Alepe promove sessão solene de homenagem a Eduardo Campos

Do Blog da Folha de Pernambuco

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou, nesta segunda-feira (12), uma reunião solene em homenagem a Eduardo Campos, na véspera dos 10 anos da morte do ex-governador do estado. Com a presença da família, inclusive o prefeito do Recife, João Campos (PSB), deputados relembraram o legado do líder socialista em Pernambuco.

O presidente da Casa legislativa, Álvaro Porto (PSDB) foi o primeiro a falar.

“Mesmo sendo oposição, sempre que procurei Eduardo fui recebido com delicadeza e gentileza. Nesses 10 anos, é importante ter o reconhecimento do legado dele. Ele certamente está eternizado no povo de Pernambuco e do Brasil”, disse o presidente da Alepe, Álvaro Porto.

Em seguida, o autor da proposta de homenagem Diogo Moraes (PSB) relembrou a trajetória do ex-governador.

“Eduardo foi um dos maiores estadistas que esse País já teve. Ao lado da morte de Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves, a morte de Eduardo foi uma das maiores perdas da história desse País”, disse Moraes, que é o líder da oposição ao governo Raquel Lyra, na Alepe.

Presenças

O Governo de Pernambuco, por sinal, teve um representante na homenagem: o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, que chegou atrasado e só compôs a mesa após as falas dos deputados Álvaro Porto e Diogo Moraes.

Em seguida, um coral próprio da Assembleia Legislativa se apresentou. Após o momento, a deputada estadual Rosa Amorim (PT) entregou flores à viúva de Eduardo, Renata Campos, e à filha do ex-governador, Maria Eduarda. Enquanto isso, um vídeo contava a história de Eduardo Campos. O coral voltou, mais uma vez, e interpretou “Ai que Saudade D’ocê”, de Vital Farias, e “Madeira do Rosarinho”, de Capiba e Ariano Suassuna.

Foi a vez, então, do senador Humberto Costa (PT) participar, por vídeo, da homenagem.

“Sem dúvidas, Eduardo faz muita falta a Pernambuco e ao Brasil. Os momentos difíceis que vivemos recentemente seriam bem diferentes se Eduardo Campos estivesse presente. Poucos gestores tinham a capacidade que Eduardo tinha”, disse o petista.

Ano Eduardo Campos

O presidente do PSB, Sileno Guedes, falou em seguida, presencialmente, ressaltando que começou o “ano Eduardo Campos”, que vai promover uma série de homenagens ao líder político até o dia 10 de agosto de 2025, quando o ex-governador completaria 60 anos.

“Ao longo de todo o ‘ano Eduardo Campos’, o partido vai investir em diversas atividades para homenagear o legado do homem que seria o presidente de todos os brasileiros”, disse o deputado Sileno.

Após a fala de Sileno, que também foi assessor de Eduardo, chegou a vez de Pedro Campos, deputado federal e filho do ex-governador. O deputado disse que a homenagem só mostra que, 10 anos depois, o pai segue presente. Em seguida, o prefeito do Recife, João Campos, falou.

“Sequência de datas muito delicadas: dia dos pais, dia do aniversário do meu pai e os 10 anos daquele 13 de agosto de 2014. O que me marca é que todos os dias estou nas ruas e as pessoas seguem falando dele. Isso é impressionante. Pessoas que nunca o conheceram, mas criaram sentimento. Isso é muito raro na política. Ter isso aos 49 anos é muito raro”, disse João Campos.

Após a fala do prefeito, o hino de Pernambuco foi tocado e o presidente da Assembleia, Álvaro Porto, encerrou a reunião solene. Também estiveram presentes na homenagem Marília Arraes (SD), secretários do Recife e presidentes de partidos que apoiam o PSB.

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Antes de pensar em 2026, Lula precisa sobreviver a 2025

Por Larissa Rodrigues – repórter do blog

Apesar de falar em união e reconstrução do Brasil, o presidente Lula (PT) não conseguiu romper, nos últimos dois anos, a polarização que divide o País. Conquistar pelo menos uma parte do eleitorado que não votou nele em 2022 se tornou um dos maiores desafios do petista, algo quase impossível de acontecer.

Pior, o presidente entrará na segunda metade de seu mandato com menos apoio do que o obtido nas urnas, tendo perdido uma parcela do próprio grupo que o elegeu. Todas as pesquisas de opinião dos principais institutos e que foram feitas entre 2023 e 2024 apontam para esse cenário difícil enfrentado por Lula.

Mesmo com indicadores como fome e desemprego em queda, uma parcela da população resiste a Lula e é composta pelos não eleitores dele e também por quem deu um voto de confiança no projeto petista. Antes de pensar em 2026, Lula precisa sobreviver a 2025.

Um dos dados mais expressivos e que revela a maior diferença na avaliação positiva do gestor é do PoderData. De acordo com o instituto, o trabalho do presidente era avaliado como “bom” ou “ótimo” por 43% dos eleitores em janeiro de 2023, mas caiu para 27% em dezembro de 2024.

A crise na popularidade, no entanto, não é a única pedra no sapato do Governo. A relação com o Congresso também assombra o Poder Executivo, neste início de ano, sobretudo depois que o ministro do STF Flávio Dino jogou gasolina no incêndio com o bloqueio de emendas parlamentares.

Para tentar conseguir apoio, Lula deve realizar uma reforma ministerial que ampliará o espaço de partidos aliados, como o PDS, por exemplo. Nesse contexto de mudanças, uma das alterações esperadas é também na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), responsável pela assessoria de imprensa, redes sociais e publicidade do Governo.

Mudar a comunicação é fundamental para Lula, já que sua mensagem tem encontrado dificuldade de ser compreendida pela população, impactando na popularidade e na compreensão dos indicadores positivos pelo povo. Superar todas as arestas com o Congresso e acomodar melhor os aliados, a essa altura, também é prioridade e, mais do que isso, virou questão de sobrevivência do Governo.

EM PERNAMBUCO, LULA AINDA REINA – Estado de nascença do presidente, Pernambuco ainda é um reduto lulista. Segundo dados do Instituto Opinião, que realizou pesquisa no início de novembro de 2024 sobre a popularidade de Lula no Estado, a gestão do presidente é aprovada por 60,1% e reprovada por 33,9% dos pernambucanos. Mas a soma entre os percentuais de ótimo (19,6%) e bom (26,9%) derrubou o nível de satisfação para 46%. Por região, a gestão petista teve seus maiores percentuais de aprovação na Zona da Mata (68,5%), no São Francisco (67,6%) e no Sertão (62,8%). Já na Região Metropolitana, o Governo apresentou a menor taxa de eleitores satisfeitos, 54,6%.

Saída repentina – Pegou a todos de surpresa a saída às pressas de Felipe Valença da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). Após a demissão repentina, o Governo do Estado anunciou, no último sábado (4), o novo diretor-presidente da estatal, o advogado Bruno Monteiro Costa, que é formado em Direito pela UFPE e tem mais de 20 anos de carreira. Bruno Costa estava como assessor na Secretaria de Projetos Estratégicos e já foi gestor Jurídico no Departamento de Estradas de Rodagens (DER) e na Secretaria da Criança e Juventude, em 2011.

Raquel Lyra e os sapatos – A governadora Raquel Lyra tem tentado desde sempre, nas suas redes sociais, passar uma imagem mais descontraída e estabelecer uma aura de leveza, para suavizar a figura e buscar uma conexão mais empática com os pernambucanos. Com isso, já fez vídeo comendo tapioca e brincando com um cachorro (que, por sinal, batizou com o nome do titular deste blog, Magno). Ontem, a governadora achou por bem comentar sobre a situação dos seus sapatos em mais um vídeo. Lembrou que uma sandália derreteu no asfalto e contou que os bicos dos seus sapatinhos vermelhos estão todos “comidos”, de tanto que anda com eles. A estratégia dividiu opiniões nas redes. Uns consideraram que Raquel demonstrou humildade, enquanto outros disseram que a esse tipo de postagem é fora de tom, diante de tantos problemas sérios que Pernambuco enfrenta.

Mendonça Filho em casa – Depois do susto, o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil), já está em casa. Ele recebeu alta do Hospital Português, ontem (5), e se recupera junto à família. Mendonça teve um mal-estar em uma praia do litoral pernambucano ao fazer atividade física e o incidente o fez precisar de internação por dois dias. O parlamentar passou por exames na emergência cardiológica, incluindo cateterismo cardíaco, mas foi descartada a possibilidade de infarto agudo do miocárdio.

Renato Antunes e as GRE’s – O deputado estadual Renato Antunes (PL) comemorou o anúncio do Governo do Estado, que lançou o edital de licitação para o contrato de prestação de serviços de manutenção predial, preventiva e corretiva para todas as 16 Gerências Regionais de Educação, as GREs. Em um dos últimos atos políticos de 2024, o parlamentar fez um apelo público à governadora Raquel Lyra (PSDB) pedindo que as estruturas das GREs recebessem investimentos, pois servem de apoio às equipes da rede estadual. “É preciso investimento para as escolas, mas não podemos deixar de lado as Gerências, responsáveis por todo trabalho estratégico da nossa rede estadual”, defendeu Antunes.

CURTAS

Reunião no recesso – Os deputados estaduais se encontram, às 15h de hoje, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para discutir o que farão a respeito das emendas ainda não pagas pelo Governo do Estado. Na semana passada, o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), teve uma reunião com a governadora Raquel Lyra, para tratar o assunto. Na ocasião, o presidente expôs a insatisfação dos colegas com a falta de pagamento das emendas propositivas.

Secretário Eriberto Filho – O deputado estadual Eriberto Filho (PSB), que agora é secretário de Esportes do Recife, entrou na gestão municipal na última semana e já começou a gastar sola de sapato ao lado do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Ontem, inaugurou o campo do Parque da Macaxeira, no bairro de mesmo nome. O local é o 14º reformado pelo programa Gramadão e foi operacionalizado pela Secretaria de Esportes da capital.

Para não esquecer – O governo Lula (PT) fará um ato na próxima quarta-feira (8) para lembrar os ataques de 8 de janeiro de 2023. O evento será na Praça dos Três Poderes, a partir das 9h30. A data marca os dois anos da invasão e depredação do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto, por extremistas de direita. O presidente deve descer a rampa do Planalto com integrantes dos Três Poderes, numa cerimônia semelhante à caminhada feita por ele um dia depois dos ataques em 2023.

Perguntar não ofende: ainda há tempo para Lula tentar conseguir conquistar novos eleitores?

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O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), apresentou nova melhora neste domingo e fará testes para avaliar a possibilidade de extubação, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Mater Dei. Fuad foi internado na última sexta-feira, devido a um quadro de insuficiência respiratória aguda, causado por uma pneumonia. O prefeito segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde então.

De acordo com o boletim divulgado neste domingo, Fuad “evoluiu durante as últimas 24 horas com normalização dos parâmetros hemodinâmicos e melhora dos parâmetros respiratórios”. Ao dar entrada no hospital, na sexta-feira à tarde, ele precisou ser sedado e intubado.

“Está em processo de avaliação e teste de extubação da ventilação mecânica”, concluiu o boletim deste domingo. Devido à internação, Fuad pediu licença médica da prefeitura de BH por 15 dias, contados a partir de sábado. Nesse período, o vice-prefeito Álvaro Damião (União) assume a gestão.

No sábado, o prefeito já havia mostrado “melhora dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios”, conforme boletim médico divulgado pelo hospital. Na ocasião, a equipe que acompanha Fuad pontuou que ele ainda necessitava de “sedação e ventilação mecânica”.

A internação ocorreu dois dias após Fuad, de 77 anos, tomar posse para seu segundo mandato na prefeitura de BH. Ele participou da cerimônia por videoconferência, devido a problemas de saúde.

Esta é a quarta internação de Fuad desde novembro, após o fim do processo eleitoral. Em julho, às vésperas da campanha, o prefeito de BH anunciou que havia iniciado tratamento contra um câncer. Ele foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer que tem origem no sistema linfático, na região abdominal. O tratamento foi concluído em outubro, com “remissão completa” do linfoma, segundo boletim médico divulgado à época.

Em novembro, o prefeito foi internado pela primeira vez após a eleição, após ser diagnosticado com um quadro de neuropatia periférica, em decorrência do tratamento contra o câncer. Ele recebeu alta após cinco dias.

Já em dezembro, o prefeito teve de ser internado em duas ocasiões, para tratar quadros de pneumonia e de sangramento intestinal. Por estar com imunidade baixa, Fuad seguiu recomendações médicas e não compareceu à cerimônia de posse, no dia 1º. Ele foi representado pelo vice, Álvaro Damião, que leu um discurso enviado pelo chefe do Executivo municipal.

Na sexta, antes de ser internado, Fuad havia comparecido a outra unidade de saúde em BH, o Hospital Sarah Kubitschek, para uma avaliação médica sobre a possibilidade de iniciar sessões de fisioterapia. A medida é recomendada pelos médicos para auxiliar na recuperação do tratamento contra o câncer.

Do jornal O Globo.

Camaragibe Avança 2024

Apesar de ter realizado uma obra emergencial para atender 30% do município de Águas Belas pela rede de distribuição, a Compesa ainda não conseguiu ofertar a vazão planejada devido a furto de água no do Sistema Integrado Itaíba-Tupanatinga no trecho da adutora que transporta água para a cidade. As inspeções preliminares constataram que pipeiros e donos de propriedades ao longo da adutora entre Tupanatinga, Itaíba e Águas Belas estão abrindo as descargas, equipamentos que controlam o fluxo da água, e quebrando as tubulações para desviar água que deveria ser direcionada para o município de Águas Belas.

O município é atendido pela barragem Lamarão, que entrou em colapso. Águas Belas é uma das 15 cidades anunciadas na sexta-feira (3) pela Compesa com situação crítica de abastecimento motivada pela escassez hídrica. Para manter o atendimento de 30% dos moradores da cidade, a Compesa executou uma obra emergencial para ampliar a capacidade de produção do Sistema Integrado Itaíba/Tupanatinga, a partir da substituição de três bombas dos cinco poços da Baixa Funda, localizados em Tupanatinga.

Entretanto, desde que os poços foram testados e direcionados 15 litros de água por segundo para a rede de distribuição de Águas Belas, a vazão total ainda não conseguiu chegar ao seu destino devido a ações criminosas de furto de água, o que impacta diretamente no atendimento da cidade. A produção dos poços já deveria estar chegando a Águas Belas desde o dia 31 de dezembro, quando a água foi injetada no trecho já testado da Adutora do Agreste, iniciativa frustrada pelos criminosos. Com esses atos, dos 15 litros de água por segundo, estima-se que só estão sendo ofertados 6 a 8 litros de água por segundo.

Desde então, a Compesa tem realizado ações para impedir os furtos, a exemplo da concretagem das caixas de proteção dos equipamentos, mas os furtos não cessaram e a infração continua prejudicando a população, que enfrenta uma situação crítica de abastecimento.

A água dos poços é a esperança para parte dos moradores de Águas Belas que esperam o atendimento pela rede de distribuição. Mediante a situação apresentada, a Compesa vai acionar as autoridades competentes para ajudar no combate ao furto de água em Águas Belas, cidade que terá o abastecimento complementado por carros-pipa devido à escassez de chuvas na região.

Para resolver a questão de abastecimento de Águas Belas e de outras cidades da região, o Governo de Pernambuco autorizou a publicação do edital para a retomada das obras da Adutora do Agreste. O processo de licitação para a contratação da empresa que executará as intervenções será iniciado ainda neste mês de janeiro. O investimento previsto para esse trecho é de R$ 30 milhões.

A tradicional Festa de Reis de São José do Egito abriu nesta sexta-feira (3) o calendário cultural de 2025 com uma celebração que resgatou aspectos históricos e culturais marcantes da cidade. Em sua 158ª edição, o evento reuniu atrações musicais de artistas locais e regionais, além de manifestações artísticas que reforçaram a identidade da “Terra da Poesia”. A festa segue até segunda-feira (6).

A abertura oficial aconteceu no Polo Cultural, com um enfoque na valorização das tradições artísticas. O prefeito Fredson Brito esteve presente e destacou a importância do evento para a preservação cultural e a união da comunidade, além de destacar o público como “o maior da história da Festa de Reis”.

O Pátio de Eventos foi palco de shows que atraíram um grande público, consolidando a Festa de Reis como uma das principais celebrações da região. A organização e a segurança foram aspectos positivos apontados pelos participantes, que elogiaram o clima festivo e a estrutura oferecida pela prefeitura.

A Festa de Reis deste ano não apenas manteve a tradição, mas também reforçou a relevância do evento no fortalecimento da cultura local. Para muitos moradores e visitantes, a celebração simbolizou o potencial da cidade para sediar eventos de grande porte e impulsionar o turismo regional.

Com informações do blog de Junior Campos.

Papéis e computadores da Prefeitura de Carmolândia foram encontrados queimados durante a transição de gestão. Segundo a Polícia Militar, documentos referentes à administração pública foram destruídos no quintal da casa de um ex-servidor do município. Os equipamentos foram encontrados na zona rural da cidade, que fica na região norte do Tocantins.

O ex-prefeito de Carmolândia, Neurivan Rodrigues de Sousa, informou que os materiais possivelmente se tratam de sucatas de computadores que não tinham conserto. Eles teriam sido arrematados em um leilão organizado pela gestão, mas que não foram buscadas pelos arrematantes. Quanto aos documentos, o ex-gestor afirmou que todos os processos possuem vias físicas e digitais, portanto seria impossível destruir notas fiscais ou processos de pagamentos.

Um boletim de ocorrência por dano ao patrimônio público foi registrado na noite de quinta-feira (2). No documento, o procurador de Carmolândia informou que a nova administração encontrou um lugar com vários documentos e computadores queimados. Segundo ele, os antigos administradores tinham a intenção de “causar prejuízo ao governo municipal” e se “livrar de provas que pudessem eventualmente comprometê-los”.

O procurador ainda relatou, no boletim, que vários objetos foram parcialmente queimados e que no dia algumas pessoas chegaram a monitorar o local para tentar “terminar o serviço”.

Vídeos feitos do local mostram um terreno aberto, com vários materiais queimados. Nas imagens é possível ver papéis com o nome da Prefeitura de Carmolândia no chão e peças de computadores.

Segundo a atual gestão, foram queimados 10 computadores. Os equipamentos foram encontrados em uma unidade de descarte de galhadas que a prefeitura fazia uso, que fica a 6 quilômetros de distância da região central do município e cerca de um quilômetro das margens da TO-164.

A atual gestão disse que os materiais queimados foram colocados em frente à sede da Prefeitura de Carmolândia nesta sexta-feira (3), como forma de protesto e para expor à população.

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informou que ocorrência será encaminhada à 25ª Delegacia da Polícia Civil de Santa Fé do Araguaia, responsável pelo município de Carmolândia, onde será realizada a verificação para determinar se houve a prática de algum crime.

Queima de papéis no quintal de casa

Segundo a PM, na noite do dia 31 de dezembro, policiais foram abordados por um morador que informou ter visto fogo na casa de um ex-servidor da prefeitura. No local, o dono da casa disse que estava queimando algo, mas não sabia o que era. Ele ainda contou que uma mulher havia entregue sacos e caixas de papelão e pediu para que queimasse.

Depois que o fogo foi contido, os policiais verificaram que os documentos eram de prestação de contas, recursos recebidos pela prefeitura, ofícios e documentos diversos relacionados à administração pública.

No dia, o dono da casa foi levado à delegacia de plantão de Araguaína e a perícia foi chamada. Ele não foi preso.

Do g1 Tocantins.

A partir de amanhã, me afasto do blog e do Frente a Frente, programa político que ancoro pela Rede Nordeste para 48 emissoras em quatro estados nordestinos, por duas semanas. Vou relaxar com minha família. A paradinha obrigatória de início de ano, para renovar as energias. Afinal, ninguém é de ferro!

Por esses dias, a edição do blog fica sob a responsabilidade das jornalistas Itala Alves e Camila Emerenciano, enquanto a coluna diária será assinada pela jornalista Larissa Rodrigues, que já responde pela coluna aos sábados. Já o programa de rádio será apresentado pelo radialista Joffre Melo, voz já conhecida na radiofonia estadual.

Volto no dia 20. Até lá, pernas para o ar, água fresca e momentos de lazer com a família.

Minas Gerais tem 37 municípios em situação de emergência, e um em estado de calamidade pública, por causa das chuvas. Onze pessoas já morreram em decorrência do atual período chuvoso – a maior parte dos óbitos foi registrada em dezembro.

Os dados constam no boletim da Defesa Civil de MG deste sábado (4). Ao todo, desde 27 de setembro, 1.223 pessoas ficaram desalojadas e outras 173, desabrigadas (com necessidade de abrigo público) no estado.

As mortes foram registradas em Uberlândia (1), Ipanema (3), Maripá de Minas (1), Coronel Pacheco (1), Raul Soares (2), Nepomuceno (1), Capinópolis (1) e Alterosa (1).

Já os municípios em situação de anormalidade são:

  • Brazópolis
  • Galileia
  • Mendes Pimentel
  • Rochedo de Minas
  • Guaranésia
  • Uberaba
  • Tapira
  • Conselheiro Pena
  • Alfenas
  • Carlos Chagas
  • São José da Safira
  • São Geraldo do Baixio
  • Franciscópolis
  • Ouro Verde de Minas
  • Novo Oriente de Minas
  • Virgolândia
  • Curral de Dentro
  • Glaucilândia
  • Malacacheta
  • Sem-Peixe
  • Salinas
  • Capelinha
  • Dom Silvério
  • Conceição do Pará
  • Pequeri
  • Tocantis
  • Leopoldina
  • Antônio Carlos
  • Coronel Fabriciano
  • Santo Antonio do Aventureiro
  • Pedra Bonita
  • Bugre
  • Raul Soares
  • Carmo da Mata
  • Coroaci
  • Resplendor
  • Itambacuri
  • Campos Gerais

Belo Horizonte

Parte da capital está sob risco geológico por causa dos volumes de chuva registrados nos últimos dias. Segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, o risco é forte na região Noroeste, e moderado nas regionais Oeste e Centro-Sul, até a próxima terça-feira (7).

Há também alerta de pancadas de chuva na cidade (40 a 60 mm) com raios e rajadas de vento em torno de 50 km/h até as 8h de domingo (5).

Auxiliares diretos e políticos de partidos que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriram o ano com a expectativa de uma reforma ministerial.

O petista deu início no final de 2024 às discussões – e, em consequência, a especulações – para definir a equipe que comandará o primeiro escalão do governo na metade final deste mandato.

Até o momento, o presidente não anunciou quais mudanças quer fazer neste ano no comando de ministérios.

Mas Lula já afirmou que pretende fazer ajustes e tem recebido recados de partidos aliados que desejam mais espaços de poder e de controle do orçamento dentro do governo.

Aliados do presidente acreditam que as trocas possam ser definidas até fevereiro, após o fim do recesso parlamentar do Congresso Nacional. Contudo, não arriscam cravar datas, já que o presidente demonstra, neste mandato, que não gosta de ser pressionado e costuma postergar decisões deste tipo.

Por ora, segundo interlocutores, Lula avalia possibilidades e colhe impressões a respeito dos impactos de alterações que visam:

  • fortalecer a base do governo na Câmara dos Deputados e no Senado
  • atrair partidos para a chapa do PT nas eleições de 2026, onde Lula pode disputar a reeleição
  • melhorar a execução de projetos e programas do governo federal

Comunicação

A mudança que aliados de Lula consideram mais próxima de se concretizar é na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), responsável pela assessoria de imprensa, redes sociais e publicidade do governo.

O presidente já anunciou que deseja corrigir problemas na comunicação e pode substituir Paulo Pimenta (PT-RS) por Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha do petista em 2022.

Sidônio dá conselhos para Lula desde o começo do governo, porém reforçou sua presença em Brasília a partir de novembro, com participação direta no anúncio do pacote de corte de gastos, no pronunciamento de Natal do presidente e na campanha publicitária de fim de ano.

Caso a troca seja efetivada, Lula terá de decidir o futuro de Pimenta, que pode retornar ao mandato de deputado federal ou ser deslocado para outro cargo.

Uma possibilidade especulada é nomear Pimenta para a Secretaria-Geral da Presidência, que faz o diálogo do governo com movimentos sociais. O atual ministro é o ex-deputado Márcio Macêdo (PT-SE), tesoureiro na campanha de 2022.

Congresso e alianças para 2026

Partidos do Centrão têm interesse em mais espaço na Esplanada. O PSD já comunicou ao Planalto que está insatisfeito com os três ministérios que comanda, em especial o da Pesca, comandado pelo deputado André de Paula (PSD-PE), cuja indicação contempla os deputados do partido.

Os senadores apadrinharam as indicações do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que comanda a Agricultura, e do ex-senador Alexandre Silveira, do diretório mineiro da sigla, que é ministro de Minas e Energia.

Os deputados do PSD desejam ter um representante em um ministério com maior orçamento, mesmo desejo de bancadas do União Brasil, PP, MDB e Republicanos.

Os partidos do Centrão cobiçam desde o começo do governo pastas como Saúde, cuja ministra é Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz.

Espaço do PT

Parlamentares de partidos da base também entendem que o espaço do PT no comando de ministérios está superestimado diante do tamanho das bancadas na Câmara, que é de 67 dos 513 deputados, e Senado, onde o partido tem nove dos 81 senadores.

O Centrão avalia que é possível herdar parte dos 12 ministérios comandados pelo partido de Lula.

Parlamentares defendem que a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que cuida da articulação com o Congresso, seja chefiada por um nome do Centrão.

O ministro atual é Alexandre Padilha (PT-SP), deputado licenciado e nome de confiança do presidente. Padilha é um nome citado para eventualmente substituir Nísia Trindade na Saúde.

Defesa e Justiça

Nos últimos meses, circularam informações sobre possíveis saídas dos ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça, Ricardo Lewandowski, que estariam dispostos a reduzir o ritmo de trabalho a pedido de familiares.

Os ministros não confirmam oficialmente as intenções e são nomes de confiança de Lula, sem vinculação partidária com as indicações.

O petista escalou Múcio para distensionar a relação com militares, enquanto Lewandowski, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), coordenou os estudos, elaboração e negociação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a participação da União na segurança pública.

Um nome especulado para as vagas, em especial a da Justiça, é o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixará a presidência da Casa em fevereiro.

Estilo Lula de decidir

O perfil de Lula faz com que integrantes do PT e dos partidos da base evitem projetar uma data para definição das mudanças de ministros. Fruto das idas e vindas das negociações anteriores de escolhas do primeiro escalão.

Lula tem como característica, neste terceiro mandato, postergar anúncios de ministros e refutar pressões do PT e dos partidos aliados, a fim de reforçar que ele é o senhor das decisões.

Durante a transição, Lula só completou a equipe ministerial no dia 29 de dezembro, a três dias da posse, quando anunciou 16 nomes.

Em 2023, o presidente empurrou por semanas a confirmação da demissão da então ministra do Turismo Daniela Carneiro (União-RJ) e levou mais uma semana para anunciar Celso Sabino (União Brasil-PA) como substituto.

As confirmações de André Fufuca como ministro do Esporte e de Silvio Costa Filho na pasta de Portos e Aeroportos também se arrastou por mais de um mês.

Do g1.

A Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos de Paulista inicia 2025 com promessas de renovação, mas também enfrenta desafios significativos. A secretária Amanda Rodrigues assumiu o compromisso de tornar a pasta mais eficiente e transparente, destacando a necessidade de melhorar os serviços voltados às populações mais vulneráveis. Apesar das declarações otimistas, a realidade de orçamento limitado e demandas crescentes traz questionamentos sobre a viabilidade das metas estabelecidas.

Entre as prioridades para este ano, está a análise detalhada do orçamento municipal de 2024, que, segundo a secretária, será determinante para o planejamento de ações futuras. Especialistas na área social apontam que uma gestão orçamentária eficiente será crucial para evitar desperdícios e direcionar os recursos às áreas mais críticas, como habitação, alimentação e assistência a famílias em situação de vulnerabilidade. Ainda assim, desafios estruturais e limitações de pessoal permanecem entraves para a execução plena das políticas públicas.

A população de Paulista acompanha com expectativa os desdobramentos das ações da secretaria. A secretária Amanda Rodrigues destacou que a transparência e o trabalho em equipe serão essenciais para superar as dificuldades e entregar resultados. Para muitos, a questão central será como a nova gestão transformará propostas em ações concretas.

O soldado das Forças de Israel (FDI) alvo da Justiça do Brasil por supostos crimes de guerra deixou o país neste domingo (5/11). Ele foi identificado como Yuval Vagdani, do 432º Batalhão das Brigadas Givati.

Antes de deixar o território nacional, ele foi alvo da Justiça local, que determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal (PF) contra Vagdani. O soldado israelense passava temporada de férias no Brasil. Registros mostram que ele estava em Morro de São Paulo, na Bahia, com amigos.

As informações constam nos autos judiciais do caso, aos quais o Metrópoles teve acesso. Segundo documento enviado pela Fundação Hind Rajab (HRF) à Justiça brasileira, Vagdani participou da demolição controlada de um quarteirão inteiro na região conhecida como corredor Netzarim, na Faixa de Gaza.

A organização, que atua internacionalmente denunciando crimes cometidos contra palestinos, alegou que a ação aconteceu fora de situação de combate e teve a “intenção deliberada de causar prejuízos indiscriminados à população civil” de Gaza.

Por meio de investigação feita com inteligência de fontes abertas, a HRF anexou uma série de imagens de redes sociais que comprovariam a participação de Vagdani na destruição do bairro, em Gaza, em novembro de 2024.

Dias antes da demolição, o soldado das FDI publicou vídeo no Instagram com imagens do corredor Netzarim. Na legenda da postagem, Vagdani escreveu: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo, sem pausa, até os seus alicerces”.

Em outra publicação, obtida por meio do perfil de um outro soldado que também atuou na região, Vagdani posa em frente a escombros de imóveis na área, enquanto explosivos eram instalados para a demolição controlada.

A novela envolvendo as emendas parlamentares bloqueadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), terá novos capítulos em 2025, assombrando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O desgaste com o tema dificulta a articulação política da gestão petista, que já patina no Congresso Nacional para aprovar pautas prioritárias.

Dino bloqueou o pagamento de R$ 4,2 bilhões de emendas de comissão (RP8) no fim de 2024. O magistrado determinou que a Câmara dos Deputados respondesse de forma objetiva a uma série de questionamentos a respeito da destinação dos recursos. Emendas da mesma categoria indicadas pelo Senado Federal também foram suspensas com a exigência de critérios de transparência e rastreabilidade.

O ministro, porém, concordou com a liberação de parte dos recursos – R$ 370 milhões – necessários para garantir o mínimo constitucional de gastos com saúde. O alerta foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) .

Apesar da liberação de parte das emendas, líderes contaram ao Metrópoles que a crise em torno do tema não terá um fim tão próximo. Deputados da base do governo acreditam que a questão poderá ser resolvida apenas após o pagamento das emendas já indicadas pelos parlamentares.

Na avaliação de alguns líderes partidários, as decisões de Dino expõem uma espécie de “jogo combinado” com o Palácio do Planalto. Por isso, o governo federal tem enfrentado dificuldades na votação de propostas prioritárias dentro do Parlamento.

No apagar das luzes de 2024, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram o pacote de revisão de gastos públicos da equipe econômica de Lula. Os projetos, no entanto, ficaram travados por quase um mês na Câmara dos Deputados antes da votação, diante do impasse causado pela liberação dos recursos.

Reforma ministerial

As emendas parlamentares não são a única pedra no sapato do governo Lula dentro do Congresso Nacional. Alguns deputados defendem a necessidade de uma reforma ministerial para que Lula tenha maior governabilidade dentro do Legislativo.

O PSD, de Gilberto Kassab, tem se sentido desprestigiado na Esplanada dos Ministérios. Atualmente, a sigla comanda os ministérios de Minas e Energia, Agricultura e Pesca.

A expectativa é que Lula faça uma dança das cadeiras no primeiro escalão ainda neste semestre. Para atender aos pedidos do PSD, é esperado que o partido tenha uma mudança nos espaços já ocupados, mas não necessariamente ganhe mais cadeiras na Esplanada.

Outros partidos que esperam mais espaços dentro do governo Lula são o Progressistas (PP), do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL); e o Republicanos. Atualmente, o PP é representado pelo ministro do Esporte, André Fufuca, e o Republicanos, pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Um dos pontos elencados pelos parlamentares como principal dificuldade na articulação política do governo Lula com o Congresso Nacional é o “déficit” político. Os políticos reclamam que há uma dificuldade de interlocução entre o Palácio do Planalto e o Legislativo.

A crítica não se estende apenas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mas atinge o próprio Lula. Para alguns deputados e senadores, o petista tinha um tratamento mais “carinhoso” durante os primeiros dois mandatos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a confidenciar a interlocutores que as conversas com Lula são raras e que há pouco diálogo entre os petistas com os parlamentares. A desaprovação do comportamento de Lula não está restrita ao líder alagoano, mas presente no diálogo entre os parlamentares da base governista.

Do jornal Metrópoles.

Há um ano no cargo, completados em 18 de dezembro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, começou 2025 sob a expectativa do que fará em relação a investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Caberá a Gonet decidir se apresentará ou não denúncia nos casos em que o ex-mandatário foi indiciado, como no inquérito que apura suspeitas de uma trama golpista no governo passado. Na prática, o parecer do chefe do Ministério Público será decisivo para o futuro político do principal líder da direita do país.

Interlocutores do procurador-geral citam seu perfil cauteloso e discreto para dizer não ser possível antecipar como ele irá se posicionar. Ao mesmo tempo, destacam que Gonet demonstrou no ano passado que não se omite em casos relevantes, crítica que era feita por opositores do antecessor dele no cargo, Augusto Aras.

Desde que assumiu a PGR, Gonet teve participação ativa, por exemplo, na punição dos réus dos ataques golpistas do 8 de Janeiro. Mas também tomou posições que contrariaram aliados do atual governo, como ao tentar reverter a anulação de condenações do ex-ministro José Dirceu na Lava-Jato, em novembro, e ao recorrer de decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidaram atos da operação.

— Procurei ser fiel ao meu modo de agir de sempre, guardando independência técnica, respeitando a dignidade de todos os que de alguma forma estão sob a minha influência e me guiando pelos valores da Constituição — disse Gonet ao GLOBO, ao fazer um balanço de sua atuação neste primeiro ano.

O atual chefe da PGR chegou ao cargo sob desconfianças, após ter sido escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva mesmo sem ter o nome incluído na lista tríplice apresentada pela principal associação de procuradores. Em seus dois primeiros mandatos, o petista havia acolhido a indicação da categoria, mas desta vez decidiu ignorá-la sob argumento de evitar o corporativismo.

Pesou a favor de Gonet a proximidade com ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Um dos receios de aliados do ex-presidente é que a relação com os magistrados, alvos preferenciais do bolsonarismo, possa ser negativa para o futuro de Bolsonaro em ações na Corte.

A oposição ao atual governo também vê com preocupação a relação de Gonet com Lula. Uma vez no cargo, o procurador-geral tornou-se um interlocutor frequente do presidente e chegou a participar de reunião fora da agenda no Palácio da Alvorada, em novembro. Na ocasião, ministros do STF também estavam presentes.

Números da gestão

Durante o primeiro ano da gestão Gonet, a PGR apresentou 225 denúncias. A maioria está relacionada aos atos golpistas do 8 de Janeiro, mas também houve outros casos importantes, como o dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), por suspeita de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também foram fechados 477 acordos de não persecução penal (ANPP). Além disso, foram apresentadas 28 ações diretas de inconstitucionalidade, incluindo contra a chamada Lei das Bets e a que resultou no bloqueio de pagamentos das emendas Pix, depois liberados com a imposição de novas regras.

Até agora, contudo, Gonet foi cauteloso em relação às investigações que envolvem Bolsonaro. Após a PF indiciar o ex-presidente nos inquéritos que tratam de uma suposta fraude em cartões de vacinação, em março, e no que apura a venda de joiais recebidas pela Presidência, em julho, o procurador-geral decidiu que não apresentaria nenhuma denúncia durante o período eleitoral. O receio era que qualquer medida suscitasse críticas pelo impacto político que pudesse ter sobre as campanhas.

Agora, após o novo indiciamento, no caso da suposta tentativa de golpe de Estado, Gonet avalia a possibilidade de juntar os três casos em um único parecer. Novamente, a ideia é analisar o material com calma e deixar uma eventual denúncia para os próximos meses.

Mas Bolsonaro não é o único que aguarda uma decisão de Gonet para definir seu futuro político. Outro caso que aguarda o posicionamento da PGR é o do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela PF por suposto desvio de emendas, o que ele nega. A investigação foi concluída em junho.

Do jornal O Globo.