Confira o guia eleitoral do candidato do PSB ao Governo do Estado, Danilo Cabral.
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Chegou a hora de agradecer e dar uma satisfação: meu telefone não tem parado ao longo do dia com tantas manifestações carinhosas e emocionantes pela passagem do meu aniversário.
Impossível responder a todos. Com esta mensagem, reitero meus agradecimentos a todos que me cumprimentaram. Estou muito feliz.
Obrigado de coração!
A maioria dos brasileiros não quer nem a reeleição de Lula (PT) nem o retorno de Bolsonaro (PL) em 2026, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quinta-feira (21).
58% dos entrevistados rejeitam Lula, enquanto 39% apoiam sua candidatura. Para Bolsonaro, que está inelegível, a rejeição subiu para 65%, e apenas 26% ainda o veem como opção.
Em um cenário sem Bolsonaro, Michelle Bolsonaro (PL) lidera entre os eleitores de direita com 36%, enquanto Tarcísio de Freitas (PL) e Ratinho Júnior (PSD) registram 14% e 10%, respectivamente. Entre todos os eleitores, Michelle tem 16%.
O levantamento foi realizado entre 13 e 17 de agosto, em 120 municípios, com pessoas com 16 anos ou mais, margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) argumentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não descumpriu as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao utilizar o WhatsApp.
Esse é apenas um dos pontos que será analisado pelo ministro, que incluem risco de fuga e contato com outros investigados, o que também estava proibido. A defesa negou o descumprimento e disse que as acusações feitas pelo relatório da Polícia Federal são vazias de indícios. As informações são do Estadão.
Leia maisPara os advogado do ex-presidente, o WhatsApp é um “aplicativo de troca de mensagens privadas” e não uma rede social. Portanto, na visão deles, não houve descumprimento.
Os defensores citam um despacho do próprio Moraes para sustentar a alegação.
“Tanto não há confusão entre o aplicativo de mensagens e as redes sociais que, em outras situações, essa diferença acabou por ser registrada nas decisões judiciais. É o que aconteceu, por exemplo, no INQ 4.921, quando Vossa Excelência determinou ‘a oitiva de especialistas em monitoramento de grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais e nas plataformas de mensageria Whatsapp e Telegram’ – duas coisas absolutamente diversas, portanto”, escrevem eles na peça da defesa.
O argumento vai na contramão da própria inteligência artificial embutida no aplicativo. Ao responder sobre o assunto, a Meta AI disse que o “Whatsapp é considerado uma rede social, embora seja mais conhecido como um aplicativo de mensagens instantâneas”.
Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais desde o dia 18 de julho. A PF apresentou no relatório pelo menos 22 mensagens compartilhadas por Bolsonaro no dia 3 de agosto, dia de manifestações pelo Brasil em favor do ex-presidente.
Todas elas foram encontradas mais de 300 vezes em chats do WhatsApp cada uma. Elas foram enviadas por meio de quatro listas de transmissão montadas pelo ex-presidente. A ferramenta que permite o disparo de mensagens para vários contatos ao mesmo tempo sem precisar da criação de um grupo.
A defesa do ex-presidente também disse que ele não descumpriu a proibição de conversar com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL), porque as conversas entre os dois encontradas pela PF foram até o dia 17 de julho. A decisão de Moraes que vetou os contatos é do dia seguinte.
“O que está presente nas trocas e mensagens, ainda que não tenha sido destacado pelo trabalho policial, é que a conversa com Eduardo termina quando Vossa Excelência proíbe o Peticionário de falar com o filho, em mais uma demonstração de obediência às decisões desta C. Suprema Corte”, dizem os advogados.
A petição da defesa será analisada por Moraes, que pode pedir a manifestação da Procuradoria-Geral da República antes de decidir se adotará novas medidas, como transformar a prisão domiciliar de Bolsonaro em prisão preventiva.
Leia menosDo jornal O Globo
O Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos diretos da China no primeiro semestre deste ano, atrás apenas da Indonésia, em meio a um avanço dos aportes chineses nos mercados emergentes, segundo o China Global Investment Tracker, plataforma de monitoramento mantido pelo think tank americano American Enterprise Institute (AEI).
O Brasil já era o quarto maior destino no acumulado desde 2005, quando os aportes do gigante asiático ainda privilegiavam os países desenvolvidos. Rico em matérias-primas, carente em infraestrutura e dono de um grande mercado consumidor, o país tenderá a seguir com destaque no radar do investimento chinês mesmo com o avanço em cima dos emergentes, que já vem de alguns anos.
Leia maisA guerra comercial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, poderá reforçar o movimento, disseram especialistas ouvidos pelo jornal O Globo.
De janeiro a junho, as empresas chinesas aplicaram US$ 22 bilhões mundo afora. No topo, US$ 2,6 bilhões foram para a Indonésia e US$ 2,2 bilhões vieram para o Brasil. O valor representa aumento de 5% ante a primeira metade de 2024.
Agro e mineração
Em um dos projetos mais recentes, a Cofco, gigante do agronegócio que no Brasil atua na fabricação de açúcar e etanol e na comercialização de grãos, está terminando de investir num terminal de granéis sólidos no Porto de Santos, concessão que ganhou em 2022.
A chinesa investiu R$ 1,2 bilhão na aquisição de 979 vagões e 23 locomotivas para a infraestrutura ferroviária de acesso ao terminal, anunciou em janeiro a Rumo, operadora ferroviária que firmou parceria com a Cofco. Segundo uma nota da Rumo, o terminal portuário recebeu mais R$ 1 bilhão em aportes.
Antes de as incipientes negociações com a Embaixada dos EUA no Brasil colocarem na mesa a produção de minerais estratégicos — lítio, cobre, níquel, nióbio, terras-raras, entre outros, mais demandados pela alta tecnologia e pela transição para uma economia de baixo carbono —, como revelou o jornal O Globo, empresas chinesas já vinham ampliando investimentos na indústria de mineração nacional.
Na virada do ano passado para este, foram pelo menos quatro transações: a MMG, subsidiária da estatal China Minmetals, anunciou investimento de até US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) para ficar com todas as minas de níquel da mineradora Anglo American no Brasil; a China Nonferrous comprou a Mineração Taboca, produtora de estanho refinado, com mina no Amazonas e usina em São Paulo, por US$ 340 milhões (R$ 1,8 bilhão, segundo o China Global Investment Tracker; e a Huaxin Cement pagou US$ 186 milhões (em torno de R$ 1 bilhão) pela Embu, que fornece pedras para construção civil, com pedreiras na Região Metropolitana de São Paulo.
Em abril foi concluída a compra da Mineração Vale Verde, que produz cobre em Alagoas, pela mineradora Baiyin Nonferrous, um negócio de US$ 420 milhões (R$ 2,4 bilhões). Após a aquisição, a Vale Verde passa por “um momento de revisão, priorização e detalhamento de estudos, para que posteriormente possam ser implementados” novos investimentos, mas sem novos aportes no radar, informou a empresa por escrito.
Apesar da posição de destaque do Brasil entre os destinos do investimento chinês no exterior, a média anual está inferior a de anos anteriores, seguindo uma tendência de diversificação já captada em outros mapeamentos, como o feito anualmente pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).
Essa diversificação — saindo de projetos bilionários na infraestrutura, principalmente elétrica, e na indústria extrativa para chegar à indústria e aos serviços, com foco em alta tecnologia — vem com projetos menores e aparece na variedade dos setores alvos dos investimentos, que passaram a ir além de projetos de infraestrutura e matérias-primas.
Nos serviços, chama a atenção a ofensiva no mercado de entregas: a 99, controlada pela chinesa Didi, está se expandindo do transporte de passageiros para o delivery e a Keeta, marca da também chinesa Meituan — que em maio anunciou plano de investimentos de R$ 5,6 bilhões —, está chegando ao mercado.
Até na novela
Na indústria automotiva, a GWM inaugurou este mês sua fábrica em Iracemápolis (SP) — parte de um plano de investimentos de R$ 10 bilhões até 2032. A GAC, sexta maior da China, começou a vender seus elétricos no país em maio, enquanto isso, a BYD, maior produtora global de elétricos, com fábrica na Bahia, segue investindo na conquista do mercado brasileiro — esta semana fez inserções publicitárias nos intervalos da novela Vale Tudo, no horário nobre da TV Globo, em que o veículo aparecia como carro da família Roitman.
“Minério de ferro, soja, petróleo: o Brasil é abençoado com o que a China precisa. Em troca, a China ajudará a construir infraestrutura de energia e outras”, Derek Scissors, pesquisador do AEI e autor do China Global Investment Tracker
Já a Geely inaugurou sua primeira concessionária este mês e lançou campanha na TV com o casal de apresentadores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert. Em maio, a montadora anunciou a aquisição de 26% da subsidiária brasileira da francesa Renault, replicando parceria semelhante já feita na Coreia do Sul, para compartilhar a rede de vendas e a fábrica no Paraná.
A plataforma do AEI registrou um aporte de US$ 720 milhões (R$ 3,9 bilhões) no Brasil em junho — procurada, a Geely não comentou.
— Temos a questão das matérias-primas, que ainda é importante, mas o foco no mercado consumidor é muito evidente quando se fala do carro elétrico e, agora, nos investimentos em aplicativos de entrega — afirmou Tulio Cariello, diretor de Conteúdo e Pesquisa do CEBC e autor do relatório anual da entidade, cuja edição de 2025 deverá ser divulgada no início de setembro.
A diversificação ajuda a explicar por que o Brasil seguirá no radar mesmo com mudança no perfil de seus investimentos no exterior.
— Os investidores chineses permanecem intensamente interessados nas commodities do Brasil. Minério de ferro, soja, petróleo. O Brasil é abençoado com o que a China precisa. Em troca, a China ajudará a construir infraestrutura de energia e outras — disse ao jornal O Globo, por escrito, o economista Derek Scissors, pesquisador do AEI e autor do China Global Investment Tracker.
Os dados publicados pelo AEI mostram a mudança de perfil no investimento chinês. Embora Reino Unido e França ainda tenham figurado entre os principais destinos dos investimentos da China no exterior em 2024 e 2025, Hungria, Malásia, Cazaquistão e República Democrática do Congo também figuraram nas listas, ao lado de Indonésia e Brasil.
Restrições dos ricos
Segundo Scissors, esse avanço rumo aos emergentes tem a ver com restrições dos próprios países desenvolvidos às empresas chinesas, especialmente a partir do primeiro governo Trump.
E esse avanço se dá também no comércio. Ano passado, as exportações da China para o chamado Sul Global somaram US$ 1,584 trilhão, mais de 50% acima do US$ 1,046 trilhão vendido para os EUA e a Europa Ocidental somados, segundo relatório da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P).
“As elevadas incertezas sobre as tarifas dos EUA e a desaceleração da economia doméstica da China continuarão a motivar as empresas chinesas a avançar para o Sul Global. O resultado poderá ser uma nova ordem do comércio global, na qual as trocas Sul-Sul se tornem o novo centro de gravidade, e as multinacionais chinesas emerjam como novas protagonistas”, diz o relatório, publicado na terça-feira.
Ao se manter em destaque mesmo na nova configuração, o Brasil poderá se beneficiar, mas Renato Baumann, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que foi secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), alerta para os riscos do aprofundamento do padrão atual do comércio bilateral Brasil-China, em que exportamos matérias-primas e importamos manufaturados.
— Ficamos dependendo de quem fornece, da assistência técnica. Sobretudo, o que preocupa mais é a questão dos padrões técnicos — afirmou Baumann. — Um padrão produtivo chinês bem diferente do que é aceitável na Europa ou nos EUA pode vir a complicar a exportação de algum produto para lá.
Segundo o pesquisador, não se trata de vetar a importação de componentes ou maquinário mais baratos e de alta tecnologia, mas ter uma atenção a isso. E o mesmo vale para os investimentos, especialmente quando se destinam para infraestrutura e insumos estratégicos, como o sistema elétrico ou os minerais críticos.
Baumann defende, no mínimo, uma política de monitoramento dos investimentos, já que as carências da infraestrutura, a falta de espaço no Orçamento público e a escassez de poupança interna impedem que o Brasil recuse totalmente os aportes.
Leia menosO prefeito de Triunfo, Luciano Bonfim (PSDB), recebeu ontem o jornalista, escritor e titular deste blog Magno Martins para o lançamento do livro “Os Leões do Norte”, realizado no Centro Pedagógico da cidade.
Em publicação em seu Instagram, Bonfim destacou a importância do trabalho do autor: “A obra é fruto de um trabalho sério de pesquisa, que resgata a trajetória de grandes governadores pernambucanos e suas contribuições para a vida pública. Agradeço a presença de todos que prestigiaram esse momento especial e ao autor pela dedicação em registrar, com profundidade e compromisso, capítulos tão importantes da história de Pernambuco.”
Durante o evento, o prefeito reforçou a relevância da leitura do livro para políticos e educadores. “Temos por obrigação, Magno, nós políticos, educadores, fazedores de cultura, de ler este livro, não só para conhecer a trajetória dos grandes administradores do estado de Pernambuco, como também para nos inspirarmos em boas práticas no dia a dia”, disse Bonfim em vídeo divulgado nas redes sociais.
O pastor Silas Malafaia utilizou sua conta no X, ontem, para publicar vídeo em que cobrou do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a devolução de seu passaporte e de um caderno com anotações bíblicas. Os itens foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) durante operações de busca realizadas na última quarta-feira (20).
POR FAVOR, ALEXANDRE DE MORAES! Devolva meu passaporte e meus cadernos com anotações bíblicas pic.twitter.com/iMdHDCR712
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) August 22, 2025
O líder religioso é alvo de investigação da PF após a apreensão do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, no qual foram encontradas mensagens em que Malafaia o incentivava a convocar manifestações e a disparar mensagens pelo WhatsApp, mesmo estando proibido de usar redes sociais.
Do Diário de Pernambuco
Aparelhos celulares, entrada de prostitutas, bebidas alcoólicas e churrasco. Essas são algumas das regalias que determinados detentos da Penitenciária de Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina, no Sertão do Estado, tinham acesso. Segundo fontes policiais, as práticas teriam aval de diretores e agentes em cargos de chefia, mediante pagamento de propina.
Na última terça-feira (19), o diretor do presídio, Alessandro Barbosa, e outros cinco policiais penais foram alvos da Operação Publicanos, deflagrada pela Polícia Civil. A ação investiga uma quadrilha suspeita de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Leia maisO Diario de Pernambuco apurou que os principais beneficiados eram os “chaveiros”, presos que assumem a função de apoio aos agentes de segurança na unidade, e “cantineiros”, que são detentos que cuidam das cantinas. No esquema, eles seriam responsáveis por intermediar o acesso dos demais presos às vantagens indevidas junto aos policiais penais envolvidos.
Além do diretor da unidade, foram afastados os policiais penais Ronildo Barbosa dos Santos, Ricardo Borges da Silva, Rivelino Rufino de Carvalho, Cledson Gonçalves de Oliveira e Vinícius Diego Souza Colares. A decisão judicial foi proferida pela Vara Criminal da Comarca de Petrolina.
A lista de benefícios também incluiria a mercantilização de itens básicos, como água e espaços para detentos dormirem, consumo de drogas, visita de pessoas sem cadastro prévio autorizado, a entrada de aparelhos eletrônicos sem autorização e até a entrada de pedaços de animais para churrasco.
Um vídeo, obtido pelo Diario de Pernambuco, mostra detentos entrando com um boi inteiro para um churrasco. Outras imagens mostram, também, as carnes já fatiadas e bebidas alcoólicas.
Em nota enviada na última quinta-feira (21), a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), informou que as imagens são antigas e que medidas já foram adotadas. A reportagem voltou a procurar a SEAP para comentar as novas informações, mas não houve resposta até a publicação.
Operação La Catedral
A prática também pôde ser vista no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, em denúncia do Ministério Público (MPPE). Entre os anos de 2018 e 2024, detentos e diretores se associaram de forma estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas no Presídio de Igarassu para obter vantagens mediante a prática de infrações penais.
Segundo relatório da PF, obtido pelo Diario de Pernambuco, a peça central do esquema era o preso Lyferson Barbosa da Silva, conhecido como “Mago” ou “Lobo”, que atuava como “chaveiro” do pavilhão e levava uma vida de luxo na cadeia. De acordo com a investigação, Lyferson intermediava a entrada de visitantes sem vínculo familiar com os presos, o que seria irregular, além do ingresso de alimentos não autorizados e de aparelhos eletrônicos nas celas, como TVs, freezers e celulares.
Por conta dessa operação, um ex-secretário, um ex-diretor de presídio, oito policiais penais e três detentos viraram réus, acusados de participar de um esquema envolvendo organização criminosa, corrupção, prevaricação (quando um funcionário público atrasa, deixa de fazer ou faz algo indevidamente em benefício próprio), favorecimento real impróprio (facilitar a entrada de aparelhos de comunicação em estabelecimentos prisionais sem autorização legal), violação de sigilo funcional, tráfico de drogas e tráfico de influência.
Leia menosDo Metrópoles
A Polícia Federal (PF) constatou que o pen drive apreendido no banheiro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia 18 de julho, tinha grande quantidade de documentos apagados antes da apreensão, mas nenhum arquivo considerado relevante foi recuperado.
Segundo os peritos, poucos arquivos puderam ser revistos, razão pela qual o dispositivo não foi considerado relevante para as apurações e nem chegou a ser citado no relatório final que indiciou Bolsonaro e o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Leia maisO pen drive foi localizado no banheiro do quarto do ex-presidente, durante a operação que resultou na imposição do uso de tornozeleira eletrônica. Na ocasião, a PF também apreendeu outros documentos, entre eles uma petição da plataforma Rumble, anotações sobre a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e comprovantes de transações bancárias direcionados a Eduardo nos Estados Unidos.
Dentro do dispositivo, os investigadores encontraram apenas catálogos em PDF de uma empresa de Santa Rita do Passa Quatro (SP), especializada na fabricação e comercialização de equipamentos médicos e odontológicos.
A empresa, chamada Medicalfix, tem como um dos sócios o dentista Mário Roberto Perussi, amigo pessoal de Jair e Eduardo Bolsonaro. Os três participaram juntos de um encontro em 22 de agosto de 2024, quando discutiram importação de máquinas de outros países.
“Discutimos estratégias para incentivar a competitividade das empresas brasileiras ao enfrentar a concorrência de máquinas estrangeiras e como otimizar a legislação tributária para apoiar essa causa”, registrou Perussi em uma publicação nas redes sociais.
Hipótese da investigação
Segundo investigadores ouvidos pelo Metrópoles, os arquivos foram gravados no pen drive em 21 de agosto de 2024, um dia antes do encontro. Para a PF, é possível que o dispositivo tenha sido entregue por Perussi a Bolsonaro no encontro realizado no dia seguinte.
A corporação chegou a verificar se a empresa havia firmado contratos com o governo federal ou com governos estaduais, como São Paulo, mas não encontrou registros. No entanto, a Medicalfix celebrou contratos com o município onde está sediada, entre o período de 2019 e 2025.
Como o conteúdo não se enquadra no escopo do inquérito que investiga Bolsonaro e Eduardo, a PF não incluiu o caso no relatório final. O pen drive segue apreendido.
PF acha anotações em porta-luvas
Na mesma operação de buscas, em julho, a PF encontrou, no porta-luvas de um dos carros de Bolsonaro, anotações manuscritas que fazem referência à delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Os papéis, em folhas brancas, não foram incluídos no inquérito por coação, no qual Bolsonaro já foi indiciado, por não se enquadrarem no escopo da investigação.
O Metrópoles apurou com investigadores que os registros podem ter sido feitos pelo ex-presidente ao longo do interrogatório do ex-braço direito em junho, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo investigadores, o material apresenta uma espécie de “linha do tempo”, a partir da colaboração premiada de Cid. O contexto exato não foi identificado, mas os rabiscos sugerem apontamentos relacionados a possíveis estratégias de defesa.
Em uma das anotações, Bolsonaro escreveu: “Não existia grupos, sim indivíduos (…) considerando – 2 ou 3 reuniões. Defesa + sítio + prisão – várias autoridades. Previa: comissão eleitoral nova eleição”.
Em outro trecho, anotou: “Recebi o $ do Braga Netto e repassei p/ o major de Oliveira – pelo volume, menos de 100 mil. Pressão p/PR assinar ‘um decreto’ – defesa ou sítio, mas nada vai acontecer”.
Entre as anotações, consta ainda a expressão “Min Fux” e, logo abaixo, frases como: “Estava com a filha em Itatiba/SP”; “Preocupação em não parar o Brasil”; “Das 8, fiquei 4 semanas fora da Presidência”.
Em outra parte, Bolsonaro escreveu: “Nem cogitação houve. Decreto de golpe??? Golpe não é legali//, constituição, golpe é conspiração” (sic). Mais adiante, há a marcação da data “29/nov” — riscada — seguida da frase: “Plano de fuga – do GSI caso a Presidência fosse sitiada”.
De acordo com investigadores, os rabiscos parecem reunir observações sobre pontos destacados por Cid em sua delação. Durante o próprio interrogatório, Bolsonaro também fazia anotações em papéis.
Leia menosPor Tácio Lorran e Manuel Marçal
Do Metrópoles
Na mira da Polícia Federal, o pastor Silas Malafaia, dono e fundador da Igreja Assembleia de Deus, acumula dívidas tributárias com a União que somam mais de R$ 17 milhões.
Quase a totalidade desse valor – R$ 16.983.200,80, para ser mais preciso – é devido pela Editora Central Gospel LTDA. A empresa foi aberta há 26 anos por Silas Malafaia e a esposa, a também pastora Elizete Malafaia, e, em 2019, entrou em recuperação judicial. Uma outra pequena parte, de R$ 46.388,42, é devido pela Assembleia de Deus.
Leia maisO montante devido à União pela editora inclui R$ 6,9 milhões em débitos previdenciários e R$ 10,1 milhões em demais débitos, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) consultados pela coluna do Metrópoles.
O valor é 843%, isto é, quase 10 vezes maior que a dívida ativa à União da Central Gospel em 2021. Naquele ano, a empresa devia cerca de R$ 1,8 milhão.
No processo de recuperação judicial, a Central Gospel tem arcado com outras dívidas que somam R$ 15,6 milhões. Nesses casos, os credores são dezenas de empresas – de microempreendedores a grandes bancos – e trabalhadores, não mais a União.
À coluna do Metrópoles, Silas Malafaia reconheceu ambas as dívidas. Em relação aos débitos tributários com a União, afirmou que seus advogados estão em processo de negociação para quitá-los. “Sobre os outros credores, eu já estou pagando na recuperação judicial, que já foi concluída, já foi homologada. Já estou pagando há dois anos isso”, complementou o pastor. O advogado dele também se manifestou sobre o assunto.
Entenda investigação da PF envolvendo Silas Malafaia
O pastor Silas Malafaia teve o celular apreendido logo após desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, vindo de Lisboa, na última quarta-feira (20). De acordo com a investigação da PF, o líder religioso teria atuado em ações coordenadas de desinformação e pressão sobre integrantes do Judiciário para favorecer interesses do grupo ligado ao ex-presidente.
O mandado de busca e apreensão foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes considerou que a perícia realizada pela Polícia Federal no celular apreendido de Jair Bolsonaro indica que Silas Malafaia “exerce papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado que tem por finalidade coagir os ministros do STF e outras autoridades brasileiras”. O ministro ressalta que as atitudes apontam atos no sentido de coação no curso do processo e tentativa de obstrução à Justiça.
O magistrado também proibiu Silas Malafaia de se ausentar do Brasil, com cancelamento de todos os passaportes do pastor, tanto nacionais quanto estrangeiros. Moraes ainda proibiu o religioso de se comunicar com todos os investigados do núcleo do Jair Bolsonaro (PL) em trama golpista, além de também proibir a comunicação com Eduardo Bolsonaro, hoje nos Estados Unidos, por qualquer meio, inclusive pelo intermédio de terceiros.
Ao Contexto Metrópoles o pastor disse que troca de aparelho celular com frequência e que não tem medo em relação ao material encontrado pela Polícia Federal.
Advogado de Silas Malafaia diz que recuperação judicial de editora já foi encerrada
Questionado sobre as dívidas vinculadas ao pastor Silas Malafaia, o advogado Jorge Vacite Neto enviou a seguinte nota:
“A fim de evitar qualquer descumprimento das condutas legalmente previstas, informamos que os débitos fiscais encontram-se em processo de revisão interna, a fim de possibilitar sua regularização nos valores corretos.
Quanto ao processo de reestruturação econômico-financeira da empresa (recuperação judicial), considerando as informações públicas, esclarecemos que o mesmo foi encerrado (arquivado) com o integral cumprimento de todas as fases e obrigações por parte da Editora Central Gospel.
Esse cumprimento foi devidamente atestado pela ilustre magistrada que conduziu o processo, com a devida fiscalização do administrador judicial e também do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.”
Leia menosPor Marcelo Tognozzi
Colunista do Poder360
Beremiz Samir, o homem que calculava, era um sábio para quem a diplomacia apaziguava conflitos e acomodava interesses. Um belo dia, ele encontra três irmãos discutindo sobre uma herança de 35 camelos. O pai deixara um testamento dizendo que o filho mais velho receberia metade dos camelos, o do meio 1 terço e o mais novo 1 nono. Mas 35 não era divisível nem por 2, por 3 ou por 9. E os irmãos estavam à beira de uma guerra familiar.
Ele pensou um pouco e propôs o seguinte: incluiria o seu camelo e assim seriam 36, número divisível. Assim, o mais velho ficou com 18 camelos, o do meio com 12 e o mais novo com 4. A soma dos camelos dava 34. Um foi devolvido a Beremiz e outro ficou de presente como gratidão por ele ter resolvido a questão sem brigas e discussões.
Leia maisA fábula foi contada por Malba Tahan no seu best-seller “O Homem que calculava”, lançado em 1938 e sucesso até hoje. Mais que um livro de aventuras, traz na sua essência pílulas de sabedoria. O herói Beremiz Samir é alguém que sempre busca a paz e escapa dos confrontos. Sua sabedoria é diplomática, porque mostra que é possível alguém conseguir o que deseja sem briga, não importa se você é o mais forte ou o mais fraco.
Diplomacia, como ensinou o embaixador dos embaixadores Paulo Tarso Flecha de Lima, é antes de tudo inteligência e estratégia. Melhor uma vitória sem conflito do que uma guerra com consequências imprevisíveis. Foi com essa mentalidade que os líderes europeus conseguiram mudar a relação com Donald Trump, embora muitos deles ainda continuem torcendo o nariz para o presidente norte-americano no privado. Em público, agiram para travar o comportamento disruptivo do líder do país mais rico do planeta.
Na última quinta-feira (21), o Wall Street Journal revelou numa reportagem de Daniel Michaels e Laurence Norman, como os principais líderes europeus que escoltaram Volodymyr Zelensky até a Casa Branca na segunda-feira (18), neutralizaram o temperamento de Trump usando ferramentas de inteligência, bom senso e uma diplomacia exemplar.
Mostraram ao mundo a sedução como arma diplomática. Ninguém se humilhou ou pagou mico. Ao contrário, saíram do encontro na Casa Branca com uma vitória, dobrando o presidente dos Estados Unidos, que terminou sendo suave e cortês, em vez de usar e abusar da sua verborragia característica. Estudaram a fundo a personalidade e o comportamento de Trump e o resultado saiu melhor que a encomenda. Nada como um dever de casa bem feito.
Zelensky chegou de preto, dando um recado ao chanceler russo Serguei Lavrov, que apareceu no Alaska com um moletom com a sigla CCCP da antiga União Soviética. “O padrão europeu é esperar, se preocupar e reclamar. Este é o pior instinto possível para lidar com Trump. O que você precisa fazer é ser positivo, fazer sua própria lição de casa e ter suas próprias propostas e ser proativo. Acho que segunda-feira foi uma boa demonstração de todos descobrindo como fazer isso”, explicou didaticamente Kurt Volker, ex-representante especial dos EUA para a Ucrânia durante o 1º mandato de Trump.
Os europeus mostraram que a primeira lição que aprenderam foi dizer obrigado. Trump mencionou durante o encontro que já resolvera seis guerras e ouviu “thank you” ser dito por 30 vezes pelos europeus, enquanto ele agradecia outras 12 vezes. Massagearam o ego do presidente, que entendeu o recado respondendo com mesuras e elogios.
Desde que Trump venceu as eleições, a inteligência da União Europeia sabia que as tarifas seriam um ponto nevrálgico das relações com os EUA. Por isso, começaram desde cedo a conversar com Trump e sua equipe. Antes da posse, seus emissários já frequentavam as rodas da diplomacia trumpiana, que viria a ser comandada pelo senador Marco Rubio. Evitaram ataques frontais e provocações. Se precisassem colocar um camelo no jogo para fechar as contas, fariam isso de bom grado.
Trump valoriza as palavras e a presidente da Comissão da União Europeia Ursula von der Leyen passou a falar mais em tarifas do que em sanções contra os russos. O presidente norte-americano percebeu a mudança de tom e gostou. Von der Leyen também parou de falar em cessar fogo a qualquer custo, adotando o discurso de que é imperativo acabar com a matança.
Mas o ponto alto da reunião foi protagonizado por Zelensky, agora exímio engolidor dos sapos da reunião de fevereiro quando tomou um puxão de orelhas de Trump e seu vice JD Vance. Passou a falar a mesma língua de Trump, cria do setor imobiliário, quando mostrou um mapa da Ucrânia e explicou a situação territorial do seu país, mostrando que Putin queria tomar territórios. Lembrou que os EUA ocuparam a Flórida no início do século 19, quando a Espanha não teve mais como manter a região em função das guerras napoleônicas. No caso da Ucrânia, não havia isso.
Enquanto Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, adotou o discurso da direita que Trump admira, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, virou parceiro de golfe do presidente dos EUA.
Trump deu sinais de que tinha sido seduzido pelo charme europeu quando elogiou o bronzeado do chanceler alemão, Friedrich Merz, chamou Ursula von der Leyen de mulher mais poderosa do grupo e elogiou o poder jovem de Stubb. O único que não mereceu afagos de Trump foi Emmanuel Macron, presidente da França, que tem errado e perdido espaço na política, liderando um governo onde ninguém se entende, e, como diz um amigo francês, acabou “Micron”.
Há na atitude dos europeus muitos ensinamentos. Usaram a inteligência para seduzir Trump, cujo poder pode desequilibrar a segurança da Europa. Em vez de ficar xingando e se isolando, preferiram enfrentar a realidade como ela é. Podem não ter ganho tudo o que gostariam, mas deixaram Washington certos de que as portas estão abertas.
Como ensinou Beremiz Samir de Malba Tahan, muitas vezes você é obrigado a dar um camelo para fechar as contas, mas se você usar a cabeça pode dobrar seu patrimônio e acabar com dois camelos.
Leia menosO secretário-executivo de Turismo e Lazer de Pernambuco, Cláudio Asfora, participou, na última quinta-feira (21), da abertura do 9º Salão Nacional do Turismo, em São Paulo. Ele representou o Governo de Pernambuco e a Secretaria de Turismo na cerimônia. Na ocasião, Asfora posou para foto ao lado do ministro do Turismo, Celso Sabino.
O evento contou ainda com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e João Paulo Capobianco (Meio Ambiente, interino), além do presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Também participaram secretários estaduais, deputados e prefeitos de diferentes regiões do país.
O julgamento do recurso que pode definir o futuro político do prefeito da Pedra, Junior Vaz, estava marcado para a última quinta-feira (21). No entanto, foi adiado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para a próxima segunda-feira (25).
A sessão, que analisaria as acusações de abuso de poder político e econômico, foi adiada a pedido do desembargador relator do caso, Paulo Machado Cordeiro. Assim, o município viverá mais alguns dias de tensão à espera de uma decisão que poderá manter ou cassar o mandato do gestor. As informações são do portal Panorama PE.
A oposição acusa Junior Vaz de utilizar cerca de R$ 31 milhões em pagamentos da prefeitura para se beneficiar durante as eleições. Embora o prefeito já tenha sido absolvido em primeira instância no mês de junho — quando o juiz local entendeu não haver irregularidades —, os adversários recorreram, insistindo na cassação.
Dessa forma, caberá ao TRE-PE dar a palavra final na próxima semana: confirmar a decisão inicial e manter Junior Vaz no cargo ou reformar o julgamento e decretar a cassação do prefeito.