Confira o guia eleitoral do candidato do PL ao Governo do Estado, Anderson Ferreira.
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A etapa nacional da Expoberro 2025 encerrou sua edição, ontem, com resultados históricos. O evento, realizado em Serra Talhada, movimentou mais de R$ 11 milhões em negócios, somando as vendas do leilão, negociações diretas entre produtores nas baias e contratos assinados com o Banco do Nordeste. De acordo com os organizadores, esta foi a maior edição da história da feira, que se consolida como uma das principais vitrines da caprinovinocultura no Brasil.
“A Expoberro é um orgulho para o nosso município e para todo o Sertão. O evento movimenta a economia local, fortalece o agronegócio e mostra o potencial da nossa gente. É o resultado de um trabalho coletivo, do apoio dos parceiros e do empenho dos criadores, que acreditam e investem nesse setor tão importante para a nossa região”, destacou a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado.
Leia maisA feira contou com participação de criadores de 13 estados brasileiros, representando todas as cinco regiões do país e 63 municípios. Foram expostos 1.182 animais, com destaque para as raças Dorper e White Dorper, e R$ 70 mil em premiações distribuídos aos vencedores. No leilão, foram registradas vendas superiores a R$ 3,1 milhões, enquanto as negociações diretas nas baias somaram cerca de R$ 3 milhões. Já o Banco do Nordeste assinou contratos que ultrapassaram os R$ 4 milhões em investimentos durante o evento.
Os criadores de Serra Talhada também se destacaram nas competições: um dos animais do município conquistou o 2° e outro o 9° lugar no campeonato nacional, que teve julgamentos realizados por três juízes africanos credenciados. A Expoberro contou ainda com apoio do Sebrae, que aportou R$ 380 mil, e do Banco do Nordeste, com R$ 100 mil, além da parceria com o Sesc, que cedeu o espaço para realização do evento. No total, o investimento da Prefeitura de Serra Talhada foi de cerca de R$ 500 mil.
“Cada edição da Expoberro reafirma o papel de Serra Talhada como referência nacional no fortalecimento da caprinovinocultura. Mais do que números, o que celebramos é o impacto social e econômico que a feira gera para o nosso povo e para o futuro do Sertão”, concluiu Márcia Conrado.
Leia menosPor Maurício Rands*
A formação da civilização brasileira começou enviesada. Foi grande o contingente de africanos escravizados e de indígenas dizimados. Mas essas culturas foram abafadas. Prevaleceu o complexo de colonizado. Valorizaram-se as culturas europeias, a portuguesa, a inglesa e a francesa. Com o golpe dos positivistas que inaugurou a república, veio a inflexão em direção aos Estados Unidos.
Em 1889, o I Congresso Pan-Americano lançou as bases do panamericanismo para a cooperação entre os países do continente. Naturalmente, sob a hegemonia americana. Em 1906, sob a liderança de Joaquim Nabuco, nosso primeiro embaixador nos EUA, realizou-se a III Conferência Internacional Americana no Rio de Janeiro, quando se firmou a doutrina de aproximação com os EUA também defendida pelo Barão do Rio Branco. “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, a frase de Juracy Magalhães sintetiza uma política externa de cooperação com os EUA.
Leia maisEsse alinhamento transcendeu a política externa. Avançou na cultura de nossa civilização. Por aqui o soft power americano foi avassalador. A música de Frank Sinatra, Elvis Presley, Chuck Berry, Jimi Hendrix, Bob Dylan e Michael Jackson. A literatura de Edgar Allan Poe, Emerson, Mark Twain, Faulkner e Hemingway. Os feitos esportivos de Jesse Owens, Michael Jordan, Serena Williams, Muhammad Ali e Michael Phelps. As ciências de Thomas Edison, Alan Turing e Chomsky. O direito e a filosofia de Ronald Dworkin e John Rawls. A economia de Galbraith, Friedman, Krugman e Stiglitz. O cinema de Spielberg, Scorsese, Wood Allen, Tarantino e Meryl Streep. A legislação dos direitos civis das décadas de 60 e 70, inclusive as ações afirmativas. A internet e a inteligência artificial. Muita coisa boa, como se vê.
Mas o outro lado da moeda impressiona negativamente. Assim como a deterioração de parte daqueles elementos virtuosos. O american way of life passou a influir negativamente em nossa civilização. Tornou-se sinônimo de um individualismo sem consciência coletiva, incapaz de solidariedade social. Paradigma de consumismo sem consciência ambiental. De desperdício e frustração para a maioria privada de acesso aos bens de luxo. Os endinheirados comprando a segunda residência na Flórida. Muitos deles com o dízimo subtraído dos pobres recém-convertidos ao neopentecostalismo da teologia da prosperidade.
A importação dessas religiões evangélicas americanas enriquecendo bispos e pastores. E, ao mesmo tempo, abafando a espontaneidade, sincretismo e alegria do jeito de ser brasileiro que herdamos dos antepassados vindos da África. Os do andar de cima sempre emulando os padrões, gostos e aspirações dos americanos. Como se fosse possível aqui replicá-los. O resultado tem sido um país com muita gente alinhada aos defeitos do grande irmão. Muitas vezes até mesmo diante de agressões como o apoio dos EUA ao regime militar de 1964. Ou, como agora, no episódio em que o ex-presidente, seus filhos e aliados do tipo do governador de São Paulo revelaram-se patriotas da pátria alheia em face do tarifaço e da agressão ao poder judiciário brasileiro.
Diante da conduta autoritária de Donald Trump, o mundo percebeu quão frágil era a democracia americana. Essa fragilidade já se havia desvelado com a eleição de Trump em 2024 mesmo depois de ter instigado a tentativa de golpe do 06 de janeiro no assalto ao Capitólio. O que diriam os brasileiros se o nosso presidente demitisse membros do ministério público e uma diretora do Banco Central? E se enviasse tropas federais a cidades governadas por oposicionistas? E se sequestrasse e deportasse imigrantes, interviesse em um canal de tv ou retirasse o financiamento de universidades? E se impusesse tarifas protecionistas contra os demais países com impacto direto em nossa inflação? E se bombardeasse embarcações de outros países em águas internacionais? E se ameaçasse tomar o território de vizinhos? Ou se apoiasse os crimes de guerra de Netanyahu e o assassinato de 67 mil palestinos em Gaza? O que diriam os brasileiros se o nosso sistema de saúde negasse assistência a quem não pode pagar por uma ambulância, um exame ou uma cirurgia? Ou se tivesse um ministro da saúde e um presidente que negam a utilidade das vacinas?
O país mais rico do planeta vai assim perdendo o seu antigo soft power. Os povos vão percebendo que não é atrativo um modelo que nega o multilateralismo e as instituições de cooperação internacional como a ONU. E que não é confiável um país com atitudes supremacistas que se julga legitimado a sempre impor a lei do mais forte. Um país cujos interesses não coincidem com os de nações como a nossa. Seus valores não são os nossos. Ou ao menos não deveriam ser. O que hoje é bom para os EUA deixou de ser bom para o Brasil.
*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford
Leia menosA Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), principal entidade representativa do setor no Brasil, divulgou documento manifestando sua posição e apoio institucional total à realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) no Brasil.
A entidade também apresenta, neste documento, sugestões de contribuições do setor produtivo à consolidação da chamada Agenda de Ação da Conferência, com base em ações concretas para reduzir o aquecimento do planeta.
Leia maisProtocolo de Montreal
Com papel ativo em discussões sobre eficiência energética, qualidade do ar de interiores e regulamentações do setor, a entidade afirma, no documento, que reconhece o Protocolo de Montreal como “o tratado ambiental multilateral mais eficaz já firmado, cujos avanços na proteção da camada de ozônio e redução de gases de efeito estufa seguem, também, relevantes para as metas do Acordo de Paris”.
Por isso, seus representantes destacam na nota que defendem “a integridade desse protocolo, conforme consolidado pela emenda de Kigali e continuidade como alicerce, também, da governança climática internacional”.
Em outro ponto do documento, a Associação também reconhece a importância do Global Cooling Pledge (Compromisso Global de Resfriamento, em português) como norteador do futuro da climatização e refrigeração. E se compromete em atuar para que que as metas desse plano evoluam para uma Contribuição Globalmente Determinada (GDC), com métricas mensuráveis.
Propostas apresentadas
Dentre as propostas apresentadas como contribuições do setor para a agenda climática, a Abrava destaca a elaboração e implementação de um Plano Nacional de Resfriamento do planeta e o fortalecimento dos códigos nacionais de energia (uma vez que a climatização responde por grande parte do consumo energético em edificações).
Além disso, a entidade pretende trabalhar para redução de emissões de gases de efeito estufa em 68% até 2050, aumento da eficiência de novos equipamentos em 50% até 2030, no fortalecimento das políticas e orientações de compras públicas, para que sejam feitas de forma mais sustentável, e ampliação de investimentos e parcerias para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de climatização, dentre outras questões.
Abrava
A Abrava atua desde 1962 na promoção do desenvolvimento técnico, sustentável e normativo das tecnologias relacionadas à refrigeração e conforto ambiental no país. Tem papel ativo em discussões sobre eficiência energética, qualidade do ar de interiores e regulamentações do setor. É considerada uma associação que conecta indústria, comércio e serviços, e consolida a relevância do setor na economia brasileira e na saúde ambiental dos espaços construídos.
Leia menosPor José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Pintou um clima de guerra nos mares do Caribe. O ditador narcoterrorista da Venezuela, cujo nome não deve ser mencionado por razões sanitárias, está sendo homenageado com o Prêmio IgNobel da Paz. Ele merece. A Academia Real de Ciências da Suécia concedeu o Prêmio Nobel da Paz, a mais elevada honraria humanitária, à combatente democrática Maria Corina Machado. Bravo!
O guru da seita vermelha teve a desfaçatez de dizer que os regimes da Venezuela e de Cuba devem ser decididos pelos seus próprios povos. Não existe soberania popular em regimes totalitários. Se houver rebelião os ditadores mandam reprimir, prender e matar. O ministro Marco Rubio anotou em seu caderninho as declarações de amor do guru vermelho às ditaduras. As esquerdas são cúmplices e coniventes com o terrorismo comunista vigente na Venezuela e odeiam Maria Corina.
Leia maisO nome do general libertador Simon Bolívar é ultrajado pela caterva vermelha. Falar em “revolução bolivariana” é uma blasfêmia.
No começo do século XIX o general Simon Bolívar, de origem aristocrática, lutou para libertar a América do Império Espanhol e criar a Grã-Colômbia, reunindo Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Panamá e Bolívia. A unificação ficou a meio caminho e Bolívar conseguiu emancipar de início Venezuela e Colômbia. As demais nações viveram outros caminhos de independência.
O Tratado de Tordesilhas, de 1494, dividia a face da Terra em dois olhos, o olho direito e o esquerdo. As nascentes do olho direito, no leste, pertenciam aos reis de Portugal. As nascentes do olho esquerdo ficavam sob o domínio do reinado de Castela, a Espanha.
América viveu a alvorada da libertação do Reino de Castela. No tropel do cavalo do General Simon Bolívar a liberdade foi conquistada com lágrimas e sangue. Ficou conhecido como O libertador. O general Simon Bolivar foi uma grande alma das Américas, impossível compará-lo com as almas liliputianas de ditadores facínoras.
No olho direito da face da América, a Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz, exportava ouro e diamantes para a Corte de Portugal e o fidalgos ficavam felizes. Pela ousadia de ter falado em libertação da Corte, Tiradentes foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro e teve a cabeça pendurada num poste em Vila Rica, antiga capital de Minas Gerais. Isto aconteceu em 1792. O grito da Independência são outros 1500 réis.
A Venezuela vive uma tragédia humanitária. Hoje 29 milhões de venezuelanos sobrevivem em meio ao terrorismo, fome e perseguições. São 6 milhões de indigentes nas fronteiras. Na base da corrupção e incompetência, o regime comunista conseguiu arruinar uma nação antes próspera e que nadava em petróleo.
Ante o colapso inevitável e se não for suicida, o ditador irá fugir e buscar abrigo em algum País. Ou será preso e deportado para os Estados Unidos. Tá na hora de Tramp raspar o bigode dele. A ilha-presídio de Cuba está na fila para ser libertada do comunismo.
O Big Brother garantiu que vai dar um freio de arrumação à direita e este reino de Pindorama jamais será uma Venezuela. Amém!
*Periodista, escritor e quase poeta
Leia menosGoverno roda presa
A governadora Raquel Lyra (PSD) errou quando imaginou que governaria só. Gestão não é obra singular, tampouco solitária. Próximo a fechar o terceiro ano e entrar no último do seu governo, em 1 de janeiro, continua errando, principalmente pelo isolamento político.
Cumpre neste momento uma agenda internacional solitária, feito uma andorinha de verão, em dois países por 15 dias. Não teve o discernimento e a gentileza de convidar um só representante do Legislativo, poder que anda às turras, trazendo danos que sobram para o povo já desiludido com um governo que ainda não começou.
Leia maisQue findou precocemente, a bem da verdade. Raquel erra quando deveria acertar em iniciativas que repercutiriam bem, como o anúncio de um concurso tão esperado por quem deseja ingressar no serviço público, mas que discrimina pretos e pardos, ao passar por cima das cotas raciais. Só corrigiu o erro em função de uma postagem neste blog, que repercutiu intensamente.
Um governo que não anda sequer na promoção de um concurso é um governo que se pode intitular roda presa. No volante do seu governo, Raquel dirige devagar, quase parando. Atrapalha o trânsito, trava os anseios e expectativas. Uma roda presa é difícil de remover, seja por ferrugem, oxidação ou problemas mecânicos.
Para destravar uma roda presa no cubo, uma das técnicas envolve afrouxar os parafusos (sem removê-los), aplicar um lubrificante penetrante, bater levemente na lateral da roda com um martelo de borracha e, com o carro baixado (em uma superfície plana), movimentá-lo para frente e para trás com o freio acionado para forçar a separação.
Já para destravar um governo roda presa basta apenas ter visão estratégica, nariz não empinado, humildade, capacidade gerencial e a compreensão de que ninguém vai a lugar algum sozinho.
RETRATO DO ABANDONO – Antes de morrer, em 1989, aos 76 anos, Luiz Gonzaga fez a doação de seu acervo pessoal para se eternizar num museu em Exu, sua terra natal. Passei por lá na última sexta-feira e constatei que o maior patrimônio do personagem nordestino do século, eleição promovida pela Globo, iniciativa da jornalista Jô Mazarollo quando dirigia a emissora no Estado, continua completamente esquecido pelo poder público. Ninguém ajuda a dar uma guaribada. Nem o Governo do Estado nem o Governo Federal. Uma pena!
Baraúna do Cariri – Fiquei impressionado com tamanha repercussão da postagem com dona Almina Arraes, a única irmã viva do ex-governador Miguel Arraes. Com 101 anos, ela apresenta uma lucidez invejável, embora com pouca audição. A visitei em sua casa no Crato, na companhia do seu filho Joaquim Bezerra. Dela, ficou a imagem de uma mulher guerreira, a baraúna do Cariri cearense.
Freio de arrumação – Em meio a impasses gerados pela abertura antecipada de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e por atritos com o Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca promover um freio de arrumação em palanques do PT nos estados para as eleições de 2026, segundo o jornal O Globo. O objetivo é sinalizar mais rigor com parlamentares que se aproximaram do governo no início do mandato, mas que hoje atuam na contramão dos planos eleitorais do partido, e também assegurar candidaturas competitivas em estados como Minas e na região Nordeste, de olho na eleição presidencial e na governabilidade.
Caça às bruxas – De olho nessas dificuldades para a montagem de palanques nos estados, o Planalto fez uma leva de demissões, na última semana, atingindo parlamentares que, além de votarem contra o governo no Congresso, vêm atrapalhando planos do PT nos respectivos estados. Em Minas, por exemplo, foi demitido o superintendente de Agricultura, Everton Augusto Ferreira. Ele foi indicado pela bancada do Solidariedade, que tem mostrado apoio à candidatura de Mateus Simões ao governo. Também entraram na mira superintendentes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) na região Nordeste, indicados por parlamentares do União Brasil.
Demissões no Nordeste – Na Bahia e no Rio Grande do Norte, estados em que o União Brasil faz oposição ao PT, também houve demissões de superintendentes da Codevasf indicados por deputados do partido. A leva de cortes também atingiu uma diretora da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Ana Valda Galvão, que é aliada do ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos). Correligionário do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Dias também é aliado do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição ao governo Lula.
CURTAS
NO PODCAST – Meu convidado do podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha, de amanhã, será o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (MDB). Vai tratar das questões nacionais e da missão que recebeu da direção nacional do MDB para reestruturar o partido nos Estados.
NO AGRESTE – Na próxima semana, volto a peregrinação no Interior para difusão do meu livro “Os Leões do Norte”. Desta feita, a região do Agreste Meridional: na agenda, Garanhuns, Angelim, Calçados, Bom Conselho, Caetés e Correntes.
INADIMPLÊNCIA – O número de consumidores brasileiros inadimplentes, ou seja, com dívidas atrasadas, cresceu 26,1% desde 2015, segundo dados do Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). O levantamento estima que o Brasil tinha no mês passado um número recorde de 71,86 milhões de pessoas físicas negativadas, o que corresponde a 43,1% da população adulta do país.
Perguntar não ofende: Quando começa o Governo Raquel?
Leia menosO Instituto França de Pesquisa admitiu, por meio de nota oficial, ter identificado uma distorção pontual nos cruzamentos por faixa etária de sua pesquisa de intenção de voto em Pernambuco. O comunicado foi divulgado após o blog publicar uma análise que apontava dados conflitantes no levantamento.
A matéria, baseada em avaliação de especialistas em estatística e opinião pública, revelou que, embora Raquel Lyra aparecesse com 29,37% das intenções de voto, atrás do prefeito João Campos (43,18%), havia discrepâncias evidentes nos cruzamentos por faixa etária e escolaridade — especialmente nos resultados dos pré-candidatos Eduardo Moura e Ivan Moraes, que destoavam significativamente do total geral apresentado.
Em nota, o Instituto afirmou que a inconsistência foi detectada por sua equipe técnica e que os dados foram prontamente revisados, validados e corrigidos, assegurando a conformidade com seus padrões metodológicos. “Os cruzamentos publicados antes da atualização não correspondem aos dados oficiais e devem ser considerados inválidos para fins de análise ou reprodução”, destacou o comunicado. Os resultados corrigidos já estão disponíveis para consulta e divulgação.
Ainda, o Instituto França destacou ter acertado os resultados das eleições de 2024 em Recife e Caruaru, todas as pesquisas de segundo turno e a disputa presidencial de 2022.
Veja nota de esclarecimento na íntegra:
Devido ao lamentável ocorrido do desabamento de residências no bairro de Ouro Preto, na manhã deste domingo (19), a prefeita de Olinda, Mirella Almeida, decretou luto oficial por três dias no município. Desde o momento em que tomou conhecimento do fato, a gestora determinou que várias secretarias da Prefeitura atuassem de forma integrada para garantir o suporte necessário ao caso.
A operação contou com a participação das equipes de Defesa Civil, Segurança, Saúde, Desenvolvimento Social, Proteção Animal e Gestão Urbana. Já a governadora em exercício, Priscila Krause, acionou o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil Estadual e as Polícias Civil e Militar para auxiliar em todas as ações de resgate e suporte.
“Com o fim dos trabalhos de resgate, quero expressar minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas do desabamento ocorrido na manhã de hoje, em Ouro Preto. Que Deus conforte a todos neste momento tão difícil. Olinda está de luto oficial por três dias”, comentou Mirella.
Por Jorge Henrique Cartaxo e Lenora Barbo*
Especial para o Correio Braziliense
“Rio de Janeiro, 19 de maio de 1939.
Excelentíssimo Senhor
Doutor Getúlio Vargas
M.D. Presidente da República
RIO DE JANEIRO
Respeitosos cumprimentos.
A construção de Goiânia implicou demorados estudos, pesquisas e experiências baseadas no que já havia sido feito no Brasil e em outros países, em planos, comparações, críticas e, mais do que tudo isso, em lutas vitoriosas contra as dificuldades do meio. Nessas batalhas adquirimos, naturalmente, experiência, tirocínio e capacidade de trabalho que, acreditamos, poderão ser úteis à nossa Pátria, nesta fase em que o ritmo do progresso nacional se acelera intensamente.
São esses fatos, senhor Presidente, que nos trazem aqui para nos colocarmos à disposição de Vossa Excelência. A questão da Nova Capital da República tem sido uma velha aspiração de todo o nosso povo. Sendo assim, pedimos vênia para consultar Vossa Excelência sobre a oportunidade — que nos parece favorável — de tratar do grande problema da Nova Capital Federal.
Leia maisDado, senhor Presidente, o progresso que presenciamos no Estado de Goiás com a mudança de sua capital; Dado os benefícios que igualmente se estenderam ao Estado de Minas Gerais com a criação de Belo Horizonte.
Antecipamos, senhor Presidente, a nossa fé e o nosso entusiasmo pelos benefícios que advirão à Pátria com a interiorização da Capital Federal, se, ao invés de cristalizar o assunto em dispositivos constitucionais, como fizeram nossos dirigentes de antanho, Vossa Excelência houver por bem lançá-lo no campo das realizações concretas.
Saúde e fraternidade.
Jeronymo Coimbra Bueno
Abelardo Coimbra Bueno.”
Com esse documento, após a conclusão da primeira etapa da construção de Goiânia (1933–1937), iniciava-se a grande mobilização política liderada pela família Coimbra Bueno — especialmente por Jeronymo Coimbra Bueno — pela construção de Brasília e pela ocupação “civilizatória” do Brasil Central, numa aventura quase épica. Vargas, contudo, não responderia ao apelo dos irmãos Coimbra Bueno na forma desejada nem naquele momento. Somente em 8 de agosto de 1940, na sessão de fundação da “Cruzada Rumo ao Oeste” — iniciativa dos Coimbra Bueno —, realizada na sede do Automóvel Clube de Goiás, Getúlio destacaria a importância geopolítica da ocupação econômica e urbana do Brasil Central.
“Convidado a presidir esta sessão, devo declarar, antes de encerrá-la, que a sociedade ora fundada tão oportunamente em Goiânia, com o nome de ‘Cruzada Rumo ao Oeste’, é merecedora de nosso apoio e aplauso, pois pretende, pela propaganda, desenvolver o pensamento e a ação em torno desse tema, que é um roteiro da nossa civilização. Após a reforma de 10 de novembro de 1937, incluímos essa Cruzada no programa do Estado Novo, afirmando que o verdadeiro sentido de brasilidade é a Marcha para o Oeste. […] Assim, o programa Rumo ao Oeste é o reatamento da campanha dos construtores da nacionalidade — dos bandeirantes e sertanistas —, integrando os modernos processos de cultura. Precisamos promover essa arrancada sob todos os aspectos e com todos os métodos, a fim de sanar os vazios demográficos de nosso território e fazer coincidir as fronteiras econômicas com as fronteiras políticas”, afirmou Getúlio Vargas, apoiando os primeiros passos de uma mobilização que se faria sentir até a inauguração de Brasília, em 1960.
Orozimbo Souza Bueno (1875–1962) e Umbelina Coimbra Bueno, pais de Jeronymo (1909–1996) e Abelardo (1911–2003), formavam uma família próspera no município de Rio Verde. Empreendedor de sucesso e dono de vários negócios na região, Orozimbo era proprietário da “Companhia Auto-Viação Sul Goiana”, fruto da expansão cafeeira impulsionada pela construção da estrada de ferro no sul de Goiás nas primeiras décadas do século XX. Pedro Ludovico, membro do Conselho Fiscal da Companhia, já demonstrava, então, sua proximidade e vínculo com a família Coimbra Bueno.
Em 1929, Jeronymo, com 20 anos, e Abelardo, com 17, alunos do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, ingressaram simultaneamente na Escola Politécnica e na Escola de Belas Artes. Foi o mesmo ano em que Lúcio Costa assumiria a direção da Escola e Le Corbusier, em sua primeira visita ao Brasil, proferiria uma série de palestras no Rio. Não é improvável que os irmãos Coimbra Bueno tenham se encontrado com a jovem e diligente Carmem Portinho — já engenheira e também formada pela Escola de Belas Artes — que, dez anos depois, como urbanista, elaboraria o primeiro anteprojeto modernista para a nova capital no Brasil Central.
Jeronymo e Abelardo diplomaram-se em 1933. Entre o ingresso e a conclusão do curso, testemunharam profundas transformações no Brasil e no mundo. A quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, desencadeou uma grave crise na economia mundial. No Brasil, a crise do café provocou o colapso da chamada República Velha. A Revolução de 1930 foi o grande resultado político daquele contexto.
Especificamente para os negócios da família Coimbra Bueno, a conjuntura política e econômica acabou sendo, de certo modo, favorável: o amigo da família, Pedro Ludovico, ascendeu ao poder com Getúlio Vargas; e o movimento migratório em direção ao Oeste intensificou o transporte sobre rodas, um dos principais ramos da família. Ainda em 1933, no cenário internacional, Hitler assumia formalmente o poder como chanceler da Alemanha.
Alguns conceitos estavam fortemente presentes na formação de Jeronymo Coimbra Bueno ao deixar a Politécnica: o urbanismo e os desafios das cidades modernas. Desde a segunda metade do século XIX até meados do século XX, no Ocidente, temas como paisagismo, saneamento, grandes avenidas, sistemas viários, salubridade, praças, parques e ferrovias desafiavam o mundo moderno. A política e o poder público eram inseparáveis na condução e construção desses novos espaços urbanos. Em 1933, foi fundada a Coimbra Bueno & Penna Chaves Ltda., sediada na Rua Álvaro Alvim, nº 33, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, o sócio Penna Chaves deixaria a empresa.
Em 1934, após um intenso diálogo crítico com o interventor Pedro Ludovico sobre o projeto de Goiânia — conduzido pelo arquiteto e urbanista Attilio Corrêa Lima —, os irmãos Coimbra Bueno, sobrinhos da primeira-dama Gercina Borges Teixeira, assumiram a construção da nova capital de Goiás. Em 1938, concluídas as obras fundamentais para a sede do governo e os bairros habitacionais, Jeronymo e Abelardo receberam o título de “Construtores da Cidade de Goiás”.
Em 1939, enviaram a famosa carta a Vargas, já mencionada acima. No mesmo ano, criaram a Fundação Coimbra Bueno pela Nova Capital. Em agosto de 1940, com a presença do presidente da República, inauguraram a “Cruzada para o Oeste”, um projeto da Fundação. A FCB desempenhou papel relevante em todo o país, com palestras, seminários e publicações em defesa da construção de Brasília e da ocupação moderna do Brasil Central.
Ainda em 1940, foi criado o jornal “Rumo ao Oeste” e, em 1945, a “Rádio Brasil Central”. O objetivo era o mesmo: divulgar e valorizar as imensas possibilidades econômicas do Brasil Central, especialmente de Goiás, Goiânia e Brasília. Moderna e poderosa, a rádio dos Coimbra Bueno, com ondas curtas, médias e tropicais, podia ser ouvida em quase todo o território nacional, com uma linha editorial explicitamente “mudancista”. Integrava uma ampla estrutura de comunicação do grupo político e econômico, que incluía o “Jornal de Brasília”, encarte do semanário Singra, com tiragem de milhares de exemplares. A revista Singra (Suplemento Intergráfico), coordenada por Cândido Mendes, trazia temas históricos, culturais e perfis de personalidades da época.
Em novembro de 1955, já senador por Goiás, Jeronymo Coimbra Bueno, em uma extraordinária demonstração de liderança política e decisão, deu um passo definitivo para a construção de Brasília: convidou todos os senadores da República a se reunirem no plenário do Palácio Tiradentes — então sede da Câmara dos Deputados. Nessa sessão, apresentou destaque orçamentário consignando verba de 120 milhões de cruzeiros para a desapropriação total da área do novo Distrito Federal. A proposição foi aprovada por maioria absoluta. Em julho de 1956, também por iniciativa de Coimbra Bueno, foi constituído, com apoio multipartidário de deputados e senadores, o “Grupo de Trabalho pela Nova Capital do Brasil”.
“Indispensável uma boa coordenação de esforços entre os membros do Legislativo e deste com os demais poderes, objetivando a criação da nova cidade e o consequente desenvolvimento da civilização também no interior”, justificou o senador de Goiás.
Jeronymo Coimbra Bueno foi eleito governador de Goiás em 1947 e integrou as Comissões Polli Coelho e Caiado de Castro, responsáveis pela escolha da localização da Nova Capital.
*Jorge Henrique Cartaxo, jornalista e diretor de Relações Institucionais do IHGDF | Lenora Barbo, arquiteta e diretora do Centro de Documentação do IHGDF
Leia menosA Câmara dos Deputados já gastou R$ 3,3 milhões para bancar os gabinetes de parlamentares presos ou fora do Brasil, sem registro de presença em sessões. O levantamento, divulgado pelo Estadão, mostra que o ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), cassado em abril após um ano preso, e os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), ambos impedidos de receber salário por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), continuam com gabinetes ativos, servidores e despesas pagas pela Casa.
O caso provocou indignação entre parlamentares e reacendeu o debate sobre a blindagem e os privilégios dentro da Câmara, em meio a uma crise de credibilidade do Legislativo. As informações são do portal Congresso em Foco.
Leia maisTrês gabinetes, milhões em gastos e nenhum trabalho
Em menos de dois anos, os gabinetes dos três deputados consumiram R$ 3,3 milhões dos cofres públicos — R$ 1,9 milhão de Chiquinho Brazão, R$ 900 mil de Eduardo Bolsonaro e R$ 300 mil de Carla Zambelli.
Mesmo presos ou ausentes do país, os parlamentares mantêm equipes numerosas:
Carla está presa na Itália, enquanto Eduardo articula sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras, alegando que o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, é perseguido judicial e politicamente.
Mesmo com os parlamentares sem desempenhar o mandato, os gabinetes continuaram operando sob justificativas burocráticas. Em nota, a equipe de Zambelli afirmou que segue “desempenhando suas funções legislativas e administrativas”, mesmo com a deputada presa na Itália após ser condenada pelo STF a dez anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela foi condenada a mais de cinco anos de prisão por perseguição com arma de fogo a um jornalista.
“Deputado home office” e acordões no Congresso
A manutenção das estruturas levou o vice-líder do governo, Alencar Santana (PT-SP), a apresentar um projeto que proíbe o “deputado home office”, aquele que, mesmo afastado do país, mantém gabinete e equipe pagos com recursos públicos.
“É ilógico ser eleito para exercer função na Câmara e ficar em outro país”, afirmou Santana ao Estadão. “Deputados que não exercem o mandato plenamente não podem custar milhões aos cofres públicos.”
Mas o descontentamento na base governista foi além. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a situação como “um absurdo e um escárnio”, afirmando que há “um acordão para blindar os bolsonaristas”.
Cassações paradas
Os processos contra Zambelli e Eduardo Bolsonaro seguem travados. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda não julgou o pedido de perda de mandato da deputada, e o Conselho de Ética avalia o caso de Eduardo, cujo relator, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), pediu o arquivamento.
Mesmo assim, Eduardo poderá perder o mandato em 2026 por excesso de faltas, caso continue sem registrar presença. De acordo com Lindbergh, há um “acordão” na Câmara para que Eduardo perca o mandato por ausências, em vez de ter seu processo analisado pelos colegas. Com a cassação por faltar a mais de um terço das sessões sem justificativa, ele continua elegível para o próximo ano e poderá se candidatar novamente, o que não ocorreria com o julgamento no Plenário.
Leia menosO deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) enviou um ofício ao ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, solicitando a reavaliação da proposta de aumento da alíquota de importação sobre produtos de poliéster.
A iniciativa foi alinhada com o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Helinho Aragão, e reflete a preocupação com o impacto econômico e social que a medida pode causar no Polo de Confecções do Agreste Pernambucano, que abrange os municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru — um dos maiores centros de produção de vestuário do país.
Leia maisSegundo Carreras, um aumento tarifário sobre essa matéria-prima elevaria os custos de produção, reduziria a competitividade dos pequenos e médios confeccionistas e ameaçaria milhares de empregos formais e informais que sustentam a economia regional.
“Essa medida preocupa muito o Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco, especialmente Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru, que depende diretamente desses insumos. Um aumento tarifário agora pode acabar sobrepondo medidas, encarecendo os insumos e afetando milhares de empregos na região”, destacou Carreras.
No documento encaminhado ao Ministro, o parlamentar também chamou atenção para a Circular SECEX nº 74, de 29 de setembro de 2025, que já reconheceu indícios robustos de prática de dumping nas importações de malhas de poliéster originárias da China, aplicando direitos antidumping provisórios para neutralizar práticas desleais de comércio.
O deputado enfatizou a necessidade de que qualquer alteração tarifária seja precedida de estudos técnicos e diálogo com o setor produtivo, garantindo o equilíbrio entre a proteção da indústria nacional e a competitividade das empresas brasileiras.
Felipe Carreras também informou que terá uma reunião com o ministro Geraldo Alckmin ainda nesta semana, para aprofundar o debate sobre o tema e defender os interesses do Polo de Confecções do Agreste, reafirmando seu compromisso com a geração de renda e o fortalecimento da indústria pernambucana.
Veja documento na íntegra:
Por Estadão Conteúdo
Com o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos importados brasileiros, o Brasil corre o risco de perder espaço no maior mercado consumidor de café do mundo a partir das próximas safras e ser substituído por outros fornecedores. O alerta é do diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos.
“O grande receio é perder o maior mercado global, onde estão as principais empresas. É um prejuízo enorme perder o acesso ao maior mercado global para seus concorrentes”, afirmou Matos, em entrevista exclusiva ao Broadcast nas Redes.
Leia maisDiante da sobretaxa que atinge o café brasileiro, outros países, como México, Honduras e Colômbia, passaram a exportar maior volume aos Estados Unidos. “Levamos muito tempo para conquistar o primeiro lugar no mercado americano.
Com novas safras vindo e perspectiva de maior colheita em importantes players, o grande risco é o Brasil ser o maior fornecedor e depois ir para o fim da fila e perder espaço nos blends deste grande mercado, quando a produção mundial de café aumentar. O caminho é resolver isso o mais rápido possível”, observou Matos.
O Brasil, por sua vez, redirecionou parte do que deixou de vender aos EUA para países europeus, árabes e asiáticos, minimizando efeitos sobre a balança comercial do setor em movimento de realocação no mercado mundial.
No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 29,105 milhões de sacas, queda de 20,5% em relação aos nove meses de 2024, enquanto a receita gerada saltou 30%, para US$ 11,049 bilhões.
Com a aplicação da alíquota, os Estados Unidos saíram de principal destino do café brasileiro em julho, antes da vigência da sobretaxa, para o terceiro destino em setembro, perdendo o posto de maior importador de cafés do Brasil para a Alemanha. Segundo o Cecafé, os impactos para os exportadores de café são “incalculáveis”.
“Há um prejuízo enorme com custo de postergação de contratos e suspensão e cancelamento de contratos, por isso, não temos outra estratégia se não a isenção total aos cafés brasileiros. Se não resolvermos isso o mais rápido possível, além dos exportadores, os impactos chegarão aos produtores”, apontou o CEO do Cecafé.
Dados do conselho apontam para queda de 52,8% nos embarques do grão ao mercado norte-americano em setembro, adquirindo 332.831 sacas. No ano passado, a exportação brasileira de café para os EUA somaram 8,1 milhões de sacas e US$ 2 bilhões, 16% de tudo que o País exportou.
“O aumento de 40% no preço internacional do café somado à tarifa de 50% sobre o grão brasileiro inviabiliza os embarques”, apontou. O Brasil responde por 34% de tudo que os Estados Unidos consome de café. “76% dos americanos consomem café diariamente. São dois países insubstituíveis no comércio de café”, pontuou o diretor-executivo do Cecafé.
O setor exportador defende que o café seja incluído na lista de exceções ao tarifaço. As sinalizações dos importadores é de que o produto é o item número 1 na lista, segundo Matos, para potenciais novas exceções.
A abertura de diálogo entre os países, que começou com a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump, e a missão diplomática brasileira ao governo americano, pode contribuir nesse movimento, segundo Matos. “Talvez seja factível a suspensão geral da tarifa ou a ampliação da lista. O importante é virar a página das tarifas”, defendeu o CEO do Cecafé.
O impacto inflacionário do encarecimento do café, que registrou em agosto a maior alta no varejo americano desde 1997 nove vezes superior à média, bem como os efeitos já sentidos pelos consumidores e o fim do estoque da indústria local influenciam ainda no convencimento das autoridades e na pressão da opinião pública para isenção do café, avalia o Cecafé.
Em paralelo, o setor busca também a diversificação de mercados. Para Matos, os movimentos de preservação de mercados consolidados, como Estados Unidos e Europa, e a abertura de novos destinos são pautas distintas que não devem se sobrepor. China e Austrália despontam entre os países em crescimento do consumo do grão brasileiro.
Nesse cenário de escalada tarifária, estoques mundiais baixos e incertezas quanto à nova safra, os preços do grão tendem a seguir elevados no mercado internacional pelo menos até o fim do ano.
Leia menosO ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou, neste domingo (19), que o grupo radical Hamas “pagará um preço alto”, acusando-o de violar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, em meio à nova ofensiva israelense sobre o território palestino. Segundo Katz, caso o grupo não entenda a mensagem dos novos ataques, a resposta “será cada vez mais severa”.
O Exército israelense confirmou ter bombardeado Gaza, na área de Rafah, no sul, com a justificativa de “eliminar a ameaça e desmantelar alçapões de túneis e estruturas militares usadas para atividades terroristas”. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisCessar-fogo
O cessar-fogo entre Israel e Hamas corre riscos após ambos se acusarem de violar o acordo. Segundo o porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, o ataque realizado contra Gaza mais cedo ocorre após “repetidas violações do acordo de cessar-fogo e o ataque criminoso realizado por elementos terroristas do Hamas”.
O Hamas, por sua vez, afirmou não ter conhecimento de nenhum incidente ou confronto em Rafah envolvendo Israel e reforçou que cumpre os acordos do cessar-fogo. “O contato está cortado com os grupos restantes que temos lá desde o retorno da guerra em março deste ano, e não temos informações se eles foram mortos ou ainda estão vivos desde então. Portanto, não temos relação com quaisquer eventos que ocorram nessas áreas”, afirmou o grupo.
O Exército de Israel informou ainda nesta tarde ter lançado uma “onda massiva” de ataques no sul de Gaza: “O IDF [Forças de Defesa de Israel] iniciou uma série de ataques contra alvos terroristas do Hamas no sul da Faixa de Gaza.”
Até o momento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que permite os ataques, sob o mesmo argumento de que o grupo Hamas violou o acordo. Os principais mediadores do conflito ainda não se pronunciaram.
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