Há muito, não corria no calçadão da praia de Boa Viagem. Fiz, há pouco, em 55 minutos, minha corridinha diária de 8 km, num sol causticante, tão abrasador quanto o do Sertão.
Há muito, não corria no calçadão da praia de Boa Viagem. Fiz, há pouco, em 55 minutos, minha corridinha diária de 8 km, num sol causticante, tão abrasador quanto o do Sertão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta sexta-feira para uma conversa no Palácio da Alvorada.
O encontro ocorrerá em meio ao novo ultimato dado pelo União Brasil, legenda do ministro, que antecipou o movimento de desembarque do governo e determinou a entrega de cargos de todos os seus filiados em até 24 horas. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisLula vai conversar com Celso Sabino sobre o futuro do auxiliar no governo. O ministro é um dos auxiliares de Lula que vem conduzindo os preparativos da COP 30 em Belém, que ocorrerá em novembro.
Apesar da pressão do União Brasil, Celso Sabino tem interesse em permanecer no governo. No começo de setembro, afirmou a Lula que gostaria de seguir no cargo e trabalharia por alternativas dentro do partido para isso. Uma das hipóteses levantadas na época foi Sabino se licenciar da legenda.
O desejo de Celso Sabino em ficar no governo também está ligado às suas pretensões eleitorais em 2026. Deputado federal pelo Pará, Sabino tem planos de concorrer a uma vaga ao Senado pelo Pará em 2026 na chapa com o governador Helder Barbalho (MDB). De acordo com interlocutores, Lula já teria sinalizado a Sabino que o apoiaria na disputa. Em 2022, Lula venceu a disputa presidencial no Pará com 54% dos votos.
Apesar de ter anunciado desembarque do governo, o União Brasil tem três indicados em ministérios. Celso Sabino é uma indicação da bancada da Câmara da legenda. Os ministros Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações), por serem apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não serão afetados pelo movimento da sigla.
A indisposição do União Brasil com o governo aumentou após reportagens associarem o presidente da sigla, Antônio Rueda, à propriedade de um avião que seria usado pelo crime organizado. Rueda negou ser dono de aeronaves, afirmou que não é investigado e que a divulgação das informações, que estariam sob investigação da Polícia Federal, é parte de uma estratégia do governo para minar sua credibilidade. O argumento foi rebatido pela ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Leia menosO União Brasil começa nesta sexta-feira (19) um pente-fino em todos os cargos federais nos estados para solicitar aos filiados que estejam no governo Lula que deixem seus postos.
A ideia é que, até segunda-feira (22), todos sejam informados da decisão e que aqueles que pretendam permanecer na legenda coloquem os cargos à disposição.
A medida visa antecipar um segundo movimento que está sendo planejado para a próxima semana: um anúncio oficial de que o partido é oposição a Lula. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisO líder da bancada na Câmara, Pedro Lucas (MA), já foi informado da missão e deverá anunciar essa posição na semana que vem, na Câmara.
Em outra frente, a expectativa da legenda é de que o ministro do Turismo, Celso Sabino, entregue o cargo.
Segundo fontes da sigla, ele havia dito que o faria na manhã de ontem, mas, depois, não houve mais comunicação entre ele e a Executiva do partido.
Sabino resiste a deixar o cargo, especialmente porque pretende continuar como ministro durante a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), estado natal dele.
Sabino é pré-candidato ao Senado em 2026 e aposta no sucesso do evento para potencializar suas chances de vitória. Ele deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira para analisar sua situação antes de tomar uma decisão final.
No partido, a leitura é de que há perseguição política e utilização do aparato do Estado contra a legenda, em especial contra o presidente da sigla, Antonio Rueda. Integrantes da cúpula afirmam que a ofensiva foi deflagrada após o presidente Lula declarar, em uma reunião ministerial, que não gostava de Rueda.
O presidente do partido recebeu apoio unânime na reunião de quinta-feira (18), que resultou no ultimato para que todos os filiados deixem seus postos no governo.
Leia menosLegislando do umbigo para baixo
Primeiro, a PEC da Blindagem, que transforma os parlamentares brasileiros em semideuses, intocáveis. Depois, a urgência para votação da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em menos de 48 horas, a Câmara dos Deputados deu uma demonstração inequívoca de que só age rápido quando estão em jogo seus interesses do umbigo para baixo.
Uma vergonha! Um duplo bofete na cara do povo sofrido, que paga seus impostos em dia para manter essa gente como representante de mentirinha num parlamento irresponsável, sem o mínimo respeito e dignidade.
Como disse o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), a PEC da Blindagem virou a PEC da bandidagem, da autoproteção, da couraça, do escudo, da carcaça, da casta, do corporativismo, da impunidade, da armadura e da vergonha, ou falta de vergonha. “Nunca vi tamanho descaramento”, reagiu.
Leia maisEssa blindagem reflete um ambiente em que interesses próprios se sobrepõem ao interesse público. Quando a maioria aprova tamanha imoralidade não tem esquerda, direita, governo, oposição. Trata-se de um Congresso corporativo que quer só defender os seus próprios interesses. E é cada vez pior. Fazem isso à luz do dia.
A PEC da Blindagem estabelece que a Câmara ou Senado terão um prazo de 90 dias para analisar a abertura de um processo criminal. Se isso não ocorrer, a ação penal será iniciada automaticamente. Além disso, a proposta prevê que o processo só será autorizado após votação secreta, em que haja apoio da maioria absoluta de uma das casas legislativas.
Outra mudança é que torna secreta a votação para avaliar a prisão em flagrante de parlamentares. Hoje, congressistas só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis (racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas, terrorismo, crimes hediondos e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático).
O Congresso pode derrubar a prisão, mas, na regra atual, a votação é aberta. A questão da votação sigilosa gerou grandes embates na Câmara. Quanto à anistia, criada para salvar o ex-presidente Bolsonaro, os deputados querem aprovar em plenário já na semana que vem.
Reação dos artistas – A aprovação do regime de urgência do projeto de anistia aos golpistas da extrema direita, somado à movimentação da PEC da blindagem que dificulta a abertura de processos contra parlamentares, gerou uma reação quase imediata da classe de artistas brasileiros. A ideia é que atos de repúdio sejam feitos na semana que vem contra o perdão inapropriado àqueles que tramaram contra a constituição.
Postura louvável de Otto – O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), garante que não levará à votação no colegiado uma proposta de anistia ampla aos envolvidos no 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não vou pautar na CCJ uma anistia ampla, geral e irrestrita. Anistiar agentes de Estado seria inconstitucional. Quem atentou contra a democracia deve ser punido”, afirmou.
Mais um crime – O ministro Flávio Dino, do STF, autorizou, ontem, a abertura de inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros 22 investigados. A medida atende a pedido da Polícia Federal e tem como base o relatório final da CPI da Covid. Segundo a decisão, há indícios de crimes como fraude em licitações, superfaturamento, contratos com empresas de fachada, desvio de recursos públicos e incitação à população a adotar condutas prejudiciais ao enfrentamento da pandemia.
Campanha contra o crime organizado – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou uma campanha sobre a participação do Estado em ações contra o crime organizado. No vídeo, publicado na quarta-feira passada, o governo afirma que “fez a maior operação da história contra o crime organizado”. A propaganda faz referência à operação Carbono Oculto, cujo objetivo é desarticular um esquema do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor de combustíveis e no setor financeiro. O que a nova campanha não menciona é a colaboração de governos estaduais, como o de São Paulo, na operação.
Sem risco de não ser votado – Tão logo foi escolhido relator do PL (projeto de lei) da anistia, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse que o risco de o projeto não ser votado é “zero”. Para isso, afirmou que apresentará um texto “meio-termo”, que não agradará a todos, mas que pode “pacificar o país”. Em fala a jornalistas, Paulinho afirmou que começará a articular com governadores no final de semana e, na segunda-feira com bancadas da Câmara. Para ele, caso o texto seja construído com rapidez, pode ir ao plenário na próxima semana.
CURTAS
No Cabo – Daqui a pouco, exatamente às 11 horas, estarei no Centro Administrativo do Cabo para uma manhã de autógrafos do meu livro Os Leões do Norte, iniciativa do prefeito Lula Cabral (SD). Na semana que vem dou uma pausa e na seguinte retomo por Belém do São Francisco, na segunda-feira 27.
NILO – No dia 2 de outubro, na Fundação Nilo Coelho, em Petrolina, a partir das 19 horas, será a vez de fazer uma grande homenagem ao ex-governador Nilo Coelho, um dos personagens retratados na obra, responsável por grandes projetos estruturadores para o Sertão, como a pavimentação da estrada do Recife a Petrolina.
Podcast – O convidado do meu podcast da próxima terça-feira, em parceria com a Folha de Pernambuco, será o ministro da Pesca, André de Paula. Na pauta, os efeitos do tarifaço nas exportações dos pescados.
Perguntar não ofende: Espelho meu, existe um Congresso pior do que este ?
Leia menosEm solenidade realizada nesta quinta-feira (18), no plenário da Casa José Mariano, a Câmara Municipal do Recife entregou a Medalha de Mérito José Mariano ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A homenagem foi proposta pelo vereador Hélio Guabiraba, autor do Decreto Legislativo nº 1.201/25, e conduzida pelo presidente da Casa, vereador Romerinho Jatobá.
A cerimônia reuniu vereadores, autoridades e convidados em reconhecimento à trajetória política de Costa Filho, que iniciou a carreira como vereador do Recife, aos 21 anos, tornando-se o mais jovem da história da cidade a ocupar o cargo.
Ao receber a honraria, o ministro destacou a emoção de retornar à Casa Legislativa duas décadas após sua primeira eleição. “A primeira coisa que eu quero dizer é da alegria de poder voltar à Câmara Municipal, essa casa que é uma caixa de ressonância da sociedade recifense. Poder voltar, 20 anos depois, me dá uma alegria enorme e aumenta ainda mais a minha responsabilidade de trabalhar por Pernambuco”, afirmou.
Leia maisSilvio Costa Filho ressaltou que a homenagem aprovada por unanimidade amplia o compromisso de seguir atuando em favor da população. “Acho que é um reconhecimento, do que a gente tem procurado fazer pelo Recife e por Pernambuco. Nossa geração tem responsabilidade com o fortalecimento da democracia, das instituições, da liberdade de imprensa e com a garantia de investimentos que melhorem a vida da população”, disse.
O vereador Hélio Guabiraba, responsável pela iniciativa, enalteceu a trajetória política do homenageado. “Aos 21 anos, ele se tornou o vereador mais jovem da nossa cidade. Cumpriu três mandatos como deputado estadual, foi secretário de governo e hoje, como deputado federal licenciado e ministro de Portos e Aeroportos, vem se destacando com grandes iniciativas, como o voo direto para Madrid e Portugal e a sala de atendimento para pessoas com transtorno do espectro autista no Aeroporto Internacional dos Guararapes”, destacou.
Hélio acrescentou que a escolha da medalha simboliza o reconhecimento do Recife a um filho da cidade. “Como recifense, ele não pôde receber o título da cidade, mas entendemos que a Medalha José Mariano faz jus ao que ele vem realizando pelo nosso estado e pela nossa capital”, declarou.
O vice-prefeito do Recife, Victor Marques, também prestou homenagem durante a sessão solene, ressaltando a importância da medalha e a representatividade do momento. “Sinta que é o Recife que está lhe abraçando. Essa homenagem, assinada por todos os vereadores, da situação e da oposição, tem um peso e um simbolismo muito grande. É um reconhecimento não apenas da Câmara, mas de toda a cidade, que sabe da sua responsabilidade, do papel que você cumpre e ainda tem a cumprir por Pernambuco”, afirmou.
Leia menosSenadores dos Estados Unidos protocolaram nesta quinta-feira (18) um projeto de lei que visa derrubar as tarifas aplicadas por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Ainda não há data prevista para a votação da proposta.
O projeto foi apresentado por cinco senadores, sendo quatro da oposição e um do mesmo partido de Trump. Em comunicado conjunto, eles afirmaram que as tarifas contra o Brasil podem elevar os preços de alimentos e prejudicar a economia americana.
Em julho, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Na ocasião, ele justificou a medida, em parte, pelo que classificou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do g1.
Leia maisA medida entrou em vigor na primeira semana de agosto. Na época, a Casa Branca anunciou que quase 700 itens seriam isentos, incluindo suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira.
Um dos autores do projeto é o senador republicano Rand Paul, que integra a base de Trump. Em comunicado, ele disse estar preocupado com o que chamou de “perseguição do governo brasileiro” contra Bolsonaro, mas afirmou que a ordem de Trump é inconstitucional.
“O presidente dos Estados Unidos não tem autoridade, com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, para impor tarifas unilateralmente. Política comercial é competência do Congresso, não da Casa Branca”, declarou.
O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, afirmou que Trump tem apostado em uma “guerra comercial” para defender uma agenda política, em vez de reduzir custos aos americanos.
“Os americanos não merecem que Trump faça política com seu sustento e seu bolso. Já passou da hora de os republicanos no Congresso encerrarem essa loucura e se unirem aos democratas contra a tarifa de Trump”, disse.
Segundo os senadores, o projeto tem caráter privilegiado, o que obriga que a proposta seja votada. No entanto, para que a lei seja aprovada, os democratas precisariam conquistar os votos de ao menos quatro republicanos, já que o partido de Trump detém a maioria no Senado.
Além disso, para que as tarifas sejam efetivamente derrubadas, a proposta também teria de ser aprovada na Câmara, onde Trump também tem a maioria.
Em abril, os democratas conseguiram aprovar no Senado uma proposta para barrar as tarifas de Trump sobre o Canadá. No entanto, o projeto travou na Câmara. Agora, a oposição espera que mais republicanos votem contra o tarifaço à medida que os impactos na economia se tornem mais evidentes.
Leia menosA ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, repudiou a nota emitida nesta quinta-feira (18) pelo União Brasil e declarou as acusações como “infundadas e levianas”, ao atribuírem “falsamente” ao governo “a responsabilidade por publicações que associam dirigentes do partido a investigações sobre crimes”.
“Repudio às acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. Aliás, não é a primeira vez que fazem isso. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade”, afirmou a ministra.
Na nota publicada para anunciar a saída da sigla do governo, o União Brasil declara “irrestrita solidariedade” a Antônio Rueda, após o nome do dirigente passar a constar nas investigações da PF (Polícia Federal) que apuram uma infiltração da organização criminosa PCC (Primeiro Comando Capital) nos setores financeiros e de combustíveis no Brasil. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisO partido diz: “Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula — movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores.”
“Tal ‘coincidência’ reforça a percepção de uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”, acrescenta o comunicado.
A PF apura se Rueda seria o dono oculto de jatos executivos usados para transportar integrantes do crime organizado, após depoimento de um dos pilotos destas aeronaves. A corporação, porém, ressalta que o dirigente partidário ainda não é formalmente investigado.
Mais cedo, Rueda já havia classificado a situação como uma campanha difamatória. “O que há, sim, é um pano de fundo político nestas leviandades, que estão sendo orquestradas, usando-se uma operação policial séria, para atacar adversários”, declarou.
Atualmente, no governo federal, o União Brasil conta com o filiado Celso Sabino ocupando a chefia do Ministério do Turismo. A sigla deu 24 horas para seus filiados deixaram os cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Leia menosA advogada Gabriela Rollemberg, reconhecida pela atuação no Direito Eleitoral, anunciou a realização do festival Bancada Feminina na COP30, que acontecerá nos dias 7 e 8 de outubro, em Brasília. A iniciativa é da Quero Você Eleita em parceria com o Instituto AzMina e integra a programação do festival Curicaca.
O evento será realizado no estádio Mané Garrincha e reunirá debates e atividades voltadas à participação das mulheres na política e nas discussões climáticas.
Entre as presenças já confirmadas estão as senadoras Professora Dorinha (UB-T), Soraya Thronicke (Podemos-MS), as deputadas federais Jack Rocha (PT-ES), Soraya Santos (PL-RJ), Tabata Amaral (PSB-SP) e Marussa Boldrin (MDB-GO), além da presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha; da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello; e da Secretária Nacional de Planejamento Substituta, Flávia Duarte Nascimento.
O deputado Lucas Ramos (PSB) garantiu, em entrevista ao programa “Corujão do Pepeu”, em Carnaíba, no Sertão do Pajeú, que é contra a PEC da Blindagem, mas votou a favor, o que causa estranheza. “A pauta da Blindagem não é prioridade para o Brasil. Eu sou contra. Se vier a votação no plenário, votarei contra”, declarou.
No plenário, no entanto, agiu diferente, votando a favor da proposta, aprovada por ampla maioria. A posição de Lucas foi abafada pela de outros socialistas, como Pedro Campos, que se retratou publicamente nesta quinta-feira (18). A distância entre a promessa feita no microfone e a posição registrada no painel da Câmara expõe uma contradição que merece ser lembrada.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que o Governo de Pernambuco suspenda uma licitação de R$ 138 milhões referente à reforma da pista do Aeroporto Oscar Laranjeira, em Caruaru, no Agreste. A decisão, proferida pelo conselheiro Ranilson Ramos, aponta sobrepreço de R$ 18 milhões, restrição indevida da competitividade de empresas participantes e erros na elaboração do cronograma de obras. As supostas irregularidades são atribuídas à Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura, comandada por André Teixeira, vice-presidente estadual do PSD e primo da governadora Raquel Lyra (PSD).
O sobrepreço potencial foi constatado nos serviços de destinação de resíduos, fruto de uma pesquisa que “não considerou valores mais vantajosos praticados pela mesma empresa fornecedora em contrato com a Prefeitura de Caruaru”. A secretaria também não observou, segundo o TCE, diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, “que preconiza a reutilização e reciclagem em detrimento do descarte oneroso”. O conselheiro entendeu que, nos moldes atuais, o sobrepreço de R$ 18 milhões na licitação tem potencial de gerar “dano ao erário e violação direta aos princípios da economicidade e da eficiência”.
Leia maisJá a restrição de competitividade ocorreu por conta de “exigências de qualificação técnica desarrazoadas e desproporcionais”, como a comprovação de experiência específica da empresa que vier a ser contratada “em aeroportos de forma ambígua, a obrigatoriedade de apresentação prévia de licenças para manuseio de explosivos que poderiam ser exigidas apenas da contratada e a demanda por experiência em serviço (desmonte com explosivos) que, além de representar um percentual ínfimo do objeto (aproximadamente 4%), é usualmente subcontratado e permitido pela legislação de regência”.
Por fim, Ramos classificou o cronograma de obras como “potencialmente irrealista”, por projetar uma execução em 300 dias e apenas um mês para a elaboração de projetos executivos, o que é “considerado inexequível diante da alta complexidade da obra, da necessidade de gestão simultânea de oito frentes de serviço, da dependência de processos de desapropriação ainda não concluídos e do risco de sobreposição com o período chuvoso”. “O histórico do empreendimento, cuja elaboração do projeto básico extrapolou em mais de seis vezes o prazo inicial, corrobora o risco de um cronograma subestimado”, avaliou.
Ranilson Ramos afirmou ainda que “o prosseguimento do certame sem a correção das falhas apontadas pode resultar em contratação lesiva ao erário e de difícil reparação futura. A abertura das propostas da licitação estava prevista para a quarta-feira (17). A medida cautelar será apreciada em breve pelos demais integrantes da Segunda Câmara do TCE.
Leia menosPernambuco foi contemplado com investimento anual de R$ 2,26 milhões do Ministério da Saúde para reforçar a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). O recurso será destinado ao custeio da nova habilitação da Associação PODE, em Pesqueira, que passa a funcionar como Centro Especializado em Reabilitação auditiva e intelectual (CER). Além disso, o estado contará com dois novos centros em Garanhuns e Serra Talhada, financiados pelo Novo PAC Saúde.
O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (18), durante a semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. O superintendente do Ministério da Saúde em Pernambuco, Rosano Carvalho, destacou a relevância da medida para a região. “O investimento mudará a vida de inúmeras pessoas no município e na região, lembrando que estamos no Agreste, marcado por lutas e dificuldades. Com esses recursos, a rede de atenção básica em saúde também será qualificada para se especializar ainda mais no atendimento às pessoas com deficiência, promovendo inclusão e garantindo dignidade nesse serviço”, afirmou.
Leia maisNo país, a expansão da assistência soma R$ 72 milhões, contemplando 71 novos serviços da RCPD em 18 estados e no Distrito Federal. Estão previstas a habilitação de 23 novos CERs, custeio adicional para outros 33, a entrega de 15 veículos de transporte sanitário adaptado e ampliações em oito centros já existentes.
As ações estão vinculadas ao programa Agora Tem Especialistas e incluem a construção de 23 CERs com recursos do Novo PAC Saúde, no valor total de R$ 207 milhões. O novo projeto arquitetônico desses centros prevê ambientes inovadores, como jardins e salas multissensoriais, voltados para crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Além da expansão da rede, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou em Brasília a nova Linha de Cuidado para o TEA. O protocolo orienta profissionais da atenção primária a rastrear sinais de autismo em todas as crianças de 16 a 30 meses, incorporando testes de triagem como o M-Chat ao atendimento de rotina. A iniciativa prevê intervenções precoces, planos terapêuticos individualizados e apoio a famílias e cuidadores, reforçando a integração entre saúde básica e serviços especializados.
Leia menosApesar de ter concedido visto ao ministro Alexandre Padilha (Saúde) para participar da Assembleia-Geral da ONU, o governo Donald Trump impôs limitações à sua circulação na cidade de Nova York, sede das Nações Unidas.
De acordo com integrantes do governo americano, os Estados Unidos decidiram limitar a movimentação de Padilha e familiares que o acompanharem a cinco blocos do local de hospedagem do ministro, além das rotas entre o hotel, o distrito em que fica localizada a sede da ONU, a missão do Brasil junto à organização e a residência do representante brasileiro na organização.
De acordo com esses mesmos interlocutores, o Itamaraty foi avisado da determinação. As informações são da Folha de S. Paulo.
Leia maisNo mês passado, Trump revogou o visto de Padilha para entrar nos EUA, além dos documentos de sua esposa e de sua filha. A justificativa foi a atuação do ministro na criação do programa Mais Médicos, no governo Dilma Rousseff.
Padilha não foi diretamente atingido naquele momento pois seu visto tinha vencido em 2024, mas ficou proibido de obter uma nova permissão de viagem.
O governo Lula havia requisitado em 19 de agosto um visto para o ministro para que ele possa estar presente em eventos internacionais. O primeiro deles é a reunião da Organização Pan-Americana de Saúde, no próximo dia 29, em Washington.
O segundo é o debate da Assembleia-Geral da ONU, que ocorre a partir da próxima terça-feira (23) em Nova York. No evento, Padilha deveria participar de uma reunião de alto nível sobre doenças crônicas.
A decisão de entrada e permanência de estrangeiros nos EUA é prerrogativa exclusiva do governo americano. No caso da ONU, existe um acordo internacional que, em tese, obriga os EUA a autorizarem a permanência em Nova York de autoridades que participem de atividades nas Nações Unidas.
Datado de 1947, o tratado estabelece que os EUA não podem impor restrições de trânsito no distrito da ONU para agentes e membros da organização, especialistas que estejam em missão na entidade e outras pessoas convidadas.
Ainda assim, para países alvos de sanções pelos EUA, como Irã, Venezuela e Coreia do Norte, o governo americano impõe restrições de circulação. Os enviados de Teerã e Pyongyang, por exemplo, não têm permissão de se afastar da ilha de Manhattan.
EUA e Brasil estão em plena rota de colisão por causa do julgamento de Jair Bolsonaro. Trump, aliado do ex-presidente, referiu-se ao processo que o condenou como uma caça às bruxas. Ele estabeleceu diversas sanções contra o Brasil, entre elas um tarifaço de 50% e a suspensão de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal e de autoridades do Executivo.
Além do mais, os EUA atingiram o ministro do STF Alexandre de Moraes com punições financeiras por meio da Lei Magnitsky.
A embaixada dos EUA em Brasília também concedeu visto neste mês a outros dois ministros: Fernando Haddad (Fazenda) e Ricardo Lewandowski (Justiça) —este teve o visto comum suspenso, mas recebeu autorização para entrar no país para agendas oficiais.
Como a Folha mostrou, o governo Trump vem usando vistos para os EUA, necessários para o comparecimento na Assembleia-Geral da ONU, como arma política contra rivais e desafetos.
Leia menosPor Áureo Cisneiros*
O Brasil vive um momento decisivo para o futuro da sua democracia e da sua segurança pública. A chamada PEC da Blindagem, que tramita no Congresso Nacional, não é apenas um retrocesso político, mas uma verdadeira porta de entrada para a atuação direta do crime organizado nas instituições.
A blindagem como escudo do crime
Se aprovada, a proposta restringirá investigações, dificultará processos e praticamente blindará parlamentares de qualquer responsabilização. Na prática, será um convite para que organizações criminosas como o PCC e o Comando Vermelho elejam seus representantes, garantindo foro privilegiado e proteção contra a Justiça.
Leia maisMais do que isso: essa PEC é a farra do crime organizado. Abre caminho para que dezenas de criminosos sejam eleitos, ocupem cadeiras no Parlamento e passem a legislar em causa própria. Um cenário perigoso, que ameaça não apenas a segurança pública, mas também o equilíbrio democrático do país.
O contraste com a vida real
Enquanto políticos discutem sua própria blindagem, nas periferias mães choram por filhos assassinados, famílias vivem atrás de grades, trabalhadores enfrentam ônibus assaltados e comerciantes veem seus negócios fecharem por causa da violência. Essa é a realidade que o Congresso deveria enfrentar, mas prefere proteger a si mesmo e abrir as portas para o crime.
Em vez de reestruturar a segurança pública e modernizar as investigações para atender à maior demanda do povo brasileiro, o Congresso inventa mais esse absurdo: blindar criminosos infiltrados na política.
Enquanto policiais civis, penais, militares, municipais e federais arriscam a vida diariamente combatendo o tráfico e o crime organizado, o Parlamento ensaia entregar às facções criminosas um escudo de luxo. Essa contradição mostra a distância entre quem legisla e quem sofre os efeitos da violência todos os dias.
Uma Justiça para o povo, outra para o crime
O cidadão comum responde por qualquer deslize e enfrenta a morosidade da Justiça. Já criminosos travestidos de parlamentares, se essa PEC passar, viverão sob um manto de impunidade. Estaremos criando duas Justiças: uma para o povo e outra para o crime infiltrado na política.
O risco para a democracia
Quando o crime organizado passa a ocupar espaço dentro das instituições políticas, não estamos apenas diante de um problema de segurança pública, mas de um ataque direto à democracia. A PEC da Blindagem fortalece os criminosos e fragiliza o Estado, abrindo espaço para que a violência, a corrupção e o medo se consolidem como norma.
O impacto na vida do cidadão
O povo brasileiro já vive com medo: medo de sair de casa, medo de perder um filho para o tráfico, medo de ser assaltado a caminho do trabalho. O Brasil já enfrenta enormes problemas na segurança do povo, e essa PEC só vai aumentar ainda mais a preocupação e o medo da sociedade.
Cada voto dado a favor dessa proposta é uma traição ao cidadão de bem, que trabalha, paga impostos e sonha apenas com paz e dignidade para sua família. Não é um debate distante em Brasília: é a sua segurança, a sua família e o futuro dos seus filhos que estão em jogo.
A responsabilidade dos parlamentares
Os deputados e senadores que aprovarem essa proposta terão seus nomes marcados na história como cúmplices da maior entrega de poder ao crime organizado já vista no Brasil. A sociedade deve cobrar, acompanhar e lembrar disso nas urnas.
A segurança pública é hoje a maior preocupação do povo, e essa PEC vai exatamente de encontro à vontade popular por melhorias na segurança. A Câmara dos Deputados, mais uma vez, toma decisões contra o povo, legislando de costas para a sociedade que deveria representar.
Para piorar, muitos da chamada bancada da bala — que sempre se apresentou como defensora da segurança pública — votaram a favor desse absurdo. E não parou por aí: parlamentares evangélicos, que discursam em nome da família e da moral cristã, também se alinharam ao crime ao apoiar essa proposta. O povo está de olho e não vai esquecer esse gesto de traição.
O chamado à sociedade
Não podemos assistir de braços cruzados. O povo tem que sair da inércia e protestar, nem que seja nas redes sociais. É hora de cada brasileiro levantar a voz: nas ruas, nas associações de bairro, em cada espaço público. A democracia não pode ser vendida ao crime.
A lição internacional
Em nenhum lugar do mundo democrático se permite que criminosos tenham salvo-conduto dentro do Parlamento. O Brasil corre o risco de se tornar um caso único: o país que legalizou a impunidade e institucionalizou a influência das facções.
Ainda há esperança
Ainda há tempo de barrar essa tragédia. Se a sociedade se unir e pressionar seus representantes, podemos impedir que o Parlamento seja sequestrado pelo crime. A democracia brasileira já sobreviveu a ditaduras e crises, e pode sobreviver a mais esse ataque, desde que o povo não se cale.
O que realmente precisamos
O Brasil não precisa de mais impunidade. Precisa de investigação fortalecida, polícia moderna e leis que punam corruptos e criminosos sem distinção. A única blindagem aceitável é a que protege o cidadão de bem, e não aquela que garante segurança para bandidos infiltrados na política.
O povo brasileiro deve estar atento: aprovar essa PEC é entregar de bandeja ao PCC e ao CV aquilo que eles mais desejam — poder e proteção.
*Presidente do SINPOL-PE
O prefeito Fredson Brito assinou, nesta quinta-feira (18), a ordem de serviço para o calçamento da Estrada do Rio, em São José do Egito. A obra terá cerca de um quilômetro de extensão, ligando o bairro São João ao Centro da cidade, e está prevista para começar já na próxima segunda-feira (22).
Em seu discurso, Fredson destacou que a intervenção era aguardada há décadas. “Essa obra, em especial, é prometida há quase 50 anos e nunca foi feita. A partir de agora, vamos ter ordens de serviço toda semana até o final de dezembro”, afirmou Fredson.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados se manifeste, em até dez dias, sobre o trâmite da chamada PEC da Blindagem.
O despacho foi dado nesta quinta-feira em um mandado de segurança impetrado pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP), que questiona a legalidade da aprovação da proposta na Casa. A determinação do ministro é processual, e o prazo de dez dias está previsto em lei. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisA PEC, aprovada em dois turnos pela Câmara nesta semana, amplia as prerrogativas dos parlamentares, dificultando investigações e prisões de deputados e senadores. Entre os principais pontos, o texto exige autorização prévia do Congresso para que o STF possa abrir processos criminais contra parlamentares, além de permitir que prisões em flagrante por crimes inafiançáveis sejam submetidas à deliberação secreta dos pares em até 24 horas.
No despacho, Toffoli ordena que a Câmara preste informações sobre o rito de tramitação da proposta, antes de decidir sobre o pedido de liminar feito por Kataguiri.
No mandado de segurança, o parlamentar alega que houve manobras regimentais para acelerar a votação, como a retomada de trechos polêmicos por meio de destaques, sem o devido debate público.
A PEC da Blindagem também estende o foro privilegiado a presidentes de partidos com representação no Congresso, blindando-os de ações judiciais em instâncias inferiores.
Leia menosO prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, participou nesta quinta-feira (18), em Brasília, da cerimônia de anúncio do Novo PAC Seleções para drenagem e contenção de encostas. O município foi uma das três cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) contempladas com propostas aprovadas pelo Governo Federal e receberá mais de R$ 7 milhões para obras nos morros. No total, 235 municípios de 26 estados foram beneficiados com investimentos que somam R$ 11,7 bilhões.
Diego Cabral destacou que o recurso chega em um momento de avanços fiscais para a cidade. “É mais uma conquista para o povo de Camaragibe. Essa semana já fomos premiados com o selo A+ do Capag, que comprova a capacidade do município de honrar dívidas e contrair novos empréstimos com a garantia da União. Agora, com a vinda desses R$ 7 milhões, vamos investir em obras que trarão mais tranquilidade para a população”, afirmou, agradecendo ainda o apoio do ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho. O secretário de Infraestrutura, Fernando Martins, informou que a próxima etapa será a elaboração dos projetos técnicos para abertura das licitações.
Durante a solenidade, o presidente Lula ressaltou a importância da agilidade na execução das obras. “Esse vai ser o último ou penúltimo PAC que vamos lançar [antes de 2026]. É muito importante que cada um de vocês prefeitos saiba a pressa das obras para serem concluídas. Para obras acontecerem, vai depender de cada um de nós para, inclusive, cobrar. Não depende mais do Governo Federal”, disse. O evento contou ainda com a presença da governadora Raquel Lyra, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho.
O prefeito Pedro Pilota abriu nesta quinta-feira (18) a 1ª Itaíba Agro Show, feira que reúne mais de 70 expositores, movimenta cerca de R$ 2 milhões em investimentos e distribuirá R$ 180 mil em prêmios. Em seu discurso, destacou a força da bacia leiteira do município: “Itaíba mostra sua riqueza e sua capacidade de crescer valorizando quem produz”. A solenidade contou com a presença de lideranças políticas como Welliton Siqueira (Ibimirim) e Catharina Garziera (Lagoa Grande), além de vereadores e secretários municipais. Com informações da Folha das Cidades.