Por Letícia Lins*
Leitor do #OxeRecife e com participação frequente nesse espaço – envia informações, sugestões e comentários quase todos os dias – Edjailson Xavier Correia fala das igrejas do Recife e das mudanças no “Circuito Sagrado“, agora chamado de “Recife Sagrado“. Trata-se de iniciativa da Prefeitura, que permite que a população local e a turistas conheçam doze igrejas da cidade com direito a guias bilíngues.
O programa está completando dez anos e, como informamos aqui, o número de igrejas que integram o roteiro – de diversas épocas e estilos – subiu de dez para doze. Entre os templos incluídos estão a Capela Dourada, a Basílica do Carmo, a Igreja de Conceição dos Militares, a do Terço, a Basílica da Penha, entre outras. Veja a opinião do leitor, que passou a infância e adolescência residindo no antes vicejante bairro de São José, área central da cidade:
Leia mais“A Arquidiocese de Olinda e Recife deveria ajudar esse circuito pois deixamos de visitar diversas Igrejas nos Bairros de São José e Boa Vista. Em São José temos a Igreja de Santa Rita de Cássia na Rua de Santa Rita. Caminhando mais um pouco temos a Igreja de São José de Ribamar, onde nasceu o Bairro de São José bem nas confluências das ruas de São José, Antônio Henrique, Travessa de São José. Temos ainda a Igreja do Terço, onde Frei Caneca passou sua última noite de vida e Sacerdócio. É a única Igreja do Nordeste com sua Torre toda em azulejo português e seu relógio suíço totalmente abandonado, que já marcou a hora dos moradores do Bairro pela sincronia do sino que badalavam as horas. Na Boa Vista, temos praticamente duas Igrejas bem perto e esquecidas: a Igreja de Santa Cecilia entre as ruas da Conceição e Rosário da Boa Vista, onde temos a Igreja do Rosário da Boa Vista, que infelizmente por falta total de conhecimento das categorias de Igrejas agora apareceu alguém para chamar de Santuário. Também as pequenas Igrejas como a de Santa Terezinha, no Derby”, explica.
“São igrejas que merecem uma visita e recuperação física pois estão abandonadas. Quem for fazer esse roteiro, já que não temos informações detalhadas da História, por exemplo, quando entrarem na Basílica da Penha voltem seus olhares e atenção aos afrescos de Murilo Lagreca com os Evangelistas Apóstolos de Cristo. E vejam a beleza dos Lustres com Cristal da Croácia. E, ao entrarem na Basílica do Carmo procurem, se ainda há, uma Imagem de São Judas Tadeu que os holandeses, quando invadiram o Recife, por serem iconoclastas, colocaram de cabeça para baixo e arrancaram os braços e a enterraram. Fizeram uma recuperação e colocaram braços e a Imagem foi aposta na Sacristia, mas, que na última vez que lá entrei procurei por toda Igreja e não mais a vi”, completa o leitor.
*Jornalista do Oxe Recife
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