Os aprovados no concurso da Polícia Científica de Pernambuco tentam abrir um diálogo com o Governo do Estado para que boa parte dos candidatos não seja descartada, após a convocação para o Curso de Formação. Segundo membros da comissão que representa os aprovados, o temor é de que eles tenham desperdiçado um ano de suas vidas se dedicando ao concurso e acabem sem entrar para a equipe da Polícia Científica.
De acordo com a comissão, o edital deixou lacunas e não criou um cadastro de reserva, de maneira que somente os que forem chamados para o Curso de Formação terão oportunidade. Conforme o atual edital, há a previsão de 60 vagas para médicos legistas, 77 vagas para peritos criminais (diversas áreas) e 76 vagas para agentes de Medicina Legal, todas para ocupação imediata. No entanto, não há a previsão de cadastro reserva para os cargos ofertados.
Leia maisA comissão representante argumenta que o edital estipulou um quantitativo de vagas abaixo do que se precisa no Estado, inclusive porque a governadora Raquel Lyra (PSD) deu ordem de serviço para a construção de vários complexos, da capital ao interior.
No total, o edital prevê 213 vagas. Existem 358 candidatos excedentes. “A gente tem documentos comprovando que os servidores efetivos em funções como médico legista, por exemplo, só tem 50% em ação. Estamos procurando a administração pública, já protocolamos ofícios para as secretarias de Defesa Social, Administração e Casa Civil. Estamos tentando contatar a própria governadora para uma conversa, para saber qual o posicionamento dela. Nosso pleito é a ampliação das vagas”, destacou um dos membros da comissão.
“Ninguém reprovou em nenhuma das fases do concurso, mas só irá fazer o curso de formação quem estiver dentro do número de vagas que ela ofertou no edital. No entanto, a governadora já ampliou o número de vagas para as polícias Civil e Militar. Gostaríamos de ter uma oportunidade de diálogo, porque quem não for convocado para o Curso de Formação será eliminado automaticamente. Está todo mundo indignado, porque a gente perdeu tempo, gastou dinheiro, estudou. Já faz um ano desse processo seletivo, a administração não se importa e a governadora vai nos eliminar”, lamentou o candidato.
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