Precisamos conter esse comportamento inaceitável, de pessoas que gostam mais de violência do que de futebol, pois, caso contrário, a violência continuará crescendo e colocando em risco a vida dos cidadãos. O futebol é um esporte apaixonante, mas não pode ser usado como pretexto para manifestações de ódio e atos criminosos”, afirmou o deputado.

A audiência pública visa reunir representantes do Ministério Público, Polícia Militar, Federação Pernambucana de Futebol, clubes, torcidas organizadas e demais entidades envolvidas, para discutir soluções eficazes no combate à violência no futebol pernambucano. A data do encontro será definida pela comissão responsável.

“Nosso papel é formular propostas e diretrizes que assegurem um convívio social harmônico. Para isso, precisamos dialogar com todos os atores envolvidos e buscar soluções que garantam a paz e a segurança nos estádios e nas ruas da nossa cidade”, concluiu João Paulo.

Camaragibe Avança 2024

Apoiado por partidos governistas, de centro e da oposição, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1°), como o novo presidente da Câmara com 444 votos. Ele comandará a Casa pelos próximos dois anos.

Motta assume no lugar de Arthur Lira (PP-AL), que presidiu a Câmara nos últimos quatro anos e apoiou seu sucessor.

Os acordos com as bancadas para a eleição foram articulados ainda em outubro do ano passado. O deputado recebeu o endosso formal de quase todos os partidos da Casa, com exceção do PSOL e do Novo que lançaram candidatos próprios.

O bloco formado na manhã deste sábado para apoiar a candidatura de Motta e indicar representantes para os demais cargos da Mesa é formado por: Republicanos, MDB, PT, PSD, União, Podemos, PP, PL, PDT, PSDB-Cidadania, Avante, PSB, Solidariedade e PRD.

Dias antes da eleição, Motta participou de jantares com as bancadas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além de congressistas de diferentes partidos, inclusive do PT, os eventos reuniram governadores, prefeitos, chefes de partidos e ministros do governo Lula.

Também participou de eventos em Brasília na véspera da votação.

No seu discurso no plenário neste sábado, antes da eleição, Motta fez diversos acenos às forças políticas da Casa, como para governistas, oposição, partidos pequenos, siglas de centro e a bancada feminina.

Em contraponto às práticas de Lira nos últimos anos, prometeu dar previsibilidade à pauta e às definições de sessões remotas. Também afirmou que vai fortalecer as comissões temáticas e diversificar a indicação de relatores.

A eleição
Na disputa, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) recebeu 31 votos e o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) teve 22 votos.

Sucessor de Lira
A candidatura de Motta ganhou tração depois da desistência de Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos e então 1° vice-presidente da Câmara.

Desde 2023, o deputado ensaiava se candidatar para presidente da Casa, mas recuou da ideia em prol de Hugo Motta.

A candidatura foi oficializada depois de Lira decidir apoiar Motta e preterir o deputado Elmar Nascimento (União-BA), que até a metade de 2024 era apontado como o favorito para a sucessão na Câmara.

A frente ampla formada em apoio a Motta envolveu a desistência de Elmar e do líder do PSD, Antonio Britto (BA). Ambos saíram da disputa após a negociação e a promessa de cargos aos seus partidos.

Com nome consolidado na disputa, Motta reuniu o endosso de congressistas e empresários, em especial do setor do agronegócio que tem a maior bancada do Congresso.

Mesa Diretora
Além do novo presidente, os deputados também votaram para os integrantes da Mesa Diretora. O placar ainda será anunciado. Conforme acordo entre os líderes partidários do bloco que apoiou Motta, a indicações foram:

  • 1º vice-presidente: Altineu Côrtes (PL-RJ)
  • 2º vice-presidente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA)
  • 1º secretário: Carlos Veras (PT-PE)
  • 2ª secretário: Lula da Fonte (PP-PE)
  • 3º secretário: Delegada Katarina (PSD-SE)
  • 4º secretário: Sérgio Souza (MDB-PR)
    -Suplentes: Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP); Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES); Paulo Folletto (PSB-ES); e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP)
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Do jornal O Globo

O ministro licenciado das Relações Institucionais e deputado federal, Alexandre Padilha (PT), compareceu neste sábado ao Congresso Nacional, empunhando um boné azul com a inscrição: “O Brasil é dos brasileiros”. O slogan foi sugerido pelo novo ministro da Secretaria de Comunicacão, Sidônio Palmeira, e visa fazer um contraponto ao bonés vermelho “Make America Great Again”, da campanha de Donald Trump, utilizado por bolsonaristas nos últimos meses. Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Camilo Santana (Educação) e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também usaram o acessório.

Pacheco diz que vai avaliar próximos passos em breve e que tem ‘sonho’ de governar Minas Gerais

— A ideia foi minha, mas eu pedi a frase para o Sidônio. Ele que entende. Eu fico agoniado em ver gente batendo continência para outro país e outras bandeiras — disse Padilha, fazendo uma referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e outro parlamentares do PL que gravaram lives exibindo os bonés trumpistas na época da posse do presidente norte-americano.

Padilha afirmou que comprou dez bonés azuis para distribui-los aos parlamentares governistas.

— Paguei com meu dinheiro — ressalvou.

Nos Estados Unidos, o partido democrata é representado pela cor azul, enquanto o Republicano, de Trump, utiliza o vermelho — a cor do PT no Brasil.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Com agenda administrativa em Brasília a partir da próxima segunda-feira, o prefeito de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), e o deputado estadual João de Nadegi (PV), filho da ex-prefeita de Camaragibe, Doutora Nadegi (Republicanos), acompanham de perto as eleições para renovação das mesas diretoras do Senado e Câmara. Na Câmara, comemoram a eleição do primeiro secretário Carlos Veras (PT) e no Senado do segundo-vice Humberto Costa (PT). Entre segunda e quarta, Diego e João têm uma extensa agenda na Esplanada e no Congresso em busca de recursos para Camaragibe.

Por Waldemar Borges*

O que aconteceu hoje em Pernambuco não foi um acaso. Os confrontos entre gangues que se passam por torcidas organizadas foram convocados com antecedência pelas redes sociais e o governo tinha a obrigação de se antecipar. Não houve trabalho de inteligência, não houve ação preventiva. A omissão custou caro.

Quando decidiram agir, já era tarde. O terror já havia tomado as ruas do Recife e de outras cidades. Tentaram fechar a porta depois da casa arrombada. O resultado foi violência espalhada por vários pontos da Região Metropolitana, com cenas de barbárie que poderiam ter sido evitadas. Pessoas espancadas, torturadas e ainda não sabemos quantas vidas foram ceifadas, deixando muitas famílias destruídas.

O que vimos hoje foi um governo omisso na prevenção e lento na tentativa de remediar as consequências de uma tragédia que mancha ainda mais de sangue esses tempos atuais de violência descontrolada.

*Deputado estadual (PSB) e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia de Pernambuco

O Senador e Presidente Estadual do MDB paraibano Veneziano Vital do Rêgo fez um depoimento na manhã deste sábado (1), por meio das suas redes sociais, onde destacou a parceria exitosa nos últimos quatro anos ao lado do Presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), na condição de Vice-Presidente do Senado Federal.

“Ao lado do meu grande amigo-irmão Rodrigo Pacheco. Hoje, nos despedimos dos 4 anos de parceria e trabalho pelo Brasil. Honrado em ter correspondido às expectativas dos amados paraibanos sem deslustrar ou faltar naquilo que disse e diz respeito a um representante público. A Deus, pelas suas bençãos, minha eterna e permanente gratidão”, disse Veneziano.

Rodrigo Pacheco agradeceu a parceria com Veneziano e ressaltou a importância da defesa da democracia nos 200 anos do Senado, especialmente em um período desafiador para o país. Ele destacou conquistas como a Reforma Tributária, o Propag e a desoneração da folha de pagamento, mas enfatizou que nada foi tão essencial quanto a preservação dos valores democráticos.