O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de viajar para os Estados Unidos, afirmando que as restrições impostas pelo país impediram a participação dele na Assembleia Geral da ONU e em outros eventos na próxima semana.
Ele classificou as restrições de circulação impostas pelo governo americano como “inaceitáveis” e “uma afronta”. “Inaceitável as condições, porque eu sou o ministro da Saúde do Brasil. Quando vou para um evento como esse, tenho que ter plena possibilidade de participar do conjunto das atividades das quais nós somos convidados”, disse Padilha.
Leia maisEm entrevista à GloboNews, Padilha afirmou que as restrições não são contra ele como pessoa, mas sim “ao ministro da Saúde do Brasil”, e o impediriam de participar de uma reunião crucial da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington, e de uma série de encontros bilaterais fora da estrutura da ONU. “As restrições inviabilizam a presença do ministro da Saúde do Brasil nas atividades que ele precisa fazer parte”, declarou Padilha.
As restrições impostas a Padilha pelos EUA são:
- Circulação restrita: o ministro só pode circular em um perímetro de cinco quarteirões em Nova York, ao redor de seu hotel, da sede da ONU e da missão do Brasil;
- Proibição de viagem: ele foi impedido de se deslocar de Nova York para Washington, o que inviabilizou sua participação na Assembleia Geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas);
- Necessidade de autorização prévia: para qualquer agenda fora do perímetro permitido, o governo brasileiro precisaria solicitar uma autorização com 48 horas de antecedência ao governo dos EUA para análise.
Na terça-feira, o ministro disse que recebeu o visto dos Estados Unidos para realizar a viagem. “Eu recebi o visto hoje, naquilo que é obrigação de um país que tem um acordo sede com organismo internacional da ONU e da OPAS, que tem que garantir o acesso de uma autoridade convidada para esse evento. Então recebi o visto hoje. São dois momentos, tanto a Assembleia Geral da ONU, quanto a assembleia geral da OPAS”, afirmou Padilha na terça.
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