Uma ala do PTB, partido de Roberto Jefferson, quer usar a possível fusão da legenda com o Patriota para superar a imagem de “extrema-direita” da sigla e tentar atrair deputados insatisfeitos do PL.
Esse grupo do PTB é composto por lideranças que se contrapõe a Jefferson internamente e que tentam vencer na Justiça as resistências para concretizar a fusão do partido com o Patriota. As informações são do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Leia maisA ideia dessa ala do PTB é usar a fusão para acabar com pecha de “extrema-direita” que a sigla ganhou com Jefferson e apresentar a nova legenda como uma espécie de “novo Republicanos”.
O novo partido se venderia como de centro-direita e disposto a abrir diálogo com Lula. Para esses integrantes do PTB, isso pode ajudar a atrair parlamentares do PL que desejam diálogo com o governo petista.
Pelas contas de dirigentes do PTB, até 20 parlamentares do PL de Jair Bolsonaro poderiam ser atraídos, dando à nova legenda uma bancada na Câmara dos Deputados.
Para que isso aconteça, é necessário sacramentar a criação do “Mais Brasil”, nome do partido que nascerá após a Justiça Eleitoral autorizar a fusão entre o PTB e o Patriota.
Pelas regras do TSE, deputados federais podem mudar de partido em situações de fusão e de criação de uma nova sigla. O que aconteceria com o nascimento do “Mais Brasil”.
Entrave
Hoje, o entrave para a fusão está nas mãos do presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Dirigentes do PTB contrários à fusão pedem ao TSE para impugnar o pedido de registro do Mais Brasil.
O motivo alegado é que a convenção partidária do PTB que chancelou a fusão foi irregular. Ela foi conduzida por Marcus Vinicius Ferreira, genro de Jefferson, que, segundo a oposição, estaria impedido pela Justiça de conduzir o processo.
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