O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, hoje, o início do cumprimento da pena por tentativa de golpe de Estado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Delator do esquema golpista, Cid recebeu a pena mais leve entre os condenados pela Primeira Turma do STF. O colegiado fixou a punição em 2 anos de reclusão em regime aberto, com o cumprimento de medidas cautelares. As informações são do portal G1.
O município de Angelim, no Agreste Meridional, sediou, há pouco, a manhã de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. A programação, palestra seguida de sessão de autógrafos, aconteceu no Ginásio Osvaldo de Miranda, com apoio do prefeito Caíque (PSB) e forte presença de autoridades.

O grande destaque foi a participação ativa de dezenas de estudantes de três escolas da cidade, a Escola Municipal Pedro Alves da Rocha, a Escola Municipal Miguel Calado Borba e a EREM Azarias Salgado. Mobilizados pela Prefeitura, os alunos fizeram perguntas, comentaram trechos e conectaram o conteúdo histórico do livro ao aprendizado em sala.


Além do prefeito e de seu vice, Oliveira, estiveram presentes os vereadores Sandro Rocha, Maurílio, Junior Caldas, Bruno, Joselito e Willian. Participaram do evento os secretários municipais Fernanda Barros (Administração), Amanda Morais (Saúde), Djane Maria (Educação), Raí Couto (Juventude), Marcos Alexandre (Cultura), Dieggo Lívio (Finanças), Ivan Lulu (Agricultura), Nádison (Infraestrutura) e Mellise Ramos (Assistência Social). O ex-prefeito Samuel Salgado e a ex-vice-prefeita Rosa Cavalcante também prestigiaram o lançamento.

“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.

O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Ainda hoje, Caetés receberá sua tarde de autógrafos, às 15h, no Colégio Monsenhor Callou. O evento conta com a participação do prefeito Nivaldo Tirri e da secretária de Educação, Giselda Correia. Encerrando o dia, o lançamento de ‘Os Leões do Norte’ desembarca em Garanhuns, às 19h, no auditório da AESGA, com o prefeito Sivaldo Albino (PSB), o secretário Ronaldo César e demais integrantes do governo municipal.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, estará no Recife, na próxima segunda-feira, para a abertura do Mês Nacional do Júri 2025, iniciativa nacional que tem o objetivo de agilizar os julgamentos de crimes dolosos contra a vida. A abertura do evento acontecerá no auditório do Fórum Des. Rodolfo Aureliano (Fórum do Recife, em Joana Bezerra), às 8h.
A vinda do ministro a Pernambuco não é à toa. Em 2025, segundo dados do CNJ, o Estado foi o que mais realizou julgamentos nos processos de crimes dolosos contra a vida. Foram 6.417 até agora. Além disso, Pernambuco é pioneiro na criação do Mês Estadual do Júri, que acontece em maio e agiliza o julgamento dos processos.
Leia maisO bom desempenho estadual é fruto da articulação de todo o sistema de justiça: Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE), Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP-Caps), Polícia Militar (PMPE) e Polícia Civil.
Estarão presentes, além do presidente do STF, o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Bandeira de Mello, o coordenador criminal do TJPE, desembargador Mauro Alencar, e o conselheiro do CNJ José Rotondano.
Instituído pelo CNJ, o Mês Nacional do Júri 2025 será realizado ao longo de todo o mês de novembro, mobilizando tribunais de justiça. O Mês Nacional do Júri tem o objetivo de garantir a razoável duração dos processos e a celeridade no julgamento das ações penais de competência do júri. A iniciativa foi instaurada pela Portaria CNJ n. 69/2017 e atualizada pela Portaria n. 242/2025.
Para a edição deste ano, foram definidos como prioridades os crimes dolosos contra a vida de mulheres, de menores de 14 anos, ações envolvendo policiais e processos antigos – com mais de cinco anos de tramitação e sem desfecho. No Brasil, pouco mais de 91 mil ações se enquadram nesse último caso. Foco de prioridade na portaria, o feminicídio registrou 4.254 casos julgados até o momento, mas ainda há 9.154 processos pendentes.
Em 2024, o Mês Nacional resultou em 8,3 mil julgamentos em todo o País, com 2.548 condenações e 1.012 absolvições. Ao todo, foram realizadas 2.582 sessões do júri em um único mês, concentradas, principalmente, em casos de homicídio qualificado (5.685), homicídio simples (1.829), tentativas de homicídio (1.744) e feminicídios (575).
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Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã
No dia 11 de novembro, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho (MDB), deverá ser eleito presidente do Conselho de Edificações e Clima. Esse conselho vai se reunir dentro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. Se a eleição se confirmar, o que é bem provável, será mais um momento importante para a família Barbalho e suas pretensões políticas a partir da conferência.
O irmão de Jader Filho, o governador do Pará, Helder Barbalho, é o anfitrião da COP30. A partir de tudo o que acontecerá e será discutido, os Barbalho avaliam poder aumentar o poder de influência que já têm para seguirem no domínio do estado e para empurrar mais o MDB rumo ao apoio à reeleição de Lula em 2026.
Leia maisO MDB do Pará é a seção mais poderosa do partido. O MDB tem um complexo sistema de divisão de seus delegados nas convenções. Os cargos não são proporcionais às populações do estado, mas efetivamente ao tamanho do partido naquele estado.
Além do governador, o MDB elegeu 85 prefeitos no Pará. Tem ainda o senador Jader Barbalho e nove deputados federais. Isso faz com que o estado tenha o maior número de delegados. Dificilmente o MDB fechará um apoio oficial a Lula. Mas o Pará terá influência na decisão.
O conselho que Jader Filho deverá presidir reúne os 70 países que assinaram a Convenção de Chaillot, pela qual os países se comprometem a fazer edificações neutras em carbono. Prédios ecológicos. O ministro já é o responsável por alguns dos pontos que Lula tentará levar como bandeira na disputa pela reeleição: os programas de habitação – Minha Casa, Minha Vida e Reforma Casa Brasil. A presidência do conselho dará ao ministro a possibilidade de agregar um discurso de defesa do meio ambiente aos projetos e às suas construções. No ano que vem, Jader Filho deve disputar uma vaga de deputado federal, nos planos da família.
Os planos dos Barbalho incluem eleger a vice-governadora Hana Ghassan (MDB) para suceder Helder Barbalho, que disputará o Senado. O quadro atrapalha as pretensões do ministro do Turismo, Celso Sabino (União), que ambiciona o apoio de Lula para o Senado.
Todos esses planos, é claro, dependem de tudo dar certo na COP30. Nos dias 6 e 7, começa a cúpula dos chefes de Estado. No dia 10, a conferência propriamente dita, que irá até o dia 20. Até a sexta-feira (24), 132 países tinham confirmado hospedagem. Estima-se 150.
Possíveis problemas, é claro, estão sendo contabilizados. Até alguns prosaicos, como o calor em Belém. A previsão do tempo é de 33 graus de máxima na cidade no dia 10 de novembro. Estão previstos eventos ao ar livre, no clima quente e úmido da cidade.
Durante o Círio de Nazaré, no dia 12 de outubro, uma delegação da ONU, de 25 pessoas, esteve em Belém. E verificou como a cidade lidou para receber um número estimado de 2,6 milhões de visitantes. Avaliou que tudo correu muito bem. Foi um teste para a COP30.
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Por Antonio Magalhães*
Que ninguém se engane. As ações do crime organizado espalham-se pelo país. O epicentro das facções é o Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas elas se ampliam para o Norte e Nordeste e estão mais visíveis na Bahia e no Ceará. E podem chegar logo, com força, em muitos estados. Não há vacina até agora para conter esta atividade que inclui a submissão das comunidades, o tráfico de drogas, assaltos a bancos, infiltração nos meios políticos e empresariais e no serviço público. E elas contam ainda com a simpatia de segmentos da sociedade pelos bandidos que são tratados como vítimas, enquanto criminalizam as verdadeiras vítimas.
Hoje, as favelas cariocas, paulistas e de outras capitais não tem moradores, mas, sim, reféns de criminosos. São usados como escudo humano para deter as investidas da polícia. As balas perdidas que os matam são sempre de fuzis policiais. É comparável a organizações terroristas, como os islâmicos Hamas e Hezbollah, ao controlar a população, o cotidiano dela, a cobrar e roubar os parcos ganhos do comércio da comunidade e ainda são beneficiadas financeiramente por “caridosas” ONGs que impõem o conteúdo ideológico à atividade criminal.
Leia maisA megaoperação policial na terça, 28, em duas favelas do Rio de Janeiro, controladas pela organização criminosa Comando Vermelho (CV), foi um freio de arrumação de curta duração. O próprio CV e outros grupos de bandidos vão continuar aterrorizando a população favelada e de fora da comunidade. Hoje, cerca de 8 mil km quadrados, 20% do território do Rio de Janeiro, está ocupado pelo crime organizado. E curiosamente as principais lideranças de facções encontram-se presas e dos presídios comandam seus territórios e as atividades criminosas em todo o país.
O balanço oficial da megaoperação desta semana, na Zona Norte do Rio, aponta o registro de 119 mortes, das quais 115 foram classificadas pela Secretaria de Segurança Pública como “narcoterroristas” e 4 policiais. O número de mortos, contudo, pode aumentar, porque moradores têm trazido cadáveres da mata próxima à favela. E para dar ideia midiática de uma chacina de jovens inocentes, parentes e colegas do tráfico foram flagrados em vídeo, disponível no YouTube, retirando uniformes de guerra camuflados dos mortos.
A operação resultou ainda em 113 prisões, incluindo 33 lideranças criminosas de outros estados, conforme informou o secretário de Segurança Pública, Felipe Curi. Foram apreendidos 10 adolescentes, 119 armas, entre elas a maioria sendo fuzis, além de milhares de munições, drones bombardeiros e toneladas de drogas, que ainda estão sendo contabilizadas.
O combate ao crime organizado tem sido um festival de irresponsabilidades. O governo federal vem adiando a reação às organizações criminosas – não se sabe se quer mesmo reagir – com a ilusória promessa da aprovação no Congresso de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que mudaria o perfil da ação policial no país, diminuindo a autonomia dos estados e centralizando tudo em Brasília, o que seria uma temeridade diante da expansão do autoritarismo governamental e o já péssimo gerenciamento da área de segurança pública federal. Principalmente num país que tem uma Educação gerida por incompetentes e uma Saúde que provoca mais doenças.
O jogo de ‘empurra com a barriga’ entre governo central e estados terminou esta semana no Rio de Janeiro, quando o governador Cláudio Castro agiu e promoveu a operação policial por conta própria. Na entrevista à imprensa, ele disse que o Rio ficou sozinho nesta batalha. A ajuda federal não veio. E por isso foi criticado, na própria terça-feira em meio à operação, pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que reagiu informando que nada foi pedido, uma lorota desmentida por fatos anteriores à operação policial que foi planejada por um ano de investigações.
Ontem, 29, de cabeça baixa, o ministro Lewandowski passou recibo do descaso com o Rio. Levou uma comitiva da segurança pública federal e anunciou uma ação integrada contra o crime organizado. Com o semblante sério, o governador aceitou o apoio tardio.
Sabe-se que a espera pela aprovação e implementação proposta pela PEC da Segurança expõe a população ao crime incontido em conluio, muitas vezes, com autoridades que deveriam combatê-lo. A iniciativa do governador do Rio foi exemplar. Mostrando que não se deve esperar muito do governo federal – a polícia ou o exército -. E essas ações estaduais têm dado certo em outros locais com problemas de menor dimensão, como Goiás, onde o governador Ronaldo Caiado conseguiu vitórias importantes contra o crime, como informou em Podcast deste blog. “O bandido ou deixa o estado ou muda de profissão”, afirmou. Melhorou muito a segurança dos goianos.
Por sua vez, o governo federal vem resistindo a classificar o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, como pediu ao Brasil o governo de Donald Trump. O pedido foi negado por Lula. Há o temor entre os governistas de que policiais americanos venham atuar diretamente no combate a esses criminosos. Para encobrir a recusa, os petistas alegaram a combinação de razões jurídicas, políticas e diplomáticas. Segundo eles, a Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/2016) define que atos terroristas tenham, entre outros fatores, motivação ideológica, política, religiosa ou xenofóbica, além de intenção de provocar terror generalizado na população.
Ora, mas não é o que fazem essas organizações criminosas nacionais. Aterrorizam todos. Mantêm a população nas favelas submetida à extorsão, ameaçada de morte pela força das armas contrabandeadas, assediando jovens para participarem do tráfico de drogas. Isto é a imposição violenta dos bandidos sobre o cidadão comum. Não seria uma luta de classes, senhores juristas, o criminoso opressor contra o morador oprimido? A interpretação jurídica é livre nesses tempos togados. E assim o crime avança. É isso.
*Jornalista
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Com grande expectativa e transmissão ao vivo pelo perfil oficial no Instagram @veraogoiana, a Prefeitura de Goiana anunciou, na noite de ontem, as datas da Abertura do Verão 2025. A divulgação foi comandada pelo apresentador Beto Café e movimentou as redes e o público local.
O evento acontecerá em quatro finais de semana seguidos, durante o mês de novembro, nas praias de Atapuz, Carne de Vaca e Ponta de Pedras, reunindo grandes nomes da música nacional e atrações locais.
Leia maisMais de 4 mil pessoas acompanharam o anúncio, marcado pela revelação de parte da programação musical que promete aquecer o litoral norte de Pernambuco. A grade completa será divulgada até a próxima segunda-feira (3), incluindo artistas regionais e manifestações da cultura popular goianense.
O prefeito Marcílio Régio destacou que a antecipação da programação tem o objetivo de fortalecer o comércio e impulsionar o turismo local. “Queremos dar tempo para que os comerciantes se preparem para os dias de festa. Vamos movimentar a economia nas praias e oferecer uma grande estrutura para receber os visitantes”, afirmou o prefeito junto com a primeira-dama Ana Silveira.
Tradicional e aguardada, a Abertura de Verão de Goiana é um dos eventos mais esperados do calendário municipal, reconhecida pela programação diversificada e pela energia do público que lota o litoral goianense a cada edição. Durante a transmissão, os comentários nas redes sociais celebraram os nomes já confirmados, entre eles Simone Mendes, Xand Avião, Natanzinho Lima, Ferrugem, Saulo Fernandes, Matuê, Fundo de Quintal, Magníficos, MC Tocha e Tayara Andreza.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que endurece o combate ao crime organizado e amplia a proteção de autoridades envolvidas nessa área. A medida foi publicada no Diário Oficial da União de hoje. As informações são do portal Estadão.
A lei foi sancionada dois dias após uma megaoperação contra o Comando Vermelho deixar ao menos 121 mortos no Rio de Janeiro – e semanas depois do Ministério Público realizar uma operação contra núcleo do PCC que planejava matar um promotor e o coordenador dos presídios de SP.
Leia maisA nova legislação altera a Lei Nº 12.850, de 2013, e prevê dois novos tipos de crimes para quem impede ou dificulta investigações relacionadas ao crime organizado: obstrução de ações contra o crime organizado e conspiração para obstrução de ações contra o crime organizado. Nos dois casos, a pena varia de 4 a 12 anos, além de multa.
Podem ser enquadrados nesses crimes aqueles que solicitarem ou ordenarem a prática de violência ou de grave ameaça contra agente público, advogado, defensor dativo, jurado, testemunha, colaborador ou perito, com o objetivo de impedir ou atrapalhar processos, investigações ou medidas contra o crime organizado.
O texto também altera a Lei Nº 12.694, de 2012, e prevê proteção pessoal para todos os profissionais das forças de segurança pública, Forças Armadas, autoridades judiciais, membros do Ministério Público e policiais – inclusive os aposentados – que atuem contra o crime organizado e estejam em risco devido ao exercício da função. A proteção também se estende aos familiares dessas autoridades.
A medida altera ainda o artigo 288 do Código Penal e define que quem solicitar ou contratar integrantes de associações criminosas para cometer crimes poderá ser punido com a mesma pena prevista para os próprios membros do grupo, que varia de 1 a 3 anos de detenção. A pessoa também poderá ser punida com a aplicação da pena correspondente ao crime solicitado, caso ele seja executado.
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EXCLUSIVO
A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (ADAGRO), órgão do Governo do Estado, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por uma conduta inusitada. O MPF acusa a ADAGRO de jogar dejetos no terreno da Procuradoria da República no Município de Serra Talhada. Os resíduos seriam oriundos de uma “fossa séptica localizada em terreno” da ADAGRO. A investigação foi aberta em 24 de outubro.
O procurador Pedro Jorge Costa resolveu abrir um procedimento para acompanhar a resolução da questão. O procurador justifica pela “necessidade de acompanhar as providências que serão adotadas para solucionar o problema sanitário decorrente da existência de dejetos na área da sede da Procuradoria da República no Município de Serra Talhada”. O MPF estabeleceu o prazo máximo de um ano para conclusão do procedimento.
Por Mário Flávio
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, composta majoritariamente por parlamentares de partidos de esquerda, protocolou, ontem, um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja avaliada a possibilidade de prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A solicitação ocorre após a operação policial na Penha, zona norte do Rio, que resultou em mais de 130 mortes, incluindo quatro policiais e dois civis.
O pedido foi assinado pelo presidente do colegiado, deputado Reimont (PT-RJ), e por outros oito parlamentares: Talíria Petrone (PSOL-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Tadeu Veneri (PT-PR), Luiz Couto (PT-PB), Glauber Braga (PSOL-RJ), Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Todos são críticos históricos da política de enfrentamento ao crime organizado adotada pelo Estado do Rio.
Leia maisEm declarações ao portal Metrópoles, o deputado Reimont afirmou que “o que aconteceu lá no Rio foi um crime do governador”, e acusou Cláudio Castro de responsabilidade direta pelas mortes, alegando que esta seria a “sétima chacina em seis anos de governo”. A comissão também anunciou que visitará o local da operação nesta quinta-feira (30), acompanhada da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, reforçando o alinhamento político entre o colegiado e o governo federal.
O pedido de prisão preventiva contra um governador em exercício, sem qualquer investigação concluída, parece extrapolar o limite da responsabilidade institucional e escancarar o uso político de uma tragédia. O gesto de parlamentares da esquerda radicaliza o debate sobre segurança pública e tenta transformar o enfrentamento ao crime em palanque partidário.
É legítimo que se cobre apuração rigorosa e transparência, mas é preocupante quando a defesa dos direitos humanos se torna seletiva e serve apenas a narrativas ideológicas. A operação envolveu intenso confronto entre forças policiais e grupos armados que dominam comunidades há décadas. Ignorar esse contexto e responsabilizar sumariamente o governador é mais uma tentativa de capitalizar politicamente sobre o caos que o próprio tráfico impõe ao estado.
Em vez de buscar soluções concretas para a crise de segurança pública, a Comissão de Direitos Humanos opta por um atalho político, reforçando o discurso de criminalização da polícia e enfraquecendo as instituições que arriscam a vida diariamente para proteger a população.
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Por Tales Faria – Correio da Manhã
Levantamentos sobre a popularidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), encomendados por aliados serviram como um dos motivos para o Palácio Guanabara deflagrar a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na terça-feira, 28.
Balanço feito até 17h do dia seguinte apontou 121 mortes (expectativa é que o número pode aumentar), sendo quatro policiais. Em entrevista coletiva, o governador classificou a operação como “um sucesso” e repetiu não ter tido a colaboração do governo federal.
Leia maisCastro apontou para seus críticos em tom de campanha: “Ou soma, ou suma!”, e disse: “Temos muita tranquilidade de defender tudo que fizemos ontem. Queria me solidarizar com a família dos quatro guerreiros que deram a vida para salvar a população. De vítima ontem lá, só tivemos esses policiais”, afirmou.
O governador aposta que a dura operação policial, mesmo com alto número de mortos, cai bem junto ao eleitorado conservador e promoverá o reagrupamento desses eleitores em torno de seu nome.
Esse reagrupamento do conservadorismo, acreditam os articuladores da campanha eleitoral, trará de volta expectativas de votos perdidas desde que os bolsonaristas entraram em crise após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho deputado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), promoverem o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.
Os aliados do governador têm deixado claro que pretendem utilizar a operação na campanha eleitoral. O governador é pré-candidato ao Senado. E as pesquisas encomendadas por seu grupo vinham apontando queda de popularidade. A expectativa agora é de uma melhora no quadro.
Pesquisa Gerp a que a coluna teve acesso, sobre as eleições de 2026 e fechada no dia anterior à operação policial, revelou que Castro estava num preocupante 4º lugar na disputa por votos a senador.
Ele detinha apenas 10% das intenções de voto em empate técnico com Alessandro Molon (PSB), com 11%. Bem à frente, no entanto, vêm Benedita da Silva (PT), com 20%; e o correligionário do governador no PL, o atual senador Flávio Bolsonaro, com 25%. Castro ainda é seguido de perto por Marcelo Crivela (Republicanos), também em empate técnico com 8% das intenções de voto.
A margem de erro do levantamento da Gearp é de 3,16 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95,55% para mais ou para menos. Foram ouvidas 1.000 pessoas de todo o estado do Rio de Janeiro com mais de 16 anos, entre os dias 24 e 27 de outubro.
O levantamento também apresentou três cenários de pré-candidatos ao governo do estado. Mostrou que o nome mais forte no campo bolsonarista seria Flávio Bolsonaro, que, a princípio, não deseja concorrer a governador, mas sim para a reeleição ao Senado.
No melhor cenário, Flávio alcança 24% das intenções de voto para governador. No campo da direita, vem seguido por Doutor Luizinho (Progressistas) e Paulo Guedes, que chegam a alcançar 8% nos seus melhores cenários.
No campo da esquerda, a surpresa é o deputado Glauber Braga (PSol) figurar como melhor colocado do grupo. Chegou a terceiro lugar atrás apenas do prefeito Eduardo Paes (PSD) e de Flávio Bolsonaro. Variou entre 7% e 8% nos cenários estimulados apresentados.
Glauber ainda não decidiu se concorrerá a governador. Está viajando por todo estado e promovendo levantamentos entre seus eleitores para saber se disputará o governo ou a reeleição como deputado federal. O prefeito Eduardo Paes continua como favorito na disputa pelo Palácio Guanabara, segundo a pesquisa, variando de 37% a 43% nos três cenários.
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Após o sucesso de ontem, em Capoeiras, a terceira etapa da agenda de lançamentos do meu mais recente livro ‘Os Leões do Norte’ no Agreste Meridional, acontece hoje, em três cidades da região.
O roteiro inclui três paradas: Angelim, logo mais, às 10h, na Escola Miguel Calado Borba, com o prefeito Carlos Henrique (Caíque); em seguida me desloco para Caetés, às 15h, no Colégio Monsenhor Callou, ao lado do prefeito Nivaldo Tirri e da secretária de Educação Giselda Correia.
Leia maisEncerrando o dia, Garanhuns, às 19h, no auditório da AESGA, com o prefeito Sivaldo Albino (PSB), o secretário Ronaldo César e demais integrantes do governo municipal. A cidade de Brejão também deve integrar o circuito, com data a ser confirmada.
“Os Leões do Norte” é o resultado de uma ampla pesquisa jornalística e historiográfica que reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, de 1930 a 2023, traçando um panorama da política estadual ao longo de quase um século. A obra resgata episódios pouco lembrados, reconstrói contextos e convida o leitor a refletir sobre a trajetória dos líderes que moldaram a história do Estado, de Agamenon Magalhães e Etelvino Lins a Miguel Arraes, Marco Maciel, Eduardo Campos e Paulo Câmara.
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O presidente Lula recomendou à sua equipe calibrar o discurso sobre a megaoperação no Rio, evitando uma posição de ataque frontal ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. O resultado foi a decisão tomada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em parceria com Castro, de criar um escritório emergencial de combate ao crime organizado. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Segundo assessores de Lula, o governo não podia ficar com a imagem de quem defende traficantes, principalmente depois da frase infeliz e equivocada do presidente, de que traficantes são vítimas dos usuários. Além disso, o governo também não podia passar o recado de que não aceitava trabalhar em conjunto com o governador Cláudio Castro, exatamente porque a PEC da Segurança Pública prega ação unificada.
Leia maisPara dar o exemplo do tom desejado, Lula fez postagem condenando traficantes e defendendo as famílias. “Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violências pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, afirmou Lula, com cada palavra sendo medida em seu efeito.
Primeiro, uma crítica direta ao crime organizado, a traficantes. Depois, a defesa de um trabalho coordenado e planejado para evitar mortes, colocando a de policiais em primeiro lugar na frase, uma busca de evitar a mensagem de que a esquerda não gosta da Polícia.
O presidente do PT, Edinho Silva, reconhece que a esquerda tem dificuldades de enfrentar o tema da segurança pública, muitas vezes defendendo de forma correta os direitos humanos, mas às vezes passando a imagem de conivência com traficantes.
Nesse contexto, a página oficial do governo federal no Instagram publicou um vídeo no qual defende o combate ao crime organizado “com inteligência”, defendendo a PEC da Segurança Pública e a ação unificada das forças de segurança no país.
O vídeo, no entanto, traz trechos como “com razão, as pessoas têm medo e raiva do crime organizado. E matar criminosos, então, parece solução. É isso que explica a operação no Rio”.
“Só que operações como essa também colocam policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, diz o vídeo. “E matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime. Porque mesmo se forem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o trabalho”. “Para combater o crime, precisa mirar na cabeça. Mas, não de pessoas. Tem que atacar o cérebro e o coração dos grupos criminosos”.
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