Confira o guia eleitoral do candidato do PSB ao Governo do Estado, Danilo Cabral.
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O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) participou, nesta terça-feira (7), de uma mobilização em Brasília que reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente à Catedral Metropolitana, com o tema da anistia ampla, geral e irrestrita. O parlamentar representou a bancada pernambucana ao lado do deputado Abimael Santos e do vereador Thiago Medina, e se reuniu com deputados federais e lideranças de outros estados antes do ato.
Durante o evento, Feitosa posou ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em discurso, o deputado afirmou que a mobilização tem caráter cívico e não partidário. “Isso aqui não é sobre política, é sobre nossos filhos, nossos netos, sobre o futuro do nosso país, defendendo a nossa democracia”, declarou.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (7), em entrevista coletiva sobre o metanol na bebida, que uma vertente de investigação são caminhões de combustível que foram abandonados após da megaoperação policial contra postos clandestinos ligados ao crime organizado.
Segundo Lewandowski, é crucial saber que o metanol que está intoxicando pessoas que ingeriram bebidas alcóolicas é de origem vegetal ou mineral.
“Se esse metanol tiver origem em combustíveis fósseis, trata-se de outra origem, é outra hipótese de investigação”, afirmou o ministro após participar de reunião com representantes da indústria de bebidas, que estão preocupados com impacto no setor. As informações são do g1.
Leia maisO ministro lembrou que operação da polícia no mês passado desbaratou esquema irregular de postos de combustíveis ligados à facção criminosa PCC. Segundo Lewandowski, isso levou a caminhões abandonados, e o metanol poderia estar nesses veículos.
“Todos sabem que recentemente tivemos uma enorme ação de combate na área de combustíveis. E muitos caminhões foram abandonados depois desta operação e essa é uma hipótese que está sendo estudada, trilhada, acalentada pela Polícia Federal. Eventualmente até solicitarmos a cooperação do Ministério Público, um ramo especializado da defesa do consumidor exatamente para explorar essa vertente de uma ação criminosa, contra facção, pirataria, adulteração de alimentos e bebidas, que são crimes capitulados na legislação positiva brasileira”, disse o ministro da Justiça.
Estabelecimentos suspeitos
Lewandowski anunciou que foi criado um comitê informal de enfrentamento da crise do metanol.
Ainda segundo o Ministério da Justiça, pelo menos 30 estabelecimentos são suspeitos de adulterar bebidas com metanol.
Segundo Lewandowski, o objetivo do governo não é paralisar “um setor importante da economia nacional”, mas fazer a distinção necessária para “atacar aqueles comerciantes que estão adulterando de forma intencional” as bebidas.
O presidente da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Paulo Pereira, informou que havia 15 estabelecimentos identificados e notificados, mas que, nas últimas horas, outros 15 estabelecimentos foram identificados e serão notificados ainda nesta terça.
Paulo mencionou ainda que outras 25 distribuidoras, associações e entidades do setor que foram acionadas para prestar informações.
Entre os estados onde ocorreram as notificações estão: São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal, Santa Catarina, e Paraná.
Leia menosNo dia em que o Conselho de Ética da Câmara aprovou a abertura de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) pela ocupação da mesa diretora em agosto, dois deles fizeram críticas às decisões do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em dar encaminhamento às punições.
“Estão querendo suspender o mandato dos deputados que obstruíram a Câmara justamente para barrar a anistia e combater injustiça. Por isso eu disse ao próprio presidente da Câmara, Hugo Motta: podem fazer a injustiça que quiserem contra mim que será muito pouco perto da injustiça que o povo brasileiro está sofrendo”, disse van Hattem. As informações são da CNN.
Leia maisPollon foi mais duro. Afirmou que está sendo punido porque se sentou na cadeira “daquele que não cumpriu seu papel constitucional de pautar a anistia”.
As declarações foram dadas durante caminhada pela anistia aos envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O movimento foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) — filho do ex-presidente — e outros parlamentares, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Hélio Lopes (PL-RJ), Alberto Fraga (PL-DF) e Joaquim Passarinho (PL-PA).
O senador Flávio Bolsonaro falou que tem certeza de que o projeto de lei que concede anistia será aprovado no Congresso. “A gente tá a um passo de conseguir aprovar essa anistia”, afirmou.
Ele contou que todas as vezes que vai visitar o pai, que está em prisão domiciliar, sai de lá “convicto para continuar lutando”.
Os manifestantes ficaram concentrados no Complexo Cultural da República. Depois, seguiram em caminhada até a alameda José Sarney, próximo ao Congresso.
Leia menosA instalação Poíesis Candangas, assinada pelo multiartista Leopoldo Nóbrega, será apresentada em Brasília (DF) durante a Bancada Feminina na COP30, dentro do Festival Curicaca, maior evento de inovação, sustentabilidade e cultura do país. A obra propõe uma reflexão poética e política sobre o papel das mulheres na preservação da vida e do meio ambiente. “Poíesis Candangas é o Cerrado que fala, por meio das mulheres, da terra e da arte, dizendo ao mundo que a beleza também é uma forma de resistência”, afirmou o artista.
Criada a partir de materiais reciclados e lonas publicitárias descartadas, a instalação simboliza o renascimento e a força da natureza. “Transformar o que seria lixo em signo de vida, esse é o gesto que me move”, explicou Nóbrega. Segundo ele, a obra nasceu inspirada na capacidade do Cerrado de renascer após o fogo, refletindo também a força feminina diante das adversidades. “Como o Cerrado, as mulheres também resistem e florescem: raízes que se entrelaçam, sementes que brotam mesmo em solo árido”, destacou.
Para Nóbrega, Poíesis Candangas é mais do que uma criação artística: é um convite à esperança. “É o Cerrado em forma de flor, o feminino em forma de futuro, um poema expandido sobre esperança, coletividade e cura”, concluiu.
O deputado estadual Romero Albuquerque (União Brasil) apresentou na Assembleia Legislativa de Pernambuco o Projeto de Lei Ordinária nº 3407/2025, que garante o fornecimento imediato e gratuito do medicamento fomepizol, usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol e substâncias semelhantes. A proposta prevê que o acesso seja assegurado tanto em estabelecimentos públicos quanto privados, mediante apresentação de laudo médico que comprove a suspeita de envenenamento. As farmácias privadas que fizerem a dispensação gratuita poderão requerer compensação junto ao poder público.
O parlamentar afirmou que a iniciativa é uma resposta à crise sanitária provocada por bebidas adulteradas com metanol, que já causou mortes e internações em diversos estados do país. “Estamos falando de uma situação bastante delicada. Pernambuco tem cerca de 28 casos em investigação, sendo o segundo estado com suspeitas de intoxicação por metanol, uma substância altamente tóxica e de evolução rápida. O acesso imediato ao antídoto pode significar a diferença entre a vida e a morte. Nosso projeto garante que nenhuma pessoa deixe de receber o tratamento por falta de dinheiro ou de medicamento”, explicou Romero.
O deputado ressaltou ainda o caráter emergencial e solidário da medida, destacando o alto custo e a escassez do fomepizol no mercado. “Ao permitir que farmácias privadas ofereçam o antídoto gratuitamente, com compensação do Estado, estamos ampliando as chances de salvar vidas e evitar sequelas graves, como a cegueira. É uma ação emergencial, mas de grande impacto. Pernambuco precisa estar preparado para responder rápido diante de uma crise sanitária”, afirmou. O projeto prevê que o Poder Executivo regulamente a lei em até 30 dias após a publicação, garantindo o fornecimento gratuito por quatro meses, período considerado suficiente para estabilizar o cenário de risco.
O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) suspendeu todos os atos do concurso público de 2025 após vir a público a operação da Polícia Federal da Paraíba que apura um esquema de fraudes em concursos no país. A medida foi anunciada em nota oficial, divulgada horas depois da reportagem publicada com exclusividade pelo blog, que revelou que uma servidora do TCE e sua filha estão entre as investigadas.
No comunicado, assinado em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame, o TCE-PE informou que está adotando todas as providências cabíveis junto às autoridades policiais e judiciárias para proteger a integridade do concurso, cujo resultado foi divulgado na última semana. Confira a nota na íntegra:
Leia maisDiante dos fatos revelados por inquérito da Polícia Federal (PF) e veiculados na imprensa sobre fraudes em concursos públicos em nível nacional e estadual, o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informam que já estão tomando todas as providências cabíveis junto às autoridades policiais e judiciárias para proteger a integridade do certame.
O TCE-PE, como instituição de controle externo que tem o dever constitucional de zelar pela regularidade das admissões de pessoal da gestão pública, será intransigente na defesa da lei, da meritocracia e do interesse público, quaisquer que sejam as medidas jurídicas que o caso exija.
Até que todos os fatos estejam devidamente esclarecidos, ficam suspensos todos os atos pertinentes ao concurso.
Leia menosO prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos, permanece no exercício do mandato enquanto o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) não retoma o julgamento da ação que investiga suposto abuso de poder político nas eleições de 2024. O processo foi interrompido após pedido de vistas do desembargador Washington Amorim, que solicitou mais tempo para análise.
Com o julgamento paralisado, o placar segue em 1 a 0 pela cassação dos mandatos do prefeito e da vice-prefeita Cilene Martins de Lima, conforme voto do relator Paulo Machado Cordeiro. A nova data para continuidade da sessão ainda não foi definida, e mesmo após a decisão no TRE-PE, o caso poderá ser levado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei da Dosimetria, que deve reduzir as penas de envolvidos em atos golpistas, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou que espera ter o projeto votado na terça-feira da próxima semana. Ele se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta terça-feira e disse que há um avanço para um acordo sobre o relatório.
— Estive com o Hugo, conversamos, vamos fazer o texto até amanhã (quarta). Falamos sobre vários pontos do texto, que vai passar por ajustes. Podemos apresentar amanhã à noite ou na próxima segunda-feira, e aí votaríamos na terça — afirmou o relator. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisA iniciativa articulada por Paulinho vem perdendo fôlego. No dia 17 de setembro, quando a urgência foi aprovada na Câmara, possibilitando uma análise diretamente em plenário, o texto tratava de uma anistia ampla e irrestrita.
A possibilidade de perdão total a condenados pela tentativa de golpe de Estado, caso de Jair Bolsonaro e aliados, gerou reações. Ao assumir a relatoria, no dia seguinte, o deputado Paulinho da Força disse que o debate sobre anistia ampla tinha ficado para trás e renomeou a proposta como PL da Dosimetria, focada na redução de penas.
Um dos motivos de o projeto da Dosimetria enfrentar dificuldades é a desconfiança momentânea entre a deputados e o Senado, que rejeitou a PEC da Blindagem aprovada pela Casa ao lado. O texto aumentava a proteção de parlamentares que são alvos de ações na Justiça Parlamentares que negociam o projeto de redução de penas afirmam que a falta de interlocução do relator com Alcolumbre tem travado o avanço da medida.
Deputados relatam que, sem um aceno do senador, a Câmara não pretende votar o texto sobre a dosimetria para não repetir o desgaste. Mesmo com a posição contrária do partido de Bolsonaro, aliados do relator também contam com os votos de uma parte da bancada do PL para o parecer.
Ainda que o bolsonarismo insista em uma anistia, o relator do texto conseguiu dialogar com nomes da oposição, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, e do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Paulinho já disse que a sua versão da proposta vai ser o suficiente para tirar todos que hoje estão presos por estarem nos atos do 8 de janeiro de 2023, além de beneficiar também Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a trama golpista.
De acordo com deputados, uma das versões do texto, que ainda não é definitiva porque o relatório não foi protocolado, reduz as penas e unifica os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito, além de reduzir os crimes de dano qualificado e de deterioração de patrimônio tombado. Com isso, a pena de Bolsonaro teria uma redução que poderia ser de 7 a 11 anos.
Leia menosO presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta terça-feira (7), que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o relator da isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais.
O nome de Calheiros já era cogitado para cuidar do assunto, mas ainda não havia sido formalmente confirmado. As informações são do g1.
Leia maisO texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada e precisa passar pelo Senado antes de ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O texto prevê isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil – ou R$ 60 mil ao ano – e desconto para quem ganha até R$ 7.350 mensais.
Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 está isento. A partir daí, a tributação começa a incidir em “faixas”, que chegam a 27,5% de imposto.
Custo aos cofres públicos
Em 2026, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil vai custar R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos.
Para compensar a perda de arrecadação, o relator do projeto na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) manteve a proposta do governo de tributar com uma alíquota progressiva de até 10% rendimentos acima de R$ 600 mil por ano.
No direito tributário, alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para apurar o valor de um tributo.
A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.
Lira também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios.
De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária.
Leia menosPor Alexsandro Fonseca – Blog da Folha
A governadora Raquel Lyra (PSD) afirmou que a oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) “não deve travar o desenvolvimento do estado”.
A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (7), durante coletiva de imprensa no Museu do Trem, no Recife, onde esteve para assinar ordem de serviço para a realização de obras de restauração do espaço.
Leia mais“É natural que a gente tenha numa democracia oposição. Mas (que) essa oposição não trave o desenvolvimento do nosso estado e não impeça que a gente possa obter recursos para aprovar projetos de lei que permitam executar aquilo tudo que a gente dialogou com o povo pernambucano”, declarou.
PSDB
Raquel Lyra comentou a saída oficial do PSDB, seu antigo partido, da base do governo, ocorrida no dia 29 de setembro. Liderado pelo presidente da Alepe, Álvaro Porto, o Diretório Estadual da legenda optou por ficar independente na Casa, mesmo tendo entre os filiados dois deputados estaduais fiéis à governadora: os parlamentares Izaías Régis e Débora Almeida.
A governadora enfatizou que não se envolve diretamente com as questões internas dos partidos e destacou que o diálogo está aberto, citando a líder do governo na Casa Joaquim Nabuco, Socorro Pimentel (União Brasil).
“Sobre partidos políticos, sentamos à mesa, temos liderança instalada, estabelecida na Assembleia Legislativa, sob o comando da deputada Socorro Pimentel”, disse.
Disputa eleitoral
Durante um discurso improvisado no espaço, a chefe do Executivo estadual também fez críticas ao que, na avaliação dela, seria a antecipação do processo eleitoral de 2026. Ao agradecer à equipe, Raquel enfatizou que “as disputas acontecerão no momento certo”.
“Eu quero agradecer a todos vocês que têm acreditado que vale a pena a gente confiar e se unir. (Que) a gente se despida dos nossos egos, das nossas vaidades, de disputas que podem acontecer e acontecerão no momento certo, mas a gente foi eleito para trabalhar”, afirmou.
Leia menosO Conselho de Ética da Câmara abriu nesta terça-feira (7) processos disciplinares contra três deputados envolvidos no motim que bloqueou o funcionamento da Casa em agosto.
Os procedimentos foram abertos a pedido da própria direção da Câmara que defendeu a suspensão do mandato dos parlamentares Marcos Pollon (PL-MS), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC).
A abertura é a primeira fase do procedimento no Conselho de Ética. O presidente do órgão, Fabio Schiochet (União-SC), ainda terá de escolher os relatores dos casos e, apenas depois disso, começam a contar uma série de prazos. As informações são do g1.
Leia maisA cúpula da Câmara endossou os argumentos da corregedoria da Casa, comandada pelo deputado Diego Coronel (PSD-BA), que avaliou que estes deputados registraram os mais graves comportamentos da paralisação.
Em agosto, por mais de 30 horas, deputados de oposição ocuparam o plenário principal da Câmara e impediram o funcionamento da Casa, em uma ação que tentava impor a análise de propostas e protestar contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), somente conseguiu retomar os trabalhos da Casa na noite de quarta, após uma série de reuniões e negociações com a base governista e aliados de Bolsonaro.
Tentando impor a volta da Casa, Motta chegou a anunciar que deputados que impedissem os trabalhos poderiam ter os mandatos suspensos. O que se viu, no entanto, foi uma fragilização do paraibano.
Na noite de quarta, Motta caminhou até a mesa de comando do plenário, tentou assumir a cadeira de presidente e recuou após Marcel van Hattem se recusar a deixar o assento. O presidente da Câmara conseguiu se sentar apenas depois de ser escoltado por aliados.
Ao analisar a atuação dos envolvidos, a Corregedoria da Câmara avaliou que há elementos suficientes para uma punição mais severa a Marcos Pollon, Marcel van Hattem e Zé Trovão.
Três processos, que tratam de condutas que impediram o acesso de Motta à mesa de comando do plenário, terão um único relator. A escolha será feita entre três nomes: Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR).
Um procedimento contra Marcos Pollon por ofensas ao presidente da Câmara caminhará de forma separada. Os potenciais relatores são: Castro Neto (PSD-PI), Moses Rodrigues (União-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA).
Pollon é o único alvo de duas queixas da direção da Câmara: uma que pede a suspensão do mandato por 90 dias; e outra, por 30 dias.
Segundo a corregedoria, Marcos Pollon impediu deliberadamente o acesso de Hugo Motta à mesa de comando do plenário e “obstou o exercício pleno das prerrogativas presidenciais”, conduta que, para a cúpula da Câmara, deve ser penalizada com um mês de suspensão.
Na segunda queixa, a corregedoria argumenta que o parlamentar difamou Hugo Motta em uma manifestação em 3 de agosto. Em uma das falas, o órgão afirma que Pollon “zombou fisicamente” do paraibano ao se referir a ele como “um baixinho de um metro e sessenta”.
“Ato de afronta não apenas à pessoa do presidente, mas à própria dignidade da Casa que ele representa, em clara violação do decoro que deve reger a atuação parlamentar”, diz.
Membro do Conselho de Ética, Marcos Pollon poderá ser afastado do órgão até o final da apreciação dos seus processos após a análise preliminar dos casos.
A cúpula da Câmara defende que Marcel van Hattem seja suspenso por 30 dias. A queixa está baseada em um parecer de Diego Coronel.
Segundo a corregedoria, o gaúcho impediu o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente. Para o órgão, a conduta é “singular e condenável”.
“Ainda que se queira relativizar qual assento específico ocupava, o fato é inescapável: tratava-se de local reservado à direção dos trabalhos, e sua usurpação por parte de quem não detém essa atribuição impedia, per si, o exercício regular das atividades”, diz o corregedor.
“A referida conduta não pode ser relativizada, nem normalizada. Se a Câmara dos Deputados tolerar que um de seus membros se sente, ainda que por alguns minutos, na cadeira destinada à presidência, em gesto de desafio e de afronta, estará a renunciar ao mínimo de ordem e de decoro indispensável à sua própria sobrevivência como instituição”, argumenta o órgão.
O deputado também é alvo de uma queixa por bloquear o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente. A direção da Câmara pediu a suspensão do mandato por 30 dias.
Segundo a Corregedoria da Câmara, Zé Trovão se posicionou na escada de acesso da mesa de comando da Câmara e impediu a subida de Motta. Para o órgão, a conduta gerou um “constrangimento institucional”.
“Diante de todos, inclusive sob o olhar atento das câmeras e das redes sociais, o chefe do Legislativo, ao se deparar com o deputado Zé Trovão, viu-se instado a parar, obstado pela postura do requerido, que se mantinha na escada de acesso controlando aqueles que à Mesa podiam chegar. O episódio projetou danos que transcendem o constrangimento pessoal imposto ao presidente. A honra objetiva da Câmara dos Deputados foi maculada”, argumenta.
Etapas
As regras internas da Câmara estabelecem que um procedimento que pede a suspensão de um parlamentar pode durar até 60 dias úteis.
A instauração é a primeira etapa. Junto dela o órgão também sorteia nomes e forma uma lista tríplice de potenciais relatores do caso.
A escolha do responsável por conduzir os processos ficará a cargo do presidente do conselho.
Depois que o nome for definido, o relator terá um prazo de dez dias úteis para apresentar um parecer preliminar, que poderá ser pelo prosseguimento ou arquivamento do caso.
Se o processo seguir, depois de diversas etapas, que preveem espaço para defesa do parlamentar, os relatores poderão opinar pela absolvição ou pela punição dos parlamentares, opinando pela suspensão ou por penas mais leves.
Censura escrita
Além dos pedidos de suspensão, a direção da Câmara já aplicou censura escrita a todos os investigados pela corregedoria por participação no motim:
Enquanto enfrenta ameaças do União Brasil e do PP de desembarque do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vai “implorar” apoio de partidos do Centrão. O petista disse que não fica “tentando comprar deputado” e quem quiser ir “para o outro lado, que vá”. A fala de Lula ocorreu no Maranhão, onde ele cumpriu agenda na segunda-feira para entregas de residenciais do Minha Casa, Minha Vida.
— Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo, vai estar comigo quem quiser estar comigo. Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado. Vai ficar comigo quem quiser, quem quiser ir para o outro lado que vá, e que tenha sorte porque nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país — disse a TV Mirante, do Maranhão. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisRecuperando a popularidade após a sequência de crises primeiro semestre de 2025, Lula disse não se pode “brincar em serviço” para não dar chance que o adversário se torne competitivo nas eleições presidenciais do ano que vem e citou que é “muito difícil” ser derrotado na tentativa de reeleição em 2026.
— Se gente brincar em serviço, a gente acaba dando para o adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026, o governo vai terminar muito bem, o Brasil está vivendo um momento excepcional.
Mesmo com a ameaça de expulsão de suas legendas, os ministros do Esporte, André Fufuca, filiado ao PP, e do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil, tem dado indicações de que querem permanecer no governo apesar da pressão das suas siglas para que deixem seus cargos. Durante a entrevista, Lula disse que a decisão cabe a cada um dos ministros, mas disse que deseja que ambos permaneçam e elogiou o trabalho dos auxiliares:
—Se as coisas estão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez de achar que atrapalhar um bom ministro que está fazendo um bom trabalho? Foi raiva? Foi inveja? Quando chegar a época das eleições cada um vai para o canto que quiser.
Em evento no Maranhão, Fufuca ignorou o ultimato dado pelo seu partido e fez um discurso de apoio à reeleição de Lula. Maranhense, o ministro pleiteia o apoio de Lula ao Senado em seu estado no próximo ano.
— Eu falo em alto e bom som: eu estou com Lula. Eu estou com o Lula do Bolsa Família, do Vale Gás, do Pé de Meia, o Lula do Mais Médicos, do Mais Renda, do Fies, do Prouni. O Lula que tirou o filho do pobre da rua e colocou para fazer medicina na faculdade privada. O Lula que falou em alto e bom som para os Estados Unidos: respeite o nosso Brasil. É esse o Lula que estou ao lado dele — afirmou Fufuca.
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