O candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), Almir Reis, continua apresentando suas propostas, com atenção especial aos advogados em início de carreira.
Com a chapa “Renova OAB”, Almir propõe uma redução de 75% na anuidade para jovens advogados, inspirado no modelo da OAB-DF. Segundo ele, a iniciativa visa aliviar as dificuldades financeiras enfrentadas por esses profissionais, permitindo que invistam mais em capacitação e desenvolvimento.
“Queremos que nossos jovens advogados tenham de fato um apoio da OAB-PE. Essa também deve ser a missão de nossa Ordem. A redução na anuidade permitirá que muitos possam investir em capacitação, em desenvolvimento pessoal e na construção de uma carreira sólida e bem-sucedida”, explica Almir.
A proposta do candidato é inspirada na experiência bem sucedida realizada pela OAB-DF. O candidato afirma que, com a implementação desse modelo em Pernambuco, será possível construir uma OAB mais inclusiva, garantindo que os novos advogados possam prosperar com menos barreiras.
“O modelo de Brasília provou ser um sucesso. A redução da anuidade não compromete a qualidade dos serviços oferecidos, mas, sim, representa uma visão mais justa e inclusiva da OAB. Queremos o mesmo para Pernambuco. E é possível fazer isso, só precisa ter vontade para querer renovar e contribuir, de fato, para uma mudança que valorize a jovem advocacia”, destaca.
Além disso, ele propõe uma gestão focada na transparência e no orçamento participativo, com iniciativas como a criação de um clube social e canais diretos de diálogo para que as necessidades dos advogados mais jovens sejam sempre ouvidas e atendidas.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), confirmou que deixou o bunker em que estava na cidade de Tel Aviv, em Israel. O gestor afirmou, há pouco, que havia saído do abrigo israelense.
Ontem, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), havia dito que a previsão era que a comitiva em que o prefeito Cícero integra deveria sair por via terrestre para a Jordânia. O plano é que, a partir da Jordânia, integrantes da comitiva retornem ao Brasil de avião.
Cícero estava em um bunker desde que o governo de Israel bombardeou o Irã, na última sexta-feira. Cerca de outros 25 prefeitos estão no mesmo bunker. O grupo viajou a Israel no último domingo, 8, a convite do governo local. A missão tinha como objetivo conhecer modelos de segurança pública.
Há quem não se arrisque a se informar por outras fontes que não as suas comunidades de WhatsApp, Insta, Face, TikTok, Kwai ou Threads. Por desinformação, ressentimento ou desconfiança sobre a “grande mídia”. Pessoas que raramente se expõem a informações que não venham de suas bolhas. Por isso, passam a viver num universo virtual que se descola da realidade objetiva. Isso explica o paradoxo de que mesmo pessoas inteligentes acabam por acreditar em mitos.
Na esfera pública, essas crenças reforçam preconceitos de um senso comum que tende a ser conservador. Gente que não lê um livro ou um jornal, não assiste a um telejornal e não ouve uma rádio. Gente que passa longe do jornalismo profissional e das publicações científicas que vão além dos preconceitos e lugares-comuns por se submeterem ao contraditório e ao “fact-checking”. Aí vão algumas crenças sem base na realidade sobre fatos públicos de nossa história recente.
O mito seria um outsider da política e veio para combater os abusos dos políticos. Como? se exerceu oito mandatos antes da presidência, sempre bem nutrido pelas rachadinhas?
Ele seria uma pessoa simples, que gosta de pão com leite moça e às vezes fala demais. Como? se ele e seus filhos têm mansões em Angra, em Brasília, na Barra e adoram consumir nos EUA? Sobretudo com os pixs dos patriotas?
Ele seria uma pessoa leal aos seus amigos e companheiros políticos. Como? se abandonou amigos como Bebianno, Mourão, ou o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega cuja morte foi vista como queima de arquivo? E, agora, os “malucos” e “coitados” que levaram chuva e sereno nos acampamentos em frente aos quartéis atendendo ao seu chamado pela “intervenção militar” e reversão do resultado das urnas?
Ele teria feito um bom governo comprometido com a redução do estado perdulário. O problema teria sido a pandemia. Como? se ele foi um negacionista na pandemia, distribuiu benesses eleitoreiras e deixou um déficit público com direito a calotes nos precatórios e renúncia fiscal de tributos que atingiram os estados? E se terceirizou a gestão delegando-o à direita patrimonialista de gente como Ciro Nogueira e Rogério Marinho que sequestraram o orçamento com as emendas parlamentares?
Ele não teria praticado atos golpistas porque no 8 de janeiro estava na Flórida. Como? se ajudou a redigir a minuta do golpe, pressionou os comandantes militares, atacou o STF e o TSE e insultou seus ministros, além de ter incentivado os acampamentos nos quartéis que clamavam pela intervenção militar e de onde saíram atos como a bomba que explodiria no aeroporto de Brasília? E se pressionou a Abin e o Ministério da Defesa para que produzissem relatórios contra o sistema eletrônico de votos para fabricar justificativas para o golpe?
Ele não teria atentado contra as instituições e; teria apenas cogitado de reverter o resultado eleitoral através de estado de sítio ou GLO e o direito não pode punir meras intenções. Como? se os crimes das alíneas “l” e “m” do art 359 do CP (tentativas de golpe e de abolição das instituições democráticas) pressupõem uma cadeia complexa de atos que foram praticados e provados pelas 900 páginas do inquérito da PF e pelas 270 da denúncia penal da PGR? Como? se ele próprio confessou a prática de vários desses atos no depoimento prestado ao STF em 10/6/25? E se os seus auxiliares mais próximos como os generais e seu ajudante de ordem também confirmaram os fatos?
Ele estaria sendo julgado por Alexandre Moraes, que não poderia julgá-lo porque seria vítima de seus atos, e estaria sendo perseguido por um STF parcial. E não haveria provas contra ele além do depoimento de Mauro Cid. Como? se nos crimes de atentados à democracia o sujeito passivo é a própria sociedade e suas instituições? E se o STF é o guardião último dessas instituições? E se ele próprio arregou e pediu desculpas ao relator em seu depoimento por tê-lo acusado de ter embolsado algumas dezenas de milhões de reais? E se ele próprio confirmou fatos como a afirmativa de que tentara reverter o resultado eleitoral, embora cogitando de um enquadramento mirabolante com a suposta manobra “dentro das quatro linhas” Como? se respondeu com um “sim, senhor” à pergunta do relator sobre se cogitava das medidas “em virtude da impossibilidade de recurso eleitoral”? Como? se também reconheceu a existência da minuta do golpe, embora dizendo que a exibiu num telão? Como? se confirmou os fatos, embora tentando enquadramento diverso?
A realidade objetiva é que, como seu inspirador Donald Trump, o mito fabricava “emergência” e “comoção social” para continuar no poder e concentrá-lo mesmo tendo perdido a eleição de 2022.
*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford
Um protesto de carroceiros em ao menos cinco avenidas do Grande Recife impacta o trânsito, na manhã de hoje. Os manifestantes protestam devido à lei de tração animal. As informações são do portal CBN Notícias. As avenidas interditadas são:
BR-101, nas proximidades do viaduto de Jardim São Paulo – sentido Jaboatão;
Avenida Agamenon Magalhães (sentido Derby) – nas imediações do viaduto da Avenida Norte;
Avenida Recife (nos dois sentidos) – nas proximidades da Avenida Tapajós;
Avenida Antônio da Costa Azevedo – em Peixinhos, Olinda.
Avenida Norte (nos dois sentidos) – nas proximidades do cruzamento com a avenida João de Barros;
BR-101, nas imediações do viaduto de Jardim São Paulo – sentido Paulista.
O uso de veículos de tração animal na cidade do Recife será debatido em audiência pública da Câmara Municipal, hoje, às 15h. A iniciativa é do vereador Rodrigo Coutinho (Republicanos) e pretende reunir representantes do poder público, da sociedade civil e da categoria dos carroceiros para discutir os impactos sociais, ambientais e legais relacionados ao tema.
A Prefeitura do Recife já iniciou um censo para cadastramento dos condutores de veículos de tração animal para construção de soluções mais humanizadas e sustentáveis, como alternativas de emprego e tecnologias substitutivas, a exemplo dos triciclos elétricos já implantados em outras cidades do país. O cadastramento será realizado até o dia 30 de junho.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Um pouco de história não faz mal a ninguém. Vejamos.
Uma serpente eclodiu no coração do Brazil dia 13 de abril de 1977. Era uma serpente de chumbo, nos tempos da ditadura, com recheio de venenos mortíferos. Serpentes eram chamadas de pacotes, assim ficou conhecida como Pacote de Abril.
No campeonato político de 1974 o selecionado do governo perdeu de goleada para as oposições, assim feito a surra de 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil em 1974. O técnico da seleção era Ernesto Geisel, o goleiro frangueiro, nem me lembro. Nesta minha idade avançada de 95 anos às vezes esqueço alguns detalhes. Na vigência do Pacote de Abril e da Lei Falcão o governo adotava a censura sem nenhum pudor.
O governo ficou traumatizado com as derrotas eleitorais de 1974. A Arena, partido do governo, elegeu apenas 6 senadores, contra 16 do MDB. Sob o lema “Sem ódio e sem medo”, o galã Marcos Freire foi eleito em Pernambuco. As mulheres votavam nele porque era bonito, os marmanjos porque estava na moda votar na oposição.
Aconteceu um sísmico em Brasília com repercussão em todas as terras auriverdes. Os palácios cultivam serpentários de cobras criadas para tratar de sísmicos políticos. As serpentes foram acionadas para destilar venenos nas próximas eleições de 1978. As serpentes mudam de pele e de cor.
Mutatis mutandis, como dizem os intelectuais, ou mudando o que deve ser mudado, o Pacote de 1977 e seu filhote a Lei Falcão estão para as eleições de 1978 assim como a regulamentação do Artigo 19 do Código Civil da Internet está para as eleições de 2026. Trata-se de atribuir às plataformas poderes para excluir conteúdos de usuários sem autorização da Justiça. É censura ou não? Os usuários da Internet serão feitos de cobaia. Este é um voo no escuro.
A especulação de que um mandarim chinês, a mando do ditador Xi-Jinping, vem ao Brasil para dar sugestões sobre a regulamentação adas plataformas digitais, se confirmado, este é um mau presságio. A saber que a ditadura do Império Chinês exerce um controle feroz em matéria de censura e controle da opinião pública. O convite foi feito pela cuidadora do guru vermelho em nome do próprio. O controle da mídia no Império Comunista Chinês segue as ordens do “Great fire wall”, a muralha de fogo, à semelhança da Grade Muralha física. O Brasil é autossuficiente em matéria de censura e controle da mídia. Go home, mandarim!
Sabemos de antemão que as Big Techs serão os grandes eleitores em 2026. Legislações eleitorais são descartadas neste País a cada temporada. O Marco Civil da Internet, criado em 2014, já está sendo reformulado no caso de responsabilidade das plataformas e remoção de conteúdos, considerados ilícitos ou ofensivos, independente de ordem judicial.
Quem cometer crimes, na Internet, nas nuvens ou qualquer espaço, pode ser enquadrado e punido pelas leis ordinárias. A Constituição consagra a liberdade de expressão, vírgula. O artigo 5 inciso IV garante a liberdade de expressão, sendo proibido o anonimato. Esta é uma cláusula pétrea, somente outra Constituição poderá revogá-la.
Estava escrito nas estrelas que a fusão do PSDB ao Podemos não daria certo e a confirmação se deu no fim de semana com o anúncio formal da direção nacional tucana. Inicialmente, as divergências nos Estados já pareciam como principais barreiras. A nota oficial do PSDB informa que a desistência se deu porque os presidentes dos dois partidos não abriram mão de comandar a nova legenda.
É o chamado olho grande. Marconi Perillo, presidente tucano, e Renata Abreu, a cacique-mor do Podemos, travaram uma briga que ninguém conseguiu apartar pela presidência da nova legenda, fruto da fusão dos dois partidos. O engraçado é que o PSDB havia confirmado a fusão uma semana antes numa concorrida convenção em Brasília.
Pela proposta dos tucanos, o comando do partido seria exercido em sistema de rodízio, com mudanças a cada seis meses em um primeiro momento e depois como alternância a cada ano. A sugestão não foi aceita pelo Podemos e as duas siglas resolveram encerrar as tratativas.
As duas siglas têm hoje tamanho parecido no Congresso. Na Câmara são 13 deputados do PSDB e 15 do Podemos, enquanto no Senado são três senadores tucanos e quatro do Podemos. A tentativa de fusão aconteceu em meio a um processo de desidratação do PSDB, que já comandou a Presidência da República por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso e polarizou a política nacional com o PT por cerca de 20 anos, mas que hoje tem uma bancada diminuta no Congresso, de governadores e de líderes nacionais.
Nas perdas mais recentes, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, saíram do PSDB e se filiaram ao PSD. Agora, a estratégia do PSDB passa por apostar em uma federação, que diferente da fusão pode ser desfeita após quatro anos e mantém a estrutura e autonomia dos comandos internos de cada partido, ainda que seja preciso que as legendas tenham as mesmas posições nas eleições e no Congresso.
EM BUSCA DE PARCEIROS – Uma federação permite somar os resultados nas eleições para deputados federais de todos os partidos que compõem ela, o que facilita o grupo cumprir os requisitos da cláusula de desempenho, que limita quem pode ter fundo partidário e tempo de propaganda. O PSDB hoje está em uma federação com o Cidadania, mas por discordâncias nos estados ela será desfeita quando perder a validade no começo de 2026. Agora, os tucanos miram uma nova federação com partidos como Republicanos, MDB, Solidariedade e até o Podemos, já que, diferente de uma fusão, haveria menos necessidade de disputa para o comando da nova estrutura.
Briga feia em Pernambuco – As desavenças para o controle do novo partido, resultado da fusão do PSDB ao Podemos, se acentuaram também fortemente em Pernambuco. A queda de braço ocorreu entre o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), e o presidente do Podemos, Marcelo Gouveia. Após o anúncio da iniciativa pelas direções nacionais de ambas as legendas, eles partiram para o tudo ou nada em busca do controle. Aliado de João Campos, Porto queria o novo partido apoiando a candidatura do socialista a governador, enquanto Marcelo insistia em levar para a aliança de reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD).
Escândalo arrebentou Lula – Uma pesquisa inédita do Ipsos-Ipec mediu o tamanho do escândalo no INSS para o presidente Lula — e Bolsonaro também. Foram feitas perguntas sobre o episódio para dois eleitores de 132 municípios entre os dias 5 e 9 de junho. A primeira: “Você diria que a atuação do governo Lula em relação às denúncias recentes de fraudes no INSS está sendo: ótima, boa, regular, ruim ou péssima? Apenas 22% consideraram a resposta do governo ótima ou boa, enquanto 54% a acharam péssima ou ruim (18% disseram que está sendo regular). A segunda pergunta reforça a sensação de que o discurso do Palácio do Planalto de que o atual governo investigou e deu um fim às fraudes está longe de ter virado uma verdade para os brasileiros.
De quem é a responsabilidade – Apenas 35% dos entrevistados concordam com essa afirmação: “O esquema de fraudes descobertas no INSS começou no governo Bolsonaro e só foi descoberto porque o governo Lula investigou o caso”. Enquanto 43% acham correta a seguinte afirmação: “O Governo Lula é responsável pela escalada do problema, porque os valores das fraudes dispararam na sua gestão” (6% estão de acordo com as duas afirmações). O escândalo no INSS estourou há 52 dias. Até agora ninguém sabe quanto e nem quando será devolvido o dinheiro surrupiado dos aposentados.
Gilson no podcast Direto de Brasília – Preso e solto horas depois pela Polícia Federal, sexta-feira passada, por suspeita de tentar obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Gilson Machado Neto estará amanhã no meu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco. Impedido de sair do Recife, sua participação se dará por videoconferência. Para o advogado Cláudio Soares, a prisão cautelar de Gilson exige uma reflexão profunda sobre a credibilidade do judiciário. “Gilson foi vítima de uma grande violência. Não podemos permitir que a prisão cautelar no Brasil se torne um instrumento de banalização da justiça”, escreveu Soares, em artigo neste blog.
CURTAS
MAL-ENTENDIDO – Após deixar a prisão na noite da última sexta-feira, o ex-ministro Gilson Machado disse que está à disposição da Justiça para esclarecer o que ele chamou de “mal-entendido”. Em depoimento à PF, ele disse que tentou tirar o passaporte para o próprio pai.
CIDADÃO CORRETO – “Estou à disposição da Justiça para esclarecer esse mal-entendido. Importante dizer que o mesmo juiz que mandou prender, mandou soltar. Agradeço a Deus por ter iluminado a Justiça brasileira”, disse Gilson por telefone à CNN, quando estava a caminho de casa. “Fui muito bem tratado e respeitado pela PF. Sou um cidadão correto, nunca fui preso antes”, completou.
POSIÇÃO DE MORAES – Na decisão, o ministro do STF diz que a preventiva foi uma medida cautelar “extrema”, cuja eficácia já se demonstrou suficiente para este primeiro momento da investigação. Moraes ponderou, entretanto, que “existem indícios suficientes” de que Machado teria auxiliado o tenente-coronel Mauro Cid “com a finalidade de se furtar da aplicação da lei penal”.
Perguntar não ofende: Qual será o caminho mais fácil para o PSDB encontrar sua tábua de salvação para a fusão: Republicanos ou MDB?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entra de férias nesta segunda-feira (16), no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pretende pautar a urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Haddad fica de férias até 22 de junho, período em que será substituído pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Inicialmente, o ministro iria tirar férias entre 11 a 20 de julho de 2025, mas as datas foram alteradas no início de junho. A informação foi publicada no Diário Oficial da União de 5 de junho. A CNN procurou o Ministério da Fazenda, mas não recebeu respostas até a publicação deste texto.
Na última quinta-feira (12), Hugo Motta informou que decidiu pautar a urgência do PDL que derruba o aumento do IOF. Na ocasião, o presidente da Câmara justificou que o clima na Casa “não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”.
Se a urgência for aprovada, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta será acelerada.
Em meio ao impasse da votação, Hugo se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Alvorada ontem. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) também participou do encontro. O tema da reunião não foi oficialmente divulgado.
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), negou que haja uma “crise” sobre o tema. Segundo ele, o acordo firmado com Motta e os líderes partidários é para votar apenas a urgência e não o mérito da proposta em si.
O aumento do IOF foi anunciado em maio. Após a repercussão negativa das medidas, o governo recuou em parte das medidas no mesmo dia. O ministro da Fazenda se reuniu com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em 8 de junho para tratar da recalibragem das medidas, que foram apresentadas na última quinta-feira (11).
O Ministério da Fazenda estima arrecadar cerca de R$ 31,4 bilhões até 2026 com a medida provisória (MP) alternativa do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Apesar de já ter recuado em relação ao texto original, que previa arrecadação de R$ 20 bilhões em 2025, o governo ainda espera levantar cerca de R$ 7 bilhões elevando o IOF.
Mesmo após a “recalibragem” do Executivo, foram protocoladas 14 propostas para sustar as propostas da equipe econômica. Levantamento feito pela CNN mostra que, no total, são 37 projetos apresentados na Câmara e cinco no Senado desde o primeiro anúncio das mudanças no IOF, em maio.
Passageiros se agrediram durante uma confusão no Aeroporto do Recife, na Zona Sul da cidade, após o cancelamento de todos os voos em Fernando de Noronha, ontem. Um vídeo enviado mostra a confusão e uma longa fila no local, com dois homens gritando e avançando um contra o outro.
Foram cancelados voos das empresas Gol e Azul. Segundo passageiros, a fila mostrada no vídeo era formada por passageiros da Azul. O primeiro deles saiu às 8h e teve que voltar à capital pernambucana por não conseguir pousar em Noronha, por causa do mau tempo. Outros dois, que sairiam no decorrer do dia, sequer decolaram. As informações são do portal G1.
Segundo uma passageira que não quis se identificar, mais de 200 passageiros esperavam por notícias e foram orientados a procurar dois funcionários da companhia aérea. Ela contou, também, que houve falta de organização e, com isso, os clientes ficaram alterados, devido à espera por soluções.
A confusão mostrada no vídeo teria ocorrido por causa de um lugar na fila para uma gestante. É possível ouvir uma pessoa dizendo que a esposa de um dos envolvidos nas agressões está grávida.
A passageira também disse que, durante a confusão, não houve apoio por parte dos seguranças da Aena, empresa que administra o aeroporto. De acordo com a Azul, os clientes impactados foram reacomodados em seis voos extras da companhia, neste domingo (15), tanto indo para Noronha quanto voltando para o Recife.
“As equipe de solo do Recife e de Fernando de Noronha deram todo o apoio possível aos clientes, a fim de minimizar os transtornos, causados por motivos alheios à companhia. A Azul ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”, informou a empresa.
O g1 procurou a Aena para falar sobre a denúncia de falta de apoio dos seguranças. A empresa enviou uma nota afirmando que “houve um pequeno tumulto entre alguns passageiros na área de embarque remoto” e que “a situação foi resolvida rapidamente”.
O São João de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, teve início ontem (14), com uma programação espalhada por 12 polos culturais e expectativa de receber cerca de 40 mil pessoas por noite. A abertura oficial, realizada na Praça da Bandeira, contou com a presença da governadora Raquel Lyra, que acompanhou o evento ao lado do prefeito Zeca Cavalcanti. “É muito bom ver que a nossa manifestação cultural se expressa de um jeito diferente em cada recanto do Estado”, disse a governadora, destacando o apoio do Estado a mais de 100 municípios durante o ciclo junino.
Com o tema “O Melhor Show do Interior”, a festa segue até o dia 28 de junho, reunindo atrações musicais e manifestações da cultura popular local. A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, chamou atenção para o protagonismo do município no cenário junino. “Em Arcoverde, a festa tem uma característica cultural, o movimento da cultura popular é muito forte com o coco, por exemplo. É uma referência de festa junina e está com a programação cada vez maior”, afirmou.
Um dos destaques da primeira noite foi o cantor e compositor Geraldo Azevedo. “Desde criança, antes mesmo de ser artista, eu já fazia parte dessa história junina. Para mim, essa é a melhor festa do Brasil. Ela congrega todas as gerações, atravessa o tempo e abraça todos os artistas”, disse. A prefeitura estima que os 14 dias de festa possam movimentar até R$ 100 milhões na economia local. “O comércio está aquecido e as pessoas estão animadas. Os comerciantes já estão vendo suas vendas aumentarem”, comentou o prefeito Zeca Cavalcanti.
Para garantir a segurança durante o evento, a Secretaria de Defesa Social montou uma estrutura especial, com quase duas mil ações operacionais e uso de tecnologia como drones, plataformas elevadas e monitoramento em tempo real. A Polícia Civil terá um plantão montado na Estação Ferroviária, e o Corpo de Bombeiros reforçará ações de prevenção e resposta. Também acompanharam a abertura autoridades estaduais e municipais, como os secretários Túlio Vilaça e Eduardo Loyo.
A governadora Raquel Lyra se preparava para abrir a coletiva em Arcoverde e, sem perceber que as câmeras estavam ligadas, perguntou ao prefeito Zeca Cavalcanti qual o investimento do Estado na programação junina do município. Não percebera que tudo já estava sendo filmado. As informações são do blog do Nill Júnior.
Raquel primeiro pergunta a Zeca que dia é hoje e até quando vai a festa. Zeca responde que “14” e que a festa vai até o sábado, dia 28. Depois a governadora pergunta: “quanto vocês receberam de patrocínio?” Zeca responde: “dois dedos” — uma alusão a R$ 2 milhões. A Secretária Nerianny Cavalcanti acrescenta: “foi mais”.
Raquel pergunta se é importante dizer o valor na coletiva. Zeca adverte: “É melhor não dizer pra não ter ciumeira”. Nerianny brinca ao afirmar que importante é o dinheiro na conta. Governadores costumam se cercar dessas informações antes de falar à imprensa. O vídeo com Raquel (abaixo) já corre virtualmente.
Em reunião virtual com autoridades israelenses realizada hoje, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e outros prefeitos brasileiros discutiram a rota de evacuação da comitiva que segue abrigada em Tel Aviv desde o início da escalada do conflito entre Israel e Irã.
Durante o encontro, que ocorreu enquanto participavam de uma palestra sobre segurança, Cícero detalhou a proposta em debate: a travessia terrestre até a fronteira com a Jordânia, por uma ponte (chamada por ele de “ponte Rucém”). As informações são do Blog do Maurílio Júnior.
Segundo o prefeito, a alternativa apresenta o “menor risco em termos de distância e tempo”. Ele explicou que o governo da Jordânia já autorizou a entrada dos brasileiros e garantiu apoio conjunto com a embaixada do Brasil.
“A partir da ponte, cada um seguirá para seu destino, seja Arábia Saudita ou outro país, sem mais depender das autoridades israelenses. O que estamos pedindo ao governo de Israel é que nos proporcione o transporte seguro até a ponte”, afirmou o prefeito paraibano.
Cícero permanece em Tel Aviv, cidade sob constantes alertas e ataques desde a intensificação das hostilidades. Ainda não há confirmação de quando o grupo deixará o território israelense.
“Governo Lula, eu quero ver, a ruptura com Israel acontecer”. Essa foi a frase mais gritada por milhares de manifestantes que ocuparam as ruas de São Paulo, na manhã de hoje.
O ato, que é parte da Marcha Global para Gaza, iniciativa internacional que motivou manifestações em diversas cidades pelo mundo, colocou mais pressão no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que rompa as relações diplomáticas e comerciais com Israel.
Rawa Alsagheer, coordenadora da Samidoun, rede de solidariedade aos prisioneiros palestinos, cobrou que o governo brasileiro avance para além das críticas. “Muito importante esse ato hoje para a ruptura do governo brasileiro com a ocupação israelense. Estamos aqui para demonstrar que nunca estaremos do lado errado da história, sempre seremos o lado certo da história”, afirmou Alsagheer.
A pressão por uma ruptura também ocorre dentro do PT. Deputado federal e candidato à presidência do partido, Rui Falcão, contou que os cinco presidenciaveis da legenda assinaram um documento pedindo que Lula avance com o rompimento.
“É inconcebível que um governo que assassine mulheres e crianças e que sequestre embarcações em águas internacionais siga impune, afirmou Falcão.
Ainda durante a manifestação, que saiu da Praça Roosevelt e caminhou até a Praça Charles Miller, no Pacaembu, outros parlamentares falaram e pediram o rompimento das relações entre os dois países.
Entre eles, a deputada federal Samia Bonfim (Psol-SP). “Esse é o maior massacre que nossa geração viu e as palavras são insuficientes, é preciso criar um cerco a Israel. Para isso, é preciso medidas concretas e só o rompimento com Israel terá eficiência.”
O segundo fim de semana de julho, na época mais fria do ano na turística cidade, será marcado pelo III Encontro dos Ex-xepeiros da tradicional Casa do Estudante de Pernambuco, até hoje sediada no Derby, no Recife — apesar da ganância imobiliária. A CEP, como é conhecida, acolhe, abriga e protege jovens pobres do interior nordestino há 93 anos.
A CEP surgiu no início dos anos 1930, quando o Recife era o maior centro educacional formador de universitários do Nordeste. Naquela época, existiam os cursos de Direito, Medicina, Odontologia, Engenharia e outros de grande importância na formação acadêmica dos estudantes que sonhavam em conquistar um diploma.
O Recife era famoso pelos cursos oferecidos. Com isto, vinha gente de toda parte do Brasil educar-se nesta importante cidade.
Vários escritores de outros estados brasileiros passaram pela cidade do Recife, seja para estudar ou para outros fins. Entre eles, destacam-se Ariano Suassuna, que, assim como Ruy Barbosa, estudou Direito na Universidade de Recife (atual UFPE), e Clarice Lispector, que frequentou o Ginásio Pernambucano e a Escola João Barbalho, também na cidade.
Mas, para os estudantes pobres do interior, estudar na capital pernambucana era apenas um sonho, tendo em vista que naquele tempo não existia alojamento ou repúblicas estudantis para pessoas carentes. Muitos universitários abandonaram, frustraram os estudos e voltaram para seu pequeno interior devido à falta de recursos financeiros.
Diante de todas as dificuldades encontradas, um grupo de estudantes do interior, movidos pelo espírito humanitário, coletivo e voluntário, resolveram fundar a Casa do Estudante Pobre de Pernambuco, em agosto de 1931. Durante nove décadas de história, esta segunda mãe deu total apoio para aqueles secundaristas e universitários que acreditaram e sonharam em ser alguém na vida por meio dos seus estudos.
Abrigo para carentes
Esta instituição pública coletiva serviu e ainda serve como ponto de abrigo para os estudantes carentes das cidades interioranas. Durante toda a sua existência, o inesquecível abrigo estudantil passou por momentos de turbulências, agitações e revoltas — quando os inimigos da educação quiseram fechar o nosso principal ponto de apoio.
Foi muita resistência, bravura e luta daqueles legítimos estudantes — que nunca se curvaram ou se acovardaram perante o regime opressor implantado naqueles tempos. Foi preciso muita união e força dos moradores externos e internos para que os carrascos opressores ouvissem o nosso grito de dor e revolta. Em certa ocasião de protesto, uma nuvem preta cobriu a cidade do Recife. Nesse dia, fechamos avenidas movimentadas e queimamos pneus para obstruir o trânsito infernal.
Colocamos mesas e panelões no meio das ruas, conseguimos carro de som para aumentar o calor do movimento, saimos também com faixas e camisas pretas simbolizando o luto e a luta dos oprimidos impiedosamente.
Hoje, quase todos os ex-sócios se encontram bem-sucedidos financeiramente e profissionalmente nesse imenso território nordestino. Aqueles que saíram daquele ambiente se encontram espalhados por diversos municípios sertanejos e outras regiões brasileiras. Todos os guerreiros estudantes que residiram nesse local sempre foram chamados de “xepeiros” — e com muito orgulho!
Depois de muito tempo que saímos da Casa, resolvemos realizar uma confraternização no sentido de reencontrar alguns contemporâneos xepeiros. Será um momento histórico de lazer, alegria e satisfação em poder reviver aqueles bons tempos vividos naquele ambiente coletivo. A festa ocorrerá no Restaurante e Bar Papo Pizza.
*Triunfense e ex-presidente da Casa do Estudante (WhatsAPP – (75) 99298-8323)