O secretário-geral do União Brasil Caruaru, Raffiê Dellon, fez uma análise do primeiro ano de gestão do atual prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, completado na última semana. “Um ano já é um tempo considerável, levando em conta as inúmeras temáticas de uma gestão municipal e da grandeza que é Caruaru. Fica muito claro que a atual gestão não conseguiu imprimir uma marca, uma bandeira, pelo contrário, é tudo muito atrapalhado e solto”, disse.
Raffiê trouxe dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para comentar a Educação. “Das mais de 130 escolas da rede municipal, mais de 60 não possuem rede pública de esgoto, mais de 50 não possuem rede de abastecimento de água, mais de 60 não possuem laboratório de informática, mais de 70 não possuem refeitório, nem mesmo possuem mobilidade adequada para os deficientes, mais de 90 não possuem quadra esportiva, sem esquecer da intransigência do executivo municipal sobre o PCC, a Biblioteca Pública Álvaro Lins até agora, também, nada”, afirmou.
Leia maisA recomendação que o Ministério Público de Pernambuco fez a Prefeitura de Caruaru cobrando melhorias na infraestrutura do município também foi lembrada por Raffiê. “Atualmente, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre saneamento, Caruaru possui cerca de 3 mil domicílios sujeitos a risco de inundação. Existem moradores dos bairros Severino Afonso, João Mota, Caiucá e Santa Rosa que, até hoje, esperam por uma presença da Prefeitura referente as últimas chuvas”.
“Nosso esgotamento sanitário, manejo das águas pluviais urbanas e drenagem são precárias. São sempre tragédias anunciadas. A simples manutenção de equipamentos como a estrutura das Feiras da Cohab 1 e 2, que não aguentam uma chuva, as obras do acesso a Maternidade que não tem fim, assim como o próprio Mercado de Farinha, somado as estradas rurais sem manutenção, o número crescente de pessoas em situação de rua no centro urbano da cidade e periferia, a ausência de remédios básicos nas unidades de saúde da rede municipal, são alguns dos exemplos da falta de planejamento e visão estrutural de quem deveria ter um olhar diferenciado para a geografia da cidade”, falou.
Ainda de acordo com o balanço feito por Raffiê, falta articulação política da gestão com órgãos estaduais e federais para resolução de problemas rotineiros na capital do Agreste.
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