Seis dos meus oito irmãos participaram da minha festa em comemoração aos 18 anos do blog, dando assim um toque mais emocionante ao evento.








Seis dos meus oito irmãos participaram da minha festa em comemoração aos 18 anos do blog, dando assim um toque mais emocionante ao evento.








O município de Itaíba, no Agreste Meridional, sediou, há pouco, a palestra seguida da sessão de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado no plenário da Câmara dos Vereadores e contou com o apoio do prefeito Pedro Pilota (Republicanos).

Além do chefe do Executivo Municipal, estavam presentes no ato a ex-prefeita Regina da Saúde, e os vereadores Jesse Tenório (PP), líder do Governo na Casa, e Renato da Assistência (Republicanos). Alunos das escolas Municipal Presidente Médici e Estadual Pedro de Alcântara também participaram do evento.
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Do primeiro-escalão municipal, compareceram ao lançamento a secretária de Assistência Social, Janicleia Alves; o secretário de Esportes, Fábio Dantas; a secretária da Mulher, Adriana Cavalcanti; o chefe de Gabinete, Alisson Xavier; o secretário de Infraestrutura, João Arcoverde; o secretário de Agricultura, Marcelo Bispo; os assessores Wanderson Almeida e Rafael Cordeiro, e o diretor de Agricultura, Pedro Jordão.

“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
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O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), negou nesta terça-feira, 18, que tenha privilegiado o ex-presidente Jair Bolsonaro ao solicitar uma avaliação médica diante da possibilidade de o ex-mandatário ser enviado para o Complexo Penitenciário da Papuda, no DF. As informações são do portal Estadão.
Segundo o governo, a avaliação tinha o objetivo de verificar a “compatibilidade” do ex-presidente com o cumprimento de pena em regime fechado. A manifestação do GDF ocorreu após um ofício com questionamentos sobre a prática emitido pelo deputado distrital Fábio Félix (PSol), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Câmara Legislativa do DF.
Leia maisEm resposta aos questionamentos de Félix, o secretário Wenderson Souza e Teles informou que a pasta adota, de forma imediata, todas as medidas cabíveis para garantir avaliação médica e condições adequadas de custódia sempre que há ciência prévia de comorbidades ou de quadro clínico debilitado.
“O caso em análise não configura violação ao princípio da isonomia. Ao contrário, evidencia sua estrita observância na situação concreta. Tal procedimento é aplicado indistintamente a todos os internos, podendo ser exemplificado, a título ilustrativo, por solicitações de dietas especiais”, afirmou o governo distrital.
O pedido inicial de avaliação médica de Jair Bolsonaro havia sido feito pelo GDF, sob gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na devolutiva da solicitação, o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, considerou o pedido impróprio para análise naquele momento.
Os debates sobre a ida de Bolsonaro para a Papuda aumentaram após o fim do julgamento do “núcleo 01” da trama golpista, no qual o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Até o momento, ele permanece preso em regime domiciliar em sua residência na capital do país.
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O subprocurador-geral do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que a Corte analise se houve falhas ou omissões do Banco Central (BC) na fiscalização e supervisão do Banco Master e suas subsidiárias. As informações são do portal G1.
Na mesma representação, ele pede ainda que seja verificado se há risco sistêmico bancário diante da decretação da liquidação extrajudicial do banco. Nesta terça-feira (18), a autoridade monetária decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master.
Leia maisEste processo ocorre quando o BC encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional.
No documento, o subprocurador também solicita que o TCU:
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou, hoje, que quer encerrar sua carreira política ao fim do seu mandato no Senado, no início de 2027. No ano passado, Pacheco já havia manifestado essa intenção, que reforçou em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana.
“Eu nunca pensei em me eternizar na política. Há, inclusive, muitos pronunciamentos meus, desde quando entrei e deixei a advocacia, nos quais eu dizia que tinha uma data de entrada e também uma data de saída da política”, afirmou Pacheco a jornalistas. As informações são do portal Estadão.
Leia maisComo mostrou o Estadão, na noite de segunda-feira, 17, Lula disse a Pacheco que escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Segundo Pacheco, a conversa foi “amistosa, franca e muito esclarecedora”.
“O presidente disse que tinha tomado uma decisão, que seria anunciada em breve, e manifestou o desejo de ver a minha candidatura ao governo do Estado”, afirmou o senador. Lula quer que Pacheco seja candidato ao governo de Minas Gerais, em 2026, mas ele rejeita a ideia.
“Há uma reflexão já de bastante tempo sobre o encerramento da vida pública”, afirmou. “Principalmente após a saída da presidência do Senado, eu vinha amadurecendo a ideia de concluir a minha trajetória ao final do mandato.”
Pacheco, contudo, disse que este não é um posicionamento final. “Uma decisão definitiva, até por respeito e deferência, precisa ser construída com alguns companheiros que sempre estiveram ao meu lado, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores. É necessário conversar para ter esse alinhamento, para que tudo fique claro e sem arestas.”
O senador também disse que na conversa com Lula não tratou de um eventual “plano B” para o governo de Minas Gerais. “Não dialogamos sobre isso”, afirmou.
“Gosto do presidente Lula, sei que ele gosta muito de mim”, acrescentou. Pacheco disse que permanecerá no Congresso “ajudando nas pautas do Brasil” pelos próximos 14 meses que lhe restam de mandato.
Até o momento, Lula ainda não enviou ao Senado a indicação para a vaga de Barroso no STF. Após a escolha do presidente, o nome será sabatinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e apreciado pelo plenário da Casa.
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JC Online
Mães de bebês internados na UTI Pediátrica do Hospital da Restauração denunciam que o local está sem ar-condicionado há 30 dias. Muitas crianças estão entubadas e correm risco de infecção, visto que o local é bastante quente e as mulheres precisam abaná-las.
“Na ouvidoria, no descanso dos enfermeiros, na diretoria, todos tem ar condicionado, só a UTI que não está pegando e já faz um mês que está sem. A gente reclama e eles não fazem nada, estão tratando a gente como um cachorro. Eu nunca vi uma UTI sem ar-condicionado, é a primeira vez”, contou a mãe de um bebê.
Leia maisUma outra mulher conta que está com o filho há dois meses na UTI e que, por conta do calor e da agitação, ele precisou voltar a ser entubado. “Ele estava entubado e precisou tirar para ver como ele reagiria, mas com a temperatura alta ele ficou agitado e teve que colocar de novo, porque ele está operado, com dois drenos”, concluiu.
As mães contaram que só podem permanecer com as crianças, abanando-as para amenizar o calor, até às 22h. Depois disso, elas precisam sair da UTI, deixando os menores no calor. “Um hospital desse tamanho e não tem um ar-condicionado para as crianças. As camas ficam todas molhadas de suor e as crianças agitadas. Meu filho está com um dreno e é capaz pegar uma bactéria hospitalar”, disse uma outra mulher.
O que diz o Hospital
Em nota, o Hospital da Restauração afirma que recentemente chegaram novos equipamentos para alguns setores, entre eles a UTI Pediátrica. A equipe de engenharia estuda a melhor estratégia de substituição dos aparelhos, visando menos transtornos e a continuidade da rotina de assistências. A Unidade de Saúde conclui afirmando que está sendo realizada a manutenção de pelo menos um dos equipamentos do setor.
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O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Ministério da Previdência Social, o INSS e o Dataprev adotem, em até 120 dias, medidas para reduzir o risco de fraudes no Atestmed, sistema que permite a concessão de auxílio por incapacidade temporária mediante apresentação de atestado médico.
Entre as exigências estão a verificação da autenticidade dos atestados, a organização dos dados relevantes – como o número de registro dos profissionais no Conselho Regional de Medicina – e o reforço dos controles internos.
Leia maisO TCU também definiu que, no mesmo prazo, o Ministério da Previdência e o Dataprev tomem providências para garantir a realização de exame médico-pericial nos processos de concessão pelo Atestmed. As medidas incluem:
Além disso, o tribunal determinou que o Ministério da Previdência implemente mecanismos para controlar a qualidade das decisões dos peritos que concedem benefícios via Atestmed. A pasta deverá assegurar também que a pontuação da tarefa de análise documental seja compatível com o tempo e a complexidade do trabalho, bem como com a pontuação das perícias presenciais.
As decisões foram tomadas na sessão plenária desta quarta-feira (19), durante a análise de uma auditoria operacional sobre o funcionamento do Atestmed.
O período auditado vai de julho de 2023 a maio de 2025. O volume de recursos fiscalizados (VRF) chegou a R$ 18,4 bilhões, valor estimado da despesa total com auxílios por incapacidade temporária concedidos via Atestmed no período.
A auditoria identificou avanços – mas também retrocessos – na redução do tempo de espera para a concessão dos benefícios, além de desigualdades entre as unidades da federação.
“No período de setembro de 2023 a outubro de 2024, a equipe apontou melhoria operacional significativa, refletida na redução dos requerimentos pendentes por mais de 45 dias e no aumento da capacidade de análise dentro desse prazo legal. Apesar disso, a partir de novembro de 2024 houve piora nos resultados”, afirmou o relator, ministro Jorge Oliveira. “Essa piora pode estar relacionada à elevação da demanda por benefícios e à greve dos peritos médicos, de 22/8/2024 a 11/4/2025”, ponderou.
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O prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, cumpriu uma importante agenda institucional na Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal em Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, no Recife, hoje. O gestor da ‘Terra dos Camarás’ reuniu-se com o superintendente de Rede do banco no estado, Marcelo Maia, e tratou da viabilização de recursos para a pavimentação de mais de 200 ruas na cidade do trabalho.
“Ao longo dos últimos anos nós temos construído com a superintendência da Caixa Econômica Federal em Pernambuco uma relação de amizade e de parcerias, buscando investimentos para transformar Camaragibe. Isso inclui também a nossa capacidade de pagamento junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que recentemente concedeu ao município o selo A+ do Capag. Essa reunião de hoje foi bastante produtiva e em breve teremos novidades para a população de Camaragibe”, disse Diego Cabral.
Durante a reunião, o prefeito destacou o investimento maciço que a Prefeitura vem realizando na pavimentação de ruas desde que assumiu a gestão, em janeiro deste ano, um volume jamais visto na história da cidade. Ao todo, foram investidos mais de R$ 16 milhões em obras de pavimentação de ruas nos quatro cantos de Camaragibe e mais de 25 ruas foram contempladas, entre vias já inauguradas e entregues à população, e outras com serviços sendo executados. Além disso, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, outros 250 projetos executivos estão em fase final de elaboração.
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, enviou um ofício ao Ministério da Previdência, hoje, solicitando o afastamento da diretora Léa Bressy Amorim das funções por proximidade dela com o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.
Stefanutto foi preso na última quinta-feira (13) durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões no instituto. Ele foi demitido do cargo em abril, após o escândalo se tornar público.
Segundo o ofício obtido pela TV Globo, Léa Bressy Amorim é diretora de Tecnologia da Informação do órgão, e responsável por assumir a Presidência do INSS na ausência do titular do cargo. Waller destaca que a diretora tem “notória proximidade pessoal” com Stefanutto, e o órgão precisa prezar pela própria imagem e dar apoio irrestrito à apuração dos fatos. Por isso, se justifica o afastamento dela do cargo.
Por José Américo Silva*
O texto aprovado ontem pela Câmara dos Deputados para o chamado PL Antifacção — relatado pelo deputado Guilherme Derrite — deveria representar um avanço na luta institucional contra o crime organizado. Mas o que saiu do plenário está longe disso. O projeto original, elaborado pelo governo após diálogo com especialistas em segurança pública, tinha como objetivo fortalecer investigações, punir lideranças de facções e criar instrumentos modernos de combate ao crime. No entanto, ao passar pela Câmara, o texto ganhou contornos políticos e perdeu consistência técnica.
Foram várias versões apresentadas pelo relator, sempre ajustadas ao sabor das pressões partidárias. O resultado é um projeto marcado mais pela disputa política do que pelo compromisso com a segurança pública. Nem o governo venceu, já que viu seu texto ser descaracterizado; nem a oposição pode comemorar, porque produziu uma proposta frágil, cheia de lacunas e com potencial de gerar insegurança jurídica. O maior derrotado é a sociedade brasileira, que assistiu a um debate contaminado pela pressa, pelo uso eleitoral da pauta e pela vontade explícita de marcar posição.
Leia maisEntre os principais problemas do texto está a criação apressada de novos tipos penais sem amparo técnico adequado, como o enquadramento de condutas já previstas em outras legislações, gerando sobreposição e risco de interpretações contraditórias. Há também dispositivos que, em vez de fortalecer o Estado, podem enfraquecer mecanismos essenciais de investigação — como a necessidade de aguardar o trânsito em julgado para reverter bens de facções, atrasando o estrangulamento financeiro desses grupos. A falta de precisão em certas definições torna o texto vulnerável a decisões judiciais divergentes, prejudicando o objetivo central: combater o crime organizado com eficácia e segurança jurídica.
O texto aprovado tem forte apelo político, mas baixa capacidade prática. O enfrentamento às facções exige integração entre instituições, inteligência, rastreamento de fluxos financeiros, controle territorial e fortalecimento das forças policiais. Nada disso se resolve com legislação construída sob clima de polarização.
Agora, a atenção da sociedade se volta para o Senado, onde a relatoria já está definida: o senador Alessandro Vieira, reconhecido nacionalmente por sua postura técnica e por sua atuação firme em temas de segurança pública e combate ao crime organizado. Sua presença à frente da análise do PL reacende a esperança de que o texto seja depurado, equilibrado e reconstruído com base na realidade institucional — e não sob o calor das disputas partidárias.
Espera-se que o Senado retire excessos, corrija lacunas, recoloque o foco no fortalecimento do Estado e devolva ao projeto o caráter técnico perdido na Câmara. O Brasil não precisa de atos legislativos performáticos para alimentar narrativas políticas; precisa de um instrumento robusto, eficaz e responsável contra organizações criminosas.
Que o Senado, sob a relatoria de Alessandro Vieira, faça o que a Câmara não fez: priorizar a sociedade, a institucionalidade e a efetividade no combate ao crime organizado.
*Jornalista
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“Se cada político pensasse como Eduardo, a gente teria uma saúde melhor no nosso estado.” A afirmação é do prefeito de Toritama, Sérgio Colin (PP), ao reconhecer o trabalho do deputado federal Eduardo da Fonte pela saúde de Pernambuco.
O gestor destacou que o parlamentar tem atuado com foco no que realmente impacta a vida da população. “Eduardo é o político que faz política pensando no benefício das pessoas. O trabalho que ele faz para os hospitais pernambucanos impacta diretamente todo o nosso estado”, afirmou.
Sérgio Colin também ressaltou o compromisso de Eduardo e do também deputado federal Lula da Fonte para garantir avanços na saúde de Toritama. Ao todo, Eduardo da Fonte e Lula da Fonte já destinaram mais de R$ 8 milhões para a saúde do município. Toritama se tornou referência no Agreste por ter o único hospital municipal que realiza a retirada de vesículas por videolaparoscopia e por contar com um mamógrafo, além de ter ampliado o número de cirurgias e atendimentos.
O portal Vero Notícias apurou com exclusividade que o apresentador Carlos Massa, conhecido como Ratinho, tem acelerado a expansão de seu grupo de mídia para o Norte e Nordeste brasileiros, em uma movimentação vista por aliados como estratégica para fortalecer a projeção nacional do filho, o atual governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que avalia uma eventual candidatura presidencial.
Fontes ligadas às empresas de mídia do comunicador e à política confirmaram à reportagem que negociações estão em andamento para a incorporação de rádios localizadas em vários estados do Nordeste, mas, em especial, no Maranhão, na Bahia, no Piauí e em Pernambuco.
Leia maisA Rede Massa, grupo de propriedade do apresentador, também prevê a expansão das empresas a Roraima e ao Amazonas. Atualmente, Ratinho já consolidou o império midiático nas regiões Sul e Sudeste do país, com emissoras de TV, jornais e rádios.
Estratégia política
A expansão ocorrerá no interior dos estados e com um investimento forte em rádios. Segundo fontes, o grupo “acredita no potencial do rádio” por se tratar de um meio de comunicação “mais popular”. Com as possíveis novas aquisições, a companhia pretende “abrir espaço no eleitorado nordestino”, tradicionalmente ligado ao lulismo, fortalecendo o discurso de direita e a presença de Ratinho Jr. em um possível cenário de disputa eleitoral.
Atualmente, o apresentador Ratinho possui cerca de 85 afiliadas de rádio, cinco afiliadas do SBT, jornais impressos e portais digitais. Procurado, o governador Ratinho Jr. respondeu que “se afastou do comando do Grupo Massa antes de disputar a eleição em 2018” e “nunca misturou sua agenda política com a agenda empresarial da família”.
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Por Inácio Feitosa*
A decisão do Superior Tribunal de Justiça no Tema Repetitivo 1094, que permite que bacharéis assumam cargos previstos em lei como técnicos, reacendeu um debate que nunca foi trivial para os municípios. O STJ entendeu que, quando o edital exige curso técnico de nível médio, a graduação na mesma área profissional supre esse requisito.
Porém, permanece a pergunta que o próprio Tribunal não enfrentou: quando um enfermeiro bacharelado executará atividades típicas de um técnico em enfermagem? A resposta prática é evidente, mas não foi considerada no julgamento. É justamente essa desconexão entre o entendimento judicial e a realidade municipal que cria insegurança para os prefeitos.
Leia maisA Constituição Federal, nos artigos 18 e 30, assegura autonomia aos municípios para definir cargos, atribuições e escolaridade. Essa definição é resultado de estudos técnicos elaborados pelo Executivo, com participação do secretariado, avaliações das demandas reais da administração e contribuições de entidades representativas, como conselhos profissionais. Após esse processo, o projeto segue para a Câmara Municipal, onde ocorre debate político e técnico antes da aprovação. Quando o STJ determina que um diploma superior substitui automaticamente a formação técnica estabelecida em lei municipal, desconsidera toda essa construção democrática e técnica. A formação técnica prevista em lei não é uma formalidade, mas uma escolha funcional sobre o tipo de profissional de que o município realmente precisa.
O edital do concurso também perde autoridade com essa decisão. Ele é elaborado por comissões técnicas que avaliam detalhadamente as atribuições do cargo. A comissão define a escolaridade adequada com base na natureza prática do trabalho. Ao admitir que a graduação sempre supera a formação técnica, a decisão do STJ relativiza essa análise especializada. Cursos superiores têm propósitos distintos e não necessariamente preparam o profissional para atividades operacionais. A tese do Tema 1094, portanto, fragiliza a segurança jurídica do concurso e esvazia o papel das comissões responsáveis por definir o perfil do cargo.
Os Tribunais de Contas, que atuam diretamente no controle das admissões municipais, têm apontado riscos concretos. O Tribunal de Contas de Pernambuco, em análises recentes, alertou que a aceitação automática de diploma superior em cargo técnico pode gerar desvio funcional, quebra de hierarquia e desorganização de equipes. Ressalta ainda que a remuneração deve seguir o cargo técnico, mas que o exercício de funções superiores pode responsabilizar o gestor. O Tribunal de Contas de Minas Gerais também sustenta que formação técnica e superior têm finalidades diferentes e que a escolaridade prevista na lei municipal deve ser respeitada integralmente. O Tribunal de Contas de São Paulo segue a mesma lógica. Já os Tribunais de Contas da Paraíba e do Ceará admitem a possibilidade, mas exigem comprovação de que o bacharel não exercerá atribuições próprias de nível superior. Todos esses órgãos convergem em um ponto: a equivalência não é automática e depende da realidade funcional, algo que o STJ não considerou.
A incompatibilidade prática entre as formações é clara. A Resolução COFEN 556 diferencia detalhadamente as atividades do enfermeiro e do técnico em enfermagem. A mesma diferenciação existe no CONFEA, que distingue atribuições de engenheiros e técnicos industriais, e no Conselho Federal de Química. As formações não são etapas da mesma carreira, mas formações distintas para funções distintas. Ignorar essas diferenças compromete o funcionamento das equipes e cria conflitos que a administração terá de resolver.
Nesse cenário, surge uma dúvida prática que aflige as gestões municipais. O bacharel que assume o cargo técnico recebe o salário previsto para o cargo, pois a remuneração depende da lei municipal. No entanto, se ele começa a executar atividades típicas de enfermeiro, abre-se a possibilidade de caracterização de desvio funcional, com reflexos financeiros e administrativos. Resta a pergunta: se o cargo é técnico, mas o trabalho realizado é de enfermeiro, estará o município realmente protegido ao pagar como técnico? Ou será acusado de mascarar uma necessidade real de profissionais de nível superior? Essa resposta administrativa ainda paira no ar.
Embora o Tema 1094 esteja pacificado no Judiciário, ele interfere na autonomia dos municípios, relativiza o processo legislativo local, enfraquece a autoridade das comissões de concurso e diverge do entendimento consolidado dos Tribunais de Contas. Cargos técnicos existem por razões funcionais e práticas, e não por formalidade. Ignorar isso compromete a organização da administração pública.
O STJ uniformizou a tese, mas a realidade dos municípios continua desafiadora. E por isso, mesmo respeitando a Corte, mantenho minha discordância: a decisão resolve a teoria, mas complica a prática. E, no serviço público, é sempre a prática que cobra a conta.
*Advogado, escritor e fundador do Instituto Igeduc
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