O delegado Israel Rubis, que renunciou ao mandato de vice-prefeito em Arcoverde por divergências políticas com o prefeito, comemorou assim a desistência de Wellington pela reeleição:
O delegado Israel Rubis, que renunciou ao mandato de vice-prefeito em Arcoverde por divergências políticas com o prefeito, comemorou assim a desistência de Wellington pela reeleição:
O deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou, hoje, que os cerca de R$ 400 mil em espécie apreendidos pela Polícia Federal em um endereço dele têm origem lícita e são resultado da venda de um imóvel em Minas Gerais. As informações são do portal Itatiaia.
Sóstenes foi alvo de busca e apreensão na Operação Galho Fraco, que investiga o desvio de recursos públicos ligados às cotas parlamentares. A ação também teve como alvo o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Leia maisEm declaração a jornalistas, Sóstenes disse que o valor estava lacrado e identificado, o que, segundo ele, comprovaria a legalidade dos recursos. “Aprendam uma coisa: dinheiro de corrupção não aparece lacrado, identificado e recolhido oficialmente na sua residência. Quem quer viver de corrupção, bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito, está lacrado, tem a origem, então não tenho nada a temer”, afirmou.
O deputado disse que comprou o imóvel após 2022 e que o vendeu recentemente, recebendo o pagamento em dinheiro vivo. Questionado sobre quem adquiriu o imóvel, Sóstenes afirmou que não informaria a identidade do comprador. Segundo ele, o valor ainda não havia sido depositado em banco por causa da agenda de compromissos parlamentares.
Além do dinheiro, a Polícia Federal também apreendeu celulares dos deputados durante a operação. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Sóstenes atribuiu a operação a uma suposta retaliação política por sua atuação na CPMI do INSS e pela defesa da convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Quero reiterar: desafio aqui o presidente Lula a trazer o Lulinha, botar a Câmara para olhar nas câmeras e explicar ao povo brasileiro como eu estou fazendo. Quem não deve não teme”, disse.
Alvo da PF
A Operação Galho Fraco é um desdobramento de uma investigação iniciada em dezembro de 2024, que apura suspeitas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na fase anterior, assessores dos deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy já haviam sido alvo da Operação Rent a Car, que investigou o uso irregular de recursos da cota parlamentar para pagamentos simulados.
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Por Paulo Farias do Monte*
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), comemorou e patrocinou divulgação em toda imprensa a venda da Compesa, empresa de saneamento e fornecimento de água, patrimônio do povo pernambucano, como se fosse algo digno da efusiva comemoração. Porém, na campanha eleitoral, ela prometeu, num debate, que a Compesa permaneceria pública.
É bem verdade que a discussão sobre a privatização de empresas de saneamento costuma ser apresentada como um debate técnico, centrado em eficiência, investimentos e modernização.
Leia maisNo entanto, quando se fala de água e esgoto, é impossível ignorar o impacto social das decisões adotadas. Afinal, trata-se de um serviço essencial à vida, à saúde pública e à dignidade humana. A pergunta que se impõe é simples: quem ganha e quem perde com a privatização do saneamento?
No discurso oficial, a entrada do setor privado surge como solução para ampliar investimentos e universalizar o acesso. Contudo, a experiência concreta e os riscos associados ao modelo indicam que, sem regulação rigorosa, a população mais pobre tende a pagar a maior parte da conta. Veja os exemplos de São Paulo, onde a SABESP foi vendida pelo Governador Tarcísio de Freitas e, bem próximo de nós pernambucanos, em Alagoas, onde a mesma BRK, que comprou a COMPESA, também adquiriu a empresa de saneamento alagoana: o caos no fornecimento e o aumento na conta tem sido recorrentes.
Onde, a privatização já foi concretizada e colocada em prática, um dos primeiros efeitos sentidos após a privatização foi justamente o aumento das tarifas.
Empresas privadas operam sob a lógica do lucro e da remuneração do capital investido, o que frequentemente resulta em reajustes mais elevados e menos sensíveis à realidade socioeconômica da população. Para famílias de baixa renda, a conta de água deixa de ser apenas mais uma despesa e passa a disputar espaço com alimentação, transporte e energia elétrica.
Outro problema recorrente tem sido a priorização de áreas economicamente mais atrativas economicamente. Que empresa que investir onde não terá lucro? Regiões centrais e bairros de maior renda recebem investimentos mais rápidos, enquanto periferias, comunidades populares e áreas rurais seguem com serviços precários ou incompletos. A consequência é a perpetuação de desigualdades históricas e a exclusão de quem mais necessita do serviço público.
A política de cobrança também tende a se tornar mais rígida. Cortes no fornecimento por inadimplência, prática comum no setor privado, atingem diretamente famílias com renda instável. A interrupção do acesso à água não é apenas uma penalidade financeira: representa um risco concreto à saúde individual e coletiva, favorecendo a disseminação de doenças e agravando problemas sanitários.
Os reflexos alcançam, inevitavelmente, a saúde pública. A falta de água tratada e de saneamento adequado está associada ao aumento de doenças infecciosas, o que pressiona o sistema público de saúde e eleva os gastos do próprio Estado. Assim, a economia obtida com a privatização pode ser anulada por custos sociais e sanitários maiores no médio e longo prazo.
Há ainda uma dimensão democrática pouco debatida. A gestão pública do saneamento, apesar de suas falhas, permite maior controle social e político. Com a privatização, decisões estratégicas passam a ser tomadas em instâncias corporativas, distantes da população, amparadas por contratos longos e de difícil revisão.
A privatização da Compesa, satisfaz apenas a ânsia da Governadora Raquel Lyra por mais recursos para o ano eleitoral, que se avizinha, mas não pode ser vista como uma solução automática. Água não é mercadoria comum. Sem regras claras, fiscalização permanente, tarifas sociais eficazes e metas reais de universalização, o risco é transformar um direito básico em privilégio.
Em um país marcado por profundas desigualdades, qualquer política pública que trate a água apenas como ativo econômico precisa ser questionada. No fim das contas, quando o acesso à água se torna mais caro ou mais distante, quem sofre primeiro – e mais intensamente – é sempre a população mais pobre.
A governadora Raquel Lyra pode até comemorar o abarrotamento de recursos nos cofres do Estado e, sua propaganda oficial poder até difundir a venda da Compesa como algo inovador e grandioso, mas o futuro a condenará, não tenho dúvidas, como uma Governadora que transformou de um produto básico à vida das pessoas, um bem essencial, que deve ser de todos, em privilégio apenas para quem poderá pagar. Vamos aguardar a Massaranduba do tempo, como dizia o saudoso ex-governador Joaquim Francisco. Quem viver, verá!
*Advogado, jornalista e vereador pelo Cabo de Santo Agostinho
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As festividades de fim de ano de Salgueiro, em comemoração aos 190 anos de fundação do município, começaram oficialmente esta semana com manifestações artísticas de artes plásticas e de música. As ações integram a programação do “Salgueiro Encantado”, que conta com diversas atividades.
Na última quarta-feira, a prefeitura iniciou as comemorações com a exposição “Ver o mundo pela arte”, com pinturas do artista plástico salgueirense Paulo Brito, convidando o público a enxergar o mundo através de sua linguagem artística e criatividade manifestada nas telas. A mostra segue em cartaz na Casa da Cultura até o dia 24 de dezembro, com entrada gratuita.
Leia maisOntem, a Orquestra do IFSertãoPE abrilhantou as festividades do município com um tributo a Raul Seixas, considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Os mais de 50 músicos da orquestra encantaram o público presente na Praça da Catedral de Santo Antônio, tocando diversos sucessos de Raul, como “Tente Outras Vez” e “Metamorfose Ambulante”. A apresentação foi bastante elogiada por quem prestigiou.
A programação principal das festividades de fim de ano segue até próxima quarta-feira, 24, véspera de Natal. Até lá ainda estão agendados os seguintes eventos: Noite da Poesia e a 8ª Seresta da Saudade, com o cantor Leonardo Sullivan como principal atração, neste sábado, 20; a 32ª Corrida Raimundo de Sá e Santa Missa em Ação de Graças, no domingo, 21; Noite Gospel com louvores e pregação de Eyshila, segunda-feira, 22; Igor Kannário no trio elétrico Cygnus, na terça-feira, 23, data do aniversário de 190 anos do município; e show de Batista Lima em palco no Polo Bomba, na quarta-feira, antecedendo o feriado natalino. Todas as atividades são abertas à população em geral.
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Por Geraldo Eugenio*
Falar em cactos é fazer lembrar as regiões áridas e semiáridas do mundo. Os de maior idade lembram dos filmes de cowboy rodados no sul dos Estados Unidos, quando índios, bandidos e mocinhos andavam nas áreas secas da Califórnia, Novo México, Arizona e Texas em paisagens povoadas de plantas plenas de espinhos.
Aqueles que acompanharam as peripécias de Pica-Pau também ao verem o famoso cavalo Pé-de-Pano, com seu dono desprovido de qualquer traço de caráter, cavalgar por trilhas plenas de plantas de cactos assemelhados ao mandacaru e xique-xique.
Leia maisEntre nós, idem, os cactos simbolizam um nordeste pobre, dependente de chuvas, propenso às secas. Dentre as plantas da família Cactácea, dois gêneros se destacam por seu uso econômico. O primeiro é o Opuntia, no qual está classificada a palma conhecida como Orelha de elefante mexicana. Esta espécie faz parte da história dos povos pré-Aztecas, Maias e Incas. Para o México a palma é tão importante que em sua bandeira está a águia devorando uma serpente sobre um pé de palma do gênero Opuntia. Neste país o uso principal da palma, conhecida como Nopal é na alimentação humana. Seja como salada, frita, processada, o fato é que são milhares de hectares cultivados como alimento humano.
Uma segunda espécie, do gênero Nopalea, o que demonstra claramente de onde vem, também conhecida como palma miúda ou doce, tem seu cultivo diretamente ligado à produção animal no Agreste de Pernambuco, de Alagoas e da Paraíba, sendo um dos principais suportes forrageiros para a pecuária de leite.
O interessante é que dois titãs da indústria nordestina, os empresários Arthur Lundgren e Delmiro Gouveia, ambos notabilizados como pioneiros na indústria têxtil, em seus passatempos como pecuaristas vislumbraram na palma forrageira uma opção estratégica para o semiárido e nos anos vinte do século passado, isto é, há cem anos, em iniciativas distintas promoveram importações de palma forrageira da Califórnia visando o cultivo como forrageira. Não há registro de que as coleções foram aproveitadas de forma sistemática, mas não deixa de ser algo louvável a visão desses dois homens.
Não é clara a conexão com Arthur Lundgren e Delmiro, mas o fato é que desde os anos 30 do século passado campanhas de promoção de cultivo da palma forrageira foram adotadas pelo governo de Pernambuco. Neste primeiro momento, a palma era considerada como espécie para salvação do rebanho nas épocas de secas intensas e, portanto, deveria ser cultivada nas áreas menos férteis e mais pedregosas das propriedades, o que a tornava algo próximo do extrativismo. O interessante é que, apesar da relativa pouca importância, o Instituto Agronômico de Pernambuco foi pioneiro em organizar uma agenda de pesquisa e desenvolvimento tecnológico com a palma, constando em seus acervos trabalhos publicados de forma contínua desde 1957.
Um fato considerado marcante na história do cultivo da palma forrageira se deu em 1995, quando o deputado federal por Pernambuco, Ricardo Fiúza, voltando de uma viagem ao México procurou o governador Miguel Arraes de Alencar para expressar seu entusiasmo com o cultivo adensado da palma forrageira e instigando o governador Arraes a solicitar do IPA que começasse a adotar o adensamento da cultura em seus experimentos, inclusive informando que ele havia tomado a decisão de utilizar deste método em sua fazenda no município de Custódia. O governador, um pouco cético sobre o relato de Fiúza, pediu ao IPA para que colocasse em campo alguns experimentos com este tal de adensamento, deixando claro que, se metade do que o deputado Fiúza lhe passou fosse verdade, havia uma revolução em curso para a pecuária nordestina. Não sem pouco questionamento, já quem seria Fiúza para sugerir uma agenda de pesquisa para um grupo que trabalhava com o cultivo da palma há décadas, aceitaram conduzir uma série de experimentos nas estações experimentais de Caruaru, Arcoverde, São Bento do Una, Sertânia e Serra Talhada. O fato é que o sucesso foi tal que mudou radicalmente a forma de cultivo da palma no Nordeste.
A natureza é sábia. Enquanto o monocultivo certamente traria ganhos de produtividade, os insetos que para a palma seriam pragas festejaram o banquete que lhes haviam preparado. Um deles, a cochonilha do carmim, um inseto sugador com uma carapaça branca aveludada, mundialmente conhecido pela produção do corante carmim, usado na coloração de tecidos aproveitou-se e, contando com a ganância de produtores que achavam que na produção do carmim estaria a salvação da lavoura, multiplicou-se nos plantios de forma tão assustadora que em questão de dois anos havia dizimado quase toda a palma gigante cultivada na Paraíba e Pernambuco.
A sucumbência da palma do gênero Opuntia promoveu uma corrida louca por se identificar uma forma de combate a praga. Testou-se de tudo quanto era possível em termos de inseticidas, óleos minerais, detergentes, mas todos os métodos se apresentavam pouco eficazes e de difícil adoção. Foi aí que uma equipe do IPA liderada pelo pesquisador Djalma Cordeiro dos Santos soube que em uma propriedade no estado da Bahia um produtor contava com uma palma que não era atacada pela cochonilha do carmim. Palma esta que foi denominada Orelha de elefante mexicana. Provavelmente fruto das introduções primeiras ou do trabalho de pesquisadores da Embrapa Semiárido que nos oitenta haviam fornecido uma coleção de genótipos de palma com aproximadamente vinte acessos, dentre esses um conhecido como Orelha de elefante mexicana.
Este genótipo que também pode ser identificado como um clone ou uma variedade rapidamente foi adotada e em pouco tempo os governos estaduais iniciavam uma ampla campanha de difusão desse material, retomando-se o cultivo da palma na devida intensidade. O fato é que logo após a descoberta de um tipo resistente à praga e a sua difusão entre os produtores, o Nordeste foi submetido a uma seca que durou entre 2012 e 2018. Considerando o histórico de secas, seria uma catástrofe, mas por incrível que pareça a presença da palma forrageira fez com que na maioria dos estados nordestinos não houvesse redução da produção leiteira e, em alguns, a exemplo do Ceará, até um acréscimo durante este período.
Este relato é base para o relato sobre uma visita realizada esta semana à Estação Experimental do IPA, em Araripina, onde dois experimentos estão sendo conduzidos para ver como se adapta os novos genótipos de palma forrageira em diferentes regiões do estado, provenientes do programa de melhoramento genético liderado pelo pesquisador Djalma Cordeiro dos Santos, do IPA de Arcoverde que tem contado com a estreita colaboração do Programa de Melhoramento Genético Vegetal da UFRPE-UAST, de Serra Talhada.
Pode parecer pedantismo, mas sem sombra de dúvida o programa ao qual me refiro é o mais importante projeto de pesquisa para o semiárido dependente de chuvas no país. Ele demonstra maturidade, qualidade, visão estratégica, sendo a ponte entre o passado e o futuro da pecuária regional.
*Professor titular da UFRPE-UAST em Serra Talhada
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O PL está acusando a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal de perseguição política diante da operação de hoje, mas deputados do Centrão admitem reservadamente que há indícios de desvio de verbas de gabinete parlamentar que precisam ser investigados.
“O PL tem razão em reclamar de uma perseguição política contra seus deputados. Mas, por outro lado, a operação de hoje da PF traz indícios fortes de desvio de verbas da cota parlamentar. Isso é muito ruim, os deputados do PL precisam cobrar explicações de seus assessores”, disse ao blog do Valdo Cruz, de forma reservada, um líder do Centrão.
Leia maisLogo cedo, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fez ligações para deputados da cúpula da Câmara dos Deputados pedindo uma reação da Casa contra a operação que atinge o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), além de assessores dos dois parlamentares.
A PF deflagrou nesta sexta a operação Galho Fraco, com objetivo de aprofundar as investigações sobre um esquema de desvio de recursos públicos vindos de cotas parlamentares.
Eles são suspeitos de desviar verba pública para empresas de fachada, entre elas, uma locadora de veículos. Jordy negou qualquer irregularidade e disse que a empresa é usada desde o início dos mandatos (veja a nota aqui), Sóstenes ainda não se pronunciou.
Outro líder do Centrão acusa a PF de estar numa estratégia neste final de ano para acuar o Congresso Nacional, mas recomenda de forma reservada o afastamento de assessores suspeitos pelo menos até a conclusão das investigações.
No espaço de uma semana, foram realizadas três operações contra parlamentares. No STF e na PF, a resposta a esse tipo de acusação de perseguição política é que as investigações estavam em curso e foram encontrados fortes indícios que demandavam a realização de operações.
Segundo investigadores, a PF não pode fechar os olhos para indícios de corrupção, precisa investigar, lembrando que nesta semana a polícia fez uma operação contra um vice-líder do governo no Senado, Weverton Rocha (PDT-MA).
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O primeiro trem de carga comercial da Ferrovia Transnordestina chegará a Iguatu, hoje, trazendo da cidade de Simplício Mendes, no Piauí, um carregamento de milho exclusivo para a empresa Tijuca Alimentos, uma das maiores empresas avícolas do Ceará. Após chegar a Iguatu, o milho será transportado, em caminhões, para as fábricas de rações da Tijuca localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza.
Essa viagem inaugural tem significativa importância para a Transnordestina Logística, empresa que constrói a estrada de ferro que, quando estiver concluída, ligará os campos de produção agrícola, industrial, agroindustrial e mineral do Piauí, Bahia, Pernambuco e Ceará ao Porto do Pecém.
Leia maisO trecho Simplício Mendes-Iguatu está pronto há alguns meses, mas só agora está autorizado a funcionar graças à licença ambiental de operação emitida pelo Ibama.
Em Iguatu há grande expectativa que a movimentação da Transnordestina traga também um crescimento econômico para o município. Iguatu terá o primeiro porto seco em operação do Ceará e muitas empresas já estão de olho no município.
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O município de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, promove, hoje, a partir das 19h, o 1º Festival Arcoverdense de Seresta e Serenata (FASS). A programação tem início na Câmara de Vereadores e inclui uma serenata itinerante pelas ruas da cidade, com paradas em três estações, seguindo até o Coreto, onde ocorrerá o encerramento com apresentações musicais.
O festival contará com show de Lila, conhecida como Rainha da Seresta, além do grupo Sertão Seresteiro e artistas locais. A iniciativa presta homenagem a Jair Pacheco Freire e é realizada pela Câmara Municipal de Arcoverde, em parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Eventos.
Leia maisAlém do principal homenageado Jairo Pacheco, outras seis personalidades da cultura musical local também serão lembradas: Beto da Oara, Dão Novaes, Hugo Araújo, Lima Ferreira, Jarbas Freire e Luiz Lopes. Artistas e músicos tradicionais da cidade também farão parte das apresentações, reforçando o caráter afetivo e comunitário do evento.
Com a realização do FASS, Arcoverde reafirma seu compromisso com a valorização das tradições locais e com a construção de políticas culturais que aproximam a população de sua própria identidade. O evento celebra a união entre o Legislativo e o Executivo, dois pilares fundamentais para promover iniciativas que fortalecem a história, a cultura e o sentimento de pertencimento da cidade.
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O deputado federal Pedro Campos (PSB) teceu duras críticas à privatização da Compesa, anunciada ontem, pela governadora Raquel Lyra (PSD). De acordo com um vídeo postado em sua página no Instagram, o parlamentar afirma que pode acontecer com Pernambuco o mesmo que está acontecendo no Rio de Janeiro, após a privatização do serviço de esgoto, uma cobrança absurda para um serviço ruim.
A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 400 mil em espécie no flat do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em Brasília, segundo informações obtidas pela TV Globo. Segundo investigadores, o dinheiro estaria dentro de um saco preto, em um armário no flat do deputado, na capital federal.
Sóstenes foi alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Galho Fraco, que investiga suposto desvio de cotas parlamentares por meio de contratos falsos com uma locadora de veículos. A operação foi deflagrada nesta sexta-feira (19), autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal (PF) deflagrou, hoje, a operação Galho Fraco, com objetivo de aprofundar as investigações sobre um esquema de desvio de recursos públicos vindos de cotas parlamentares. A TV Globo apurou que os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados, e Carlos Jordy (PL-RJ) são alvos de mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, os deputados são suspeitos de desviar verba pública para empresas de fachada, entre elas, uma locadora de veículos. De acordo com o blog da Camila Bomfim, a PF chegou aos parlamentares após análise do material colhido em operação que mirou assessores deles, em 2024. Mensagens de celular, depoimentos e quebras de sigilo levaram aos indícios contra os parlamentares.
Leia maisCota parlamentar é um valor mensal em dinheiro que deputados e senadores recebem do orçamento público para cobrir despesas ligadas diretamente ao exercício do mandato, como passagens aéreas, hospedagens, alimentação, manutenção de escritório e contratação de consultorias, por exemplo. É um recurso extra, além do salário.
O deputado Carlos Jordy publicou nas redes sociais que é vítima de “perseguição”, e que a empresa citada é usada por eles desde o início do mandato. De acordo com as investigações, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio dos valores do orçamento público e posterior ocultação de verba pública.
A ação desta sexta é um desdobramento da operação Rent a Car, deflagrada em dezembro do ano passado, e apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Outro lado
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) publicou um vídeo nas redes sociais nesta manhã, confirmando ser alvo dos mandados da PF e alegando que é vítima de perseguição. Ele negou qualquer irregularidade com a empresa citada nas investigações.
Jordy alegou que, além de endereços ligados a ele, a PF também cumpriu mandados em endereços de familiares. “Eles dizem que chama muita a atenção o número de veículos dessa empresa, dizendo que as outras empresas tem mais de 20 veículos na sua frota, e que a empresa de veículos que usamos tem apenas cinco, por isso, seria uma empresa de fachada”, afirmou.
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No último ano do levantamento do Opinião para a disputa das duas vagas ao Senado em Pernambuco, a liderança permanece com o senador Humberto Costa (PT), com 27,4% das intenções de voto. Em segundo lugar, o deputado Eduardo da Fonte (PP), com 22,3%, seguido por Miguel Coelho (UB), com 17,6%.
Abaixo de Miguel, o ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), com 15,9%, seguido por Gilson Machado Neto (PL), com 12,1%. Por último, o senador Fernando Dueire (MDB), com apenas 3,8%. Brancos e nulos somam 45% e indecisos 55,9%. Esses números dizem respeito à soma do primeiro com o segundo votos.
Leia maisPara o primeiro voto, Humberto aparece com 18,4%, Eduardo vem em seguida com 12,4%, tecnicamente empatado com Miguel Coelho, que teve 10,5%. Gilson aparece na sequência com 7,5%, Silvio Costa Filho tem 6% e por fim Dueire com 0,9%. Para o segundo voto, Eduardo da Fonte aparece em primeiro com 9,9%, seguido por Silvio Filho, com o mesmo percentual, Humberto 9%, Miguel 7,1%, Gilson 4,6% e Dueire 2,6%.
No cenário em que é testado o ex-deputado Anderson Ferreira (PL) no lugar de Gilson Machado, o quadro permanece o mesmo: Humberto leva a dianteira, com 27%, seguido por Eduardo da Fonte (20,8%), mais uma vez empatado tecnicamente com Miguel Coelho (18,7%), Silvio Costa Filho (13,1%), Anderson Ferreira (9,8%) e Fernando Dueire (3,9%). Brancos e nulos somam 46,6%, e indecisos, 60,1%.

A pesquisa foi a campo entre os dias 12, 13, 14 e 15 últimos, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios das mais diversas regiões do Estado. O intervalo de confiança estimado é de 95,5% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
As entrevistas foram feitas presencialmente. A modalidade adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação.
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Como em outros estados, concessão da Compesa deve aumentar tarifa
A concessão de parte dos serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), sacramentada, ontem, em São Paulo, tem levantado preocupações sobre um eventual aumento na tarifa de água e esgoto em Pernambuco. Embora a gestão da governadora Raquel Lyra (PSD) indique que não haverá reajuste imediato e que a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) ficará a cargo da fiscalização dos contratos, a experiência adotada em outros estados que já privatizaram serviços similares demonstra o caminho que os pernambucanos poderão ter pela frente.
No Amapá, após a concessão dos serviços de saneamento, a tarifa de água acumulou três aumentos expressivos em poucos anos. No Amazonas, o reajuste em vigor desde o início deste ano chegou a 12,32%, gerando críticas de usuários e ações judiciais. Já em municípios paulistas atendidos por concessionárias privadas, como Limeira, o realinhamento tarifário mais recente, de junho, chegou a 5,72%, também acima da inflação.
Leia maisMesmo em São Paulo, onde a privatização da Sabesp foi defendida sob o argumento de eficiência e moderação tarifária, há previsão de reajustes nos próximos ciclos, ainda que apresentados como reposição inflacionária. O histórico mostra que, independentemente do modelo, a entrada do setor privado costuma vir acompanhada de pressão por aumentos, seja para financiar investimentos, seja para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
Em Pernambuco, onde a renda média da população é inferior à de estados do Sudeste, o impacto de reajustes pode ser ainda mais drástico. Desde 2023, quando a concessão da Compesa passou a ser aventada, deputados de oposição e sindicalistas alertaram para a desigualdade econômica e social inerente ao modelo pensado, que não garante qualidade do serviço e tarifas acessíveis em municípios considerados deficitários e menos atraentes para as futuras concessionárias.
RECEIO DE AUMENTO – O maior receio dos consumidores da Compesa, a partir da privatização consumada, ontem, que o Governo qualifica como concessão, diz respeito ao aumento das tarifas. Em todos os Estados que antecederam Pernambuco, houve reajuste absurdo de contas dos serviços de fornecimento de água. Servidores da estatal que se mobilizaram contra a concessão garantem que o Governo blefa ao afirmar que a conta de água no final não virá mais salgada.

Sem risco de reajuste – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o presidente do Conselho da Compesa, Alex Campos, ex-presidente da estatal, garantiu que está fora de possibilidade qualquer reajuste nas tarifas em razão da concessão dos serviços de distribuição de água com o leilão de ontem. “Pelo contrário, há um compromisso de redução de 5% nas tarifas sociais”, disse. Alex acompanhou todo o processo de concessão da Compesa e fez questão de estar presente ontem ao leilão em São Paulo.
Resultado do leilão – O leilão de concessão dos serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai render R$ 4,2 bilhões em valor de outorga. Dividido em dois blocos, o certame aconteceu, ontem, na Bolsa de Valores B3, em São Paulo. O primeiro bloco, denominado MRAE1, que compreende o Sertão, incluindo Petrolina, foi arrematado pelo fundo de investimentos Pátria, que ofereceu a outorga de R$ 720 milhões. Já o segundo bloco, que compreende a Região Metropolitana do Recife (RMR) e o Sertão do Pajeú, identificado como MRAE2, foi arrematado pelo Consórcio Pernambuco Saneamento, formado pelas empresas BRK Ambiental e Acciona. O grupo ofertou mais de 3,5 bilhões pela exploração dos serviços de saneamento. O valor mínimo exigido no edital do leilão era de R$ 2,2 bilhões.
Promessa de investir R$ 19 bilhões – Os grupos Consórcio Pernambuco Saneamento e a Pátria Investimentos, que apresentaram as propostas vencedoras, vão investir, juntos, R$ 19 bilhões na distribuição de água e na coleta e tratamento de esgoto, enquanto a Compesa continuará sendo responsável pela produção e tratamento de água. A governadora Raquel Lyra (PSD) participou do certame ao lado de secretários e aliados políticos. Ela lembrou as dificuldades de abastecimento de água enfrentadas pelo estado, citando a falta de água no Agreste e nas áreas de morro do Recife, que fizeram o estado figurar na posição de segundo pior racionamento de água do País.

Dupla cassação – O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) decidiu cassar, ontem, o mandato dos deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão recebeu aval da maioria dos integrantes da Mesa Diretora – Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Altineu Côrtes (PL-RJ) e Sergio Souza (MDB-PR)- não assinaram a medida. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu o mandato por ultrapassar o limite permitido de faltas. Eduardo está nos EUA desde fevereiro. Já Ramagem teve o pedido de cassação determinado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) depois de ser condenado por tentativa de golpe.
CURTAS
VETO 1 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, ontem, que vetará o PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, aprovado no Senado, na quarta-feira e que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado. Em café com jornalistas, o petista afirmou que o Congresso “tem o direito de derrubar o veto”, mas defendeu que os condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) devem pagar pelos crimes cometidos contra a democracia.
VETO 2 – “As pessoas que cometeram crime contra a democracia brasileira terão que pagar pelos atos cometidos. Nem terminou o julgamento ainda, tem gente sendo condenada e o pessoal já resolve diminuir as penas. Com todo o respeito que tenho pelo Congresso Nacional, a hora que chegar na minha mesa, eu vetarei. Depois eles têm o direito de derrubar ou não o meu veto”, disse o presidente.
SEM ACORDO – Sobre o acordo feito entre os congressistas governistas e de oposição para a aprovação, Lula afirmou que não foi informado. “Se o presidente não foi informado, não houve acordo”, declarou. O projeto propõe a adoção do concurso formal, isto é, considera-se somente a pena do crime mais grave e adiciona-se uma fração, que pode variar de 1/6 até metade do tempo da pena.
Perguntar não ofende: Como o Congresso vai reagir ao veto de Lula ao projeto da dosimetria ?
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