EXCLUSIVO
Uma compra emergencial, através de dispensa de licitação, está em curso e chamando a atenção nos bastidores do Estado. Reconhecendo a própria falta de organização e planejamento, a governadora Raquel Lyra (PSDB) vai abrir uma “dispensa emergencial de licitação” para atender grande parte da alimentação escolar do Estado.
Os valores que serão destinados a empresas sem licitação seguem ainda em sigilo, mas não devem ser pouco pela enorme quantidade de escolas a serem atendidas.
Terão fornecedores escolhidos sem licitação, através de “dispensa emergencial”, os “estudantes de 24 Escolas de Referência em Ensino Médio e 14 (quatorze) Escolas Técnicas Estaduais, totalizando 38 (trinta e oito) unidades de ensino”.
Leia maisAs empresas escolhidas sem licitação irão fornecer “alimentação escolar, lanches e almoços com aquisição e provisionamento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos”.
O Governo anunciou a dispensa em 6 de junho e está recebendo propostas de empresas até 14 de junho, um prazo considerado exíguo, por empresários da área. Para complicar ainda mais os empresários que poderiam ter interesse em fornecer, o Governo ainda colocou exigências na proposta. “Os documentos/certidões que não podem ser autenticados pela internet, deverão ser encaminhados com autenticação digital”, exigiu a gestão estadual.
A vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) sempre notabilizou sua atuação como deputada denunciando dispensas emergenciais realizadas pelo governo passado quando que era opositora. Agora, no entanto, a gestão estadual tem adotado com habitualidade a mesma prática. Agora, silencia e bate palmas para Raquel.
Semana passada, o TCE determinou que a Secretaria Estadual de Educação não faça qualquer pagamento à Associação do Nordeste de Distribuidores e Editoras de Livros (Andrelivros), realizadora do Circuito Literário de Pernambuco – CLIPE, evento ocorrido entre 28 de maio e 3 de junho. O Governo do Estado contratou por inexigibilidade (sem licitação) a Andelivros para realização do evento por R$ 4.472.584,41, o que gerou questionamentos da classe política.
Leia menos