A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou nesta terça-feira (14) que vai mandar técnicos ao Paraná para investigar a origem do apagão que atingiu todos os estados do país e o DF na última madrugada.
A agência foi informada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de que a causa provável da interrupção foi um incêndio na subestação Bateias, no Paraná. As informações são da Folha de S. Paulo.
Leia mais“A fiscalização da agência se deslocará ainda hoje para realizar inspeção in loco na subestação afetada e averiguar as causas da interrupção”, afirma a Aneel, em nota. “Além disso, serão instaurados processos de fiscalização para apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos”.
De acordo com a agência, a ocorrência teve início à 0h32 e afetou estados de todas as regiões do Sistema Interligado Nacional. A agência também já enviou ofícios às empresas envolvidas para cobrar explicações.
O funcionamento foi restabelecido 1h30 após a interrupção na maior parte do país, e depois de 2h30 todo o sistema havia voltado ao normal.
De acordo com relatos feitos à Folha, o que se sabe até agora é que o reator na subestação, da Eletrobras, pegou fogo por motivos ainda a serem analisados e que isso provocou uma reação em cadeia em todo o sistema.
As causas do incêndio ainda serão apuradas, em uma operação que é comparada a um problema mecânico em aviões. Desmonta-se até a peça envolvida para serem analisados detalhes do que pode ter ocorrido.
Outra questão fundamental é entender por que um problema considerado relativamente simples (um incêndio localizado) não teve consequências contidas pelos equipamentos. Poderia ser interrompida, por exemplo, a operação de apenas parte das linhas da subestação —e não a subestação inteira.
Com a derrubada da subestação, foi causado um desequilíbrio de energia que se espalhou para todo o sistema nacional. De forma preliminar, envolvidos nas discussões têm descartado a hipótese de sabotagem.
Integrantes do governo reforçam a mensagem de que a raiz do ocorrido foi um problema pontual de equipamentos, sem relação com descompassos entre oferta e demanda de energia.
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