Por Osvaldo Matos de Melo Júnior*
Nos últimos 15 anos, tenho me dedicado a estudar, escrever e orientar líderes do Executivo e do Legislativo sobre o impacto transformador que os drones podem trazer para o controle urbano, à ordem pública e à segurança. A evolução dessas tecnologias nos permite imaginar e implementar já no presente, onde a gestão das cidades e a segurança da população sejam realizadas com precisão, agilidade e inteligência.
As câmeras acopladas aos drones, somadas a sistemas avançados como georeferenciamento, sensores anticolisão, maior autonomia de voo, carregamento automático e designs variados – incluindo os inovadores nano drones –, expandem o alcance das instituições públicas. Essa tecnologia viabiliza ações antes impossíveis, como a identificação precoce de construções irregulares, desastres, acidentes, focos de dengue, pessoas procuradas pela justiça, idosos e crianças perdidas, ações criminosas, tráfico de drogas e muito mais.
Leia maisNo contexto urbano, drones podem mapear necessidades de reparos em vias públicas, monitorar o trânsito, e proteger parques e eventos. No combate ao crime, exemplares acoplados a viaturas policiais são capazes de registrar flagrantes, prevenir delitos em andamento e auxiliar na distribuição eficiente de efetivos. As imagens e dados capturados alimentam centros de inteligência, gerando estatísticas em tempo real e estratégias mais eficazes.
No âmbito ambiental e rural, drones se destacam no monitoramento de queimadas, identificação de desmatamentos, controle de áreas agrícolas e localização de pessoas desaparecidas apenas com características pessoais. Existem modelos que extinguem incêndios, preveem acidentes e realizam operações de patrulha em grandes áreas, tudo com um custo reduzido e eficiência incomparável.
Essa revolução tecnológica vai além do simples monitoramento. Com inteligência artificial cognitiva integrada, os drones são capazes de agir preventivamente, analisando padrões de comportamento e recomendando medidas de segurança. Países do primeiro mundo já utilizam drones em ações como rendição de criminosos com armas não letais e prevenção de tragédias.
Os governos brasileiros precisam abraçar essa inovação e criar políticas públicas que incentivem o uso de drones nas forças policiais, guardas municipais e centros de inteligência. É fundamental investir na capacitação dos agentes para operar essas ferramentas, além de desenvolver estruturas como centro dotados de dashboards para acompanhamento, comando e controle.
Estamos diante de uma oportunidade única de modernizar nossa segurança pública e gestão urbana. Drones são mais que ferramentas: são aliados estratégicos que salvam vidas, evitam crimes e transformam a forma como cuidamos de nossas cidades.
*Cientista Político e Social, publicitário, especialista em Gestão Pública e Privada, Comércio Exterior, Turismo, Marketing, Planejamento Estratégico, Inteligência Competitiva e Comunicação Pública.
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