Após a reunião do União Brasil que decidiu por abrir um processo de expulsão e o afastamento do ministro do Turismo, Celso Sabino do partido, ele e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, presidente do diretório estadual da sigla, trocaram farpas enquanto conversavam individualmente com jornalistas.
Logo após a conversa com a Executiva Nacional do União, ao ser questionado sobre a vontade de Caiado de expulsá-lo do partido, Sabino respondeu:
“Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas eu respondo ele”, referenciando o fato de que o governador se colocou como pré-candidato para a eleição presidencial do ano que vem. As informações são da CNN.
Leia mais“Até a frase é a do Lula”, respondeu Caiado, relembrando uma resposta que recebeu do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 35 anos, quando disputaram juntos uma eleição presidencial.
“Ele se coloca como uma excelente quinta coluna, é um traidor, ele está ali exatamente para atirar nas costas do partido. (…) É uma pessoa que realmente é o que nós chamamos na vida política que é um caráter líquido, ele toma forma do frasco. E ele tomou a forma do frasco do PT, esse que é o caráter dele, então essa é a diferença, porque eu tenho uma vida de 40 anos na vida pública”, completou.
Por outro lado, Sabino fez questão de confirmar uma racha no partido: “como em todos os partidos existem opiniões divergentes. Eu vou trabalhar para mostrar para a maioria do partido qual é o melhor caminho para o nosso país. Eu quem venho dando resultado”.
Permanência no governo federal
A decisão de afastar Sabino do partido se deu após o o partido dar um prazo de 24 horas para que seus filiados nomeados para cargos no governo deixassem os postos “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”.
No último dia 26, portanto, o ministro afirmou em coletiva de imprensa que tinha entregado uma carta de demissão ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas o chefe do Executivo pediu para o ministro mais tempo para que ele negociasse com a cúpula do partido a sua saída.
Apesar de ter cedido à pressão do União, Sabino afirmou que sua vontade era “clara”: continuar o trabalho que vinha fazendo na pasta e nesta quarta, reafirmou sua posição:
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todos país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30 eu vou permanecer no governo”, disse.
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