Resultado de 18,19% das seções totalizadas até o momento para o Governo de Pernambuco. Raquel com 55,72% e Marília com 44,28%.
Resultado de 18,19% das seções totalizadas até o momento para o Governo de Pernambuco. Raquel com 55,72% e Marília com 44,28%.
O STF (Supremo Tribunal Federal) quer concluir a ação penal contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), réu pelo crime de coação, antes de a Justiça Eleitoral abrir o prazo para registros de candidaturas às eleições de 2026, em meados de julho.
Segundo interlocutores da Corte, o cenário ideal é que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já conheça a condição de elegibilidade ou não do parlamentar no momento de julgar o seu pedido de registro, caso ele opte por disputar o pleito. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisEduardo virou réu no STF por decisão da Primeira Turma. O colegiado recebeu a denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República), em julgamento finalizado no dia 26 de novembro. De acordo com a acusação, a atuação do deputado nos Estados Unidos buscou constranger o Poder Judiciário brasileiro a “frear” o avanço das investigações sobre a trama golpista — que acabou por condenar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com a proximidade do recesso do STF, que começa no próximo dia 20, a expectativa é de que a instrução da ação penal contra Eduardo tenha início apenas em fevereiro, quando a Corte retomar os trabalhos.
Essa etapa inclui produção de novas provas, a indicação e a oitiva de testemunhas e o interrogatório do próprio réu. Depois, vêm as alegações finais das partes e, por fim, o julgamento de mérito. A eventual condenação geraria a inelegibilidade do deputado.
Ministros do STF preveem tempo hábil para concluir o julgamento até fim de junho. Assim, a definição sobre “sujar a ficha” de Eduardo (ou absolvê-lo) ocorreria antes das escolhas dos candidatos nas convenções partidárias.
Pelo calendário eleitoral, as convenções costumam ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto. O partido pode solicitar o registro imediatamente após a reunião, sendo 15 de agosto a data-limite.
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Da Folha de S.Paulo
A Procompesa (associação dos empregados do grupamento superior da Compesa) acionou o Tribunal de Contas de Pernambuco com um pedido de medida cautelar para suspender o leilão de saneamento no estado, previsto para o dia 18 de dezembro.
O documento aponta inconsistências no edital de concessão, e cita superestimativa nos índices de atendimento de esgotamento sanitário em diversas cidades. Segundo a representação, os dados distorcem a realidade econômica do projeto, o que fabricaria pedidos de reequilíbrio de contrato pela empresa vencedora logo após o leilão, já que os investimentos necessários para universalizar o serviço seriam maiores que os planejados.
Leia maisEm nota, a Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos do Estado de Pernambuco disse que tomou ciência da representação e que ela é improcedente, “conforme será apresentado ao Tribunal de Contas”.
“O projeto em questão foi submetido a amplo processo de participação social, com mais de mil contribuições, aprovação pelas duas microrregiões de água e esgoto e análise prévia do Tribunal de Contas do Estado”, acrescentou.
O pedido de cautelar cita um levantamento que identificou inconsistências em 66 municípios, onde os índices de cobertura de esgoto iniciais seriam significativamente maiores do que a realidade.
Os dados do edital contrastam, inclusive, com um diagnóstico de 2019 encomendado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e que consta junto aos documentos do projeto de concessão. O banco foi um dos responsáveis pela modelagem do leilão.

O caso mais emblemático citado pela associação é de Serra Talhada. O edital afirma que o atual índice de atendimento de esgoto no município de 92 mil habitantes está em 86,05% — praticamente universalizado. Mas o diagnóstico do BNDES fala em 0% e destaca que “o município não conta com sistema de esgotamento sanitário.”
Problemas parecidos são apontados em Poção e Ibimirim — todos com cobertura próxima a 80% no edital, mas que o diagnóstico de campo da consultoria contratada pelo BNDES indica 0%.
O leilão de saneamento de Pernambuco abrange 175 dos 185 municípios do estado. O projeto prevê R$ 19 bilhões em investimentos e divide a área de concessão em dois blocos. A empresa que assumir será responsável pela distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto; a Compesa (estatal de saneamento) vai continuar responsável pela produção e venda de água tratada para a concessionária.
O pedido de cautelar destaca que os indicadores no edital são a base para a construção das propostas financeiras de um leilão, fundamentando projeções de receita, investimentos e despesas operacionais.
Por isso, a associação estima que as divergências gerariam um desequilíbrio de R$ 2,9 bilhões para a concessionária que assumir o contrato.
A Procompesa diz ainda que, se o leilão ocorrer sem correções, haverá pedidos de reequilíbrio contratual logo no primeiro ano, o que poderia implicar aumento de tarifa ou custos para o orçamento do estado.
O presidente da associação, Anderson Quadros, afirmou que chamaram a atenção alguns municípios constarem com cobertura quase universalizada. Segundo ele, o mais provável é que os dados do edital tenham se baseado em informações do Sinisa (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico), plataforma do governo federal que é alimentada pelos próprios municípios e prestadores de serviços.
“Como é autodeclaratório, as informações não são historicamente confiáveis”, afirma. “A suspeita é de que alguns municípios tenham confundido rede de drenagem pluvial com rede de esgotamento sanitário”, acrescenta.
No caso de Serra Talhada, Anderson afirma que a Compesa não opera nenhum sistema de esgoto na cidade e não fatura nem sequer R$ 1 com esses serviços.
À Folha, a secretária de planejamento e gestão de Serra Talhada, Joana Alves, disse que o município construiu tubulações de coleta de esgoto —trabalho que, segundo ela, deveria ser atribuição da Compesa, mas nunca foi executado. Ela confirmou, porém, que não há nenhum tratamento.
Questionada se não teria havido confusão entre rede de drenagem e de esgoto, a secretária disse que a tubulação foi construída com a intenção de coletar os efluentes e que, prova disso, é que não há esgoto correndo a céu aberto na cidade. “O município informa [ao Sinisa] que é rede coletora de esgoto, porque a rede coleta o esgoto. Pode até ir na mesma rede a água de chuva, mas a intenção não é essa”, afirma.
Mesmo na hipótese de que o município tenha feito por conta própria uma rede de coleta de esgoto, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) definiu em normativa que o índice de atendimento de esgoto (IAE, na sigla) deve ser calculado pelo percentual de domicílios atendidos com rede seguido de tratamento ou solução alternativa. Ou seja, para ser considerado atendido, é preciso haver tratamento posterior.
Especialistas em saneamento consultados pela reportagem disseram ser comum haver erros na alimentação de dados do Sinisa por parte das prefeituras e que isso é um dos atuais desafios dos projetos de concessão pelo país.
Para o deputado Pedro Campos (PSB-PE), Pernambuco corre o risco de passar pelo mesmo problema da Cedae no Rio de Janeiro. As concessionárias que venceram o leilão da capital fluminense em 2021 entraram com pedidos de reequilíbrio financeiro logo nos primeiros anos de operação depois de identificar discrepâncias em relação aos dados do edital — como índice de perdas muito superior ao dos documentos.
“Depois a conta sobra para o consumidor, que tem que pagar mais caro e ver o horizonte de universalização mais longe”, afirma. O deputado é funcionário licenciado da Compesa e irmão do prefeito do Recife, João Campos, principal opositor da governadora Raquel Lyra (PSD).
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Neste ano de 2025, o município de Serra Talhada recebeu o Selo Ouro de Transparência concedido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), por meio do Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP). O município atingiu 94,07% de conformidade na avaliação, índice que o enquadra na faixa de certificação destinada a portais que cumprem integralmente os critérios essenciais e alcançam entre 85% e 94% de aderência.
“Esse resultado demonstra o alinhamento do município às exigências previstas no PNTP e reforça os esforços adotados para ampliar a transparência ativa, garantindo informações acessíveis sobre os principais instrumentos de gestão pública”, afirmou o secretário.
A avaliação da Atricon baseia-se no monitoramento de itens como receitas, despesas, contratos, licitações, folha de pagamento e planejamento municipal. A certificação obtida por Serra Talhada reflete a atualização contínua das informações disponibilizadas ao cidadão e permite o acompanhamento mais amplo dos dados relacionados à administração pública.
“Seguiremos atualizando os processos e ferramentas necessárias para assegurar que o município permaneça aderente às diretrizes nacionais de transparência, mantendo informações claras e disponíveis à população”, concluiu o secretário.
O prefeito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora, esteve no Recife na última quinta-feira (4) para acompanhar a entrega de dois novos ônibus escolares destinados aos estudantes do município. Ele participou da cerimônia ao lado do vereador Robertinho Asfora, do vereador Silvano Pereira e do secretário municipal de Educação, Antônio Carlos. Os veículos foram adquiridos por meio do programa Juntos pela Educação, do Governo de Pernambuco.
Com a nova entrega, Brejo da Madre de Deus passa a contar com sete ônibus repassados pelo Estado, ampliando a frota municipal e reforçando a segurança e o conforto no transporte escolar. Asfora destacou a parceria com a governadora Raquel Lyra como decisiva para avanços na educação e em outras áreas da gestão. “Esses novos ônibus chegam para reforçar nosso transporte escolar e cuidar ainda mais dos nossos estudantes”, afirmou.
Por Cláudio Soares*
As declarações recentes da família Jair Bolsonaro, afirmando que o senador Flávio Bolsonaro seria seu candidato natural à Presidência em 2026 — e que, sem o “sangue Bolsonaro”, ninguém serve nem prestaria — escancaram um fenômeno antigo na política, mas raro de ser assumido com tanta franqueza: a tentativa de transformar um movimento político em patrimônio hereditário.
Ao desqualificar nomes amplamente reconhecidos dentro da própria direita, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior, a família do ex-presidente não apenas sinaliza desprezo por critérios de competência ou representatividade, mas reforça a lógica de que o poder seria uma espécie de propriedade privada, transmissível por laços sanguíneos.
Leia maisA ironia é que muitos desses nomes foram justamente impulsionados ou fortalecidos pelo bolsonarismo — e agora são tratados como descartáveis por não pertencerem ao círculo familiar.
A exclusão até da Michelle Bolsonaro, ainda que central na mobilização conservadora e evangélica, deixa claro que nem proximidade política, nem alinhamento ideológico, nem fidelidade pública são considerados suficientes. O que importa é a filiação genética. Isso coloca o bolsonarismo em rota semelhante à de dinastias políticas tradicionais, mas com um discurso que contradiz frontalmente a retórica antipolítica e antissistêmica que o movimento usa para se sustentar.
O resultado é uma postura que infantiliza o eleitorado de direita e captura o debate público, reduzindo-o à vontade de uma família, não a um projeto político. A direita brasileira, plural e heterogênea, não cabe nesse quadro aristocrático. Ao insistir que apenas um Bolsonaro pode liderar o campo conservador, o ex-presidente mostra mais preocupação com a manutenção de seu próprio clã no centro do poder do que com a consolidação de uma alternativa democrática, ampla e madura.
Some-se a isso a afirmação de Flávio Bolsonaro de que sua pré-candidatura teria um “preço”. Uma candidatura — ou pré-candidatura — jamais pode ser tratada como moeda de troca, barganha pessoal ou objeto de negociação privada. O povo brasileiro merece respeito. O processo eleitoral pertence à sociedade, não a interesses familiares ou comerciais. Quando um projeto político passa a ser precificado, ele se afasta ainda mais da democracia e se aproxima de práticas oligárquicas que reduzem a política a um balcão de negócios.
Em vez de fortalecer o campo que ajudou a erguer, Jair Bolsonaro parece disposto a encolhê-lo ao tamanho da própria casa. E a democracia, que se alimenta de diversidade e de competição real de ideias, não tem a ganhar nada com isso.
*Advogado e jornalista
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O indulto que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve conceder no Natal deve repetir a linha adotada nos últimos dois anos e manter de fora do perdão condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito, o que exclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Nos últimos anos, o governo Lula já havia adotado essa postura, excluindo os réus do 8 de Janeiro, seguindo o entendimento do CNPCP (Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias), ligado ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). As informações são da CNN Brasil.
Leia maisO decreto presidencial costuma ser baixado em 23 de dezembro, antevéspera de Natal, com os requisitos para quem pode receber o benefício.
O documento também deixa de fora para ser indultado quem fez acordo de colaboração premiada, como exemplo o tenente-coronel Mauro Cid, que colaborou com a PF (Polícia Federal) no processo que condenou Bolsonaro.
O CNPCP também sugere que não haja concessão do indulto a líderes de facções criminosas, presos em estabelecimentos de segurança máxima, condenados por abuso de autoridade e quem cometeu crime contra a administração pública — como peculato e corrupção passiva. Além de presos por tortura, terrorismo e racismo.
O texto aprovado pelo conselho foi enviado ao ministro Ricardo Lewandowski. Da pasta, segue para o presidente Lula dar o aval e publicar o decreto, com previsão de não alteração.
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O brega tomou conta de Camaragibe ontem (7) e arrastou uma multidão ao Parque de Aldeia, confirmando a cidade como novo polo de grandes eventos na Região Metropolitana. Encerrando o Festival Pernambuco Meu País Verão em clima de apoteose, Priscilla Sena transformou a última noite em celebração. Presente em todos os dias da programação, o prefeito Diego Cabral fez um balanço da festa.
“O resultado da aposta que a governadora Raquel Lyra fez, ao começar por Camaragibe a primeira edição do Pernambuco Meu País Verão, foi muito positivo. Fizemos uma festa tranquila, sem ocorrências policiais, com exemplo de mobilidade e colocamos a cidade, de uma vez por todas, na rota dos grandes eventos do Estado. Aldeia, que já é um destino turístico requisitado, ficou ainda mais conhecida. Geração de emprego e renda, toda a roda da economia criativa girando. Só temos que comemorar e agradecer. Ano que vem tem mais”, atestou Diego.
O Festival é uma promoção do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura (Secult-PE), Fundarpe e Empetur, com apoio da Prefeitura de Camaragibe, que mobilizou todas as secretarias para garantir infraestrutura e serviços. Para facilitar a mobilidade foi criada uma linha expressa, de ônibus com ar condicionado, que levou o público do Shopping Camará até o Parque de Aldeia. Também foram realizadas campanhas educativas sobre a violência contra as mulheres e de acolhimento infantil. O evento teve coleta seletiva com lixeiras distribuídas na área do parque. O material foi recolhido por catadores da Associação de Catadores da Dignidade de Camaragibe (ACAD).
A programação começou às 16h, com a apresentação da Orquestra de Getúlio Cavalcanti, um dos compositores de frevo mais atuantes de Pernambuco. Na sequência o projeto Meu Coração é Brega reuniu Brunessa França, Amigas Do Brega e Banda Sentimentos que desfilaram uma sequência de super sucessos. Logo depois a Banda Kitara assumiu o palco seguida pelo show de Michelle Andrade, que não deixou ninguém parado. A primeira edição do Pernambuco Meu País Verão encerrou com a apresentação de Priscila Senna que manteve o público no Parque de Aldeia até as primeira horas da madrugada desta segunda-feira.
A corrida de “O agente secreto” rumo ao Oscar 2026 deu mais passo nesta segunda-feira com a indicação a três Globos de Ouro: melhor filme de drama, melhor filme em língua não inglesa e melhor ator de filme de drama, para Wagner Moura. A cerimônia de premiação, organizada pela Golden Globe Foundation, acontece no dia 11 de janeiro de 2026, direto de Los Angeles.
O filme de Kleber Mendonça Filho concorre com “Frankenstein”, “Hamnet”, “Valor sentimental”, “Foi apenas um acidente” e “Pecadores” na categoria de melhor filme de drama. Na de melhor filme em língua não inglesa, os outros indicados são “Foi apenas um acidente”, “No other choice”, “Valor sentimental”, “A voz de Hind Rajab” e “Sirāt”. As informações são do jornal O Globo.
Wagner Moura aparece na lista de melhor ator de filme de drama com Joel Edgerton (“Sonhos de trem”), Michael B. Jordan (“Pecadores”), Oscar Isaac (“Frankenstein”), Dwayne Johnson (“Coração de lutador: The Smashing Machine”) e Jeremy Allen White, “Springsteen: Salve-me do desconhecido”. Esta é a segunda vez que ele aparece numa lista do Globo de Ouro. A primeira foi em 2016, na categoria de melhor ator de série de drama, pelo papel de Pablo Escobar em “Narcos”, da Netflix.
Na edição de 2025, o Brasil esteve representado no Globo de Ouro com “Ainda estou aqui”, indicado na categoria categoria de melhor filme em língua não inglesa (mas perdeu para “Emilia Pérez”) e melhor atriz de drama, que consagrou a atuação de Fernanda Torres.
Por Marcus Prado*
Do Diário de Pernambuco
Vem da Cidade do México um exemplo de boa gestão cultural para a preservação da memória dos seus grandes artistas, poetas e escritores. O mais recente foi a criação do Museu Casa Frida Kahlo, dedicado à mulher mais famosa do país depois de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira de toda a América Latina. (A devoção à santa é um símbolo de fé e unidade em todo o continente. Há uma igreja em Olinda, única no Brasil, erguida em seu louvor). A paixão por Frida sente-se logo ao chegar à cidade, não só na capital, mas em outras regiões do México. Sua imagem circula em notas de 500 pesos e pode ser vista em numerosas marcas do mercado turístico, a começar nos aeroportos.
Outros museus, também dedicados a figuras femininas proeminentes no campo da literatura feita por mulheres famosas, serão lembrados pelo que existe de emoção especial em mergulhar no seu mundo de criação do belo. É uma oportunidade para explorar a vida e a obra de ícones da literatura, mergulhando na história e na inspiração por trás de suas obras-primas, como foi o caso também da casa onde nasceu Gertrud von le Fort, escritora alemã, autora de obras como “A Última no Claustro”, adaptada para o cinema.
Leia maisEla tornou-se conhecida por suas obras literárias, que muitas vezes abordam temas religiosos e históricos. Em colaboração com o museu da casa de Schiller, em Marbach (Alemanha), foi vista, recentemente, uma monumental exposição dedicada à sua vida e obra, retratadas por mim, em artigo neste jornal, como o “Goethe de saias”.
O Museu Emily Dickinson (Amherst, Massachusetts, EUA) é um complexo de duas casas históricas em Amherst, Massachusetts, onde a poeta viveu: a sua casa natal, que é de rara beleza arquitetônica. Preservar o ambiente onde Emily nasceu, viveu e escreveu a maior parte de seus poemas, oferecendo visitas guiadas que mostram o mobiliário, os objetos de época e detalhes da vida do século 19.
A antiga casa de veraneio de Agatha Christie, a famosa “Dama do crime”, em Devon, Greenway (sul da Inglaterra), hoje Museu, atrai fãs da escritora de numerosas procedências. A casa exibe nas suas estantes livros de Agatha Christie em mais de cem idiomas, inclusive em nossa língua. (Talvez seja a autora mais lida no Brasil, no seu gênero). A história de Agatha e sua família se espalha pelos demais cômodos da casa. Como nos livros que escreveu, a sua casa é cheia de detalhes saborosos.
Em busca de novos horizontes, Georgia O’Keeffe fez morada no coração do Novo México. Ali, sozinha, a artista pintou e viveu por quase quatro décadas em sua segunda Ghost Ranch, cravado na paisagem seca do deserto. “Adoraria que todos pudessem ver o que contemplo todos os dias da minha janela. Há uma espécie de encantamento no céu que me envolve”, escreveu, numa carta. Com o céu do deserto — que se transforma de lavanda, os penhascos ao longe, com o degradê de amarelos, roxos e rosas, e o verde tão singular dos cedros que pontuam a paisagem —, escreveu Georgia O’Keeffe a seu amigo, o pintor Arthur Dove, em 1942. Essa casa virou museu, imperdível para os amantes da pintora genial.
Se alguém batesse à porta do velho sobrado da Praça Maciel Pinheiro (Recife), onde a escritora Clarice Lispector viveu os “melhores anos da sua vida”, algum empregado (que não existe, nem jamais existiu, posto que se encontra fechado há décadas, parcialmente em ruínas) responderia com a voz rouca dos fantasmas: “Tudo neste sobrado, nesta hora, é como se o ‘eu quero’ paralisasse de imediato o ‘eu posso’.” Tudo ela desejou nesse sobrado, tema que se manifesta nos romances de Clarice Lispector como uma vocação existencial, muitas vezes inominável e insatisfeita. Faço esse registro para lembrar a passagem, neste mês, dos 365 dias da conclusão do “projeto” de revitalização do prédio.
*Jornalista
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Homens e mulheres do Sítio Barro Branco, zona rural de Tabira, conversaram com o deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) sobre os desafios da comunidade onde cerca de 100 famílias vivem da agricultura familiar. O deputado destinou uma emenda parlamentar para compra de um trator que vai ajudar na preparação do plantio que hoje é feito manualmente. O parlamentar explicou aos agricultores que a emenda parlamentar é um dinheiro do povo pernambucano, não do deputado, e que voltará para acompanhar os resultados do uso do equipamento pela comunidade.
A viagem foi momento também para conseguir ouvir mais seis cidades do Sertão do Pajeú, como Quixaba, Iguaracy, São José do Egito, Carnaíba, Afogados da Ingazeira e Itapetim, através de reuniões com lideranças. O deputado teve 5.582 votos na região na eleição de 2022. “Ouvir as pessoas, olho no olho, é o que permeia a minha atuação como parlamentar. Sempre foi assim. É vindo na região e vendo de perto”, reforçou Feitosa.
Ainda em Tabira, Feitosa participou de um encontro com veteranos da Polícia Militar de Pernambuco. Um momento para honrar os veteranos mais antigos que serviram a sociedade com o trabalho na PMPE e também de relembrar os desafios que viveu nos 27 anos que serviu a Polícia.
O governador do Paraná e pré-candidato à Presidência, Ratinho Júnior (PSD), afirmou, no sábado (6), que sua disposição de “colaborar com o novo Brasil” passa, necessariamente, por “fazer parte de um time”, seja como protagonista, seja compondo uma aliança.
A declaração foi dada em entrevista coletiva no Rio de Janeiro após a divulgação da carta do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). No mesmo contexto, ele mencionou o anúncio de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) será o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2026. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“O PSD está muito focado nesse sentido e em poder ser protagonista. Pode ser como ator principal, pode ser construindo uma aliança, pode ser estando junto com bons nomes”, disse Ratinho Jr. “Como o próprio (Romeu) Zema, o Eduardo (Leite), o (Ronaldo) Caiado e tantos outros que já foram apresentados; o próprio Tarcísio (de Freitas); agora tem o Flávio (Bolsonaro) também, que se posicionou como candidato.”
Ratinho Jr. avaliou que o momento é de análise e construção interna, reiterando que a eleição de 2026 só será discutida no ano eleitoral. O governador disse considerar positivo que a centro-direita disponha de “bons quadros” capazes de representar um projeto de renovação para o País, e que quer fazer parte de projeto que possa “modernizar” o País.
O filho “01” de Bolsonaro anunciou na sexta-feira, 5, que o pai confirmou seu nome como candidato do grupo para 2026. “É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, escreveu o senador em publicação no X.
O ex-presidente está preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde 22 de novembro. Ele passou a cumprir, no dia 25, a pena de 27 anos e três meses imposta no processo sobre a trama golpista.
Antes de tornar pública a decisão, Flávio comunicou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que ainda não comentou oficialmente o anúncio.
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Por Tales Faria
Do Correio da Manhã
A avenida Brigadeiro Faria Lima representa o dinamismo econômico de São Paulo. Aquele corredor com torres de lojas e escritórios luxuosos se tornou sinônimo de capital financeira e empresarial do país.
Hoje, na política e na economia, fala-se que “a Faria Lima” pensa, gosta ou quer alguma coisa. Como se fosse um ser vivo com pensamento único. Mas não é bem assim. A Faria Lima, como qualquer outro agrupamento, tem diversas correntes com propostas diversas e até conflitantes. O tom é dado pelo subgrupo hegemônico.
Leia maisEm 2018, tornou-se hegemônico o subgrupo que acreditava possível tutelar um bronco capitão reformado e mal formado do Exército, enterrando de vez o sindicalista que levara o país para uma gestão esquerdista por quase 14 anos a partir de 2003.
Mas não foi possível tutelar o capitão mal formado e nem mesmo implantar o liberalismo radical desenhado por Paulo Guedes, o representante da Faria Lima na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Por conta disso, a Faria Lima rachou sem que nenhum grupo assumisse papel hegemônico.
Nas eleições de 2022, o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reassumiu a Presidência da República para desgosto dos “faria limers”. Mas para 2026, novamente com um grupo hegemônico, voltaram a sonhar com o poder.
Este grupo ainda tem como candidato, segundo a coluna apurou, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Progressistas). Mas está preparado para encampar outro candidato, desde que não seja nem o presidente Lula, nem Bolsonaro, inclusive os filhos do ex-presidente e sua mulher.
As alternativas a Tarcísio na conta da Faria Lima são, nesta ordem, os governadores do Paraná, Ratinho Junior (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e de Minas Gerais, Romeu Zema.
Para a Faria Lima, assim como Lula assumirá o governo se outro petista for eleito, também Bolsonaro assumirá o Palácio do Planalto se conseguir eleger um integrante de sua família.
Tarcísio não é visto mais como um bolsonarista. A Faria Lima considera tê-lo abduzido. Tem um pensamento econômico liberal e é defensor do conservadorismo de Bolsonaro. Mas não é um bolsonarista, embora seja aceito pelo grupo. E, principalmente, é o que está em melhores condições, na direita, de concorrer contra Lula, segundo as pesquisas eleitorais.
Isso ainda o torna o candidato ideal a presidente da República, já que acabará não emplacando a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ou qualquer outro integrante do clã.
Na visão dos “faria limers” que hoje são hegemônicos naquele grupo do mercado financeiro e do empresariado paulista representado pelas altas torres, escritórios e lojas luxuosas quase às margens do rio Pinheiros, o ideal é convencer Tarcísio de Freitas a não desistir da candidatura presidencial.
A avaliação do grupo é que, apesar de Bolsonaro ter anunciado o filho como seu candidato predileto, na hora em que Flávio empacar — ou não for ao 2º Turno — Bolsonaro e os bolsonaristas votarão em peso no governador de São Paulo.
O único problema é convencer o governador a aceitar correr o risco.
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