Em entrevista ao blog, o advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo Campos, revela que, apesar de estar distanciado da família do ex-governador, votará em João Campos (PSB) para governador nas eleições do próximo ano. “Meu voto em João é uma homenagem ao meu irmão”, diz. Confira a entrevista!
O senhor vai apoiar quem para governador?
Meu voto é em João Campos, em homenagem ao meu irmão, Eduardo Campos, que foi um grande irmão e governador. A pesquisa do Opinião em seu blog, hoje, revela um cenário que se mantém estável. A governadora tem feito um esforço administrativo, mas não consegue chegar ao eleitor. Está mal avaliada na Região Metropolitana e seu apoio aos desastrosos governos de Lupércio e Mirella é um equívoco. Não agrega valor e, ao contrário, traz rejeição. A tese do andor e do apoio de prefeitos, isso não funciona.
Leia maisPor quê?
Com o impacto das redes sociais, João Campos já é mais conhecido nacionalmente do que seu pai, o grande governador Eduardo Campos. Tenho especial admiração pela inteligência do seu irmão, o deputado federal Pedro Campos.
Pernambuco vem perdendo protagonismo para a Paraíba, o Ceará e a Bahia, sem perspectivas de recuperação a curto prazo. Eventuais diferenças pontuais não impedirão meu gesto de eleitor, que deseja um novo projeto para Pernambuco, que pode ser liderado por um jovem líder.
O que espera de João se vier a ser eleito?
João Campos pode liderar esse novo projeto, voltado às commodities criativas, integrando o conhecimento produzido por nossas universidades e a tecnologia do Porto Digital, em plena era da economia do conhecimento, entre outras iniciativas.
Qual a sua visão sobre o cenário político nacional?
O centro-direita vem aí com força. Tenho viajado bastante e estado frequentemente em São Paulo, onde vejo importantes realizações do governador Tarcísio, que considero uma opção viável à Presidência da República para quebrar a polarização tóxica que domina a política nacional. Acho que terá sensibilidade quanto ao Nordeste.
Por que o senhor deixou o PRTB?
Recentemente, me desfiliei do PRTB por não enxergar um projeto nacional viável e pela tentativa de reeditar ou cogitar a candidatura de Pablo Marçal a presidente. Caso eu venha a ser candidato em 2026, será para deputado federal, por uma legenda forte, dentro de um projeto nacional. Tenho endereço profissional e residência temporária também em São Paulo, por onde sairia candidato.
Como está sua atuação na advocacia?
Minha advocacia é nacional e internacional, e já não dependo do mercado jurídico de Pernambuco – embora não o tenha abandonado. No entanto, ser candidato não é prioridade. O mais importante, para mim, é participar de um projeto político nacional viável que ajude o Brasil neste momento.
Lula supera esse momento difícil do seu Governo?
O presidente Lula, que enfrenta dificuldades em seu governo, aposta na divisão do campo de centro-direita – o que esse campo deve perceber e evitar. A CPMI do INSS deverá colocar o Governo Federal na defensiva até o final do ano, puxando a avaliação do Governo Federal para baixo.
O cenário de guerras pode ser uma oportunidade para o Brasil?
Os professores Eduardo Giannetti e Marcos Troyjo têm dito – e eu também acredito e digo – que esse preocupante cenário global de guerras representa uma janela de oportunidades econômicas para o Brasil. Isso, desde que o país não politize sua política externa e adote uma postura pragmática em suas relações comerciais e diplomáticas.
O Brasil é – e pode ser ainda mais – a “Arábia Saudita das Energias Renováveis” e do fornecimento de alimentos para o mundo, sendo também uma reserva estratégica de recursos hídricos.
E o homem e escritor Antônio Campos?
Coloquei Deus no centro da minha vida e isso muda tudo – é algo incrível. Esse é o meu maior compromisso. Tenho-me dedicado também à minha obra literária e ao pensamento contemporâneo.
Lançarei, em julho/2025, em formato e-book, onde já está disponível, e sob demanda impressa, o livro ‘Café com Schopenhauer’, uma leitura contemporânea da filosofia desse grande pensador, que influenciou, entre outros, Nietzsche.
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